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Tag: anos 1970

Dzi Bando inicia a temporada em SP neste fim de semana

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Por Fabian Chacur

Como forma de celebrar os 45 anos da criação dos Dzi Croquettes, um dos grupos teatrais mais revolucionários da história da cultura brasileira, e também de quebra comemorar seus 50 anos de carreira, Ciro Barcelos concebeu o espetáculo Dzi Bando, que inicia sua temporada em São Paulo neste fim de semana. As apresentações começam neste sábado (8) às 21h30 e domingo (9) às 20h30 no Teatro Augusta (rua Augusta, nº 943- Cerqueira César- fone 0xx11-3231-2042), com ingressos custando R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00. Eles ficam em cartaz até outubro.

Ciro integrou a formação clássica dos Dzi Croquettes ao lado de seu criador, Lennie Dale (1934-1994), Claudio Tovar, Claudio Gaya e Paulette, entre outros. O grupo atuou entre 1972 e 1976 no Brasil e na França, e se tornou famoso por sua criatividade e também por desafiar os preconceitos e a caretice em plena ditadura militar brasileira. Sua história foi apresentada no excelente documentário Dzi Croquettes (2009), de Tatiana Issa e Raphael Álvarez.

Dzi Bando é um show cênico que traz Barcelos ao lado de uma banda composta por cinco músicos que cantam, dançam e representam. São eles Toi Medeiros (violão, cavaquinho, pad , vocais), Vitor Toledo (percussão, guitarra, baixo, vocais), Rafael Diniz (piano, guitarra, percussão, vocais), Vittor Deamo (baixo, violão, saxofone, percussão, vocais) e Fabricio Bertrami (bateria). Em meio a rock, samba, chorinho, bossa nova, cyber funk e afro punk, Ciro relembra histórias do grupo.

As histórias tem como personagens integrantes do grupo e também amigos e parceiros ilustres, como Elis Regina, Gal Costa e Caetano Veloso. Vale recordar que os Dzi Croquettes contaram com um grande apoio por parte da consagrada atriz e cantora Liza Minelli, e tiveram entre seus fãs astros do porte dos roqueiros Mick Jagger e David Bowie, fascinados com suas coreografias ousadas e criativas.

Dzi Croquettes (documentário em streaming):

Primavera nos Dentes mostra remake de Secos & Molhados

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Por Fabian Chacur

Nada melhor do que presenciar uma banda composta por músicos experientes e talentosos pegar um repertório consagrado e muito bem formatado, como o do Secos & Molhados, e dar a ele novas e criativas feições. É isso o que o Primavera nos Dentes nos ofereceu em seu ótimo trabalho de estreia, de 2017. Ele se apresentam em São Paulo nesta quinta (22) e sexta (23) às 21h no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompéia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

O projeto Primavera nos Dentes surgiu em 2016, e tem como integrantes Charles Gavin (bateria, ex-Titãs), Paulo Rafael (guitarra, ex-Ave Sangria e braço direito há mais de 40 anos de Alceu Valença), Duda Brack (vocal), Felipe Pacheco Ventura (violino e guitarra) e Pedro Coelho (baixo). O seu álbum de estreia, lançado em CD, vinil e versão digital pela gravadora Deck, traz onze canções extraídas dos dois primeiros álbuns de estúdio dos Secos & Molhados, lançados em 1973 e 1974 com a sua formação original.

Os ótimos remakes das canções do lendário trio setentista serão tocadas pelo quinteto carioca em seus dois shows no Sesc Pompeia, entre os quais Sangue Latino, Rosa de Hiroshima, Fala, O Vira, O Patrão Nosso de Cada Dia e Primavera nos Dentes (faixa que batizou a banda). Também está no repertório uma músicas que não entrou no disco deles, El Rey, integrante do álbum de 1974 dos S&M.

Primavera nos Dentes- ouça o álbum em streaming:

Hyldon mostra grandes hits e belas canções recentes em SP

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Por Fabian Chacur

Abram alas, fãs de música boa de São Paulo, que Hyldon está chegando. Este grande cantor, compositor e músico estará na cidade nesta sexta (5) às 21h para dar uma geral em seus maiores sucessos e também mostrar momentos bacanas de seu excelente novo álbum, As Coisas Simples da Vida. O local é o teatro do Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Aos 66 anos de idade, Hyldon integra a santíssima trindade da soul music à brasileira ao lado de Tim Maia e Cassiano, músicos dos quais ele era amigo e parceiro, por sinal. O artista baiano radicado no Rio estourou em 1975 com o incrível álbum Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, um clássico da música brasileira que traz como destaques três hits mortais: a faixa título, As Dores do Mundo e Na Sombra de Uma Árvore

Ao contrário de outros artistas desse setor, ele não ficou eternamente apegado ao passado, e se manteve produzindo bons trabalhos, que se não conseguiram o sucesso merecido certamente agradaram em cheio os ouvidos mais descolados. As Coisas Simples da Vida (leia a resenha de Mondo Pop aqui) é simplesmente maravilhoso.

Hyldon será acompanhado basicamente pela mesma banda que gravou com ele seu trabalho atualmente em fase de divulgação, composta pelos ótimos Guinho Tavares (guitarra, violão e vocal), Felipe Marques (bateria), Ramon Torres (baixo, o mais novo do time), Márcio Pombo (piano, órgão e sintetizadores), Diogo Gomes (flugelhorn e trompete) e Rodrigo Revelles (flauta e sax). Para não perder!

As Coisas Simples da Vida– Hyldon:

Polysom relança em LP/vinil o “disco do tênis” de Lô Borges

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Por Fabian Chacur

A Polysom, em parceria com a Universal Music e como parte integrante da sua série Clássicos em Vinil, está lançando uma edição em vinil de 180 gramas do álbum Lô Borges, de 1972, que marcou a estreia como artista solo do compositor e músico mineiro. O LP é mais conhecido como “disco do tênis”, pelo fato de ter na capa um surrado par de tênis de couro de cano alto. O trabalho celebra 45 anos melhor do que nunca.

Lô Borges teve um belo ano de 1972. Além de lançar o mais do que histórico Clube da Esquina em parceria com Milton Nascimento, ele ainda teve gás suficiente para nos oferecer sua estreia solo, um álbum que traz nove músicas assinadas somente por ele e outras seis escritas com parceiros como Tavinho Moura, Ronaldo Bastos e Márcio Borges. Músicas como Você Fica Bem Melhor Assim, Canção Postal, Calibre e Fio da Navalha são destaques de um belo trabalho de MPB.

Como forma de festejar essa importante efeméride em sua carreira, Lô tem feito desde o início do ano apresentações enfatizando o repertório do “disco do tênis”. Os shows já passaram por São Paulo, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Ouro Preto, e no segundo semestre deverão voltar a algumas dessas cidades e também chegar a outras, graças ao grande sucesso das datas já realizadas até agora.

Lô Borges– Lô Borges (1972)- Ouça em streaming:

Isabella Taviani e Carpenters se combinam em CD e shows

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Por Fabian Chacur

Carpenters Avenue é o primeiro CD da carreira de Isabella Taviani na qual ela deixa seu lado compositora de lado e se dedica somente a repertório alheio. No caso, as canções dos Carpenters. Ela mostra esse repertório em shows no dia 30 de abril (sábado) às 22h em São Paulo no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- Chácara Santo Antônio- fone 4003-1212), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 240,00, e no dia 6 de maio (sexta-feira) às 22h30 no Vivo Rio (av. Infante Dom Henrique, nº 85- Parque do Flamengo- fone 0xx21- 2531-1227), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 200,00.

Isabella é fã do trabalho dos irmãos Karen (1950-1983- vocal) e Richard Carpenter (piano e arranjos) desde seus tempos de criança. Admite forte influência da voz doce e melódica de Karen no desenvolvimento de seu trabalho próprio. Gravar Carpenters Avenue é a realização de um sonho antigo. O repertório traz 14 músicas extraídas do repertório gravado pela dupla, entre grandes hits e alguns lados B.

Em (They Long To Be) Close To You, temos a participação da estrela americana Dionne Warwick, que além de grande estrela da canção era amiga e confidente de Karen. Isabella, por sinal, participará dos shows que Dionne fará no Brasil nos dias 28 (quinta-feira) em São Paulo e 29 (sexta-feira) no Rio interpretando com ela esta canção iluminada.

Na faixa Sometimes, marca presença Monica Mancini, filha do saudoso e lendário músico, maestro e compositor de trilhas de filmes Henry Mancini. Aliás, a introdução dessa gravação é uma passagem de piano tocada pelo próprio Henry Mancini há mais de 40 anos e resgatada especialmente para este projeto. Requinte luxuoso perde.

Além das duas canções citadas, estão no CD We’ve Only Just Begun, Only Yesterday, Superstar, For All We Know, Please Mr. Postman e Rainy Days And Mondays, entre outras. Com gravações feitas nos EUA e no Brasil, tivemos a participação de músicos como Leland Sklar (baixista que já tocou com James Taylor e Phil Collins), Marcos Suzano (percussão) e Larry Goldings (teclados). Destaque para a capa, que segue a tipologia de letras usadas nos discos do grupo.

(They Long To Be) Close To You– Isabella Taviani e Dionne Warwick:

Please Mr. Postman– Isabella Taviani:

Saiba mais sobre Carpenters Avenue:

Kuarup relança Chama Acesa e Modo Livre, de Ivan Lins

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Por Fabian Chacur

A gravadora paulistana Kuarup anda prestando um belo serviço aos fãs da melhor música brasileira. Além de lançar novos artistas e reeditar títulos importantes de seu acervo de mais de 30 anos, o selo também está resgatando obras lançadas por outros selos. Agora, é a vez de dois títulos importantes da discografia de Ivan Lins, Modo Livre (1974) e Chama Acesa (1975), da extinta RCA (hoje no acervo da Sony Music).

