Por Fabian Chacur

O Mumford & Sons abocanhou o principal troféu da 55ª edição do Grammy, o Oscar da música, entregue na noite deste domingo (10) nos EUA. A promissora banda britânica levou na categoria Álbum do Ano com o seu excelente Babel (leia crítica aqui), em uma noitada com boas notícias para a música popular em geral.

Na categoria Record Of The Year (Single do Ano, dedicada ao produtor e ao autor da música premiada), por exemplo, venceu a deliciosa canção pop Somebody That I Used Know, do belga Gotye, em dueto com a cantora Kimbra. Gotye também faturou na categoria Best Alternative Music Album, com Making Mirrors. Gotye compõe e produz suas músicas, e tem forte veia pop.

Embora meio exageradinho, o som pop do trio Fun., oriundo de Nova York, é bacana e também mereceu levar nas categorias Revelação do Ano e Canção do Ano (com We Are Young), embora eu preferisse a contagiante e grudenta Call Me Maybe, de Carly Rae Jepsen. E Adele levou seu sétimo troféu (o único no qual concorreu este ano) com a versão ao vivo de Set Fire To The Rain, no quesito Performance Pop Solo. De quebra, ela entregou o troféu do Mumford & Sons.

Se não faturaram nas categorias principais, os rappers Jay-Z e Kanye West e o grupo Black Keys levaram três troféus cada em suas respectivas praias (rap e rock), enquanto Paul McCartney representou a geração dos anos 60 ao ganhar, com seu álbum Kisses On The Bottom (leia a crítica aqui) como Melhor Álbum Pop Tradicional.

A cerimônia, como de costume, foi repleta de apresentações musicais, e algumas foram realmente marcante. A cantora country Carrie Underwood (egressa do American Idol), por exemplo, arrasou em Blow Away, com direito a um efeito especial inédito em cerimônias desse tipo: várias imagens foram projetadas em seu vestido de forma arrebatadora.

O cantor Frank Ocean, que acabou fracassando nas categorias principais (levou em Best Urban Contemporary R&B Album), também teve seu momento de alta tecnologia ao emergir de um vídeo exibido no telão, cantar como se estivesse correndo dentro do mesmo e depois retornar ao vídeo, de forma simplesmente mágica. Pena que tenha esbanjando nervosismo em sua performance, com a voz nitidamente tremendo…

O Mumford & Sons participou do arrepiante tributo ao saudoso Levon Helm (do The Band-leia sobre ele aqui), uma das baixas da música em 2012. Além do grupo, estiveram na performance de The Weight feras como Elton John, Mavis Staples, T-Bone Burnett e a cantora do grupo Alabama Shakes. Stanley Clarke e Chick Corea também brilharam em um breve medley de Take Five e Blue Rondo a La Turk, homenagem a Dave Brubeck (leia sobre ele aqui).

O habitualmente recluso Prince esteve presente para entregar o troféu Record Of The Year, e elogiou os vencedores, Gotye e Kimbra, que devolveram os elogios de forma bastante emocionada. O show terminou com uma sensacional homenagem a Adam Yauch (MCA), dos Beastie Boys (leia sobre ele aqui), reunindo o rapper e ator LL Cool J (que também atuou como apresentador da cerimônia de entrega dos Grammys), Chuck D (líder do Public Enemy) e Tom Morello (guitarrista do Rage Against The Machine).

Mumford & Sons no programa de David Letterman: