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DVD conta a história do álbum Paranoid, um dos clássicos do Black Sabbath

Por Fabian Chacur

Durante muitos anos, a crítica especializada tinha como diversão baixar o cacete em algumas bandas, e o Black Sabbath era uma delas. Para eles, o quarteto inglês fazia um som tosco, caricato e sem criatividade.

Nada como o tempo para provar se algo é consistente ou não. Precisos 40 anos depois de sua estreia no mercado fonográfico, o grupo liderado pelo vocalista Ozzy Osbourne acabou rindo por último.

Na área do heavy metal, poucas bandas conseguiram influenciar tanta gente e conquistar novos fãs a cada passagem de geração como essa aqui. E merecidamente. Eles ajudaram a criar os parâmetros desse tipo de som, com riffs pesados, letras macabras e visual repleto de cores escuras, especialmente preto.

Em novo volume da essencial coleção de DVDs Classic Albums, lançada no Brasil pela ST2, temos disponível nas lojas um documentário sobre as gravações e a importância do segundo álbum do Sabbath, Paranoid, lançado em 1970.

Se com o autointitulado álbum de estreia Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommy (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) haviam cativado muitos fãs, o segundo disco tornou-os uma das sensações do rock and roll em termos comerciais na época.

Isso, mesmo com eles indo totalmente na contramão da geração paz e amor de Woodstock. Aqui, o que importava era o peso, o clima sinistro, o protesto agressivo, a cara de mau. Arriscaram muito e se deram bem.

Incluindo clássicos perenes do metal pesado como Iron Man, War Pigs, Electric Funeral e a faixa título, Paranoid é dissecado canção a canção, acorde por acorde, riff por riff, neste seminal DVD.

A análise levará os desavisados a perceberem as inusitadas influências de jazz na abordagem musical da banda, de onde vieram suas características sonoras básicas e como cada música era composta.

Os quatro integrantes deram entrevistas esclarecedoras, assim como o engenheiro de som do disco, Tom Allom. Também foram intercalados depoimentos de fãs ilustres do grupo, entre os quais o sempre bem articulado Henry Rollins.

Um vídeo indispensável para quem curte rock pesado, e com direito a 42 minutos adicionais de entrevistas.

2 Comments

  1. vladimir rizzetto

    September 16, 2010 at 6:10 pm

    Fabian, esse disco tem um lugar todo especial no meu coração. São aqueles lances da nossa infância e adolescência que nunca esquecemos.
    Paranoid faz parte da minha educação musical, pois, foi um dos primeiros discos que ouvi na minha vida e, portanto, dá para imaginar o impacto que toda essa brutalidade sonora causou em mim!
    Este mega-clássico do Sabbath, criou um estilo, antecipou tendências e consequentemente pavimentou todo um caminho para as bandas pesadas que surgiriam posteriormente.
    São oito clássicos intocáveis, expontâneos e energéticos! De War Pigs a Fairies Wear Boots estão contidos todos os dogmas e leis do que viria a se chamar, algum tempo depois, de Heavy Metal!
    Imagino que na época de seu lançamento, Paranoid tenha representado um estupro e trangressão do modelo de rock vigente, aliás, como você bem observou, Fabian.
    Do power, trash, speed e demais vertentes, todas, sem excessão, devem creditar sua existência a Tony Iommi, o pioneiro dos riffs musculosos!
    Resumindo: puta disco, puta banda!
    Grande abraço, Fabian!

  2. admin

    September 18, 2010 at 6:03 am

    Belo depoimento, Vladimir. É isso mesmo, uma banda espetacular que estava a frente do seu tempo, mas que conseguiu ser compreendida pelo público antes da crítica e sobreviveu graças a isso. Que bom!!! Grande abraço e volte sempre!!!!

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