Muita gente tem escrito canções tendo como tema o isolamento social exigido pelo combate ao novo coronavírus. Uma das melhores acaba de ser disponibilizada nas plataformas digitais, e tem assinatura nobre. Trata-se de Easy Sleazy, canção assinada por Mick Jagger que o vocalista dos Rolling Stones canta e toca guitarra tendo o apoio de Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) nos vocais, guitarra, baixo e bateria. O resultado é uma faixa bastante energética, na melhor tradição dos Rolling Stones e com uma letra muito inteligente.
Sobre sua motivação, Jagger falou o seguinte, em comunicado enviado à imprensa: “É uma música que escrevi sobre como sair do lockdown, com um certo otimismo, que é muito necessário. Obrigado a Dave Grohl por pular na bateria, baixo e guitarra, foi muito divertido trabalhar com você. Espero que todos gostem de Eazy Sleazy”.
Por sua vez, Dave Grohl ressaltou a importância da parceria para o seu já extenso currículo: “É difícil colocar em palavras o que foi a experiência de gravar essa música com Sir Mick, o que isso significa para mim. Está além de um sonho tornado realidade. Bem, quando eu pensei que a vida não poderia ficar mais louca … achamos a música do verão, sem dúvida!”.
Além do fantástico trabalho feito com seu próprio grupo, o Chic, o genial Nile Rodgers traz como marca as inúmeras colaborações bacanas com outros artistas. Em 1980, por exemplo, ele produziu e compôs o repertório do álbum King Of The World, da cantora francesa Sheila (na época conhecida como Sheila B Devotion). Pois agora, 41 anos depois, eles voltam a trabalhar juntos em uma das faixas do novo álbum da estrela pop da terra de Charles Aznavour, Venue D’Ailleurs, infelizmente sem previsão de lançamento no Brasil.
Intitulada Law Of Attraction, a música é um petardo dançante, composto por Nile (que se incumbe de sua marcante guitarra rítmica) em parceria com Jerry Barnes, Melissa Sanley e Alex Forbes. O álbum também traz outra participação ilustre, a do cantor e baixista Jason Scheff, que integrou o grupo Chicago entre 1985 e 2016 ocupando a vaga de Peter Cetera.
A nova parceria de Sheila e Rodgers é uma boa sucessora da faixa mais destacada do álbum King Of The World, a simplesmente espetacular Spacer (ouça aqui), uma das melhores composições do guitarrista com seu saudoso parceiro de Chic, o não menos brilhante Bernard Edwards.
Annie Chancel ganhou o seu nome artístico em 1963 ao gravar uma versão em francês do hit Sheila, do americano Tommy Roe. Ela começou a gravar em inglês em 1977, e antes da parceria com Nile Rodgers emplacou hits nas pistas de dança com a releitura disco de Singin’ In The Rain (interpretada por Gene Kelly em 1952 no filme Cantando na Chuva) e a quase roqueira You Light My Fire, ambas com boa repercussão no Brasil.
Vale o registro: quando começou a cantar em inglês, Sheila inicialmente se valeu de um trio de dançarinos que se intitulava B Devotion. Especialmente na França, seus discos eram creditados a Sheila & B Devotion, mas na maioria dos outros países (incluindo o Brasil) seu nome aparecia como Sheila B Devotion, como se fosse um sobrenome.
João do Amor Divino é a faixa de abertura de um dos melhores álbuns da carreira do saudoso Gonzaguinha, o brilhante Gonzaguinha da Vida (1979). Sua letra permanece infelizmente mais atual do que nunca, e faz todo sentido do mundo termos uma regravação deste clássico neste tempo doido em que vivemos na atualidade. Quem se incumbiu da tarefa foi o grupo Overdrive Saravá, com participação especial do cantor e compositor André Prando. Trata-se do 1º single do novo álbum da banda de Niterói (RJ), previsto para sair ainda este ano.
O quarteto fluminense está na estrada desde 2012, e traz em suas fileiras Gregory Combat (vocal e percussão), Thiago Henud (guitarra), Matheus Freire (baixo) e Caio Dalmacio (bateria). Seu arranjo para a canção de Gonzaguinha preserva o esqueleto da gravação original, mas enfatiza elementos que tem a ver com o rock psicodélico dos anos 1960 de bandas como Jefferson Airplane, por exemplo. O resultado ficou intenso e bastante elogiável.
