Por Fabian Chacur

Taylor Swift completou 21 anos nesta segunda (13). Novinha, a moça já pode ser considerada uma das grandes estrelas pop da nova geração.

Seu terceiro álbum Speak Now, que a Universal Music acaba de lançar por aqui em edição luxuosa, obtém até agora um desempenho comercial excepcional.

Em sua semana de lançamento, o álbum vendeu em torno de 1.1 milhão de cópias, entrando direto no primeiro posto da parada americana.

Para que vocês possam ter uma idéia do tamanho dessa façanha, nos últimos três anos alguns álbuns atingiram o topo da parada da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, vendendo em torno de 100 mil cópias em sua semana inicial nas lojas.

Ou seja, a loirinha vendeu “apenas” onze vezes mais nesse período do que isso com o seu Speak Now.

Seria ela, então, mais um desses fenômenos pop malas do tipo Justin Bieber?

Não exatamente. Já começa pelo fato de a bela loirinha ser compositora das músicas que grava.

Boa autora, diga-se de passagem. Ela domina bem os cânones de sua área, que é o country com forte tempero pop rock.

Sua voz é boa de se ouvir, embora não tenha lá essa extensão toda e também não tenha timbre incomum ou coisa do gênero.

Mas ela sabe usá-la com inteligência e jogo de cintura, sempre apelando para refrãos pegajosos e bem construídos, com vocais de apoio precisos.

Speak Now abre com força total graças às excelentes e sacudidas Mine e Sparks Fly, no melhor estilo pop rock que consagrou o Fleetwood Mac.

O álbum apresenta uma alternância de canções mais vigorosas e outras melódicas e românticas, que no entanto não caem no brega mais escancarado.

A moça tem bom gosto e tem a preocupação de dosar apelo comercial ao desejo de inovar e colocar sua assinatura própria no que grava.

Mean, Speak Now, Better Than Revenge e Last Kiss são outros momentos bacanas de um disco muito bom de se ouvir.

Ela pode ser considerada uma irmãzinha do trio Lady Antebellum, sobre o qual já escrevi aqui em Mondo Pop e que também manda um country pop de primeiríssima linha. Outro bom destaque da nova geração pop.

Speak Now tem obviamente o auxílio luxuoso de clipes repletos de recursos visuais, shows superproduzidos e coisas do gênero para divulgá-lo.

Mas a música contida nele seria suficiente para tornar a mocinha uma estrela.

Como é bom ver que isso ainda existe na atual indústria fonográfica, quando tudo parece tão previsível, tão construído sob medida, tão falso…

Adoro Kanye West, mas ele foi um idiota ao praticamente agredir a moça em 2009 durante uma premiação da MTV, ao não se conformar que ela, e não sua amiguinha Beyoncé Knowles, faturasse um dos prêmios.

Quer saber? Taylor soa mais sincera e visceral do que a atual rainha da música negra americana. Pronto, escrevi!