Por Fabian Chacur

 

No dia 23 de março, a primeira parte desta série falou do genial músico britânico nos anos 60. No dia primeiro de abril, foi a vez da década de 70. Agora, entramos nos 80. Winwood resolveu gravar discos nos quais tocava todos os instrumentos. Arc Of a Diver (1980) gerou pelo menos dois clássicos: a fantástica faixa título e a contagiante While You See A Chance, que se tornou uma das mais músicas mais tocadas da história do rádio americano. Talking Back To The Night (1982) o manteve em alto nível artístico e com direito a músicas ótimas como a faixa título e Valerie, mas com repercussão menor em termos comerciais. Em 1986, quando alguns apressadinhos consideravam Steve Winwood um nome do passado, ele lança Back In The High Life, contando com participações especiais de feras do naipe de James Taylor, Nile Rodgers (Chic), Joe Walsh (Eagles), Chaka Khan, Dan Hartman, James Ingram e inúmeros outros, e inicia o auge de sua carreira em termos comerciais. Canções como a fantasticamente sacudida Higher Love (primeiro lugar nos EUA), a roqueira Freedom Overspill, a deliciosamente pop The Finer Things e a lírica Back In The High Life Again invadem as paradas, e mostram que, sim, é possível conciliar apelo comercial com qualidade artística. Roll With It (1988), no qual se destacam a sacudida faixa título e a romântica Don’t You Know What The Night Can Do?, chegou ao número um da parada americana, e deu início a um contrato milionário com a Virgin Records. A década se encerrou com o mediano Refugees Of The Heart (1990), que trouxe como novidade a retomada da parceria com o ex-colega de Traffic Jim Capaldi, indicativo de um retorno compacto da banda nos anos 90. Mas isso é assunto para o próximo capítulo.

 

Confira o videoclipe de Higher Love:

 

http://www.youtube.com/watch?v=gdTHa8m1EFo