Por Fabian Chacur

Que Jack White é um dos grandes nomes do rock atual e o maior de sua geração no setor, não tinha a menor dúvida. O trabalho dele com White Stripes, Raconteurs e Dead Weather é realmente de primeira linha.

Mas agora o cara resolveu ganhar um conceito do tipo nota mil comigo. Além de brilhante participação no documentário A Todo Volume (leia crítica a seguir), ele resolveu tomar uma atitude de gênio.

Ele simplesmente resgatou de um longo anonimato Wanda Jackson. Para quem não sabe, trata-se da melhor e mais vibrante intérprete de rockabilly de todos os tempos. Uma verdadeira Elvis/Carl Perkins de saia!

White toca guitarra e produz, além de trazer seus colegas de Raconteurs Jack Lawrence (baixo) e Patrick Keeler (bateria) para a gravação de inicialmente um EP e logo em seguida um álbum completo com Wanda.

Entre outras faixas, o CD incluirá releituras de You Know I’m No Good, de Amy Winehouse, e Shakin’ All Over, sucesso nos anos 60 com o grupo Johnny Kid & The Pirates. O disco deve sair em breve. Que saia logo!

Wanda Jackson nasceu em 20 de outubro de 1937 em Maud Oklahoma, cidade que fica pertinho da Oklahoma mais famosa. Do final dos anos 50 aos anos 70, lançou trabalhos seminais.

Inicialmente, ela era uma roqueira rebelde de voz rascante e empolgada, emplacando singles matadores como Let’s Have a Party, Riot In Cell Block # 9 e especialmente Fujiyama Mama, um desses petardos comparáveis aos dos grandes reis do rockabilly.

Depois, passou a se dedicar ao country, e continuou fazendo coisas muito boas. Uma boa amostra de sua obra é a excepcional coletânea Rockin’ In The Country (1990), da Rhino Records, com 18 faixas, todas elogiáveis.

Graças a Deus Wanda, aos 72 anos, continua saudável e na ativa, e pode curtir essa bela homenagem feita por Jack White, que em 2004 também produziu o disco de outra diva clássica do country, Loretta Lynn. Viva!