Por Fabian Chacur
-Imposto (Djavan)
Djavan (CD Matrizes)
Com aquele ritmo sonolento de sempre, o astro alagoano inventa de “potestrar” contra os impostos, com versos anêmicos como “IPVA, IPTU, CPMF Forever, é tanto imposto que já nem sei”, e o final já clássico: “Pois o homem que recolhe o imposto é o impostor”. De fato. E o impostor da música, já viu…..
–Corpitcho (Ronaldo Barcellos-Picolé)
Maria Rita (CD Samba Meu)
Elis Júnior não poderia ter sido tão canhestra, em um samba sem graça no qual dá um banho de falta de swing e chatice, com direito a uma letra inqualificável, cuja amostra diz tudo: “para manter esse corpitcho bacana, acho até que vou virar marombeira, corro o calçadão de Copacabana de segunda a sexta-feira”. Uau!
–Eu Comi a Madonna (Ana Carolina, Mano Melo, Antonio Villeroy e Alvin L)
Ana Carolina (CD Dois Quartos)
Que Ana Carolina não é a rainha da sutileza, todos sabemos. Mas a moça, desta vez, superou-se, e vai saber por que precisou de mais três manés para escrever canção tão canhestra. Amostra: “é dessas mulheres para comer com dez talheres” e “fui eu quem bebi, comi a Madonna”. Não é questão de comer, e sim, de vomitar.
–Berimbau Metalizado (Duller-Dória-Miro)
Ivete Sangalo (CD Ao Vivo No Maracanã)
Ninguém espera versos de Drummond em músicas da Ivetinha. Mas a vontade de demonstrar “criatividade” gerou um monstrinho que toca até o talo nas rádios. “É uma mistura de tambor violino e agogô, que não deixa ninguém parado, o som que vem empurrando é o berimbau metalizado”. Carlinhos Brown + Ozzy? Argh!
–Pontes Indestrutíveis (Chorão)
Charlie Brown Jr. (CD Ritmo, Ritual e Responsa)
O talento de Chorão para escrever letras rasas e recheadas de gírias e palavrões tem fãs fiéis. Mas quando ele se mete a filosofia na linha Legião, fica insuperável. “Viver, viver e ser livre, saber dar valor para as coisas mais simples, só o amor constrói pontes indestrutíveis”. Na comparação, Renato Russo vira Chico Buarque.
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