Mondo Pop

Por Fabian Chacur 

Como conceito, o programa Big Brother Brasil é uma das piores coisas jamais perpetradas na história da televisão. Coloque pessoas que nunca se viram na vida para conviver durante semanas, em uma casa da qual não podem sair, e filme tudo o que ocorre, além de eliminar um/uma infeliz por semana de cena. Há seis anos essa fórmula invade a tela global durante os primeiros meses do ano. Chegamos à oitava edição, e ainda há quem não perca esse circo de voyerismo barato. Mas não é o maior mal causado por isso. O que pega, mesmo, são seus subprodutos. Ou seja, os ex-integrantes do programa que, após a participação, pensam ser artistas e invadem o mercado.

O novo “talento” a entrar em cena no show business brasileiro é Rafinha. Vencedor da edição oito do reality show, não perde tempo e surge como contratado da produtora Sunshine, a mesma que esteve por trás do sucesso de Xuxa, Leandro & Leonardo e outros. Está sendo divulgado na mídia o grupo liderado pelo cidadão, denominado Mipt, e com uma música de trabalho. Olhos Fechados é absolutamente insossa, pop rock feito no tapa que fica entre emo, balada pop e até mesmo axé lenta. O tal Mipt inclui Rafinha nos vocais e guitarra, Nando na bateria e Felipe no baixo. Dizem existir desde 2001, mas, até agora, só haviam gravado uma demo, em 2006, e se separado posteriormente. A nova encarnação mantém Rafinha e Nando dos tempos iniciais, incorporando Felipe. Projeto apressado, feito para tentar capitalizar a breve notoriedade do já ex-BBB.

Pela qualidade da amostra, o cara tem tudo para passar batido. Podia pegar seu milhão de reais e sumir……. Da mesma forma que o glorioso Bambam, aquele do grupo Bambam e as Pedritas, e da frase filosófica “faz parrrrte”. Enquanto isso, inúmeros artistas de real talento não recebem um décimo do investimento que um produto podre na raiz como este aqui deve ter recebido.
Link para as músicas e vídeo do Mipt:
http://e-muitobom.blogspot.com/2008/03/mipt-rafinha-bbb8.html