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Caixa traz a melhor época da carreira da incrível Rita Lee

rita lee caixa 20 cds-400x

Por Fabian Chacur

Em suas cinco décadas de carreira musical, Rita Lee nos proporcionou um acervo de primeira linha, repleto de discos bacanas e canções que entraram no inconsciente coletivo do brasileiro. Como forma de celebrar essa trajetória brilhante, a Universal Music está lançando a caixa Rita Lee, que traz 20 CDs de carreira e uma coletânea com raridades. Embora traga algumas imperfeições inaceitáveis, contém material artístico riquíssimo.

Vamos aos principais problemas existentes neste lançamento. Logo de cara, chama a atenção a inexistência de um livreto dando uma geral na carreira de Rita, ou ao menos textos incluídos em cada CD que cumprissem essa tarefa. Toda caixa retrospectiva decente possui esse tipo de conteúdo. A própria Universal lançou uma há pouco de Zeca Pagodinho com um livreto bem simpático. Por que a maior roqueira brasileira não merecia algo do gênero? Bola fora!

Dois dos CDs vem com problemas inaceitáveis. Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982) omite a faixa Brasil Com S, que conta com a participação especial de João Gilberto. A edição anterior no formato digital, lançada em 1995, incluía a faixa. O engraçado é que o encarte traz reprodução do original do vinil, com a letra e a ficha técnica dessa gravação. Fica a pergunta: o que levou a gravadora a omitir tal música?

A resposta mais simples é por incluir a participação do “Mala dos Malas”, que mantém há anos seu trabalho registrado originalmente pela EMI fora de catálogo, graças a uma disputa judicial que parece não acabar nunca. Aparentemente, a Universal ficou com medo do bossa novista pegar no pé deles. Teria sido uma autocensura? Seja como for, o CD ficou incompleto, e a edição de 1995 da EMI virou raridade.

O segundo CD problemático entra na raia do bizarro. A faixa 4 da nova edição do CD 3001 deveria incluir Erva Venenosa, mas na verdade nos oferece, acredite se quiser, Por Enquanto, com Cassia Eller. Tudo bem, as duas eram amigas, a saudosa intérprete até participou do Acústico MTV de Rita, mas pera lá…. Essa realmente foi de doer.

Esses problemas tornam, então, essa caixa um abacaxi caro? Não exatamente. A começar pelo fato de trazer todos os discos de carreira lançados por ela como artista solo ou com o Tutti Frutti entre 1970 e 1990. Ou seja, o filé mignon de sua carreira. O essencial de sua produção musical está aqui, em versões remasterizadas com bons encartes contendo, letras, fichas técnicas e tudo o mais.

Outro ponto alto é a coletânea Pérolas, que traz 13 faixas que não entraram nos álbuns de carreira da Titia Rita, lançadas originalmente em trilhas de novela, tributos a outros artistas, trilhas de filmes e compactos. Algumas são clássicos incríveis, como Lá Vou Eu, Ambição, Arrombou a Festa, Fonte da Juventude e Felicidade. Seria justo se, daqui a algum tempo, fosse lançada de forma avulsa.

Além dos 16 trabalhos lançados entre 1970 e 1990 e a coletânea, temos aqui quatro discos escolhidos de forma aleatória: os medianos de estúdio Santa Rita de Sampa (1997) e 3001 (2000) e os bem bacanas ao vivo Acústico MTV (1998) e MTV Ao Vivo (2004).

Quem comprar a caixa precisará ter os discos a seguir para completar a discografia de Rita Lee (sem contar sua fase nos Mutantes): Rita Lee Em Bossa ‘N’ Roll (1991), Rita Lee (1993), A Marca da Zorra (1995, ao vivo), Aqui Ali Em Qualquer Lugar (2001), Balacobaco (2003), Multishow Ao Vivo (2009) e Reza (2012). Mas o melhor está mesmo nela.

Ouvir esses álbuns na sequência equivale a uma viagem no tempo. Build Up (1970) e Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida (1972) ainda a ligam muito aos Mutantes. Atrás do Porto Tem Uma Cidade (1974) a flagra rumo a uma nova sonoridade, menos psicodélica e malucona e mais associada ao rock and roll a la Rolling Stones, só que do jeito dela. A voz encorpa, o som fica mais direto.

Fruto Proibido (1975), Entradas e Bandeiras (1976) e Babilônia (1978) a firmam ao lado do Tutti Frutti como a grande roqueira brasileira, repleta de clássico como Ovelha Negra, Jardins da Babilônia, Agora é Moda, Coisas da Vida e tantos outros. De quebra, em 1977, um histórico ao vivo ao lado de Gilberto Gil, o vibrante Refestança.

Sem o Tutti Frutti de Luis Carlini e assumindo a parceria com Roberto de Carvalho, Rita mergulha na mistura do rock com o pop em uma sequência de cinco álbuns clássicos e que venderam milhões de cópias entre 1979 (ano de Mania de Você, Chega Mais, Doce Vampiro) e 1983. São muitos hits, como Lança Perfume, Baila Comigo, Desculpe o Auê, Flagra, On The Rocks….Só dava ela nas paradas de sucesso.

Rita Lee e Roberto de Carvalho (1985), dos hits Vírus do Amor e Vítima, investiu em uma sonoridade new romantic-new wave, enquanto os discos seguintes (Flerte Fatal-1987, Zona Zen-1988 e Rita Lee e Roberto de Carvalho-1990) misturavam uma tentativa de retomar os tempos de muito sucesso com explorações mais ousadas ou foras do padrões. Bons discos muito detonados pelos críticos na época e que envelheceram com dignidade.

Rita Lee, a caixa, merecia uma versão revisitada, corrigindo seus problemas. Seja como for, traz o auge dessa grande cantora, compositora e musicista paulistana, um talento que transcendeu classificações e rótulos ao criar uma sonoridade própria repleta de alto astral, romantismo e irreverência, cristalizadas em belas canções.

Fonte da Juventude– Rita Lee:

Ambição– Rita Lee:

Lá Vou Eu– Rita Lee:

Vírus do Amor– Rita Lee:

Mutante– Rita Lee:

Moxine é uma das atrações do evento vegano Move It em SP

Move It - Musica - Moxine_crédito Iwi Onodera-400x

Por Fabian Chacur

Terá início neste sábado (12) a partir das 12h o Move It, festival vegano com programação incluindo bandas,DJs, livepainting, roupas, acessórios, cosméticos, itens de decoração e gastronomia sem ingredientes de origem animal. O evento rola em São Paulo na Praça Marechal Cordeiro de Farias, também conhecida como Praça dos Arcos, localizada no encontro das avenidas Paulista e Angélica. A parte musical é gratuita.

Essa programação cultural é promovida pelo Move Institute, organização sem fins lucrativos criada em 2009 que tem como um de seus objetivos questões que envolvem a causa animal, sua proteção e o seu convívio com os seres humanos. O evento estreia neste sábado (12) e prosseguirá nos dias 13 (domingo), 19 (sábado) e 20 (domingo), sempre das 12 às 21h.

Em termos de shows, a programação é bem bacana. Neste sábado (12), teremos o Winteryard às 19h. No domingo (13) será a vez da cantora Ná Ozetti (17h) e o grupo Moxine (FOTO)(19h), este último capitaneado pela talentosa cantora, compositora e guitarrista Monica Agena, que voltará a cena no dia 19 (às 17h), com o grupo Bloody Mary Una Chica Band (19h) complementando o elenco. No dia 20, Claudia Dorei (16h), Hertz e Ruídos (19h) e Comma (20h) fecham o programa.

Drive Me Somewhere– Moxine:

Baby Baby – Moxine:

Simone Lial mostra seu samba bom em um show único no Rio

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Por Fabian Chacur

Que estilo de samba Simone Lial canta? Pouco importa se de raiz, se moderno, se swingado. Ela canta samba bom, e pronto. Essa ótima intérprete lançou há pouco o ótimo CD E Toda Dor Que Sofri Será Uma Canção, o mote do show único que vai ser realizado por ela no Rio de Janeiro no dia 16 (quarta-feira) às 20h no Centro Cultural Carioca (CCC) (rua do Teatro, 37- Centro- fone 0xx21-2252-6468), com entrada a R$ 20,00.

O mais recente CD de Simone Lial contou com a produção de Fernando Brandão e um repertório que traz composições de dois nomes novos no cenário da MPB, Leo e Maurício Maturo. Uma das faixas do álbum, Dor Demais, está obtendo boa execução nas rádios cariocas que abrem espaços para o samba. O trabalho foi lançado pelo selo Alujá.

Além de canções do álbum, como a já citada Dor Demais e outras tão bacanas quanto (como Exaltação à Mulher e Um Amor Tão Delicado), o show terá também releituras de clássicos do samba de autores como Martinho da Vila e Luiz Carlos da Vila, além de algumas conhecidas pelas gravações do Grupo Fundo de Quintal. Participam da festa João Cavalcanti(do badalado grupo Casuarina) e Lucio Sanfilippo.

Dor Demais– Simone Lial:

Um Amor Tão Delicado– Simone Lial:

Exaltação à Mulher– Simone Lial:

Projeto Rock na Praça reúne bandas de rock pesado em SP

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Por Fabian Chacur

Uma bela amostra do que temos de melhor no Brasil em termos de heavy metal, hard rock e hardcore. Eis o cardápio previsto para rolar neste domingo (13) a partir das 13h no projeto Rock na Praça, que será realizado em São Paulo na rua 24 de maio, em frente à Galeria do Rock. São quatro bandas, sendo previsto em torno de sete horas de atividades. O melhor de tudo: a entrada é gratuita. É só chegar e curtir a todo vapor.

O projeto estreia com a ideia de fomententar e estimular a responsabilidade social por meio da música. O idealizador da festa roqueira é o baterista Fabrício Ravelli, que tocou com as bandas Harppia, Hirax e Imbyra, e leva a assinatura da Muqueta Records, com o apoio da Ciata e da Prefeitura de São Paulo. O local é próximo das estações Anhangabaú e República do Metrô.

Cada banda escalada tem suas características e currículo próprios. A Project 46, por exemplo, tocou em eventos grandiosos como o Rock in Rio, Monsters Of Rock, Maquinaria Chile e Metal All Stars. Atualmente divulgando seu álbum Que Seja Feita a Nossa Vontade, o time traz Caio MacBeserra (vocal), Jean Patton (guitarra e vocal), Vinícius Castellari (guitarra), Rafael Yamada (baixo e vocal) e Henrique Pucci (bateria).

Integrada por Fernando Schaefer (bateria), Thiago Monstrinho (vocal), Tiago “Hóspede” (guitarra) e Ricardo Brigas (baixo), a banda Worst foi criada por ex-integrantes de bons grupos brasileiros, como Korzus, Dead Fish, Musica Diablo, Treta e Pavilhão Nove. Seu som hardcore está na estrada há quatro anos, e seu novo CD é o Cada Vez Pior.

As garotas do grupo Nervosa (FOTO) acabam de chegar da Europa, onde tocaram em 16 países com boa repercussão. Seu heavy metal potente e agressivo tem conseguido bons fãs. Estão no grupo Fernanda Lira (baixo), Prika Amaral (guitarra) e Pitchu Ferraz (bateria), e em seu set list teremos faixas de seu CD de estreia, Victim Of Yourself.

Fecha o elenco Marcello Pompeu & Amigos, que reúne Pompeu, vocalista e fundador do mitológico grupo heavy metal Korsus, um dos pioneiros do gênero no Brasil, acompanhado pelos bem conhecidos músicos Fernando Schaefer (bateria), Heros Trench (guitarra), Marcelo “Soldado” Nessem (guitarra) e Fábio Romero (baixo).

Victim Of Yourself- Nervosa (CD na íntegra em streaming):

Doa a Quem Doer- Project 46 (CD na íntegra em streaming):

Te Desejo Todo o Mal do Mundo– Worst:

Cantora Lia Sophia lança seu novo single com videoclipe

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Por Fabian Chacur

Após a boa repercussão obtida pela canção Ai Menina, incluída na trilha sonora da novela global Amor Eterno Amor, a cantora e compositora Lia Sophia volta à cena musical com um novo single. A canção é intitulada Sempre Te Esperei, e está sendo divulgada por um videoclipe bem bacana, além de já estar disponível nas plataformas de streaming e lojas virtuais com o selo da gravadora Som Livre.

A faixa foi produzida pela cantora em dobradinha com Dede Borges. O clipe leva a assinatura da Páprika Filmes e Viralata Filmes, com produção executiva de Taísa Fernandes, da Vida Coletiva. As cenas foram registradas nas ruínas da antiga Fazenda Jambeiro, em Campinas (SP). A canção tem influências latinas e aposta no romantismo sensual.

Com 37 anos de idade, Lia Sophia nasceu na Guiana Francesa, mudou-se para o Amapá com apenas 2 anos e desde os 17 anos está radicada em Belém do Pará. Ela investe em uma sonoridade mais sofisticada do que outros colegas paraenses, e atualmente prepara o material para seu quinto álbum, previsto para sair em 2016. Os anteriores: Livre (2005), Castelo de Luz (2009), Amor Amor (2009) e Lia Sophia (2015).

Sempre Te Esperei (clipe)- Lia Sophia:

Alaíde Costa festeja 80 anos e fará show grátis em São Paulo

Alaíde Costa -foto de Glauker Bernardes-400x

Por Fabian Chacur

Neste mês de dezembro, Alaíde Costa comemora 80 anos muito bem vividos. Como forma de celebrar essa efeméride tão importante, a cantora e compositora carioca realizará neste domingo (6) às 19h00 em São Paulo um show no Teatro Décio de Almeida Prado (rua Cojubá, nº45- Itaim Bibi- fone 0xx11-3079-3438). Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados no local uma hora antes do espetáculo.

Nascida no Rio de Janeiro no dia 8 de dezembro de 1935, Alaíde Costa iniciou sua carreira musical em 1955. Gravou o primeiro álbum em 1959 com o apoio do amigo João Gilberto, que de quebra lhe apresentou os nomes mais importantes da então emergente Bossa Nova, da qual se tornou uma das mais importantes e bem-sucedidas intérpretes.

Seu currículo é dos mais nobres. Nos anos 1960, por exemplo, participou do programa televisivo O Fino da Bossa, que era apresentado por Jair Rodrigues e Elis Regina, e um de seus principais sucessos foi Onde Está Você (Oscar Castro Neves- Luverci Fiorini). Em 1972, gravou em dueto com Milton Nascimento a maravilhosa Me Deixa Em Paz, faixa do álbum Clube da Esquina, um dos marcos da história da MPB.

Amiga de Verdade (1988) reuniu convidados como Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Ivan Lins e Egberto Gismonti. Dois álbuns gravados em parceria com o pianista João Carlos Assis Brasil, o CD gravado em Paris Falando de Amor (2014) um em homenagem ao amigo Milton Nascimento em 2009 e Canções de Alaíde (2014), este último incluindo apenas composições próprias, são outros marcos de sua carreira.

No show deste domingo (6), Alaíde terá a seu lado o pianista e arranjador Giba Estevez. Ela interpretará canções de outros autores, e também músicas de sua autoria, entre as quais Você é Amor (parceria com Tom Jobim), Amigo Amado (escrita com Vinícius de Moraes), Meu Sonho (escrita com Johnny Alf) e Banzo (feita com José Marcio Pereira). Na agenda, um CD em parceria com Toninho Horta (Alegria é Guardada em Cofres Cardeais) e um DVD comemorativo dos 80 anos de vida.

Me Deixa em Paz– Alaíde Costa e Milton Nascimento:

Você é Amor– Alaíde Costa:

Amigo Amado– Alaide Costa:

Adele quebra recordes com o novo CD na Inglaterra e EUA

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Por Fabian Chacur

Quebrar recordes é com a Adele. Não satisfeita em superar grandes marcas com Hello, o primeiro single de seu novo álbum (leia sobre isso aqui), a cantora e compositora britânica agora arrasa marcas anteriores com o álbum completo, 25, nos EUA e no Reino Unido. Os números são impressionantes, coisas de um incrível fenômeno pop mesmo.

Conforme informações da Nielsen Music divulgadas pelo site americano da revista Billboard, 25 ultrapassou a marca de três milhões de cópias comercializadas em sua primeira semana de lançamento na terra de Barack Obama. Isso significa superar de longe o recorde anterior para esse mesmo período, que era desde março de 2000 defendido pela boy band NSync com seu trabalho No Strings Attached, que teve 2.42 milhões de cópias comercializadas.

No Reino Unido, o terceiro álbum de Adele também ficou com a marca de trabalho mais vendido em sua semana de lançamento, com 800.307 cópias comercializadas, contra 696.000 do recordista anterior, Be Here Now, lançado pela banda Oasis no já distante 1997.

Os resultados nos dois lados do Atlântico estão ajudando a dar uma revitalizada no mercado fonográfico, já que o álbum não está disponível para ser ouvido em streaming. Onde esse fenômeno irá parar? Com a palavra, seus milhões de fãs no mundo todo, ávidos por ouvir sua “ídala”.

Hello– Adele:

When We Were Young (ao vivo na TV)- Adele:

Izaias Marcelo (Exaltasamba) produz novo CD de Karinah

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Por Fabian Chacur

A cantora Karinah prepara seu segundo CD, e tem uma boa novidade para os fãs. A produção ficou a cargo do talentoso e experiente Izaias Marcelo, que ficou conhecido como integrante do consagrado grupo Exaltasamba, no qual tocou violão e assinava alguns dos arranjos de suas músicas. A primeira música do álbum já está sendo divulgada no formato single.

Não Mete Essa Não é um samba descontraído e bem humorado, com a assinatura do compositor Claudemir, que já teve canções de sua autoria gravados por nomes do alto gabarito de Zeca Pagodinho, Dudu Nobre e Grupo Fundo de Quintal, só para citar alguns. A faixa começa a divulgação do novo álbum da cantora, previsto para sair em 2016.

A cantora paranaense, que se mudou ainda criança para Santa Catarina e continua radicada naquele estado, agora acrescentou um H no fim de seu nome, marcando nova fase na carreira. Ela lançou seu trabalho de estreia, Você Merece Samba, em 2013, e com ele ganhou o Troféu Samba É Tudo de Bom, da rádio Nacional do Rio de Janeiro, na categoria revelação. A música que dá nome ao CD tem letra de Carlinhos Brown.

Karinah ganhou uma música de Arlindo Cruz, com quem já fez show em Florianópolis. Ela participou de inúmeros programas badalados de TV, fez shows na Europa e também teve parcerias com artistas como Dudu Nobre, Xande de Pilares, Simoninha, Jair Rodrigues e Almir Guineto, entre outros. Com sua voz envolvente, tem tudo para ampliar seus horizontes no competitivo mundo do samba.

Nâo Mete Essa Não– Karinah:

Retalhos de Cetim (ao vivo)- Karinah:

Kuarup relança em CD álbum inicial de Paulinho da Viola

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Por Fabian Chacur

Em 1966, Paulinho da Viola tinha 24 anos e era um jovem iniciante no mundo do samba, embora já com muita moral. Ao lado do mais experiente Elton Medeiros, na época com 36 anos, ele gravou seu primeiro álbum, que saiu como Na Madrugada e dois anos depois, em 1968, como Samba na Madrugada. Longe das lojas há 14 anos no formato CD, ele acaba de ser relançado pela Kuarup em edição caprichada, com direito a encarte luxuoso contendo ficha técnica, letras e tudo o mais.

Samba na Madrugada traz 11 faixas, sendo duas delas pot-pourrys, e mescla composições de Paulinho e de Elton. Eles cantam de forma separada, acompanhados por um time afiado composto por Dino Sete Cordas (violão de 7 cordas), Raul de Barros (trombone), Copinha (flauta), Canhoto (cavaco) e os ritmistas Gilberto, Luna e Jorge, além de Paulinho no violão e Elton na característica percussão na caixa de fósforo.

Consta que as gravações do álbum foram realizadas em apenas uma noite, e o clima informal e solto das faixas dá essa impressão. Paulinho ainda se mostra um pouco tímido nos vocais, embora já dando mostras do brilho artístico que consolidaria não muito tempo depois, enquanto o mais experiente Elton deita e rola, ora em sambas românticos, ora em momentos mais rítmicos.

O repertório do álbum é muito bom, com direito a 14 Anos, um dos primeiros clássicos de Paulinho da Viola que ele canta em shows até hoje (leia resenha de show realizado por ele em São Paulo em novembro aqui), Momento de Fraqueza (outro golaço dele) e as lindas (de Elton) O Sol Nascerá (inspiradíssima parceria com Cartola) e Sol da Madrugada.

O encarte também inclui belo texto do produtor cultural e letrista Hermínio Bello de Carvalho. Mais um importante resgate feito pela Kuarup, prova de que é possível unir um trabalho viável em termos comerciais sem se descuidar do quesito importância cultural. E bem importante pelo fato de Paulinho da Viola não lançar um novo CD de inéditas há quase 20 anos, sendo uma forma de saciar a sede de seus inúmeros fãs por trabalhos bacanas dele.

14 Anos– Paulinho da Viola:

Alô Alô- Sol da Madrugada– Paulinho da Viola- Elton Medeiros:

Momento de Fraqueza– Paulinho da Viola:

Edgard Scandurra lança disco em parceria com a Silvia Tape

foto Edgard Scandurra e Silvia Tape - credito Juliana R_ 2 w-400x

Por Fabian Chacur

Desde sempre, Edgard Scandurra é conhecido por sua inquietude e capacidade de encarar os mais diversos projetos musicais possíveis. O cantor, compositor e guitarrista do Ira! incorpora um novo item à extensa lista de colaborações realizadas em seus mais de 30 anos de carreira. Trata-se de um álbum em dupla com a cantora e compositora Silvia Tape, intitulado Est, e que está chegando ao mercado nesta terça (24).

O trabalho de Scandurra e Tape sai primeiro pela via digital, podendo ser encontrado nas plataformas digitais. Está previsto o lançamento nos formatos CD e LP de vinil no início de 2016, sempre pelo Selo180. O álbum foi gravado no Wah Wah Studio, em São Paulo, e reúne dez faixas inéditas, entre elas Asas Irreais, que tem já um belo clipe disponível e cuja letra faz menção ao poema Ismália, do célebre poeta simbolista mineiro Alphonsus de Guimarães (1870-1921).

O embrião desse trabalho surgiu em 2009, quando Edgard Scandurra fez algumas gravações caseiras pensando no que seria um disco instrumental solo. Ao conhecer Silvia Tape em um show de Fausto Fawcett da qual ela participou, encantou-se por sua voz, e resolveu partir para uma parceria com a moça em cima daquele material, que ganhou letras feitas basicamente pela artista.

Silvia Tape foi baixista da banda de garage rock Happy Cow em Piracicaba (SP) nos anos 1990, e atualmente é a guitarrista da nova formação da seminal banda As Mercenárias, da qual, por sinal, Scandurra fez parte na década de 1980. Ela também investe em carreira solo, e lançou um EP com produção de Pipo Pecoraro e participação do veterano artista indie Júpiter Maçã.

Asas Irreais– Edgard Scandurra e Silvia Tape:

Meu Lamento (ao vivo)- Edgard Scandurra e Silvia Tape:

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