Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Jack Bruce tocará em SP em outubro

Por Fabian Chacur

Jack Bruce, um dos nomes mais importantes da história do rock, finalmente tocará em São Paulo. A apresentação está marcada para o dia 24 de outubro no Teatro Bradesco (rua Turiassu, nº 2.100 – fone 3670-4100- www.teatrobradesco.com.br), com ingressos de R$ 100 a R$ 250.

O astro britânico terá ao seu lado a Big Blues Band, que conta com ele no baixo, vocal e piano e mais os músicos Tony Remy (guitarra), Paddy Milner (teclados), Winston Rollins (trombone), Frank Tontoh (bateria), Paul Newton (trompete), Nick Cohen (baixo) e Derek Nash (sax tenor).

Nascido na Inglaterra em 14 de maio de 1943, Jack Bruce iniciou a carreira integrando grupos britânicos que se propunham a reler o blues americano, entre os quais a Graham Bond Organization e John Mayall’s Bluesbreaker.

Em 1966, já considerado um dos grandes nomes da cena do blues de Londres como cantor e baixista, uniu-se a dois outros músicos que também brilhavam por lá, o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker.

Surgia o Cream, que em menos de três anos se tornou um dos melhores e mais infuentes power trios da historia do rock, graças a álbuns como Disraely Gears e Wheels Of Fire e canções como Strange Brew, Sunshine Of Your Love e Badge.

Após o fim do Cream, Jack mergulhou em inúmeras experiências e intercâmbios com outros músicos, além de investir em rica carreira solo que rendeu otimos álbuns como Songs For a Taylor e A Question Of Time.

Investindo em rock, blues e jazz, ele participou do Lifetime, ao lado do saudoso e fantástico baterista Tony Williams, West, Bruce & Laing (power trio com o guitarrista Leslie West e o baterista Corky Laing) e BBM (outro power trio, desta vez com Gary Moore na guitarra e o velho amigo Ginger Baker na bateria), além de tocar na All Star Band de Ringo Starr.

Ele também gravou e fez shows com nomes do porte de Lou Reed, Frank Zappa, Mitch Mitchell e Robin Trower. Em 2005, participou do breve e mais do que histórico retorno do Cream, que rendeu um DVD/CD gravado ao vivo no mesmo Royal Albert Hall que presenciou a despedida do célebre grupo, em 1968.

Seu mais recente álbum é Seven Moons, gravado em dobradinha com Robin Trower, ex-guitarrista do Procol Harum. Outros lançamentos recentes são a caixa retrospectiva Can You Follow?, com seis CDs, e o documentário sobre sua carreira Rope Ladder To The Moon.

Valeu pelo toque, Cláudio Foá, amigo que me deu essa ótima notícia e a quem dedico este post!

Born Under a Bad Sight, ao vivo em 2011, com Jack Bruce e banda:

Juanes faz sua estreia em palcos brasileiros

Por Fabian Chacur

Juanes, um dos artistas de origem latina mais importantes da música pop contemporânea, finalmente fez seu primeiro show no Brasil. A apresentação, no entanto, ocorreu apenas para convidados (na verdade, grandes felizardos) na noite desta quarta-feira (27) no Teatro Geo, em São Paulo.

O cantor, compositor e músico colombiano esbanjou simpatia, carisma e muito talento em um show feito para iniciar a divulgação por aqui de seu novo lançamento, o DVD e CD MTV Unplugged, lançado no Brasil pela Universal Music e que traz releituras de 11 de seus maiores sucessos e três faixas inéditas (La Señal, Azul e Todo En Mi Vida Eres Tu).

Acompanhado por quatro músicos de sua banda (violão, teclados, baixo e percussão), Juanes cantou e tocou por aproximadamente uma hora, mostrando com categoria sua mistura de ritmos colombianos, rock e pop, com pitadas de jazz/blues aqui e ali. O show contou com a participação de Paula Fernandes, que interpretou o dueto que gravou com o astro latino, Hoy Me Voy, e dois de seus sucessos, entre os quais Pássaro de Fogo.