A inspiração para essa música é no mínimo curiosa. O tecladista paulista Jota Moraes tinha acabado de entrar na banda de Gonzaguinha. Quando seu novo músico se apresentou como Jota, o autor de Explode Coração quis saber qual era seu nome de batismo, e ficou surpreso com a resposta: João do Amor Divino! Foi a partir desse nome que ele imaginou o roteiro do que viria a ser essa canção icônica da vertente social de sua obra.
Eis a letra de João do Amor Divino (Gonzaguinha):
39 anos de batalha
Sem descanso
Na vida
19 anos
Trapos juntos
Com a mesma rapariga
9 bocas de criança para encher de comida
Mais de mil pingentes na família para dar
Guarida
Muita noite sem dormir na fila do INPS
Muita xepa sobre a mesa
Coisa que já não estarrece
Todo dia um palhaço dizendo que Deus dos pobres nunca esquece
E um bilhete mal escrito
Que causou um certo interesse
É que meu nome é
João
Do Amor Divino de Santana e Jesus
Já carreguei
Num guento mais
O peso dessa minha cruz
Sentado lá no alto do edifício
Ele lembrou do seu menor
Chorou
E mesmo assim achou
Que o suicídio ainda era o melhor
E o povo lá embaixo olhando o seu relógio
Exigia e cobrava a sua decisão
Saltou sem se benzer por entre aplausos e emoção
Desceu os 7 andares num silêncio de quem já morreu
Bateu no calçadão e de repente
Ele se mexeu
Sorriu e o aplauso em volta muito mais cresceu
João se levantou e recolheu a grana que a platéia deu
Boas notícias precisam ser muito celebradas nesses dias tão sombrios, e a chegada de uma nova safra de canções compostas pelos irmãos Lô e Márcio Borges, após quase dez anos, é uma delas. Em cinco décadas, eles criaram maravilhas do porte de Tudo Que Você Podia Ser, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo e Para Lennon e McCartney, só para citar alguns marcos dessa produção. O resultado deste retorno está no sublime álbum Muito Além do Fim, já disponível em CD e nas plataformas digitais.
Aos 69 anos de idade, Lô Borges se mostra cada dia melhor no seu ofício de ourives de canções. Sim, ourives, pois o que produz é tão ou mais precioso do que as caríssimas joias produzidas por esse tipo de profissional. Afinal, como precificar as sensações, emoções e a energia que as composições criadas por este verdadeiro fraldinha do Clube da Esquina nos proporcionam? Tudo sempre com muita delicadeza, sutileza e alma sonhadora e apaixonada.
O núcleo musical do trabalho anterior, o delicioso Rio da Lua (de 2019, leia a resenha aqui) permanece, com Lô solto e inspirado no vocal, piano e violão, o cirúrgico e de raro bom gosto Henrique Matheus na guitarra e o sólido e consistente Thiago Corrêa no baixo, teclados e percussão. O time é completado pelo também ótimo Robinson Matos na bateria.
Esse quarteto se mostra entrosado e capaz de dar belíssimas roupagens a canções que, mesmo só no esquema voz-e-violão, já soariam como clássicas. Sem excessos nem preciosismos, ressaltando possibilidades presentes nas melodias e nas levadas rítmicas ou mesmo sugeridas nos versos. O resultado nos proporciona uma sólida fusão de rock, folk, pop e MPB em geral que honra a frequente citação aos Beatles, célula mater da criação de Lô desde sempre.
Temos aqui 10 canções que primam pela diversidade sutil, diferenciadas ora por um riff de guitarra, ora por uma levada peculiar de violão, ora por um piano muito bem conduzido. É música que vai te dominando e te hipnotizando, fazendo o imenso favor de nos tirar das sombras e do pessimismo rumo a um estado de espírito otimista, esperançoso e de inusitado prazer. E isso, mesmo quando os versos de Márcio agulham as contradições venenosas do ser humano.
A coisa já começa a mil com o delicioso rock melódico que dá nome ao álbum, que traz como cereja do bolo a participação especial do sempre especial Paulinho Moska. Um pouco mais ardida e com Henrique Matheus dando um banho de categoria, Muito Querida vem a seguir. Psicodelia derramada e bem criativa é a marca de Copo Cheio, em que o tempero agridoce dos versos de Márcio Borges chegam à tona com força total.
Vida Ribeirão vem no sabor do folk rock à brasileira, enquanto Rainha traz boa melodia e uma guitarra precisa. Canções de Primavera lembra o estilo anos 1980 de um grande amigo e parceiro de Lô, o genial Beto Guedes. A marca pop de Caos e a delicadeza light de Melhor Assim abrem caminho para Terra de Gado, que traz o piano como condutor e uma letra política sutil, mas certeira, que enfoca a forma como muita gente leva, e mal, muito mal, suas vidas.
Escolhida para encerrar o álbum, Piano Cigano traz apenas quatro versos e abre largos espaços para o poderoso acompanhamento instrumental, com o piano mais uma vez à frente e uma pegada comparável a dos momentos mais vigorosos do rock progressivo. Um final brilhante para um disco simplesmente seminal, sem uma única nota fora do lugar e que nos leva a pensar que, sim, enquanto há vida, há esperança. Com canções de Lõ Borges na trilha sonora, obviamente.
Ringo Starr lançará Zoom In, um novo EP com cinco gravações inéditas, nesta sexta-feira (19). Como forma de saciar a curiosidade de seus milhões de fãs, ele acaba de divulgar previamente mais uma faixa. Trata-se de Zoom In Zoom Out (ouça aqui), um blues rock com tempero pop que conta com as participações especiais do guitarrista Robbie Krieger (ex-The Doors) e o pianista Benmont Tench (ex-Tom Petty And The Heartbreakers). Aliás, o que não falta nesse trabalho é gente famosa marcando presença ao lado do ex-beatle.
A primeira faixa a ser divulgada de Zoom In chegou às plataformas digitais em dezembro, e com direito a um clipe no qual podemos ver Paul McCartney, Joe Walsh (The Eagles), Sheryl Crow e outros. Trata-se de Here’s To The Nights, uma espécie de power ballad com o típico estilo de sua autora, a compositora americana Diane Warren, responsável por megahits gravados por astros como Céline Dion (Because You Loved Me), Aerosmith (I Don’t Want To Miss a Thing) e Nothing’s Gonna Stop Us Now (Starship), entre dezenas de outros.
RINGO STARR ZOOM IN – Créditos
Produzido por: Ringo Starr
Co Produzido, Gravado e Mixado por: Bruce Sugar
Gravado em: Roccabella West Beverly Hills, CA.
Masterizado por: Chris Bellman em Bernie Grundman Mastering
Faixas:
Zoom in Zoom Out (Jeff Zobar)
Ringo Starr: Bateria, Percussão e Vocal
Robby Krieger: Guitarra
Jeff Silbar: Baixo e Guitarra
Benmont Tench: Piano e Orgão
Amy Keys: backing vocals
Windy Wagner: backing vocals
Here’s to the Nights (Diane Warren)
Ringo Starr: Bateria e Vocal
Steve Lukather: Guitarra
Nathan East: Baixo
Benmont Tench: Piano
Bruce Sugar: Synth Guitar
Jim Cox: Arranjo de Corda e Synth Strings
Charlie Bisharat: Violino
Jacob Braun: Cello
Vocais Convidados: Paul McCartney, Joe Walsh bem como Corinne Bailey Rae, Eric Burton (Black Pumas), Sheryl Crow, FINNEAS, Dave Grohl, Ben Harper, Lenny Kravitz, Jenny Lewis, Steve Lukather, Chris Stapleton and Yola.
Waiting For The Tide To Turn (Ringo Starr- Bruce Sugar)
Ringo Starr: Bateria e Vocal
Nathan East: Baixo
Bruce Sugar: Teclado
Tony Chen: Guitarra
Ed Roth: Hammond B3
Zelma Davis: BGV
Not Enough Love in the World (Steve Lukather- Joseph Williams)
Ringo Starr: Bateria, Percussão e Vocal
Steve Lukather: Guitarras, backing vocals
Joseph Williams: Teclados, backing vocals
Arranjo por Joseph Williams
Teach Me To Tango (Sam Hollander)
Ringo Starr – Percussão, Vocal, 1 drum fill
Grant Michaels – Teclado
Josh Edmondson- Guitarra
Sean Gould – Guitarra
Kavah Rastegar – Baixo
Candace Devine – backing vocals
Zelma Davis – backing vocals
Charity Daw – backing vocals
James King – metais
Blair Scinta – Bateria
Hal Rosenfeld – Percussão
Sam Hollander –backing vocals
Produzido por Sam Hollander
Co Produzido por Grant Michaels
Mixado por Chris Dugan
Here’s To The Nights (clipe)- Ringo Starr & Friends:
Temos perdido tantos grandes nomes da música nos últimos tempos que é um alívio poder dar boas notícias a respeito de alguns deles. Neste caso, a dupla americana Marilyn McCoo & Billy Davis Jr., dois nomes de destaque da música pop americana nos anos 1960 e 1970 integrando o grupo The Fifth Dimension e como duo. Casados há mais de 51 anos e em plena forma, eles acabam de lançar um novo single, Silly Love Songs, já devidamente disponível nas plataformas digitais.
