Por Fabian Chacur

Entre os nomes divulgados pela organização do Tim Festival, cuja edição 2008 está prevista para ocorrer no final de outubro em São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória (ES), um chama a atenção: Paul Weller. O cantor, compositor e guitarrista britânico, que completou cinqüenta anos no dia 25 de maio, virá ao Brasil pela primeira vez. Já não era sem tempo. Afinal de contas, ele é um dos mais talentosos, influentes e bem-sucedidos artistas de sua geração.

A carreira de Weller teve início quando ele ainda era um adolescente, como líder do trio The Jam, na metade dos anos 70. Ao lado de Bruce Foxton (baixo) e Rick Buckler (bateria), ofereceu ao público uma versão revigorada pela energia punk do som mod de The Who e outros dos anos 60, mas com assinatura própria e muito sucesso. Após emplacar hits como That’s Entertainment, Going Underground, Town Called Mallice e Precious, o trio encerrou precocemente a carreira em 1982, quando havia lançado seu ótimo álbum The Gift. Um ano depois, ele se une ao tecladista Mick Talbott e cria o Style Council, cujo som fundia soul, funk, jazz, bossa nova, rock e pop com um jeitão sofisticado e de muito bom gosto. Invadiram os charts com maravilhas do naipe de You’re The Best Thing, The Money Go-Round, My Ever Changing Moods e Shout To The Top. Em 1990, cada um vai para o seu lado. A partir de então, Paul Weller passa a investir em uma frutífera carreira solo que se direciona mais para o lado do rock mas sem deixar de lado suas outras influências. Stanley Road (1995) e Heavy Soul (1997) são alguns de seus trabalhos de maior sucesso nessa fase, que o mantiveram nas paradas britânicas, além de ser citado como um dos precursores do britpop dos anos 90. Ou seja, vale a pena colocar o show de Paul Weller em sua agenda de grandes eventos internacionais de 2008 a serem conferidos ao vivo.

Videoclipe de Town Called Malice, do The Jam:

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