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O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Ótima biografia mostra as várias faces do Abba

Por Fabian Chacur

 

O Abba sempre foi uma espécie de grupo dos sonhos, em relação ao pop perfeito. Conspirando a seu favor, duas excelentes vocalistas (Frida Lyngstad e Agnetha Faltskog), dois ótimos músicos, compositores e vocalistas de apoio (Bjorn Ulvaeus e Benny Andersson) e uma banda de apoio impecável. Nunca tiveram medo de experimentar novas sonoridades. Quando acertavam, era garantia de clássicos pop, maravilhas do naipe de Dancing Queen, The Name Of The Game, S.O.S., Summer Night City, Voulez-Vous, Fernando, Take a Chance On Me, Mamma Mia… Quando erravam, caíam de cabeça no brega, como nas infames (mas inegavelmente grudentas) I Have A Dream e Chiquitita. Mas poucas bandas tiveram tamanha capacidade de entender o formato pop e nos oferecer hits que, com o tempo, se tornaram atemporais. Para quem não conhece a história do quarteto sueco, que em pouco mais de dez anos conquistou o mundo entre as décadas de 70 e 80, acaba de chegar ao mercado Made In Suécia-O Paraíso Pop do Abba (editora Página Nova), excelente biografia escrita pelo jornalista mineiro Daniel Couri. Em suas 183 páginas, temos uma detalhada viagem pelo universo do Abba, desde os seus primórdios, nos anos 60, até o auge, na década seguinte, passando pela separação posterior. Couri escreve de forma simples e fluente, e traça um retrato fiel da banda em todos os seus aspectos, incluindo vidas pessoais, momentos importantes em suas carreiras e também a vida pessoal, sem, no entanto, cair em exploração sensacionalista. O fato de Bjorn, Benny, Agnetha e Frida recusarem todos os convites para um retorno também é bem apresentado. Cada disco é dissecado minuciosamente, faixa a faixa, dando não só ao leigo, como também a quem já é fã do Abba, boa fonte de pesquisa. Made In Suécia-O Paraíso Pop do Abba é um tributo compatível com o legado de uma das bandas que mais se aproximou do conceito do pop perfeito em sua trajetória, e que continua tão cultuada nos dias atuais como quando estava na ativa.

 

Videoclipe de S.O.S. :

 

http://www.youtube.com/watch?v=V4JEmz4FoJE

 

 

 

11 Comments

  1. Alexandre Damiano

    April 23, 2009 at 11:12 am

    O ABBA foi uma das minhas primeiras experiências com a música internacional. Não me lembro bem, mas corria o ano de 79 e minha mãe ganhou uma fita cassete deles.
    Ouvíamos no carro ! bons tempos…grandes lembranças.

    Tenho uma coletânea e os detaques pra mim são Waterloo e SOS !

    Boa pedida Fabian !!

    abs
    Alexandre

  2. Oi Fabian, tudo bom ?

    Sumi mas estou de volta no mundo blogueiro. A Dianah-cabelinha-desenhista, lembras ?
    Queria saber se posso te add no meu blog novo.

    Besitos e tenha uma ótima semana

  3. vladimir rizzetto

    April 24, 2009 at 11:57 am

    Não sou um grande fã da banda, mas gosto de algumas músicas, tais como: Thank You for the Music, Waterloo, I do, I do, I do, Honey Honey, Dancing Queen, etc., todas essas são canções pops de alto nível.
    Também devo dizer que as vozes de Frida e Agnetha parecem coros angelicais. Perfeitas demais!
    Eu era “apaixonado” pela Agnetha quando era garoto, não podia vê-la na tela da Tv que ficava contemplando-a petrificado….
    Também tenho boas lembranças, como você, Alexandre!
    É isso aí, grande abraço à todos!

  4. Ninguém que tenha sido criado nos anos 70 conseguiu ignorar o Abba. Ou como fã, ou como detrator, ou apreciando algumas de suas músicas. Mas foi uma banda grande demais, naquele período, para ser ignorada. Boas escolhas de músicas, Alexandre e Vladimir. Grande abraço, e obrigado pela visita!

  5. Nooossa, Dianah, você por aqui? Que bom! Lógico que pode me adicionar, sim. Bjs procê também, e apareça sempre que quiser/puder. Espero que tenha gostado!!!!

  6. Acho Abba atemporal, mas não conseguiu me envolver.Se bem que (apesar de) não ter vivido os finais dos anos 70, fico pensando na atmosfera da época e quanto o ABBA fez parte.

    engraçado é pensar na minah mãe, com 53 anos, dizer que não suporta ouvir ABBA, chega a ser engraçado de tão raro por ser uma unanimidade daquela geração.

    Gosto da Summer night City, Gimme- Gimme…e etc…

    Saudações Chacur.

  7. Não se assuste com a reação da sua mãe, Carla, pois o Abba na verdade foi bem longe de ser uma unanimidade daquela geração (a dela), ou mesmo da minha (tenho 47 anos). Uns adoravam, outros (geralmente os que curtiam heavy metal ou progressivo), abominavam. Aliás, eram poucas as unanimidades na época………Muito obrigado pela visita qualificada, e volte sempre!

  8. Raquel Sacheto

    April 27, 2009 at 6:03 pm

    Sou fã do Abba e já conhecia o livro da Daniel. Concordo em gênero, número e grau com a afirmação de que é uma ótima biografia. Daniel conseguiu fazer um trabalho sério e de grande qualidade sobre o quarteto.

  9. Valeu pela visita, Raquel. De fato, o livro do Daniel é tudo de bom! Bjs e apareça sempre que puder/quiser!

  10. Claudio Romano

    May 2, 2009 at 8:35 pm

    Abba faz sucesso ateh hoje, pelo menos na Inglaterra, onde nas festas o DJ TEM que tocar pelo menos umas 3 musicas deles, senao a festa nao fica completa.

  11. Na Inglaterra, no Brasil, no Chile, na Austrália…….. É o que dizem por aí: música boa é para sempre, e o Abba tem pelo menos umas 20 canções que se encaixam nessa classificação. Grande abraço, Cláudio, e obrigado pela visita!

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