Antes, o cantor que está na estrada há mais de 20 anos concedeu uma entrevista coletiva à imprensa brasileira. Ele falou, por exemplo, da importância de ter sido produzido e dirigido musicalmente neste novo trabalho pelo lendário músico Juan Luis Guerra, oriundo da República Dominicana e conhecido no Brasil pela música Burbujas de Amor (Borbulhas de Amor, na versão de Raimundo Fagner).

“Conheci ele há oito anos, e há muito queríamos atuar juntos, mas só agora conseguimos conciliar nossas agendas. Trabalhar com Juan Luis Guerra foi um aprendizado, uma experiência incrível, aprendi muito com sua sobriedade. Gostaria que ele tivesse cantado no CD, também, mas ele se dedicou tanto a escrever os arranjos e a orientar os músicos que não teve tempo para isso”.

Hino pela paz encerra o CD/DVD

Guerra só aparece no palco para reger os músicos na música que encerra o repertório do CD/DVD, Odio Por Amor, por sinal a mais contundente e contagiante do trabalho, com sua mensagem de paz e a participação de um coral de 32 vozes.

“Compus Odio Por Amor há cinco anos e já a havia gravada em estúdio, mas essa música ganhou nova vida neste trabalho, é um canto pela paz, pela vida, e ficou com o seu arranjo ideal, cresceu muito”, comenta.

MTV Unplugged também conta com a participação do cantor e compositor espanhol Joaquín Sabina, na música inédita Azul. “O Sabina é um grande poeta, um grande letrista, gravar com ele foi um sonho realizado”.

Curiosamente, Juanes iniciou sua carreira como integrante da banda de heavy metal Ekhymosis, que esteve em cena do fim dos anos 80 ao fim dos 90. Ele relembra como se deu sua mudança de estilo musical.

“Quando criança, eu ouvia basicamente a música popular colombiana. Aos 13 anos, apaixonei-me pelo rock, e integrei a Ekhymosis durante oito anos. Aí, vi que seria importante misturar os dois mundos, o do rock e o da música do meu país, não poderia renunciar às minhas origens”.

Para quem não teve a sorte de ver seu show em São Paulo, uma boa notícia. Juanes iniciará uma turnê mundial em setembro, e pretende voltar ao Brasil em fevereiro ou março de 2013, desta vez para shows abertos ao público em geral. Ele disse que já havia sido convidado para tocar aqui, em um festival em 2011, mas não teve como aceitar devido à agenda lotada.

Em seus 13 anos de carreira solo, Juanes vendeu mais de 12 milhões de discos, além de ter ganho um Grammy da categoria principal e 17 Grammy Latinos. Ele considera MTV Unplugged um momento muito especial em sua trajetória.

“Este disco equivale a um resumo dos meus 13 anos de carreira, mostrando um pouco do que virá, também. Quero fazer novas experiências no futuro, tocar um pouco mais de rock, gravar em inglês e português, arriscar-me um pouco mais. Também quero estreitar meus laços com o público brasileiro e o de outros países, adoro esse intercâmbio”.

Veja La Paga, com Juanes, na versão incluída em MTV Unplugged:

Morre Bob Welch, ex-Fleetwood Mac

Por Fabian Chacur

Não aguento mais escrever sobre mortes de nomes importantes na história do rock, mas não dá para fugir da raia. Logo, lá vamos nós mais uma vez. Perdemos nesta quinta-feira (7) o músico Bob Welch, que entre 1971 e 1974 integrou o Fleetwood Mac. Ele foi encontrado morto em sua casa em Nashville, nos EUA, e tudo leva a crer que se tratou de suicídio.

Matéria do site da revista americana Billboard informou que um bilhete estava próximo ao corpo, com conteúdo ainda não revelado. À mesma fonte, o baterista do Fleetwood Mac, Mick Fleetwood, não só lamentou a perda do companheiro como também achou estranha a forma como a morte ocorreu, afirmando ter sido Welch um cara bem-humorado e inteligente.

Bob Welch nasceu no dia 31 de julho de 1946 em Los Angeles, California, e teve seu primeiro momento de destaque no cenário da música ao integrar a banda The Seven Souls.

Em abril de 1971, viu sua vida tomar novo rumo ao ser apresentado por uma amiga aos integrantes do Fleetwood Mac, que viviam um de seus momentos mais confusos pelo fato de terem perdido, em pouco tempo, os guitarrista Peter Green e Jeremy Spencer. Welch recebeu o convite para substituir Spencer.

A importância de Bob Welch na história do Fleetwood Mac é seminal, pois foi ele quem ajudou não só a banda a se manter na ativa naqueles anos difíceis, como também os encaminhou para uma mudança de som, do british blues inicial rumo a uma mistura de folk, country, pop e rock que os tornou conhecidos mundialmente, além de ter sido o primeiro não britânico a integrar o time. Essa mudança de rumos foi aumentando aos poucos a popularidade da banda.

Welch teve por volta de 20 de suas composições gravadas pelo grupo nos álbuns Future Games (1971), Bare Trees (1972), Penguin (1973), Mystery To Me (1973) e Heroes Are Hard To Find (1974). Além de guitarrista e compositor, era um ótimo cantor, de voz suave e melódica, e ficou na linha de frente do grupo, ao lado da cantora e tecladista Christine McVie.

Das canções de sua autoria gravadas pelo FM, destacam-se Hypnotized e especialmente Sentimental Lady. Esta última, cuja imbatível versão original encontra-se em Bare Trees (um álbum maravilhoso, por sinal), foi regravada por ele em 1977, em sua careira solo, e chegou ao oitavo posto na parada americana de singles.

No fim de 1974, Bob Welch resolveu sair fora do grupo e partir inicialmente para a criação de um trio, o Paris, que lançou dois álbuns antes de se separar. Aí, resolveu se dedicar à carreira solo, tendo curiosamente como manager o ex-colega de banda Mick Fleetwood, vínculo que se manteve até os anos 80.

Nunca deixei de me divertir com o irônico título do último álbum de Welch com o FM, Heroes Are Hard To Find (heróis são difíceis de serem encontrados). Quando ele saiu da banda, muitos achavam que seria difícil aquele grupo encontrar um substituto à altura de Welch, na época o cantor, guitarrista e principal compositor do então quarteto.

Quem poderia imaginar que o grupo não só encontraria novos heróis -dois, para ser mais preciso, Lindsey Buckingham e Stevie Nicks- à altura como de quebra ainda iria rumo ao topo do mundo do rock a partir de 1975? Coisas da vida, choque de opiniões…

A carreira individual de Welsh viveu bons momentos em seus anos iniciais, especialmente graças à releitura já citada de Sentimental Lady, às canções Hot Love Cold World, Ebony Eyes e Precious Love, e a álbuns como French Kiss (1977).

A partir dos anos 80, viu sua popularidade cair bastante, além de sofrer com os efeitos da heroína, que consumia em quantidades significativas até 1986.

Em 1994, entrou com um processo contra o Fleetwood Mac alegando não pagamento de royalties, e isso possivelmente levou a organização do Rock And Roll Hall Of Fame a injustamente não convidá-lo para a cerimônia de indução da banda àquela importante instituição de preservação da história do rock em 1998.

Welch ficou extremamente magoado, mas voltou a ser amigo de Mick Fleetwood nos anos 2000. Ele relembrou seus tempos de FM com o lançamento de dois álbuns no qual releu composições suas gravadas pela banda e também outras de suas canções. Esses CDs são Fleetwood Mac Years And Beyond Vols 1 (2003) e 2 (2006).

É extremamente triste saber que alguém com tanto talento e com tantos feitos bacanas em seu currículo tenha tirado a própria vida. Que ele possa descansar em paz, e que Deus o abençõe pelas belíssimas canções que nos deixou, e que certamente ouviremos de novo e de novo hoje, amanhã e enquanto houver mundo…

Curiosamente, outro integrante dessa fase de transição do Fleetwood Mac também morreu este ano, mais precisamente no dia 3 de janeiro de 2012. Foi o guitarrista Bob Weston, que integrou o time nos álbuns Penguin e Mystery To Me. Tem um post sobre ele em Mondo Pop.

Ouça Sentimental Lady, com Bob Welch:

Veja Hypnotized, com o Fleetwood Mac, ao vivo:

Veja Miles Away, com o Fleetwood Mac, ao vivo:

Peter Murphy cantará em SP em julho

Por Fabian Chacur

Após boa estreia em palcos brasileiros em 2009, Peter Murphy voltará ao Brasil em breve. Para ser mais preciso, no dia 6 de julho, na casa de shows Cine Joia, em São Paulo.

O ex-vocalista do Bauhaus, uma das bandas fundamentais na história do rock gótico, atualmente divulga seu novo álbum solo, Ninth, lançado no exterior em 2011. O trabalho é dos mais interessantes, e inclui faixas como a ótima Seesaw Sway, I Spit Roses e Slowdown, entre outras.

Acompanhado por Mark Gemini Thwaite (guitarra), John Andrews (guitarra), Jeff Schartoff (baixo) e Nick Lucero (bateria), Murphy deve investir em músicas desse novo CD, clássicos de sua carreira solo como Cuts You Up, Indigo Eyes e Strange Kind Of Love e possivelmente alguma coisa do Bauhaus, como She’s In Parties, por exemplo.

O show de 2009, na Via Funchal, foi muito bom, e incluiu músicas do mais recente álbum do Bauhaus, Go Away White (2008). Amaria se ele cantasse a excepcional Final Solution, hit nas rádios brasileiras de rock nos anos 80 e faixa de seu ótimo primeiro álbum solo, Should The World Fail To Fall Apart (1986).

O Cine Joia fica na Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade, fone (0xx11) 3231-3705, e os ingressos custam R$ 120,00 (primeiro lote) e R$ 140,00 (segundo lote). Mais informações: www.cinejoia.tv/ingressos .

Veja o clipe de Seesaw Sway, de Peter Murphy:

Lisa Minnelli voltará ao Brasil em setembro

Por Fabian Chacur

Lisa Minnelli, uma das maiores show women de todos os tempos, voltará a se apresentar ao vivo no Brasil em setembro. Ela cantará por aqui nos dias 27 (São Paulo) e 29 (Rio) daquele mês. A pré-venda de ingressos terá início no dia 11 de junho, enquanto a venda para o público em geral começará no dia 18 de junho.

Em São Paulo, Lisa se apresentará no dia 27 de setembro no Credicard Hall (avenida das Nações Unidas, 17.955 -fone 4003-5588, www.ticketsforfun.com.br), com ingressos de R$ 90,00 a R$ 500,00. No Rio, em 29 de setembro, o palco será o do Citibank Hall (avenida Ayrton Senna, 3.000 – fone 4003-5588, www.ticketsforfun.com.br), com os bilhetes custando de R$ 200,00 a R$ 500,00.

Com 66 anos de idade e em plena forma, Lisa Minnelli é filha de duas lendas do show business americano, a atriz Judy Garland e o diretor de cinema Vincent Minnelli. Sua carreira teve início quando ela ainda era criança, e a versatilidade sempre a marcou em termos profissionais, assim como sua inquietude e simpatia.

Prova disso é o fato de Lisa ter faturado ao menos um exemplar dos troféus mais importantes de suas diversas áreas de atuação. Ela detém quatro Tonys (teatro), um Oscar (cinema), um Grammy (música), dois Globos de Ouro (cinema) e um Emmy (televisão). O Oscar veio com o filme Cabaret, nos anos 70, no qual viveu o papel de Sally Bowles.

Entre seus grandes sucessos no meio musical estão o tema do filme Cabaret e também New York, New York, canção que teve seu lançamento mundial em sua voz,só posteriormente entrando no repertório de Frank Sinatra.

Outro momento marcante da impecável carreira de Lisa Minnelli foi o álbum Results (1989), produzido pelo duo Pet Shop Boys e do qual saiu o sucesso Losing My Mind, até hoje constante nas pistas de dança de todo o mundo.

Ouça Losing My Mind, com Lisa Minnelli:

RPM esbanja maturidade em show em SP

Por Fabian Chacur

A história do RPM daria um filme daqueles sensacionais. Uma história repleta de sucessos, fracassos, brigas, conquistas, altos e baixos e com direito a alguns dos melhores momentos do rock nacional.

De volta à ativa e com um novo álbum no mercado, o excelente Elektra (Building Records), o quarteto se encontra atualmente em turnê pelo Brasil, que os trouxe de novo a São Paulo na noite desta sexta-feira (18), na Via Funchal.

Tive a oportunidade de ver três shows do grupo anteriormente. O primeiro, em novembro de 1986, no estádio Palestra Itália, teve como marca a idolatria de milhares de fãs alucinados que consagraram o quarteto no melhor estilo Beatles. Um dos momentos marcantes da trajetória do rock brazuca. Um show perfeito em termos técnicos e artísticos.

A segunda, no ínicio de 1989, rolou na extinta danceteria Dama Xoc, perante público reduzido e em momento de despedida beirando a pura e triste decadência, após tanto sucesso. A terceira rolou durante a gravação do DVD que marcou a volta da formação original do time, em 2002, retorno seguido por mais uma daquelas brigas homéricas e nova separação, meses depois.

No show desta sexta, ficou claro que a relação entre Paulo Ricardo (baixo e vocal), Luiz Schiavon (teclados), Fernando Deluqui (guitarra) e P.A. Pagni (bateria) deve estar excelente, tal o grau de integração, camaradagem e pique que eles ofereceram aos fãs que praticamente lotaram a casa de shows paulistana.

Detalhe: sem nenhum músico de apoio. Só os quatro mesmo, ao contrário de outras bandas que com o decorrer dos anos vão incorporando novos músicos. Nada contra, mas é bem legal ver um grupo autossuficiente, dando conta do recado dependendo apenas deles próprios. Um banho de habilidade e talento.

O show teve início às 22h43 com duas músicas de Elektra, as vigorosas Muito Tudo e Dois Olhos Verdes. Elas ganharam o público, que entrou em êxtase a partir de Loiras Geladas.

Dois quase lados B do repertório da banda, Juvenília e Liberdade/Guerra Fria, empolgaram pela expressividade das interpretações, com direito a efeitos visuais belíssimos no caso da segunda. Aliás, a iluminação do show merece um capítulo à parte, tal a qualidadade, diversidade e criatividade dignas de um show internacional, perfil que o RPM ajudou o rock brasileiro a assumir, nos heroicos anos 80.

Paulo Ricardo soube preservar seu carisma, energia e ótima voz, e ainda é um dos grandes frontmans do rock brasileiro. Ele também continua incluindo trechos de clássicos do rock internacional no meio de suas músicas. Neste show, tivemos Ruby Tuesday e You Can’t Always Get What You Want, dos Rolling Stones e Light My Fire, dos Doors.

Na parte acústica do show, eles nos apresentaram um ótimo pot-pourry iniciado e encerrado com Wish You Were Here, do Pink Floyd, com Dois (o maior hit da carreira solo de Paulo Ricardo) e Easy, dos Commodores. London London marcou o auge desse momento mais intimista do show, com direito ao cantor sendo elevado ao teto do palco em um praticável.

A surpresa ficou por conta de uma versão inédita em português para Miss You,dos Rolling Stones, que conseguiu ótima repercussão por parte dos fãs. Teve também uma releitura de Exagerado, do saudoso Cazuza.

Aquele arsenal de hits que marcou a história do RPM foi oferecido ao público de forma vigorosa e sem cair em burocracia. Alvorada Voraz, Revoluções Por Minuto, Olhar 43, Rádio Pirata, um exocet após o outro. Delícia!

O show acabou após um bis com Ninfa e novamente Dois Olhos Verdes, às 00h19 deste sábado (19), deixando todos com aquele agradável gostinho de quero mais.

Com um ótimo álbum de inéditas lançado há pouco e um show impecável (que merece ser registrado em DVD), é de se esperar que o RPM tenha voltado para ficar, pois é óbvio que a banda tem muito mais a nos oferecer além dos velhos e bons hits dos anos 80. É uma banda com muita lenha para queimar, com um passado de glórias e um presente digno e elogiável.

Veja o clipe de Dois Olhos Verdes, com o RPM:

Mais sobre Crosby, Stills & Nash em SP

Por Fabian Chacur

O show de Crosby, Stills & Nash realizado em São Paulo na noite desta quinta-feira (10) marcou tanto as pessoas que o viram que achei interessante acrescentar coisas e fatos ao que escrevi na minha resenha.

Farei de forma desorganizada e sem me prender a uma ordem específica. Trata-se apenas de uma desculpa para escrever mais sobre um show que realmente marcou a sensibilidade de muita gente boa.

De cara, vamos a uma análise mais pormenorizada do repertório apresentado por eles. Do álbum Crosby, Stills & Nash (1969), que marcou a estreia do trio, tivemos Marrakesh Express, Long Time Comin’, Wooden Ships, Helplessy Hoping, Guinevere e Suite: Judy Blue Eyes.

De Dèja Vu (1970), primeiro álbum creditado a Crosby, Stills, Nash & Young, marcaram presença no show Carry On/Questions, Dèja Vu, Our House, Almost Cut My Hair e Teach Your Children.

The Lee Shore e Love The One You’re With podem ser encontrados em Four Way Street (1971), álbum duplo ao vivo do Crosby, Stills, Nash & Young, sendo que a segunda teve sua versão de estúdio registrada no primeiro álbum solo do Stills, intitulado Stephen Stills (1970).

Bluebird e For What’s Worth foram gravadas em suas versões originais de estúdio pelo grupo Buffalo Springfield, respectivamente Buffalo Springfield Again (1967) e Buffalo Springfield (1966). So Begins The Task é do álbum Manassas (1972), do grupo liderado por Stills e Chris Hillman (dos Byrds), e As I Come To Age é do álbum solo Stills (1975).

Crosby Nash (2004), belíssimo álbum duplo da dupla que não foi muito badalado na época de seu lançamento (uma injustiça, pois o disco é ótimo!!!), contribuiu com duas músicas, Lay Me Down e Jesus Of Rio.

Military Madness, que o trio e o quarteto tocaram em diversos shows, é do disco solo de Graham Nash Songs From Beginners (1971). Já a bela e quase progressiva Cathedral vem de CSN (1977).

Girl From The North Country é de Bob Dylan e foi lançada originalmente no álbum The Freewheelin’ Bob Dylan (1963).

E duas canções interpretadas no show são inéditas em disco: Radio, de David Crosby, e Almost Gone (The Ballad Of Bradley Manning), de Graham Nash e James Raymond. Esta última possui até clipe.

Durante o show, David Crosby aprsentou duas músicas com especial deferência: Girl Of The North Country e As I Come Of Age, que ele definiu como suas canções favoritas de, respectivamente, Bob Dylan e Stephen Stills.

Dos três, Stills foi de longe o que mais vezes saiu do palco. No entanto, foi ele quem demonstrou certa insatisfação quando David Crosby, aparentemente de forma inesperada, saiu do palco pelo lado esquerdo. “Where’s the fucking Crosby?”, disse ele, ao não ver o colega no palco. Sorte que o ex-Byrds logo voltou e ficou tudo por isso mesmo.

Graham Nash, por sua vez, é aparentemente o mais simpático, e sem dúvida quem está em melhor forma física, fato ressaltado por seu visual (camiseta preta básica e jeans) e pelo fato de cantar descalço, o que não o impediu de dar umas corridas pelo palco bem elogiáveis.

Se estava meio rouco, Stills deu um banho de categoria em seu desempenho como músico. Dos vários violões e guitarras que tocou durante o show, minha favorita foi a guitarra modelo strato na cor verde limão. Linda, e da qual ele tirou sons simplesmente arrepiantes e virulentos, especialmente em Bluebird.

Veja o clipe de Almost Gone (The Ballada Of Bradley Manning):

Dylan inicia turnê pelo Brasil neste domingo

Por Fabian Chacur

A primeira vez a gente nunca esquece. Foi em janeiro de 1990 que Bob Dylan se apresentou ao vivo no Brasil pela primeira vez, com dois shows no extinto festival Hollywood Rock, um no Rio, outro em São Paulo.

