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50 anos sem o genial Buddy Holly

por Fabian Chacur

 

Não foi por acaso que 3 de fevereiro de 1959 recebeu a alcunha de “o dia em que a música morreu”. Pudera. Em horrível acidente de avião, nos deixaram precocemente três astros da primeira fase do rock and roll. The Big Bopper, do hit Chantilly Lace, Ritchie Valens, que tornou La Bamba e Donna dois sucessos marcantes dos anos 50, e Buddy Holly. Nada contra os outros dois, mas quando pensamos no meio século completado por essa data funesta, é inevitável dar destaque maior a Holly. Afinal, o cantor, compositor e guitarrista texano nascido na cidade de Lubbock em 7 de setembro de 1936 construiu uma das obras mais influentes da história da música popular. E em tempo recorde: menos de quatro anos de carreira. Morto com apenas 22 anos, conseguiu partir do feroz rhythm and blues negro para um som ainda energético, mas mais polido, e com harmonias que acabariam sendo influências marcantes para artistas como os Beatles, Rolling Stones e tantos outros. A ponto de, certa vez, Mick Jagger ter dito que, em sua opinião, o único gênio branco da história do rock inicial ter sido Holly: “ele, sim, criou algo novo”. Mesmo em um período tão curto, o artista americano teve fases distintas em sua criação. No início, rocks sacudidos e cativantes, como That’ll Be The Day, Oh, Boy!, Not Fade Away e Peggie Sue, ou rocks doces como Words Of Love e Maybe Baby. Depois, baladas acústicas tipo Well…All Righ e Peggy Sue Got Married, e logo em seguida, canções melódicas com acompanhamento orquestral, entre as quais as maravilhosas Everyday, True Love Ways e Raining In My Heart. Quando morreu, já havia se separado de seu grupo de apoio The Crickets (Lerry Allison na bateria e Joe B. Mauldin no baixo), e pensava em novos rumos para a sua música. Tremo só de pensar em quanta coisa boa ele poderia ter nos proporcionado, se aquele aviãozinho maldito não o tivesse tirado de nós tão cedo. Mas seu legado é precioso, e continuará inspirando as novas gerações.

 

Peggy Sue ao vivo na televisão americana em 1958:

 

http://www.youtube.com/watch?v=lhgO8rZs1Fg

4 Comments

  1. vladimir rizzetto

    February 11, 2009 at 4:26 pm

    Buddy Holly realmente trouxe algo inédito para o rock, e no bojo deste ineditismo, veio a revolução. Sua música foi fonte de inspiração para vários artistas, inclusive os supracitados acima, da década de 1960, como também da década posterior, tendo sido coverizado por muitos.
    Uma cena do clássico American Graffitti, define bem a importância dele, onde o personagem de Paul Le Mat diz: “o rock acabou quando Buddy Holly morreu, não existe mais nada…”. Exageros à parte, sua influência é presente e inegável.
    Grande abraço, Fabian.

  2. Rizzetto, o Buddy Holly merece mesmo ser venerado, pois sua música continua sendo influente. Tanto que teve até música feita com seu nome, a ótima Buddy Holly, do grupo Weezer, nos anos 90. Abração procê, também!!!!!

  3. Grande Buddy Holly ! Uma coisa muito interessante quando se fala dele com os Crickets , é que essa formação , praticamente inventou o formato clássico de banda com quatro integrantes , o baixo , a bateria , a guitarra , e o cantor , na maioria das vezes , com a segunda guitarra . Até hoje o Paul McCartney homenageia seu grande ídolo , desde que incentivou a semana em homenagem ao texano . Aliás , ô lugarzinho pra ter figuras de ponta no Rock ! Muitos acham que a proximidade com o México criou uma fusão de sons com o que era feito nessa região americana . O que você acha , Fabian ?

  4. Acho que a miscigenação é uma das grandes coisas na vida como um todo e na música em particular, vide a criada aqui no Brasil, por exemplo. Na verdade, Covoes, o Paul não só homenageia o Buddy Holly como também é o detentor dos direitos das músicas do mesmo desde meados dos anos 70, pois acabou comprando a editora que registrou as mesmas……Irônico, isso: ele possui os copyrights do Buddy Holly, mas não os das suas músicas feitas com John Lennon…..

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