Por Fabian Chacur

No dia 17 de setembro, Peter Frampton se apresentará em São Paulo na Via Funchal. Na bagagem, traz, além de seus velhos e bons clássicos como Show Me The Way, Baby I Love Your Way e Breaking All The Rules, um novo e ótimo álbum.

Trata-se de Thank You Mr. Churchill, que a ST2 acaba de lançar no Brasil. Um trabalho muito, mas muito bacana mesmo.

Este disco sai sete anos depois de Now, seu simpático trabalho pop anterior, e três após o instrumental Fingerprints, que lhe valeu um Grammy.

Nele, o cantor, compositor e guitarrista britânico radicado há muito nos Estados Unidos mostra que não perdeu o tesão pelo rock.

Thank You Mr. Churchill não foge do estilo que sempre o marcou, com direito a guitarras sempre muito bem concatenadas, melodias escritas com cuidado e uma capacidade rara de misturar hard rock, rock básico, folk e o que mais vier sempre com categoria. Além daquela voz ótima e que não perdeu a magia dos anos 70.

O momento mais surpreendente do CD é a incandescente Road To The Sun, na qual ele conta com a participação especialíssima, nos vocais, de seu filho Julian, de 21 anos.

O moleque mostra que é o ramo, soltando a voz com raiva e expressividade nesse ótimo hard rock. A canção é uma parceria dos dois. Que venham outras.

O álbum começa a todo vapor, com a ótima faixa título, a energética Solution e a já comentada Road To The Sun. Depois, investe em elementos ora mais melódicos, ora mais pesados, passando por rockabilly, latinidade, faixas instrumentais a la anos 50 e muito mais.

Thank You Mr. Churchill é um daqueles discos ótimos de se colocar como trilha sonora para o seu dia a dia, pois não se perde em monotonia, é repleto de energia e apresenta um artista que não precisaria gravar mais nada de inédito para ser considerado brilhante, e que, no entanto, continua buscando novos acordes, novas canções, novos rumos.

Se tudo der certo, vou ver esse show dele na Via Funchal. Afinal de contas, nada melhor do que colocar grandes artistas como esse em meu currículo de shows, ao lado de Paul McCartney, Rolling Stones, Bryan Ferry e tantos outros do mesmo calibre. Até lá, vou ouvir Thank You Mr. Churchill até furar.