Por Fabian Chacur

Minha segunda entrevista com Gonzaguinha foi lá pelos idos de 1988/1989, quando ele se preparava para fazer uma temporada em São Paulo.

O local do papo foi o hotel Maksoud Plaza, e desta vez, o artista estava em ótimo astral, respondendo bem às perguntas e esbanjando simpatia.

Confesso que não resisti e, ao final da coletiva, fui até ele e comentei acerca da má impressão que eu tinha tido dele após aquele primeiro contato, em 1987, no hotel Bristol.

“Lembro-me muito bem daquela entrevista .É que aquele cara começou a me provocar e eu não resisti, fui irônico com ele, respondi à altura, não era nada com você, não”, comentou ele.

A terceira e última entrevista ocorreu meses depois, em um flat localizado na região dos Jardins. Essa foi exclusiva, na qual ele falou sobre seu trabalho mais recente.

Curiosamente, é a entrevista da qual me lembro menos, exceto por um comentário no qual ele explicou o motivo de se hospedar em um flat, que era uma espécie de modismo na época.

“Acho legal ficar aqui, pois de repente posso eu mesmo cozinhar alguma coisa para mim, fazer uma salada, fico mais à vontade”.

Em termos de shows, além daquele em 1979 no teatro Procópio Ferreira, tive a oportunidade de ver só mais um outro, em 1982.

Mas foi “o” show, em um Parque do Ibirapuera (na Praça da Paz) completamente lotado, em evento que também incluiu a Blitz, Dalto e, acredite se quiser, o ator Lauro Corona dando uma de roqueiro (de forma patética, diga-se de passagem).

Curiosamente, o volume 18 da coleçlão Grande Discoteca Brasileira, que traz como brinde o álbum Gonzaguinha da Vida (1979), que eu comentarei na parte 3 desta série, inclui fotos tanto do show de 1982 quanto de Gonzaguinha próximo ao hotel Bristol, naquele 1987.

Fiquei emocionado quando vi as duas fotos. Vai ser babaca ali adiante!

Ouça Lindo Lago do Amor, versão de estúdio, com Gonzaguinha: