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Jack White, The Edge e Jimmy Page juntos

Por Fabian Chacur

A Todo Volume (It Might Get Loud) é um documentário tão bom que todos ficam buscando uma dentre as suas inúmeras cenas que sirva para defini-lo. Não fugirei a essa tentação, e escolho a parte final.

Nela, Jack White (White Stripes,  Raconteurs, Dead Weather), Jimmy Page (Led Zeppelin) e The Edge (U2) encerram seu maravilhoso encontro tocando e cantando um clássico do country rock.

Ver os três tratando com tanta reverência, tesão e inspiração uma música tão maravilhosa como The Weight, do The Band (lançada em 1968 em Music From Big Pink) é bem revelador do amor deles não pelo virtuosismo masturbatório e inútil, mas pelo que realmente importa: a música.

A grande música. Aquela que arrepia, e que às vezes precisa de poucas notas para aflorar e emocionar. Marcar as vidas de quem as ouve. Os três são mestres nisso, e provaram/provam isso em suas carreiras.

A ideia do diretor Davis Guggenheim foi muito inteligente. Ele reuniu três músicos de gerações distintas para trocar figurinhas sobre música, sobre suas origens, preferências, paixões. Livres, leves, soltos. Tipo bate-papo.

Individualmente, cada um visita e mostra para as câmeras lugares importantes para o início de suas trajetórias, com direito a cenas de arquivo de Page e de The Edge daquelas tiradas dos baús. Emocionantes, sempre.

Concordo com quem ressaltou a emoção com que Jack White e The Edge olham Jimmy Page tocar o riff inicial do clássico Whole Lotta Love, do Led Zeppelin. Afinal, foi ele quem criou aquela passagem sonora tão repetida e imitada nos últimos 40 anos.

A obra-prima tocada pelo seu autor ali, na frente dos dois grandes músicos que, naquele momento, sentiram-se apenas e tão somentes fãs como o mais humilde dos mortais.

Apesar do título, A Todo Volume é muito mais acerca de sutilezas e peculiaridades bacanas do de que exageros impositivos. Um documentário que os fãs do melhor rock and roll não podem se dar ao luxo de perder.

E que deixa claro o quanto Jimmy Page é humilde, o quanto The Edge sabe ser sutil com seu instrumento e o quanto Jack White é talentoso, com tudo para se firmar no mesmo alto patamar dos colegas de documentário. Vá ver já! Agora!

10 Comments

  1. Fernando Lazzari

    February 4, 2010 at 7:26 pm

    Faz algum tempo que eu procuro este filme em DVD. Já saiu aqui no Brasil? Onde posso encontra-lo?
    Abraço

  2. Alexandre Damiano

    February 5, 2010 at 10:11 am

    Cazzo !!! com o perdão da grosseria!

    onde arrumo isso?

  3. Getulio Marcondes

    February 6, 2010 at 1:49 am

    Outra “resenha” porca. Você está no lugar certo mesmo, R7.

    Você tirou seu diploma onde? Na Universidade Tabajara?

    Por que você não faz uma resenha sobre o Belo ? É do seu nivel músical…

    Ainda bem que 99% dos jornalistas que existem no país são sérios, mesmos os críticos, pois não partem para o lado pessoal, talvez por alguma “magoa interior”, mais infelizmente existe esse 1% que é formado por jornalistas vagabundos e sem vergonha igual a você.

  4. Muito Cool né?

    E eu que amo amo amo o Jack White adorei a participação dele, e claro dos demais.Mas o Jimmy Page e o The Edge já são consagrados.Precisava realmente algo pra por o Jack White neste meio.

    Adorei o documentário, mas eu destacaria a primeira cena: é a chave de tudo, que música é sentimento aliado a tecnica.

    Saudações Chacur!!!!

  5. * técnica.
    ODEIO cometer erros de português.

  6. Caro Fernando:
    Esse filme entrou recentemente em cartaz nos cinemas aqui em São Paulo, e creio ainda não ter sido lançado em DVD. De qualquer forma, quando eu tiver notícias sobre esse lançamento eu comentarei aqui, pois isso deve significar extras, o que seria lindo. O filme é fantástico!!! E obrigado pelas opiniões ótimas, Alexandre e Carla!!!!

  7. Hehehehe, grande Mr Page !!! Esse aih bateu um papao genial comigo e me deu um autografo com dedicatoria. Tah moldurado e pendurado na parede de casa !!!!

  8. Agora você humilhou, heim, Cláudio? Autógrafo do Jimmy Page!!!!! Adoraria juntá-lo com o que tenho de Robert Plant, que consegui aqui em São Paulo, no hotel Maksoud Plaza, quando ele veio ao Brasil fazer shows solo no finado Hollywood Rock. Show muito legal, por sinal…. Grande abraço e tuuuudo de bom!!!!

  9. Hehe, quem humilhou quem agora ??? No meu caso, foi pura sorte. Ele estava num dos voos que eu fiz a Marrakech, quando trabalhava de comissario de bordo. O mais interessante, foi que nesse voo eu era o funcionario mais “experiente” e como grande maioria dos “jovens” hoje em dia soh se interessam em Big Brother e coisas do tipo, nao foi surpreendente ver a falta de reacao deles quando eu quase tive um xilique ao ler o manifesto de passageiros e descobrir que tinha tamanho monstro da musica a bordo. Depois de meia hora explicando para o resto da tripulacao quem era Jimmy Page, apareceu uma oportunidade de eu poder trocar algumas palavras com o mesmo. Por coincidencia, duas semanas antes, eu acabara de ir ao show que marcou a volta da banda “Yes”, e que rendeu uma boa conversa com o Jimmy.
    Nao querendo ser bonzinho, mas sim, verdadeiro, eu gostaria de dizer que Jimmy Page demonstrou ser uma pessoa com os pes no chao, conversou comigo como se fosse um passageiro comum, me fez sentir confortavel, como se eu estivesse conversando com um amigo e isso me surpreendeu. Jah havia tido celebridades antes em outros voos e algumas delas se comportaram como verdadeiras criancas mimadas, mas nao ele, e isso para mim demonstrou que apesar da alta posicao no patamar da vida, em que ele se encontra, o mesmo sabe e aceita que todos nos nessa vida comecamos da mesma maneira e um dia acabaremos tambem, da mesma maneira.
    Esse, foi um dos momentos de minha vida que estarao para sempre na minha memoria.
    Um abracao, Fabian

  10. Cláudio, emocionante esse seu depoimento! O engraçado é que o Jimmy Page passa isso no filme que resenhei neste post. Parece ser um cara tranquilo , boa praça e sem frescuras. E o currículo do cidadão é sensacional, para dizer o mínimo! Não são tantos os artistas de ponta que tem esse mesmo espírito. Alguns deles: B. B. King, Paul McCartney, James Taylor, o mais do que saudoso Tom Jobim……Grande abraço, e muito obrigado pela sua presença em meu blog, para mim mais do que uma honra!!!!

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