Desde então, um dos nomes mais expressivos da história do rock e da cultura mundial já nos visitou várias vezes, uma inclusive abrindo shows para os Rolling Stones (em 1998).

Desta vez, a turnê engloba seis datas, e tem como singelo título Bob Dylan And His Band. O primeiro show rola neste domingo (15) no Citibank Hall, Rio de Janeiro, com ingressos entre R$ 275,00 e R$ 800,00.

No dia 17, será a vez de Brasília, no Ginásio Nilson Nelson e ingressos custando entre R$ 120,00 e R$ 250,00. Belo Horizonte recebe o autor de Like a Rolling Stone no dia 19, no Chevrolet Hall, com ingressos a R$ 240,00.

São Paulo verá Dylan nos dias 21 e 22, Hall, com bilhetes custando entre R$ 75,00 e R$ 900,00. A turnê brasileira do mestre será encerrada em Porto Alegre, no dia 24, no Pepsi On Stage, com tíquetes custando entre R$ 80,00 e R$ 180,00. Um verdadeiro “abril no Brasil com Dylan”.

Para quem já viu, como eu (duas vezes), é dispensável rever Dylan, pois os shows são muito semelhantes, além de a voz do bardo estar tão estranha que fica difícil identificar de imediato o que ele está cantando.

Para quem nunca o viu, no entanto, é indispensável acrescentar um nome desse porte ao seu currículo de shows, pois Dylan é Dylan.

Veja o clipe de Subterranean Homesick Blues, com Bob Dylan:

Adele mantém firme o 1º lugar nos EUA

Por Fabian Chacur

O ano de 2012 começa na parada de sucessos americana da mesma forma que estava quando 2011 se encerrou. Ou seja, a britânica Adele continua dando as cartas na terra de Barack Obama.

O álbum 21, da simpática gordinha de vozeirão, completou 15 semanas não consecutivas na ponta da parada da revista americana Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial.

O disco, que está há 46 semanas entre os mais vendidos nos EUA, é o segundo da carreira da intérprete, e vendeu esta semana 124 mil cópias entre exemplares físicos e digitais.

Para que vocês possam ter uma ideia da força da moça por lá, o segundo posto nesta semana, o álbum Take Care, do cantor Drake, atingiu esta posição comercializando meras 42 mil cópias.

Se a previsão dos especialistas se confirmar e Adele se mantiver no número 1 na próxima semana, ela igualará o desempenho da trilha do filme Titanic, que em 1998, graças à força da faixa My Heart Will Go On (interpretada por Celine Dion), totalizou 16 semanas no topo.

Ouça Set Fire To The Rain ao vivo com Adele:

Madonna assina com a Interscope Records e promete lançar um novo álbum em 2012

Por Fabian Chacur

Madonna está de gravadora nova. A estrela pop, segundo o jornal americano The New York Post, assinou com a Interscope Records, selo que faz parte do conglomerado fonográfico Universal Music.

O acordo começa a vigorar em 2012, quando deve ser lançado o primeiro de uma série de três álbuns previstos. Para gravar cada um deles, a moça faturará “apenas” um milhão de dólares.

O primeiro single, Give Me All Your Love, com participações de Nicki Minaj e Mia, será lançado de forma oficial e em sua versão final em fevereiro ou março, segundo a mesma fonte.

Uma versão alternativa da canção circulou na internet em novembro, fato que deixou a cantora bastante brava.

Madonna permaneceu durante 25 anos na Warner Music, cujo contrato com ela terminou em 2008 com o álbum Hard Candy. Durante parte dessa associação, a Warner distribuía o selo da cantora, a Maverick Records, que posteriormente foi adquirida pela multinacional.

Quando o assunto é shows e performances ao vivo, quem cuida de seus destinos é a megaprodutora Live Nation, em contrato assinado em 2007 que deve durar ao menos dez anos.

Madonna também será a atração em 2012 do intervalo do Super Bowl, mais importante e popular evento esportivo do calendário americano, que já teve participação de Michael Jackson e The Who, entre outros.

Veja o clipe de Papa Don’t Preach (1986), de Madonna:

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