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Por Fabian Chacur

Em 1964/65, só um grupo conseguia competir com os Beatles nas paradas de sucesso no Brasil. E, acredite se quiser, fazendo música instrumental. Era o Zimbo Trio. Rubinho Barsotti, o exímio baterista desse grupo que marcou época na história da nossa música, nos deixou na madrugada desta quarta-feira (15), vítima de complicações oriundas de uma operação que teve de fazer no fêmur após uma queda em casa.

Nascido em São Paulo em 16 de junho de 1932, Rubinho foi um autodidata, e consolidou sua técnica e estilo próprios de tocar acompanhando músicos como Pedrinho Mattar, Rudy Wharton, Walter Wanderley e a orquestra do maestro Enrico Simonetti. O Zimbo Trio surgiu em março de 1964, e em seu primeiro show, acompanhou a cantora e atriz Norma Bengell. A seguir, iniciou sua carreira própria, que logo de cara rendeu muito sucesso.

Em 1965, tornou-se a banda residente do programa O Fino da Bossa, da TV Record, no qual acompanhou Elis Regina e Jair Rodrigues. A parceria rendeu discos e shows de muito sucesso. Neles, o grupo mostrou que o samba e outros ritmos brasileiros podiam ser tocados com elementos de jazz e muito refinamento, sem no entanto perder o encantamento rítmico da nossa música.

Em 1973, Rubinho e seus colegas de banda, Amilton Godoy (piano) e Luis Chaves (baixo), criaram o CLAM (Centro Livre de Aprendizado Musical), escola de música sediada em São Paulo que ajudou a formar inúmeros músicos de muito talento. O grupo se manteve ativo com sua formação original até 2007, quando Luis Chaves nos deixou. Rubinho permaneceria no time até 2010, quando problemas de saúde o levaram a se aposentar.

Ouça um álbum clássico do Zimbo Trio em streaming: