Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Author: Fabian Chacur (page 1 of 189)

Laura Pausini anuncio novo álbum e shows em São Paulo

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Por Fabian Chacur

A vida de Laura Pausini tem sido repleta de boas novidades nos últimos tempos. Ela ganhou um Globo de Ouro e um Latin Grammy, foi indicada ao Oscar, lançou um filme autobiográfico e realizou uma bem-sucedida turnê mundial. Seria normal dar uma paradinha para descansar, mas não é o que vai acontecer. A cantora e compositora italiana promete para o dia 27 de outubro Anime Parallele (Almas Paralelas), seu novo álbum, e uma nova turnê mundial.

Sobre o álbum, cujo primeiro single Il Primo Passo Sulla Luna já está disponível nas plataformas digitais, a sempre simpática artista comentou em texto enviado à imprensa:

“No dia em que ouvi o álbum inteiro pela primeira vez, minha mente passou de zero a mil em um instante, principalmente ao ouvir a primeira faixa que vai abrir esse novo caminho. Mal posso esperar para levar vocês comigo para esse novo mundo!”

A turnê, que não só divulgará o novo álbum como também celebrará os 30 anos de Laura nos palcos, já tem duas datas marcadas para o Brasil, ambas em São Paulo. Os shows serão realizados em 2 e 3 de março no Espaço Unimed. Seus grandes sucessos também estarão no repertório.

Il Primo Passo Sulla Luna (clipe)- Laura Pausini:

Bruce Hornsby lança a versão Deluxe de seu álbum Spirit Trail

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Por Fabian Chacur

Para quem só liga o nome de Bruce Hornsby ao megahit The Way It Is, de 1986 (ouça aqui), posso garantir que vocês só viram a ponta do iceberg. Sua carreira maravilhosa é repleta de grandes momentos, e um deles, o álbum Spirit Trail (1998) terá uma ediçao Deluxe lançada no dia 27 de outubro em vários formatos físicos e também nas plataformas digitais.

Spirit Trail 25th Anniversary Edition será disponibilizado no exterior em CD triplo e LP de vinil triplo. O repertório traz as 20 músicas do álbum original, 4 canções inéditas e 10 gravações ao vivo também nunca antes lançadas. Temos aqui por volta de 1h30 de música adicional, além de um livreto com 36 páginas com liner notes escritas pelo artista, as letras das músicas e fotos.

O álbum flagrou Hornsby em um momento bastante ousado de sua carreira, incorporando ao seu trabalho temas instrumentais, mais elementos de jazz. Por ser um álbum duplo e não muito divulgado, teve vendagens bem abaixo do habitual para ele, chegando apenas ao nº 146 nos EUA.

Curiosidade: Horsby já iniciou uma turnê para divulgar esse relançamento, e todos aqueles que comprarem ingressos ganharão como brinde a versão CD ou LP da 25th Anniversary Edition. Uma curiosidade: na época, a gravadora BMG optou por lançar em alguns países (inclusive Brasil) uma versão em formato CD simples, contendo 17 das 20 faixas do álbum original.

E para vocês não acharem que eu estou enchendo demais a bola deste cantor, compositor e exímio tecladista norte-americano, quantos músicos colaboraram com artistas de perfis tão distintos como Don Henley (dos Eagles), Chaka Khan, Grateful Dead, Pat Metheny e Ricky Scaggs? Façam esse favor a seus ouvidos, ouçam Bruce Hornsby. Vocês irão me agradecer e muito! Ah o velhinho bem-humorado na capa de Spirit Trail é um tio do músico, Charles Hornsby.

Living in the Sunshine– Bruce Hornsby:

Tuesday Night Music Club- Sheryl Crow (1993-A&M)

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Por Fabian Chacur

Em 3 de agosto de 1993, Sheryl Crow lançava Tuesday Night Music Club, o seu álbum de estréia. Aos 31 anos de idade, a cantora, compositora e musicista norte-americana era uma jovem veterana, com um currículo repleto de trabalhos interessantes. Faltava, no entanto, aquele algo mais para se tornar uma artista do primeiro escalão. E este trabalho proporcionou isso a ela, mas não sem uns belos percalços antes.

Nascida em Kenneth, Missouri (EUA) em 11 de fevereiro de 1962, filha de uma professora de piano e de um advogado que tocava trompete nas horas vagas, Sheryl se formou em educação musical na Universidade do Missouri em 1984 e logo começou a trabalhar como professora de música. Nos finais de semana, cantava em bandas e sonhava com uma carreira artística.

O produtor e músico Jay Oliver deu a ela suas primeiras oportunidades profissionais, escalando-a para gravar jingles para McDonald’s e Toyota. Após juntar um dinheiro, Sheryl resolveu mergulhar de vez no seu sonho e se mudou para Los Angeles em 1986. No ano seguinte, conseguiu uma oportunidade de ouro: ser backing vocals da turnê Bad, de Michael Jackson.

Até o início de 1989, a jovem cantora esteve com o Rei do Pop, com direito a um momento de destaque nos shows, quando interpretava I Just Can’t Stop Loving You ao lado do patrão, papel representado no álbum Bad pela cantora Siedah Garrett (também coautora do hit Man in The Mirror, do mesmo CD).

Fazer shows pelo mundo com Michael Jackson foi uma vitrine bastante útil para Sheryl. Naquele período, ela fez gravações ao lado de nomes importantes como Don Henley (dos Eagles), Belinda Carlisle (das Go-Go’s), Jimmy Buffett, Kenny Loggins e Neal Schon (do Journey e Santana).

O passo seguinte foi ter gravações próprias incluídas em trilhas de filmes, entre os quais Bright Angel, de 1990 (com a canção Heal Somebody), e Stone Cold, de 1991 (com a faixa Welcome To The Real Life).

Nessa época, entrou em cena na vida da futura estrela do rock um personagem que se mostraria decisivo. Era o cantor, compositor e músico Kevin Gilbert (1966-1996), que se tornou seu namorado e parceiro musical. Ele integrava a banda Toy Matinee e fazia trabalhos para gravadoras.

Ainda em 1991, graças à boa repercussão que sua canção Hundreds Of Tears (escrita por Sheryl em parceria com Bob Marlette- ouça aqui) teve ao ser incluída na trilha do filme Point Break (estrelado por Keanu Reeves e Patrick Swayze), ela foi contratada pela A&M para enfim gravar o seu primeiro álbum. Mas não seria assim tão fácil.

A gravadora escolheu um nome do primeiro escalão para se incumbir da produção, o britânico Hugh Padgham, conhecido por seus bem-sucedidos trabalhos com Phil Collins, Peter Gabriel, The Police e Sting.

O time de músicos envolvidos para a gravação desse álbum provavelmente incluiu músicos do gabarito de Dominic Miller (guitarra), Pino Palladino (baixo), Todd Wolfe (dobro e guitarra) e Vinnie Colaiuta. Não existe uma ficha técnica oficial disponível que possa confirmar 100% tal informação.

Programado para sair em setembro de 1992, o álbum teria as seguintes faixas (com os nomes dos autores quando essa informação for possível):

All Kinds Of People (Sheryl Crow- Eric Pressley-Kevin Gilbert), Father Sun, What Does It Matter, Indian Summer, Will Walk With You, Love You Blind. Near Me, When Love Is Over, You Want It All, Hundreds Of Tears (Sheryl Crow- Bob Marlette), The Last Time e Borrowed Time. O amigo Jay Oliver teria sido parceiro de Sheryl em algumas dessas composições.

Pouco antes de seu lançamento, no entanto, este álbum acabou sendo abortado em comum acordo entre a artista e a A&M. Aparentemente, ambas chegaram à conclusão de que aquele trabalho não conseguiria cumprir a missão de tornar Sheryl Crow uma grande estrela do pop rock.

Uma das razões pode ter sido a produção de Padgham, de alta qualidade técnica mas bastante impessoal nesta ocasião específica. Muitos teclados, bateria bombástica e solos um pouco exagerados são a marca registrada de uma sonoridade ainda muito ligada ao que se fazia na década de 1980.

No fim das contas, Sheryl também acabou deixando de lado as 12 composições, entre elas a única lançada anteriormente (Hundreds Of Tears), o ótimo rock Indian Summer (ouça aqui) e a balançada All Kinds Of People (ouça aqui), embora esta última lembre bastante Crazy, hit de Seal em 1991.

Duas dessas músicas acabaram sendo aproveitadas por outros artistas. All Kinds Of People foi gravada pela cantora country/contemporary christian Susan Ashton em seu álbum A Distant Call (1996), mesmo trabalho em que também gravou Hundreds Of Tears.

All Kinds Of People também seria regravada por Anita Hegerland (em 1994), Jill Johnson (1995), o grupo Big Mountain (1997) e Cherwin (1998), enquanto Hundreds Of Tears teria um registro do cantor Daryl Braithwaite em seu álbum Taste The Salt (1993).

Graças à pirataria, este álbum descartado pela A&M sairia em 1997 (ouça aqui) e hoje está disponível no Youtube, mas nunca teve uma versão oficial. Ouça e tire suas próprias conclusões.

Com um contrato a cumprir e uma primeira tentativa fracassada, Sheryl resolveu apelar para o namorado Kevin Gilbert, que a apresentou ao produtor e técnico de som Bill Botrell, dono de um pequeno estúdio em Los Angeles e que se reunia todas as terças-feiras com um time de músicos para jam sessions, parceria apelidada por eles de Tuesday Night Club.

De quebra, Botrell trazia como ótimas referências ser o coautor e coprodutor de Black Or White, megahit de Michael Jackson em 1991, e ter trabalhado na parte técnica para artistas como Thomas Dolby, Madonna, Tom Petty, Electric Light Orchestra e Travelling Wilburys.

Com essa turma, Sheryl mergulhou de cabeça na criação de um material que soasse mais personalizado e com a cara dela. E dessa forma nasceu o material contido em Tuesday Night Music Club, sem músicos badalados mas todos muito talentosos e capazes de oferecer um consistente som de grupo com uma assinatura própria para a candidata a estrela.

O time trazia, além da própria Sheryl Crow (vocal, guitarra e teclados), os músicos Kevin Gilbert (teclados, guitarra, bateria nas faixas Run Baby Run e All By Myself e baixo em All I Wanna Do), David Baerwald (guitarra), Bill Botrell (produção, guitarra, pedal steel), David Ricketts (baixo em Leaving Las Vegas), Dan Schwartz (baixo e assistente de produção) e Brian MacLeod (bateria, integrante das bandas Wire Train e Toy Matinee).

Tuesday Night Music Club é um trabalho coeso, com muita personalidade e centrado no pop rock com elementos de folk, country e jazz. Tinha tudo para dar certo, No entanto, não foi o que ocorreu inicialmente. Run Baby Run, o 1º single extraído do álbum, sequer entrou nos charts em setembro de 1993. What Can I Do For You bateu na trave em fevereiro de 1994. E Leaving Las Vegas, o 3º, não passou do nº 60 em abril de 1994.

Como forma de ser apresentada ao grande público, Sheryl começou a abrir shows de grupos e artistas como Big Head Todd & The Monsters, Crowded House e John Hyatt. Entre 7 de julho e 13 de setembro de 1994, abriu os shows da badaladíssima turnê Hell Freezes Over, que marcou o retorno dos Eagles do amigo Don Henley. Aí, as coisas começaram a andar.

Em outubro de 1994, All I Wanna Do, a faixa mais pop do álbum, atingiu o 2º posto nos EUA, e abriu caminho para que Sheryl Crow fosse uma das grandes vencedoras da 37ª edição do Grammy, em março de 1995, rendendo a ela três troféus- Record of The Year, Best New Artist e Best Female Pop Vocal Performance, todas graças a All I Wanna Do.

Aí, em 25 de março de 1995, Tuesday Night Music Club atingiu a sua posição máxima na parada ianque, um excelente 3º lugar, longos um ano e sete meses após o seu lançamento. O CD vendeu mais de 7 milhões de cópias no mercado americano e teve ótimas vendagens em vários países, tendo atingido o 8º posto nas paradas do Reino Unido.

Análise das faixas de Tuesday Night Music Club:

Run Baby Run (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- ouça aqui)

A marca registrada das canções deste álbum são histórias de personagens estradeiras, literalmente sem lenço e sem documento e em busca de suas identidades, destinos e sucesso. Mais ou menos a mesma situação de Sheryl e seus colegas, embora não dê para dizer com toda a certeza que se tratem de canções totalmente autobiográficas. Certamente tem ficção no meio, como deixa clara a abertura desta linda canção de tempero blues, que abre com um “ela nasceu em 1963 no dia que Aldous Huxley (o autor do livro Admirável Mundo Novo) morreu”, sendo que a cantora nasceu em fevereiro de 1962. Aqui, a garota, filha de hippies, aprendeu que o importante é “correr, baby, correr” em meio às dificuldades.

Leaving Las Vegas (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- ouça aqui):

Neste folk rock compassado, temos Sheryl incorporando uma mulher saindo de Las Vegas após se cansar de tentar o sucesso na terra da jogatina insana e romantizada, dos shows bregas e das luzes brilhantes à noite e do clima de solidão no meio do deserto de dia. E se mandando de uma vez por todas, como ela ressalta. Outro momento bem ficcional com elementos reais, já que ela se mandou do Missouri rumo a Los Angeles, uma cidade totalmente envolvida com a música e o cinema.

Strong Enough (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- ouça aqui):

Aqui, a garota ficcional conta ao parceiro de momento os principais aspectos de sua trajetória, entre eles seus medos, desejos e carências. e sempre ressaltando a pergunta “seria você forte o suficiente para ser o meu homem?”. Destaques para a linda melodia, a slide guitar no melhor estilo country e uma interpretação apaixonada e contida na medida certa de Sheryl. Na parte final da canção, versos que denotam fragilidade e surgiriam novamente em outra composição incluída neste álbum: “minta pra mim, eu prometo que acreditarei, mas por favor não se vá”.

Can’t Cry Anymore (Sheryl Crow- Bill Botrell- ouça aqui):

Neste rockão com riff poderoso de guitarra que demonstra fortes influências de Lou Reed, a cantora mostra sua coragem para novamente sair de uma situação difícil pela razão mais simples: “não posso mais chorar”. O lamento pela má sorte e pelas situações difíceis recorrentes também surgem nos versos de uma pessoa que certamente não aguenta mais encrencas.

Solidify (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- Kevin Hunter- ouça aqui):

As canções de Tuesday Night Music Club saíram basicamente de jam sessions entre os músicos envolvidos, e esta funkeada e poderosa faixa é um dos exemplos mais evidentes, especialmente pelo fato de incluir uma letra bem vaga acerca de um relacionamento afetivo não muito estável e a questão básica de “porque eu deveria solidificá-lo?” Teria algo a ver com o namoro de Sheryl com Kevin Gilbert? Boa pergunta…

The Na-Na Song (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- ouça aqui):

Faixa simplesmente sensacional e contagiante, obviamente inspirada em I Am The Walrus, dos Beatles, que inclusive são citados ironicamente pelo fato de uma de suas canções (Revolution) ter sido usada em um comercial da Nike (sem autorização direta da banda, vale ressaltar). Um dos seus versos: “quero ser a Madonna, mas o preço é muito alto”. Mas quem acompanhou sua trajetória sabe que o preço para ser Sheryl Crow também não foi nada baixo. Essa canção teve uma versão anterior (e bem inferior), Volvo Cowgirl 99, que só viria à tona em 2009.

No One Say It Would Be Easy (Sheryl Crow- Bill Botrell- Kevin Gilbert- Dan Schwartz- ouça aqui):

Em outro momento introspectivo do álbum, temos aqui um rock mais lento com tempero bluesy no qual novamente o tema é uma situação de impasse perante dificuldades sérias vividas pelo personagem, com o refrão deixando tudo claro: “ninguém disse que seria fácil, mas também ninguém disse que seria tão duro, e que chegaríamos a esse ponto”.

What Can I Do For You (Sheryl Crow- David Baerwald- ouça aqui):

Entra em cena um rock balançado com uma letra na qual Sheryl faz uma ácida crítica ao cenário machista da música, no qual muitos esperam que a mulher seja obrigada a fazer “favores” aos executivos e produtores musicais para poder atingir os seus objetivos profissionais. “O que eu posso fazer por você ninguém no mundo de Deus pode fazer”, diz em um dos versos.

All I Wanna Do (Sheryl Crow- Wyn Cooper- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- ouça aqui):

Em 1987, o poeta norte-americano Wyn Cooper escreveu o poema Fun, no qual dizia a frase “Tudo o que eu quero é ter um pouco de diversão antes de morrer”. E esse foi o mote utilizado por Sheryl na canção mais pop e dançante do álbum, que acabou se tornando o seu maior hit. O cenário é o de um barzinho no qual desconhecidos se divertem tomando todas as cervejas possíveis enquanto observam o mundo cotidiano lá fora, sem grandes perspectivas. E dessa forma desencanada ela não só divertiu os fãs de música pop e de rock como também se tornou enfim uma estrela da música.

We Do What We Can (Sheryl Crow- Bill Botrell- Kevin Gilbert- Dan Schwartz- ouça aqui):

Após o momento mais descontraído do álbum, surge uma canção intimista e com forte inspiração jazzística no qual um músico de jazz relembra dos tempos de outrora e de como as coisas atualmente não estariam mais tão animadoras. Mas, apesar desse clima levemente deprê, a esperança surge em versos como “mas é bom estar vivo, e essas são as escolhas que você faz pra sobreviver, você faz o que pode”. Levemente conformista, é fato, mas confortante. Sheryl convidou para fazer um lindo solo de trompete nesta gravação ninguém menos do que o seu pai, Wendell.

I Shall Believe (Sheryl Crow- Bill Botrell-ouça aqui):

A versão original de Tuesday Night Music Club era encerrada com essa canção comovente, na qual a personagem vai fundo naquele verso de Strong Enough e ressalta “venha para mim agora, mesmo que seja mentira, diga que tudo ficará bem, e eu acreditarei”. Para não deixar margem a dúvidas da sua necessidade em acreditar, ela usa a expressão “I shall”, que vai além da simples “I will”, como que ressaltando uma crença dogmática naquilo em que acredita. Neste caso, no amor de que ela tanto necessita. Se bem que temos uma pequena ressalva: “Por favor, diga honestamente que você não desistirá de mim, e eu acreditarei”. Belo fim para um belíssimo álbum.

All By Myself (Eric Carmen- Sergei Rachmanonoff- ouça aqui):

Uma das marcas registradas da carreira de Sheryl Crow é a sua participação em inúmeras trilhas de filmes e séries televisivas, álbuns celebrando obras de outros artistas e projetos desse tipo. Sua regravação de All By Myself, grande sucesso de Eric Carmen em 1975 surgiu dessa forma, e acabou sendo incluída na trilha sonora da novela global Pátria Minha, exibida entre julho de 1994 e março de 1995.

A gravadora Polygram, que na época distribuía os lançamentos da A&M Records no Brasil, resolveu então incluir All By Myself na tardiamente lançada edição nacional de Tuesday Night Music Club, com direito a uma chamada na capa do CD. A releitura ficou bem simpática, mas abaixo do resto do repertório deste grande álbum.

Tuesday Night Music Club ganhou em 2009 uma Deluxe Edition via Universal Music, com direito a um CD adicional e a um DVD com clipes e um pequeno documentário sobre a gravação deste trabalho (saiba mais sobre o seu conteúdo aqui).

Uma informação final: Sheryl Crow faria seus primeiros shows no Brasil em novembro de 1995, abrindo as apresentações de Elton John, que também fazia a sua estreia em palcos brasileiros. Tive a sorte de ver sua ótima apresentação em São Paulo, perdida por muitos fãs por causa do trânsito nas imediações da Arena montada na região do Ibirapuera.

Ouça Tuesday Night Music Club, de Sheryl Crow, em streaming:

The Rolling Stones anunciam Angry e Hackney Diamonds

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Por Fabian Chacur

Esta véspera de feriado no Brasil veio com uma ótima surpresa para os fãs de classic rock. Já está disponível nas plataformas digitais Angry, o 1º single a ser divulgado do aguardadíssimo álbum Hackney Diamonds, que marca o retorno dos Rolling Stones ao universo dos trabalhos só de composições inéditas após 18 anos de A Bigger Bang (de 2005).

Hackney Diamonds está programado para sair em diversos formatos no dia 20 de outubro via Universal Music. Serão 12 novas composições, gravadas em diversos estúdios localizados nos EUA, Londres e Nassau (nas Bahamas). O trabalho terá provavelmente a participação especial de ninguém menos do que Paul McCartney e Ringo Starr, o que será confirmado em breve.

O álbum também marca a primeira colaboração da agora sessentona banda com o produtor e músico Andrew Watt, conhecido por seus trabalhos ao lado de Pearl Jam, Iggy Pop e Elton John, e ganhador de um Grammy como melhor produtor do ano em 2021

Angry, o single, é o que se poderia esperar de uma música para abrir a divulgação de um álbum dessa banda icônica. Trata-se de um rock básico, com riffs certeiros e andamento compassado na melhor tradição de Mick Jagger e Keith Richards. Na segunda audição você já está cantando o refrão junto com eles. Tipo da canção feita para ninguém ficar bravo…

O clipe é muito divertido. Dirigido por François Rousselet, tem como estrela a bela atriz norte-americana Sydney Sweeney, conhecida por seus trabalhos em séries como The White Lotus, Euphoria e The Handmaid’s Tale. Ela incorpora uma roqueira vestida a caráter e passeando pelas ruas em um carrão conversível olhando versões animadas de antigos outdoors com imagens dos Stones dos anos 1960 pra cá.

Angry (clipe)- The Rolling Stones:

Idina Menzel faz parceria com Nile Rodgers no single Paradise

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Por Fabian Chacur

Idina Menzel é uma cantora, atriz e compositora norte-americana que ficou conhecida mundialmente ao fazer a voz original da animação Frozen (2013) e gravar o megahit oriundo dessa trilha sonora, Let It Go. Ela acaba de lançar o seu 1º álbum em quatro anos, Drama Queen, e traz como faixa de destaque um dueto certeiro com um dos grandes craques da música pop de todos os tempos.

A irresistivelmente dançante Paradise tem como principal tempero a fantástica guitarra rítmica do genial Nile Rodgers, conhecido pelo seu trabalho com o seu grupo, o Chic, e também por ter emprestado o seu imenso talento a nomes do porte de David Bowie, Diana Ross, Madonna e Carly Simon, entre inúmeros outros. E a dobradinha deu um belo match. Uma das melhores faixas para as pistas do ano.

Dona de um vozeirão que a tornou uma estrela nos musicais teatrais a partir de 2005 com Rent, Idina, que na TV ficou conhecida atuando na série Glee, teve o bom senso de dosar essa potência vocal e dar ênfase ao apelo dançante, tornando Paradise certeira. E Nile na guitarra sacode até segurança da coroa britânica.

Paradise– Idina Menzel e Nile Rodgers:

Jards Macalé mostra Coração Bifurcado com shows em SP

Por Fabian Chacur

Aos 80 anos de idade, Jards Macalé permanece muito produtivo, para felicidade de seus inúmeros fãs. Além de ter feito o histórico show ao lado de Caetano Veloso referente ao cinquentenário do álbum Transa do astro baiano, ele nos proporcionou um novo trabalho, Coração Bifurcado. É para apresentar o repertório deste novo bebê sonoro que o cantor, compositor e músico carioca volta a São Paulo para shows neste sábado (2) às 21h e domingo (3) às 18h no Sesc Pompéia (rua Clélia, nº 93- fone 0xx11-3871-7702), com ingressos de R$ 15,00 a R$50,00.

Coração Bifurcado reúne composições inéditas de Macalé ao lado de parceiros como Capinam, Ronaldo Bastos, Kiko Dinucci e Rômulo Fróes, entre outros, e foi concebido levando em conta o atual espirito das coisas no nosso conturbado Brasil. Ele explica melhor:

“Desde antes da pandemia, foi me batendo um sentimento de que o ódio crescia, a cizânia crescia, o desentendimento orgânico no Brasil crescia. Então, eu resolvi fazer um disco falando de amor como um gesto político, mas também amoroso”.

Para acompanhá-lo, ele montou uma banda feminina integrada por Maíra Freitas (teclado, talentosíssima filha de Martinho da Vila), Navalha Carrera (guitarra),Lelena Anhaia (baixo), Aline Gonçalves (sopros), Victoria dos Santos (percussão) e Flavia Belchior (bateria).

O repertório traz canções do álbum como Amor In Natura, A Arte de Não Morrer, Mistérios do Nosso Amor e O Amor Vem da Paz, e certamente incluirá alguns dos clássicos dos mais de 50 anos de carreira deste artista seminal.

OBS.: Jards Macalé divulgou nas suas redes sociais na manhã deste sábado (2) que não tinha condições físicas para realizar os dois shows, que foram adiados para uma data ainda a ser divulgada. Quando tivermos essa confirmação informaremos vocês, queridos leitores.

Amor In Natura– Jards Macalé:

Duca Belintani mostra Electric Delta com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Toda vez em que o tema for o blues feito no Brasil, o nome de Duca Belintani merece ser citado com entusiasmo. Esse grande cantor, compositor e guitarrista possui uma carreira repleta de bons momentos. O mais recente é Electric Delta, seu 8º álbum, cujo repertório será apresentado ao vivo para o público paulistano no próximo dia 6/9 (quarta-feira) às 20h no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 45,00.

Electric Delta foi inspirado pela viagem que Duca realizou em 2019 entre Chicago e New Orleans, região que é um dos berços nobres do blues. Ele mostra o repertório deste álbum e também algumas de trabalhos anteriores, sendo que poderemos ter músicas inéditas também na programação.

Leia mais sobre esse grande bluesman brasileiro aqui.

Just An Old Man (clipe)- Duca Belintani:

The Chemical Brothers lançam uma parceria com o cantor Beck

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Por Fabian Chacur

Tem parceria bacana já disponibilizada nas gloriosas plataformas digitais. O single Skipping Like a Stone reúne dois nomes que surgiram na cena musical dos anos 1990, o cantor, compositor e músico norte-americano Beck e o duo britânico The Chemical Brothers. A música é uma prévia do 10º álbum de estúdio da dupla, For That Beautiful Feeling, que sairá em 8 de setembro.

Skipping Like a Stone traz aquela mesma (e ótima, vale ressaltar) combinação de música eletrônica, dance music e psicodelia que tornou Tom Rowlands e Ed Simmons famosos mundialmente a partir de 1997, quando seu 2º álbum, Dig Your Own Hole, invadiu as paradas de sucesso de todo o mundo, impulsionada pelo hit matador Setting Sun.

Além do novo álbum, os parceiros também prometem para o dia 26 de outubro Paused In Cosmic Reflection, livro no qual contam a sua trajetória pelo mundo da música, que já rendeu a eles nada menos do que seis troféus Grammy, o Oscar da música, sendo que seis de seus álbuns atingiram o topo da parada de sucessos do Reino Unido.

Skipping Like a Stone– The Chemical Brothers e Beck:

Joe Abujamra mostra canções do álbum de estréia em Sampa

Joe_Abujamra- 400x foto Fabio Audi (1) (1)

Por Fabian Chacur

Em 2018, Joe Abujamra voltou ao Brasil após uma temporada estudando no Musicians Institute em Los Angeles, EUA. Desde então, fez diversos shows e preparou material para seu álbum de estréia, que acaba de sair. E é para mostrar esse trabalho ao público paulistano que o cantor, compositor e guitarrista se apresenta nesta quarta-feira (30) às 20h no tradicional Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 194- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 45,00.

Para acompanhá-lo, Joe, que também usa o codinome Illegal Joe, terá a seu lado os experientes músicos Mauro Sanches (bateria, ex-Nau) e Xantilee Jesus (contrabaixo), além de ter como convidado especial o cantor, gaitista e guitarrista Big Chico, um dos grandes expoentes do blues brasileiro.

O set list trará faixas autorais de Found, como My Life, Find Myself, For You e Free, com espaços para clássicos de artistas que o influenciaram, como B.B.King, Jimi Hendrix, Jimmy Reed, Muddy Waters e Sonny Boy Williamson.

Se o sobrenome desse talentoso blueseiro da nova geração pareceu familiar, saiba que ele é filho do grande cantor, compositor, produtor, músico e ator André Abujamra, e da cineasta Anna Muylaert.

My Life– Joe Abujamra:

The Killers lança o seu single synth pop Your Side Of Town

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Por Fabian Chacur

No dia 2 de dezembro, The Killers voltam a tocar no Brasil, mais especificamente em São Paulo, como uma das atrações principais do festival Primavera Sound. Eles se encontram, atualmente, em meio a uma turnê repleta de datas em festivais e até mesmo em um evento ligado a um GP de Fórmula 1. Enquanto isso, a banda oriunda de Las Vegas (EUA) aproveita para lançar seu primeiro single de 2023.

Your Side Of Town, a nova canção, surge com forte influência do synth pop dos anos 1980, com muitos teclados, vocais distorcidos e levada dançante. O autor é o vocalista, Brandon Flowers, e a produção ficou a cargo da banda em parceria com os badalados Stuart Price e Shawn Everett.

Na estrada desde 2001 e com sete álbuns de estúdio no currículo, The Killers se firmaram como uma das bandas mais competentes nos palcos da vida, especialmente em grandes festivais, e tem no carisma de Flowers um de seus pontos fortes. A nova canção os mostra em ótima forma.

Your Side Of Town– The Killers:

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