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Bruce Springsteen tocará em SP em setembro

Por Fabian Chacur

Após 25 anos, Bruce Springsteen voltará a se apresentar em São Paulo. A produtora XYZ Live anunciou nesta sexta-feira (26) que o lendário roqueiro americano cantará na cidade no dia 18 de setembro, no Espaço das Américas. A venda dos ingressos, cujos preços ainda não foram divulgados, ocorrerá a partir do dia 31 de julho no site www.livepass.com .

Bruce Springsteen fez seu único show até agora no país em outubro de 1988 no estádio Palestra Itália (SP) como principal atração do evento Human Rights Now!, em prol da Anistia Internacional, no qual fez uma apresentação histórica ao lado de nomes como Sting, Peter Gabriel, Milton Nascimento e Tracy Chapman.

O roqueiro também é atração no Rock in Rio, onde será o headliner no dia 21 de setembro. O fato de os ingressos para esse e todos os outros shows do megafestival terem se esgotado contribuiu para que artistas envolvidos em seu elenco pudessem marcar shows em outras cidades, como forma de capitalizar suas presenças no país.

Nascido em 23 de setembro de 1949, Bruce Springsteen lançou seu primeiro álbum, Greetings From Ashbury Park, N.J., há exatos 30 anos. Ele se tornou uma estrela no cenário rocker americano em 1975 com o contundente Born To Run, considerado um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos.

Nos anos 80, tornou-se um nome mundial de uma vez por todas graças ao impacto do álbum Born In The USA (1984), que inclui hits potentes como a faixa título, Dancing In The Dark e Glory Days, entre outros. Desde então, o músico não saiu mais dos primeiros postos dos charts, sempre com shows lotados.

As marcas presentes em seu currículo são impressionantes. Mais de 120 milhões de discos vendidos, 20 troféus Grammy (o Oscar da música), um Oscar de verdade, e por aí vai. Seus shows são sempre intensos e vibrantes, costumando durar mais de três horas e sacudindo até defuntos, com direito a uma banda vigorosa.

Wrecking Ball (2012), seu mais recente CD, foi o 10º de sua discografia a atingir o primeiro lugar na parada americana, além de receber fartos elogios por parte da crítica especializada. Ou seja, o público brasileiro pode esperar mais um verdadeiro banho do melhor rock and roll.

Ouça Wrecking Ball, de Bruce Springsteen, na íntegra, em streaming:

Duo homenageia Chet Baker no GOA

Por Fabian Chacur

Chet Baker (1929-1988), um dos nomes mais peculiares e marcantes da história do jazz, será homenageado dentro do projeto Audições, que tem como palco o GOA-Gastronomia Saudável (rua Cônego Eugênio Leite, 1.152- Pinheiros- fones 3031-0680 e 3097-9536), com couvert artístico a R$ 20. As apresentações rolam nos dias 26 e 27 de julho (sexta e sábado) às 21h30.

Os shows serão protagonizados por Daniel Szafran (piano e voz) e Cláudio Faria (trompete e flugelhorn), que tocarão canções que fizeram parte do repertório do jazzista americano e outras que poderiam perfeitamente ter sido interpretadas pelo cantor e músico. O duo possui mais de 20 anos de parceria e belo entrosamento.

O nome de Chet Baker começou a se tornar conhecido do público americano na década de 50, inicialmente como integrante do quarteto de Gerry Mulligan e depois em carreira solo, cujo marco inicial de sucesso foi o álbum Chet Baker Sings (1956), no qual seu estilo cool de interpretar acabou influenciando a bossa nova, por exemplo.

Suas interpretações classudas e personalizadas para Embraceable You, Let’s Get Lost e It Could Happen To You se tornaram clássicas, assim como sua pinta de galã e o consumo excessivo de drogas e bebidas alcoólicas. Ele era cantor e também tocava trompete e flugelhorn, e há quem o prefira como músico. O cara, na verdade, era bom nas duas searas.

Nos anos 80, ele fez o solo de sopros na música Shipbuilding, gravada por Elvis Costello no álbum Punch The Clock (1983). Baker também incluiu uma composição do astro do rock inglês, Almost Blue, em seu repertório de shows. Ele tocou em um festival de jazz no Brasil em 1985 com músicos daqui e morreu em um quarto de hotel em Amsterdã Holanda, em 1988.

Ouça Daniel Szafran e Cláudio Faria interpretando Chet Baker:

CDs clássicos de Erasmo são reunidos em caixa

Por Fabian Chacur

A gravadora Universal Music criou recentemente uma série de relançamentos que merece os maiores elogios. Em seu novo volume, intitulado Três Tons de Erasmo Carlos, temos o resgate no capricho de três títulos importantes da discografia do Tremendão, com requintes nem sempre habituais por aqui.

Os elogios começam pelo formato da embalagem, que é de papelão duro com direito a imagens dos três álbuns, pequeno texto informativo e a relação completa das músicas. No formato CD tradicional, cada disco incluído no box traz encarte com letras, fichas técnicas completas e reprodução de capa, contracapa e encartes originais.

De quebra, ainda temos um encarte adicional com ótimo texto informativo escrito por Cleodon Coelho, também responsável pela seleção dos títulos. Os álbuns aparecem em versões remasterizadas, e são Carlos, Erasmo (1971), Sonhos e Memórias 1941-1972 (1972) e Banda dos Contentes (1976), todos lançados na década de 70 pela antiga Philips.

Carlos, Erasmo marca a estreia do cantor, compositor e músico na gravadora, após alguns anos na hoje extinta RGE, e serve como marco da bela trajetória musical que ele passou a percorrer após as jovens tardes de domingo da Jovem Guarda. Sua musicalidade se expandiu, com ênfase no rock, mas aberto a outros sons, outras batidas, outras pulsações.

As duas faixas que abre o álbum são prova cabal dessa direção abrangente. De Noite na Cama, de autoria de Caetano Veloso e resgatada nos anos 90 por Marisa Monte, é um dos grandes momentos de Erasmo na seara do samba rock, desdobramento do samba do qual ele é um dos grandes expoentes ao lado de Jorge Ben Jor e Bebeto.

Uma bela incursão no folk é a marca da balada Masculino, Feminino, interpretada em parceria com Marisa Fossa (cantora do grupo gaúcho O Bando) e incluída com destaque na trilha sonora do filme Roberto Carlos a 300 Km Por Hora, do qual Erasmo participou ao lado do eterno amigo e parceiro musical Roberto Carlos.

Sonhos e Memórias 1941-1972 não emplacou hits nas paradas de sucesso, embora seja um trabalho muito interessante, com direito a uma agitada releitura de É Proibido Fumar, um dos primeiros sucessos da parceria Roberto/Erasmo. O álbum traz homenagens aos ídolos do roqueiro, como Elvis, Dylan, Lennon e outros.

A capa é sensacional, montagem repleta de fotos de personalidades importantes dos anos 50, 60 e 70 e também de outras eras em termos musicais, cinematográficos e políticos, com direito até mesmo a contracapa de disco do Alice Cooper (Killer-1971, para ser mais preciso) que havia acabado de sair. Até Richard Nixon está lá!

Banda dos Contentes flagra o Tremendão em grande fase em termos artísticos e comerciais, especialmente graças a Filho Único, que estourou ao integrar a trilha sonora da novela global Loco-Motivas. Um rockão! O disco inclui certeira releitura de Paralelas, de Belchior, a deliciosa Análise Descontraída (de Roberto e Erasmo) e a ótima Billy Dinamite (de Erasmo em parceria com o guitarrista Rick Ferreira).

O repertório traz também obras de Gilberto Gil (Queremos Saber), Jorge Mautner (Dia de Paz, parceria com o genial Antônio Adolfo, que toca em várias faixas do álbum) e Continente Perdido (Terra de Montezuma), de Ruy Maurity, aquele do Nem Ouro Nem Prata e Serafim e Seus Filhos, que também vivia grande fase naquele momento.

Três Tons de Erasmo Carlos é uma caixa imperdível para quem deseja descobrir ou relembrar uma das grandes fases da carreira desse incrível roqueiro, um dos nomes mais relevantes da história da nossa MPB e que, graças a Deus, continua ativo e produtivo no embalo de seus 72 anos de idade.

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Ouça Filho Único, com Erasmo Carlos:

Ouça Masculino, Feminino, com Erasmo Carlos e Marisa Fossa:

Priscilla Pach investe em pop-rock em inglês

Por Fabian Chacur

Priscilla Pach tem 18 anos e acaba de lançar seu primeiro CD, Blue. O álbum traz vários diferenciais, entre os quais se destacam o fato de as 12 canções serem de autoria da própria intérprete e terem suas letras em inglês. O clipe da música Get Over You já está sendo divulgado em canal próprio no Youtube e em outras redes sociais.

Nada apareceu neste álbum por acaso. Seu lado autoral, por exemplo, Priscilla explica ter origem em um conselho que ouvia de sua mãe desde os tempos de infância. “Ela sempre me dizia que cantor bom é aquele que escreve suas próprias músicas, e isso ficou na minha cabeça”.

O fato de usar o inglês também segue uma linha de raciocínio semelhante. “Sinto-me mais confortável ao escrever minhas letras em inglês, pois falo esse idioma a maior parte do tempo. Trata-se de uma língua internacional, que te abre caminhos para uma carreira em outros países”, justifica.

Vale ressaltar que Priscilla morou nos EUA e Venezuela e estudou em escolas americanas desde os 11 anos de idade, o que a aproximou bastante do inglês. Isso não quer dizer que ela não cante em português. “Gosto de interpretar nos meus shows canções dos repertórios de Cassia Eller e dos Tribalistas, por exemplo”.

O repertório do álbum Blue saiu de um universo de aproximadamente 40 canções, que foram sendo selecionadas aos poucos. Oito delas são da safra mais recente da cantora, enquanto as outras quatro são um pouco mais antigas. Sua principal inspiração é a estrela canadense do country pop rock Shania Twain.

“Ela (Shania) me inspirou muito, especialmente por sua versatilidade, algo que procuro seguir. Tenho no meu repertório rock, pop, country, até blues. Aceito todo tipo de música, não quero me limitar a um único estilo, para sempre poder me renovar, ampliar meus horizontes”.

O disco Blue conta com a participação especial de outro jovem talento, Giovanni Turra, que toca guitarra na música Walking On Fire. “O Giovanni tem a minha idade e toca vários instrumentos, ele é mais roqueiro, e eu precisava de um solo de guitarra em Walking On Fire. Ficou ótimo! Espero que ele me convide quando lançar seu disco”, diz, bem-humorada.

Atualmente, Priscilla está montando uma banda para acompanhá-la nos shows que irão divulgar Blue, cujo título também possui uma explicação simples. “Quis escolher um nome para o CD que viesse de uma das canções que tivesse uma pronúncia mais fácil e simples, e que também ajudasse no conceito da capa, e Blue foi a mais adequada”.

Veja o clipe de Get Over You, de Priscilla Pach:

Sutileza e lirismo marcam CD de Tato Mahfuz

Por Fabian Chacur

Tato Mahfuz é um daqueles músicos que desenvolve sua carreira artística paralelamente a outra atividade, em seu caso a advocacia. Procura ser bom nas duas. No direito, não tenho parâmetros para avalia-lo. Na música, sim, e só tenho elogios a seu mais recente trabalho, o CD Cá Entre Nós, distribuído pela independente Tratore.

Cá Entre Nós é o terceiro item na discografia deste violonista, guitarrista e arranjador. Os anteriores são Rumo Norte (1991), que lhe valeu o Prêmio Sharp de Revelação Instrumental, e o também bastante elogiado 24h (1995). Ou seja, foram 18 longos anos até que tivéssemos um novo trabalho dele. Mas valeu a espera.

O trabalho de Tato é desenvolvido na seara da música instrumental, e seu novo álbum o flagra investindo com extrema consistência em melodias delicadas, arranjos repletos de sutilezas bacanas e temas ora mais swingados, ora mais introspectivos, sempre com elegância e lirismo e fugindo do óbvio e da mesmice.

Mahfuz se vale de sonoridades quase jazzísticas ao tocar a guitarra, apresentando boas doses de brasilidade especialmente ao empunhar o violão. O resultado é um som mestiço, com sabor de MPB, jazz, bossa nova e até eventuais pitadas de rock progressivo aqui e ali. Tudo intuitivo, sem frescuras, mas no capricho.

A seu lado, o músico conta com o apoio de feras como Sizão Machado (baixo), Jarbas Barbosa (guitarra), Celso Pixinga (baixo), Edmundo Cassis (piano), Cuca Teixeira (bateria) e especialmente Ricardo Marão (baixo, teclados, programações etc), que faz o papel de seu braço direito no CD como um todo, e dá bela conta do recado.

As dez faixas de Cá Entre Nós fluem com desenvoltura e mantém o ouvinte entretido de ponta a ponta e bem longe do tédio, em temas como Canal 100, Mil Tons, Caminhada (Part.2), Tudo de Bom e Impressões de um Rio, que propõem inventividade, alegria, romance e mergulho interior de forma estimulante.

Após ouvir esse ótimo CD, fica a esperança de que não tenhamos de esperar mais 18 anos para apreciar um próximo lançamento deste ótimo Tato Mahfuz. O mundo do direito que nos perdoe, mas músicos com esse quilate não podem se ocultar durante tanto tempo em meio a audiências, livros e leis intermináveis. Não mesmo!

Veja entrevista de Tato Mahfuz ao programa Em Cartaz, de Atílio Bari:

Yusuf Islam (ex-Cat Stevens) cantará no Brasil

Por Fabian Chacur

Nos anos 70, ele chegou a morar por aqui, mas nunca fez shows oficiais, apenas canjas informais. Desta vez, no entanto, o cara não só voltará a nos visitar como irá nos proporcionar três apresentações no Brasil. Estou falando de Yusuf Islam, que se tornou mundialmente conhecido com o nome artístico Cat Stevens.

O cantor, compositor e músico britânico cantará em São Paulo nos dias 16 (ás 22h) e 17 (às 20h) de novembro no Credicard Hall, enquanto no Rio, onde morou, no dia 20 de novembro, no Citibank Hall. Os ingressos começam a ser vendidos entre 24 e 30 de julho em pré-venda, e a partir do dia 31 de julho para o público em geral.

O preço dos ingressos vai de R$ 90 a R$ 950 em São Paulo, enquanto no Rio ficarão entre R$ 240 e R$ 920. Mais informações poderão ser obtidas através do fone 4003-5588 (de alcance nacional) ou então pelo site www.ticketsforfun.com.br .

Cat Stevens nasceu na Inglaterra no dia 21 de julho de 1948, ou seja, vai completar 65 anos de idade na próxima segunda-feira (21). Ele se tornou conhecido inicialmente em 1967 com as músicas I Love My Dog e Matthew And Son, com uma sonoridade folk levemente psicodélica e com arranjos de cordas.

Em 1968, a tuberculose o tirou de cena durante bons meses, durante os quais ele aprofundou sua espiritualidade e compôs mais de 40 músicas. Quando voltou, em 1970, seu trabalho se aproximou do então ascendente bittersweet rock, com ênfase em violões, letras confessionais e no tom grave e inconfundível de sua bela voz.

Durante os anos 70, emplacou hits como Father & Son, Wild World, Moonshadow, Oh Very Young, Peace Train e Morning Has Broken, assim como álbuns do naipe de Tea For The Tillerman (1970), Teaser And The Firecat (1971) e Catch Bull At Four (1972) que o tornaram um dos mais populares cantores/compositores daquele período.

Ao converter-se ao islamismo em 1977, ele gradualmente foi se afastando da música, até lançar em 1978 o álbum Back To Earth, saindo de cena musical em 1979 para se dedicar integralmente à nova fé. Esse estado de coisas iria perdurar até os anos 2000, quando, incentivado pelo filho, retomou aos poucos o gosto pela arte.

Em 1996, 28 longos anos após Back To Earth, ele lançou An Other Cup, agora se valendo do nome Yusuf, que adotou após a conversão. A sonoridade se mantinha fiel ao folk-pop-rock dos anos 70, assim como sua voz permanecia inconfundível, em hits como a bela Heaven/Where True Love Goes, comparável a seus antigos clássicos.

Após inúmeros shows e turnês, Yusuf mostrou que o retorno era mesmo para valer com um novo e também ótimo álbum, Roadsinger (2009), novamente bem recebido por público e críticos. Ótimos DVDs gravados ao vivo nos anos 70 e na nova fase ressaltaram a consistência artística desse retorno, misturando bem hits novos e antigos.

Ouça Where Do The Children Play, com Cat Stevens:

Ouça Heaven/Where True Love Goes, com Yusuf:

Toni Ferreira lança CD solo no Grazie a Dio

Por Fabian Chacur

O cantor e compositor Toni Ferreira, uma das boas revelações da atual MPB, acaba de lançar seu primeiro álbum solo, autointitulado, pela gravadora Universal Music. Ele mostrará ao vivo o repertório desse trabalho em São Paulo em dois shows no Grazie a Dio (rua Girassol, 67-Vila Madalena) nos dias 24 e 31 de julho, sempre às 22h30.

Nascido em 1986, Toni Ferreira foi revelado através do projeto coletivo Sarau, lançado em 2012 nos formatos CD e DVD pela mesma Universal Music, ao lado de outros nomes promissores. Sua sonoridade melódica mistura MPB, blues, rock e pop. Ele canta e toca violão, e é parceiro de Maria Gadú, tendo participado do DVD Multishow Ao Vivo, da cantora. Leia entrevista com ele aqui.

Em seu primeiro disco solo, Toni gravou uma música inédita de Gadú, Te Falo Amanhã, e também composições próprias como O Barco e Paira e de autoria de nomes como Caetano Veloso (Menino Deus) e Martinho da Vila (Amor Que Nasceu), além de Marca de Espinho (sucesso do saudoso Agepê). Os ingressos para os shows no Grazie a Dio custam R$ 15 (entrada) ou R$ 30 (consumação mínima).

Veja o clipe de Saber de uma Alma, com Toni Ferreira:

Filme mostra a história do Sound City

Por Fabian Chacur

O que nomes tão diferentes entre si como Fleetwood Mac, Dio, Nirvana, Barry Manilow e Rage Against The Machine tem em comum? Todos gravaram discos no Sound City, um dos estúdios mais badalados da história da música popular. Sua fascinante história é o mote do documentário Sound City, já disponível no Brasil em DVD e Blu-ray.

A ideia do filme surgiu da mente de Dave Grohl, que viu sua carreira ganhar projeção mundial após gravar o álbum Nevermind com o Nirvana por lá em 1991. Mal sabia ele que aquele estouro também significaria muito para o Sound City, naquele momento em vias de fechar.

A história desse mitológico estúdio teve início em 1969, quando Joe Gottfried se associou a Tom Skeeter e ambos iniciaram o estúdio no espaço antes usado pela empresa britânica Vox em Van Nuys, Los Angeles, Califórnia. Os anos iniciais não foram muito animadores, embora Neil Young e até o abominável Charles Manson tenham gravado por lá.

A coisa embalou quando os proprietários resolveram investir em uma mesa de gravações de primeira e encomendaram um modelo exclusivo da inglesa Neve. As primeiras gravações feitas nela tiveram como protagonistas dois então ilustres desconhecidos: o cantor e guitarrista Lindsey Buckingham e a cantora Stevie Nicks.

O então casal gravou por lá o álbum Buckingham Nicks (1973), que mais de um ano depois serviu como apresentação da qualidade técnica do local para o baterista Mick Fleetwood, do Fleetwood Mac, que procurava um lugar para gravar o novo álbum da banda. Ele também procurava um guitarrista, e se apaixonou pelo som de Buckingham.

O músico impôs a entrada no grupo da namorada para aceitar o convite. Isso se concretizou, e o novo Fleetwood Mac gravou seu primeiro disco com a nova escalação por lá. O estouro daquele álbum autointitulado, lançado em 1975, não só impulsionou a banda rumo ao estrelato, como tornou o Sound City um dos mais badalados estúdios dos EUA.

O documentário de Dave Grohl mostra essa história com detalhes e depoimentos dos músicos que por lá gravaram clássicos do rock, gente do naipe de Tom Petty, os integrantes do Fleetwood Mac, Ronnie James Dio, Rick Springfield e até mesmo Barry Manilow, que gravou um disco de sucesso mediano por lá (Here Comes The Night, de 1982, com o hit Memory) e aparece como verdadeiro ET no filme.

O contraste entre a qualidade da mesa de som e da ambiência para a gravação de bateria do local e o aspecto de boteco de beira de estrada das suas instalações (sujo, poeirento, com móveis velhos) é bem apresentado, com direito a belos depoimentos de antigos funcionários, entre eles o consagrado produtor Keith Olsen.

Símbolo das gravações feitas com o sistema analógico, o Sound City viveu uma fase de vacas magras no fim dos anos 80, quando a tecnologia digital começou a tomar conta, mas o estouro de Nevermind deu a ele uma sobrevida, e a gravação por lá de clássicos como o disco de estreia do Rage Against The Machine e álbuns de Johnny Cash, Carl Perkins e Queens Of The Stone Age, entre outros.

A origem do documentário surgiu no momento em que Dave Grohl soube que o Sound City enfim iria fechar, e resolveu tentar comprar a célebre mesa Neve 8028. Quando a comprou e a levou para seu novo estúdio, o 606, ele decidiu fazer um filme registrando a história de lá e também uma outra, tão fascinante quanto.

Como forma de inaugurar o 606, Grohl teve a ideia de gravar um álbum com alguns amigos famosos, entre os quais Stevie Nicks, Paul McCartney, Butch Vig (produtor de Nevermind e líder da banda Garbage), o também ex-Nirvana Krist Novoselic, todo focado em músicas inéditas. O CD, intitulado Real To Reel e também já lançado por aqui, é ótimo, e os bastidores de suas gravações são a outra metade de Sound City.

Além de boa músicas e a revelação de incríveis bastidores da história do rock, o filme traz depoimentos do próprio Tom Skeeter, e de Rick Springfield admitindo de forma emocionante o jeito não muito correto com que se desligou de Joe Gottfried como empresário. Segundo ele, houve tempo para se desculpar com Gottfried antes de sua morte, ocorrida em 1992.

Sound City agrada como documentário histórico, documentário musical e puro entretenimento, e serve como uma bela homenagem ao estúdio que enfim encerrou suas atividades em 2011, não sem deixar saudades nos fãs do rock and roll. E a mesa Neve continua na ativa, graças a Dave Grohl. Esse cara é realmente incrível, e seu filme, idem.

Veja o trailer do documentário Sound City:

Matchbox Twenty tocará em SP e Curitiba

Por Fabian Chacur

A banda americana Matchbox Twenty acrescentou duas novas datas a sua futura passagem pelo Brasil, que inicialmente previa apenas um único show, no Rock in Rio (leia mais aqui), dia 20 de setembro, em noite que também incluirá o Bon Jovi e o Nickelback. Agora, o quarteto também irá tocar em São Paulo e Curitiba.

Na capital paulista, o grupo se apresentará no Espaço das Américas no dia 17 de setembro, sendo que os ingressos começarão a ser vendidos a partir do dia 17 de julho. Informações sobre os preços dos ingressos e de como adquiri-los poderão ser obtidas a partir dessa data no site www.livepass.com.br.

Em Curitiba, o Matchbox Twenty tocará no dia 18 de setembro no Master Hall local, e os bilhetes também começarão a ser comercializados a partir do dia 17, só que através do site www.diskingressos.com.br. Os dois shows fazem parte da programação Live Music Rocks, que também levará para outras cidades atrações do Rock in Rio.

Há 20 anos na estrada, o Matchbox Twenty estourou graças ao seu primeiro álbum, Yourself Or Someone Like You (1996), que vendeu mais de 10 milhões de cópias nos EUA e rendeu hits como Push e Real World. Oriundo da cidade de Orlando, no estado americano da Flórida, a banda faz uma inspirada mistura de rock, soul, country, folk e pop.

Sua escalação traz o vocalista Rob Thomas, o guitarrista Kyle Cook, o guitarrista, tecladista e baterista Paul Doucette e o baixista Brian Yale. Seu álbum mais recente, North (leia crítica aqui), os colocou pela primeira vez no primeiro lugar na parada da Billboard. Até hoje, eles já venderam mais de 30 milhões de discos em todo o mundo.

Veja o clipe de Push, com o Matchbox Twenty:

Antonio Adolfo fará show gratuito em SP

Por Fabian Chacur

Não é todo dia que um músico do gabarito de Antônio Adolfo toca em São Paulo. Ainda mais se a apresentação tem entrada gratuita. Pois o fato raro ocorrerá nesta sexta-feira (12) às 20h no Itaú Cultural (avenida Paulista, 149- fone 0xx11- 2168-1777). Os ingressos poderão ser retirados meia-hora antes do show, mas recomenda-se chegar antes.

A visita desse consagrado compositor, arranjador e tecladista deve-se ao fato do lançamento de seu mais recente CD, o excelente Finas Misturas (leia crítica aqui). Nele, temos a mistura de temas próprios e clássicos do jazz, em somatória inspirada e bem concatenada.

Além de Adolfo nos teclados, teremos no palco os experientes e talentosos Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra) e Rafael Barata (bateria), com a participação especial do saxofonista Mauro Senise, outra “cobra criada”. O repertório trará faixas do novo álbum e outras de seus mais de 40 anos de carreira.

Antônio Adolfo tornou-se conhecido inicialmente como líder do grupo A Brazuca e autor de sucessos como Sá Marina, Juliana e Teletema, gravados e interpretados ao vivo por nomes como Wilson Simonal, Ivete Sangalo, Stevie Wonder e inúmeros outros.

Sua carreira solo inclui clássicos como o álbum Feito Em Casa (1977), um dos pioneiros da produção independente no Brasil e incluindo faixas marcantes como Aonde Você Vai e a faixa título. Ele está morando nos EUA há seis anos, onde tem uma escola de música.

Ouça Aonde Você Vai, com Antônio Adolfo:

Ouça Feito Em Casa, com Antônio Adolfo:

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