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Como conheci Daryl Hall & John Oates

Por Fabian Chacur

Lá pelos idos de 1981, uma musica poderosa, de beat irresistível, tomou conta dos meus sentidos e me impulsionou rumo à loja de discos mais próxima, para comprar um exemplar daquele single.

A canção intitulava-se I Can’t Go For That (No Can Do), e foi responsável por eu me apaixonar por seus autores e intérpretes, Daryl Hall & John Oates.

O compacto simples de vinil (com Unaguarded Minute no lado B) virou o meu favorito da época rapidinho, e me levou a ir atrás de mais coisas daquela dupla americana.

Confesso que não havia dado muita bola para o sucesso anterior deles, Kiss On My List, tanto que nem ligava o nome ao artista. Com o tempo, essa canção também entrou nas minhas favoritas.

Mas meu culto a Hall & Oates tornou-se forte mesmo a partir do momento em que adquiri o então recém-lançado Rock ‘N’ Soul Vol.1, (1983) na verdade uma coletânea com os grandes hits deles e mais duas músicas até então inéditas, as ótimas Say It Isn’t Soul e Adult Education.

A partir daí, passei a seguir os lançamentos deles, e também descobri que o duo começou a trabalhar junto no início dos anos 70, tendo lançado seu primeiro álbum, Whole Oats, no já então longínquo ano de 1972.

A primeira onda de sucessos veio em 1976, quando Sara’s Smile tornou-se um grande sucesso na parada america, e She’s Gone, lançada três anos antes, enfim estourou.

A segunda (e mais forte) fase positiva em termos comerciais rolou durante os anos 80, quando hits como Private Eyes, Kiss On My List, I Can’t Go For That (No Can Do), Maneater, Out Of Touch, Say It Isn’t So e Everything Your Heart Desires cativaram fãs pelo mundo afora.

O nome da coletânea que me fez virar fã de vez dos caras é uma boa pista sobre sua sonoridade, uma mistura de rock, soul, rhythm and blues, pop e muito mais, trazendo como armas refrãos marcantes, vocais sempre caprichados e o carisma do cantor Daryl Hall, uma das melhores vozes da música pop.

Entre as dezenas de sucessos dos caras, que estavam na ativa até há pouco, selecionei cinco marcantes.

I Can’t Go For That (No Can Do)

Com um beat irresistível reforçado por bateria eletrônica e um refrão matador, essa canção sensacional me tornou fã da dupla. Seu beat foi usado em dois outros sucessos alheios, Say Don’t Go, do grupo de rap De La Soul (no fim dos anos 80) e Sunrise, do Simply Red, já nos anos 2000.

Say It Isn’t So

Essa era uma das duas faixas inéditas incluídas na coletânea Rock ‘N’ Soul Vol. 1, lançada em 1983 e meu primeiro LP de vinil da dupla. Daquelas que te pega logo na primeira audição, que logo em seguida se torna segunda, terceira, quarta… Um clássico!

One On One

Conheci essa sensual balada de tempero latino em Rock ‘N’ Soul Vol.1, embora ela faça parte também do álbum H20 (1982), que também inclui o megahit Maneater. Uma das músicas ideais para se ouvir ao lado de quem se ama. Nos anos 90, Gabriel o Pensador usou seu beat para criar o sucesso Cachimbo da Paz (maresia, sente a maresia…).

Sarah Smile (live)

Sarah Smile colocou Daryl Hall & John Oates pela primeira vez entre os dez mais na parada americana, lá pelos idos de 1976. É uma de suas grandes baladas soul, e até hoje é presença infalível em seus shows, com direito a interpretação matadora de Daryl Hall.

Maneater

Uma das mais conhecidas do repertório de Hall & Oates, essa canção balançada se aproveita com criatividade e assinatura própria da linha de baixo de You Can’t Hurry Love, sucesso das Supremes nos anos 60 e regravada nos anos 80 por Phil Collins

4 Comments

  1. Fabian, muito bacana essa sua história sobre a dupla! Devo conhecer uns 3 a 4 hits deles, porém, ao ler o que você escreveu, deu-me a sensação de que há muito mais coisa boa que ainda não ouvi deles… Esse som tipo beat pop + voz marcante, certamente, é muito gostoso de se ouvir (aliás, falando em voz marcante, faz-me lembrar também do Peter Cetera, mais ou menos da mesma época). Sei que eles são muito admirados lá no Japão e, inclusive, com vários vídeos de shows feitos lá. Agora aqui no Brasil, não sei se eles já vieram. Bom, e já que estamos em época de Natal, nada melhor que a versão deles de ‘Jingle bell rock’ como sugestão. Abraço.

  2. admin

    December 21, 2011 at 2:08 pm

    Caro Oscar:
    Muito obrigado pelo elogio, valeu mesmo! A obra de Daryl Hall & John Oates é das mais ricas e interessantes. Vale a pena mergulhar nela! Se você gostou dessas músicas, tenho certeza de que encontrará muitas mais em sua discografia. Experimente uma coletânea, sendo que essa cuja capa ilustra este post é uma boa dica. Eles são idolatrados no Japão, você está certo! Lembro que passou na TV brasileira a gravação de um show deles realizado no fim dos anos 80 que teve até a participação de um artista local na música Private Eyes. E o Peter Cetera, em carreira solo ou como cantor do grupo Chicago, é outro com uma carreira muito interessante. Valeu pela visita, Oscar, e volte sempre que quiser/puder!

  3. Legal Fabian, eu pude ter o prazer de conhecer a dupla Hall & Oates ainda nos primórdios dos anos 80 ( pra ser mais preciso, em 1979)…Cara, que sensacional…Os caras mandavam muito bem…Um som de primeiríssima qualidade, a voz do Hall, inigualável ( muitos achavam tratar-se de um negro), acho que posso afirmar que esse sim é o par perfeito, pois combinam de tal modo que não é possível pensar em um sem o outro. E olha que no começo dos anos 80, haviam feras que eram simplesmente monstros…Caras como Tears for fears, Wham ( ainda nos primórdios), duran duran e muitos, mas muitos outros grandes grupos musicais que surgiram e fizeram sucesso naquela que considero a década de ouro da música pop mundial. Que maravilha a gente ver que Hall e& Oates estão na estrada mandando muito bem e mostrando pra molecada de hoje que som era o que se fazia nos anos 80…Abraços irmão…

  4. Valeu pelo ótimo depoimento e volte sempre! E vamos combinar: Hall & Oates é um som de primeira!!! Grande abraço e tudo de bom.

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