O Soundgarden fez parte do primeiro time do que se convencionou chamar de rock grunge, ao lado de Nirvana, Pearl Jam e Alice In Chains.
Entre 1984 e 1997, o grupo cuja formação clássica inclui Chris Cornell (vocal), Kim Thayil (guitarra), Ben Shepherd (baixo) e Matt Cameron (bateria) lançou bons trabalhos e se firmou como força do rock.
Entre outros, gravaram álbuns seminais como Badmotorfinger (1991) e Superunknown (1994), além de consolidar uma bela mistura de hard rock, heavy metal, pop, punk e até mesmo country e folk aqui e ali.
Durante os 13 anos em que permaneceram separados, seus integrantes se dedicaram a outros projetos, com destaque para Cornell, que lançou discos solo e também três álbuns com a banda Audioslave, na qual era acompanhada pelos músicos do Rage Against The Machine.
Em 2010, o quarteto resolveu voltar à ativa, tocando em eventos como o festival Lollapalooza e dando indicação de que não deve sair de cena tão rapidamente.
Enquanto os fãs aguardam algum novo trabalho, a banda coloca no mercado Telephantasm, que acaba de sair no Brasil via Universal Music.
Trata-se de uma coletânea com 12 faixas, sendo uma delas a inédita (e boa) Black Rain.
Birth Ritual é da seminal trilha do filme Singles – Vida de Solteiro (1992).
Hunted Down abre com virulência o CD e faz parte do primeiro EP da banda lançado pela mítica gravadora Sub Pop, Screaming Life, de 1987.
Os maiores hits da banda estão aqui, as ótimas Outshined, Rusty Cage, Spoommam e Black Hole Sun, assim como as não menos bacanas Hands All Over, My Wave e Blow Up The Outside World.
A compilação equivale a um belo cartão de visitas para quem deseja conhecer um pouco da obra deste ótimo quarteto americano.
O fã mais ávido certamente irá preferir a versão dupla, que inclui como bônus versões ao vivo e/ou alternativas dos hits, mais canções dos álbuns e embalagem e encarte especiais.
Pena que não haja previsão de esse material sair por aqui. Só na base da importação, mesmo.
Mas mesmo na versão simples Telephantasm é uma bela pedida para quem gosta de rock and roll sincero, virulento e feito com categoria por uma banda que realmente conseguiu entrar para a história.
November 6, 2010 at 8:55 pm
Meu caro Fabian, o Soundgarden e por extensão o Grunge, me divertiram demais, inclusive considero este movimento deveras importante para esse tal de rock and roll.
Na época de seu surgimento, o rock, ou o heavy metal, como queiram, passava por uma fase de muito glamor e pouquíssima música, propriamente dita.
Entretanto, é importante citar, que antes do estouro do grunge, Lenny Kravitz e Guns & Roses, meteram o pé na bunda das tais tendências da época, tocando um rock puramente setentista e, a partir disso, quebrou-se o maior dogma da indústria fonográfica, que consistia em tocar a música vigente de cada época, ou seja, tocar o que estava na crista da onda.
Os artistas supracitados abriram, então, o caminho para a aparição de Mudhoney, Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, entre outros.
O Soundgarden, era para mim, uma espécie de “Black Sabbath dos anos 90”, embora, o Sabbath, estivesse na ativa, a banda de Chris Cornell soava mais Sabbath do que eles próprios!
E, cá entre nós, que banda, hein, Fabian!!!
Outshined e Superunknow, certamente, estão entre as coisas mais geniais e, consequentemente, relevantes dos anos 90! Ouvi ambos, além da conta!
É isso aí!
Grande abraço, Fabian!
November 7, 2010 at 3:26 pm
Grande banda, mesmo, e não só pela poderosa voz de Chris Cornell. E sua associação com o Black Sabbath é perfeita, é aquele peso supremo, denso e agressivo. Grande banda, mesmo. Tomara que lancem um novo disco de inéditas com a mesma qualidade que nos mostraram nos anos 90. Grande abraço e apareça sempre por aqui!