Por Fabian Chacur
Completa 70 anos de idade nesta terça-feira (19) um dos caras que mais dignificou o rock and roll enquanto vertente musical em sua ainda ativa carreira musical. Trata-se do guitarrista, compositor e cantor britânico Pete Townshend, genial artista cuja obra é uma verdadeira enciclopédia repleta de obras seminais e emocionantes. Um artista na acepção da palavra.
Boa parte da trajetória de Townshend está ligada ao The Who, banda que criou e na qual continua tendo como parceiro o carismático vocalista Roger Daltrey. Um grupo que começou fazendo um som ao mesmo tempo melódico, agressivo e conciso, hoje considerado uma das origens de um dos estilos mais bacanas do rock, o glorioso power pop.
Com o tempo, ampliou seus horizontes e se encaminhou para o hard rock e para o rock progressivo, sendo também um dos responsáveis pela criação e consolidação do formato ópera rock, que no caso dele gerou maravilhas do naipe de Tommy (1968) e Quadrophenia (1973), momentos maiúsculos da história do rock.
Ainda com sua formação clássica, que incluía também o exponencial baixista John Entwistle e o baterista alucinado (e talentosíssimo) Keith Moon, também lançou álbuns capazes de reunir repertórios abrangentes e excepcionais, como os poderosos Who’s Next (1971) e Who Are You (1978), este último com as performances finais de Moon.
No The Who, Pete era responsável pela maior parte das composições e também pela guitarra, instrumento no qual nunca quis dar uma de virtuose, sempre jogando a favor das canções. Lógico que, dessa forma, acabou se firmando como um dos ases do instrumento, mas nunca foi de ficar jogando notas fora ou sendo exibicionista. Ah, e canta bem pacas.
Como artista solo, lançou trabalhos bem bacanas, entre os quais o ótimo Who Came First (1972) e os extremamente interessantes Empty Glass (1980) e White City (1985). Músicas dessa faceta de seu trabalho como Face To Face e Give Blood são tão boas como as melhores do The Who.
A quantidade incrível de boas canções no currículo de Townshend chega a assustar, indo muito além dos “temas de C.S.I.” Who Are You, Won’t Get Fooled Again e Baba O’Riley. Maravilhas como The Song Is Over, Sister Disco, The Real Me e Squeeze Box são apenas algumas provas dessa genialidade sem limites do cara. Vasculhar sua obra é delicioso.
Para alguns, sua insistência em manter o The Who na ativa em vários momentos, mesmo após as mortes de Keith Moon e de John Entwistle, pode ser considerado um pecado, mas não dá para negar que o núcleo básico do grupo sempre foi formado por ele e Daltrey, independente da grande importância de Moon e Entwistle. E eles tem honrado a camisa.
Vide o recente DVD Quadrophenia Live In London (2014), no qual a atual formação da banda toca na íntegra o repertório de sua célebre ópera rock e de quebra manda ver no bis seis clássicos, entre eles as dos C.S.I.s. No time, o irmão Simon Townshend (guitarra e vocais), o célebre baixista Pino Palladino e outros músicos ótimos.
Face To Face – Pete Townshend:
Give Blood – Pete Townshend:
The Song Is Over– The Who:
Sister Disco– The Who:
The Real Me– The Who:
August 27, 2015 at 12:29 pm
Mudou o “modos operandi” de com “tocar uma guitarra”, assim como Jimi Hendrix!! Sem o The Who o Metal e o Punk nunca seriam os mesmos!!!
August 27, 2015 at 12:29 pm
Mudou o “modos operandi” de com “tocar uma guitarra”, assim como Jimi Hendrix!! Sem o The Who o Metal e o Punk nunca seriam os mesmos!!!
August 31, 2015 at 11:27 pm
Um nome essencial para a história do rock, Marcio. Grande abraço e muito obrigado pela visita a Mondo Pop!