solange_sa.jpgSutileza, bom humor, timbre vocal dos mais agradáveis e composições que vão do pop ao camerístico, com âncora fincada no melhor da MPB. Esses são elementos presentes no disco de estréia de Solange Sá, auto-intitulado, lançamento Canto Discos distribuído pela Tratore. A moça, paulistana, é cantora, compositora e guitarrista, dá aulas de canto e estudou guitarra, violão, piano e percussão. Antes de optar pela carreira solo, integrou a banda de rock e blues Quorum, nos anos 1990, com a qual conseguiu boa repercussão no meio indie.

O resultado extremamente positivo do disco deve-se a uma série de fatores, a começar pela co-produção, a cargo do experiente Mário Manga (Premê), que também se incumbe de guitarra, violão, viola, celo, teclados e programação de bateria. Versátil por excelência, ele soube extrair o que há de melhor em cada canção, auxiliado por músicos como Sylvinho Mazzucca (baixo), Adriano Busko (percussão) e Alexandre Cueva (violão). Solange usa sua voz com categoria, com um timbre que tem afinidades com os de Zélia Duncan, Rita Lee e Olivia Byington.

As músicas são todas de sua autoria, sendo três em parceria com o poeta Ademir Buitoni. Os climas variam, da ironia blueseira de Mal a Ninguém ao swing de Vício, da levada jazzy da sarcástica Ainda Com Os Nossos Pais, do rock de Farol Vermelho ao lirismo melancólico de Do Mar, da latinidade de Segredo à introspecção de Grávidas. Uma estréia madura, segura, de quem tem muito que oferecer e que gravou na hora certa.

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