Trata-se de uma releitura muito bem feita e com tempero soul dançante de um grande hit dos Wings de Paul McCartney que foi lançado no ano de 1976 no álbum Wings At The Speed Of Sound. Uma bela escolha de cover, que o casal soube incorporar ao seu estilo com bom gosto e classe, suas marcas registradas.
Marilyn, nascida em 30 de setembro de 1943, e Billy, em 26 de junho de 1938, tornaram-se conhecidos no mundo do show business integrando o grupo vocal The Fifth Dimension, que entre 1968 e 1975 emplacou hits marcantes como Up, Up And Away, Wedding Bell Blues, Stoned Soul Picnic, (Last Night) I Didn’t Get To Sleep At All e Aquarius-Let The Sunshine In, entre outros.
Em 1976, após sair do grupo, lançaram como dupla o álbum I Hope We Get To Love In Time, que trouxe como destaque o single You Don’t Have To Be a Star (To Be In My Show), que atingiu o primeiro lugar na parada americana em janeiro de 1977. Naquele mesmo 1977, apresentaram um programa na TV americana, sendo o primeiro casal de negros a realizar tal feito por lá.
Nos anos 1980, embora continuassem casados, eles começaram a fazer trabalhos artísticos individuais. Ela apresentou por vários anos o programa Solid Gold e também atuou como atriz, enquanto Billy investiu na área da música cristã e como ator. No início dos anos 1990, participaram de uma bem-sucedida turnê de reunião da formação original do The Fifth Dimension.
Em 2004, o casal lançou em colaboração com o escritor Mike Yorkey a autobiografia Up, Up And Away…How We Found Love, Faith & Lasting Marriage In The Entertainment World. O álbum duplo ao vivo Live saiu em 2013, com 18 faixas divididas entre hits da dupla, do The Fifth Dimension e da soul music. Com o grupo e em dupla, ganharam 7 troféus Grammy, 15 discos de ouro e 3 de platina no disputado mercado fonográfico americano.
Silly Love Songs (lyric video)- Marilyn McCoo & Billy Davis Jr.:
O cantor e compositor britânico SG Lewis, de 26 anos de idade, não poderia ter escolhido um parceiro melhor para o single que dá início à divulgação de Times, seu primeiro álbum. Trata-se de ninguém menos do que Nile Rodgers, líder do grupo Chic e um dos maiores compositores e produtores da história da música pop. A canção intitula-se One More e mescla a contagiante levada de guitarra do músico americano com uma melodia que traz ecos da melancolia eletrônica do grande Depeche Mode.
Em press release enviado à imprensa, Lewis, originário de Reading, Inglaterra, comenta sobre essa parceria:
“One More foi a primeira música que escrevi para este álbum em LA, e uma que me colocou no caminho de fazer este álbum inteiro. Trabalhar com Nile Rodgers foi uma experiência que permanecerá comigo pelo resto da minha vida. Ter alguém que influenciou não só este álbum, mas toda a minha carreira tocando essa música é alucinante”.
E há quem renegue a internet como um todo… Lógico que a rede mundial digital tem seus problemas, mas ela proporciona ao ser humano belas possibilidades. Sem essa ferramenta, por exemplo, o cantor, compositor e músico Khalil Magno Menegolo certamente não teria sido descoberto pelo fotógrafo e produtor brasileiro radicado em Portugal Sergio Guerra, ao postar de forma despretensiosa um vídeo de sua canção Quem é Deus. E, hoje, não teríamos à nossa disposição seu belo álbum de estreia, De Cara Pro Vento (Maianga Discos-Dubas).
Nascido em Sorocaba (SP), onde mora até hoje, Khalil começou a tocar violão aos 13 anos de idade em Belém do Pará, cidade originária da família materna. A paterna tem suas raízes em Garanhuns (PE). Após tocar em bares e mesmo em ônibus e nas ruas da sua cidade natal, ele começou a fazer vídeos caseiros de suas canções. E foi assim que ele foi descoberto e recebeu o convite de Sergio Guerra para gravar um disco em Portugal, em 2019.
Com produção, arranjos e programações a cargo de Alê Siqueira, o cantor que hoje beira os 25 anos de idade fez uma seleção de suas composições desses anos todos, e chegou ao repertório de 13 faixas que integra De Cara Pro Vento. Logo de início, chamam a atenção as suas letras, extensas e repletas de mergulhos certeiros nos vários aspectos da vida, indo do amor e relações humanas até a política, algo quase inevitável nos tempos atuais.
Tudo gira em torno de seu violão incisivo e da sua voz assertiva, forte, ora áspera, ora mais doce, refletindo influências de Caetano Veloso, Chico Cesar e de outros artistas capazes de fazer com categoria essa mistura dos ritmos brasileiros de raiz com uma urbanidade mais próxima dos sons universais. Mas essa brasilidade prevalece o tempo todo, com uma variação de levadas rítmicas e soluções melódicas muito bem concatenadas por ele.
Khalil mostra muita personalidade e desenvoltura em canções como Força, Seja Feliz, Quem é Deus? e Revolução dos Bichos. E vale destacar a belíssima edição física em CD de De Cara Pro Vento, no formato de um pequeno livro com capa dupla e encarte com as letras. De Sorocaba para o mundo, um artista que tem tudo para se firmar no cenário da música. Valeu, Dona Internet!
Já está disponível nas plataformas digitais um novo single de Serj Tankian. Trata-se de Elasticity, que está sendo divulgada por um clipe claustrofóbico e muito impactante dirigido por Vlad Kaptur e estrelado pela atriz russa nascida na Bielorrússia Aleksandra Bortich (creditada no vídeo como Sasha Bortich). A faixa é a primeira a ser divulgada de um novo EP do artista, programado para sair no exterior em 19 de março pelo selo Alchemy Recordings/BMG em formatos físicos e digitais.
Intitulado precisamente Elasticity, o EP traz cinco faixas de autoria do cantor, compositor, poeta, artista visual, produtor de filmes, ativista político e escritor armênio nascido no Líbano, radicado em Los Angeles e com 53 anos de idade. Ele explica como surgiu o projeto deste novo trabalho solo:
“Quando eu imaginei possivelmente criar outro disco com os caras do System of a Down alguns anos atrás, eu comecei a trabalhar em uma seleção de músicas que fiz com arranjos de rock por esse motivo,” Serj diz. “Como nós não conseguimos chegar a um acordo na visão de um álbum para o grupo, eu decidi lançar essas músicas pelo meu nome.”
Mais ativo do que nunca, com cinco álbuns do SOAD e outros cinco solo no currículo, além de várias colaborações com outros artistas, ele também compôs trilhas para vários filmes. Sua mais recente produção em termos cinematográficos é o documentário Truth To Power, que registra um pouco da sua atuação como roqueiro e ativista político, sempre lutando em nome das minorias e contra ditaduras e políticos opressores e violentos.
Eis as faixas do EP Elasticity:
1. Elasticity
2. Your Mom
3. Rumi
4. How Many Times?
5. Electric Yerevan
De um lado, um dos mais consistentes e bem-sucedidos grupos do rock brasileiro da década passada. Do outro, uma das mais talentosas e versáteis profissionais de arte da nova geração- cantora, compositora, atriz, apresentadora de TV etc. O grupo cearense Selvagens À Procura de Lei e a multifacetada artista paraibana Lucy Alves juntam suas capacidades em um single que acaba de ser disponibilizado nas plataformas digitais. Trata-se de Sede Ao Pote, cuja capa traz um belo desenho assinado pelo artista AZUHLI.
A canção em sua versão original foi lançada em 2019 como parte do 4º álbum do Selvagens À Procura de Lei, Paraíso Portátil. Agora com Lucy dando o ar de sua graça na mistura, a balada de letra inspirada e tons pop ganhou um tempero de música nordestina que demonstra o acerto da parceria entre esses dois trabalhos aparentemente tão distantes entre si. As vozes de Lucy e Rafael Martins, o cantor da banda, encaixaram-se perfeitamente.
Sede Ao Pote– Selvagens À Procura de Lei e Lucy Alves:
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