Esses dois ótimos trabalhos marcam uma fase de transição na carreira do genial cantor, compositor e músico carioca, que recentemente completou 70 anos de idade (ler homenagem de Mondo Pop aqui). Marcam uma espécie de ruptura com seu trabalho anterior.

Embora de ótima qualidade artística, os três primeiros álbuns de Ivan eram olhados com narizes torcidos por parte da crítica especializada. Após lançar o sintomaticamente intitulado Quem Sou Eu? (1972), o artista perdeu o grande destaque que havia obtido na mídia, e deu uma célebre entrevista ao jornal alternativo O Pasquim no qual admitiu sua alienação em termos políticos. Novidades maiores viriam a seguir.

Modo Livre traz um artista centrado no samba moderno. Seis das onze músicas foram escritas com o parceiro dos hits iniciais, Ronaldo Monteiro de Souza, entre elas as ótimas Deixa Eu Dizer (que também fez sucesso com Claudya, cuja versão foi sampleada por Marcelo D2), Tens (Calmaria) e Espero. Mas outras faixas teriam mais destaque.

Abre Alas, por exemplo, equivale ao início da parceria com o paulista de Ituverava Vitor Martins, dobradinha que se tornaria nos anos seguintes uma das melhores e mais importantes da história da MPB. Foi o grande hit do álbum. Por sua vez, Chega, assinada só por Ivan, é um desabafo em relação às pressões que sofria: “as pessoas tem que gostar de mim como eu sou, e não como você quer que eu seja”.

Tocam em Modo Livre músicos como o guitarrista e maestro Artur Verocai, que já havia atuado antes com ele e que há pouco foi resgatado pelas novas gerações, o consagrado tecladista Wagner Tiso e o baterista Robertinho Silva, entre outros do mesmo alto nível. Avarandado (Caetano Veloso) e o pot-pourry de sambas clássicos General da Banda – A Fonte Secou- Recordar é Viver são releituras bacanas do álbum.

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Chama Acesa mostra a rápida evolução da dupla Ivan Lins/Vitor Martins, que assina cinco das onze músicas do álbum, com apenas duas de Ivan com Ronaldo Monteiro de Souza. Paulo Cesar Pinheiro, que escreveu com Ivan Rei do Carnaval, no CD anterior, volta a ser parceiro na faixa que deu título ao álbum e de Poeira Cinza e Fumaça. Duas são só do autor de Madalena, as ótimas Sorriso da Mágoa e Nesse Botequim.

Embora ainda tendo o samba como base, este álbum de 1975 ganhou fortes elementos jazzísticos, além de marcar o início da colaboração de Ivan Lins com o excelente pianista e tecladista Gilson Peranzzetta, parceria que se estenderia por muitos anos. Os sopros (flauta e sax) de Ricardo Ribeiro ajudam a ressaltar esse clima jazzy que pontua o álbum.

Os dois álbuns já haviam sido lançados em CD pela antiga BMG em 2001, mas as novas edições da Kuarup são mais caprichadas, incluindo encartes rediagramados com fotos mais nítidas e ótima remasterização. Bela homenagem a um artista que mereceria ser mais venerado em sua terra natal, já que no exterior é cultuado como o mestre que de fato é.

Deixa eu Dizer– Ivan Lins:

Abre Alas– Ivan Lins:

Chega– Ivan Lins:

Sorriso da Mágoa– Ivan Lins:

Lenda do Carmo– Ivan Lins:

Joana dos Barcos– Ivan Lins:

Jane & Herondy mostram seu romantismo na Galeria Olido

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Por Fabian Chacur

Não Se Vá é provavelmente uma das músicas de maior sucesso na história da música popular brasileira. Aquele tipo de hit que todo mundo conhece. Essa canção tornou famosa a dupla Jane & Herondy, que desde os anos 1970 se mantém na ativa. Eles farão um show no dia 6 de junho (sábado) às 18h na Sala Galeria Olido (av. São João, 473-SP), com entrada gratuita.

Jane Moraes e Herondy Bueno se conheceram no fim dos anos 1960, quando ela era integrante do trio de MPB Os Três Moraes e Herondy se apresentava em casas noturnas. Ao se casarem, surgiu junto uma parceria musical que iria gerar frutos em termos discográficos em 1974. O som da dupla sempre teve o romantismo como base.

Em 1976, gravaram Não Se Vá, versão da canção francesa Tu T’Em Vas, interpretada por Alain Barriere e Noelle Cordier e sucesso da trilha sonora da novela global Anjo Mau. A releitura de Jane & Herondy acabou indo além do estouro da dobradinha francesa por aqui, invadindo as paradas de sucesso e impulsionando sua carreira.

A partir daí, o duo conseguiu outras canções com bom desempenho nas rádios, como Eu Te Amo Tu Me Amas, Por Muitas Razões Eu Te Quero e Sem Fantasia, e passaram a ser presença constante nos programas de TV mais populares. Uma das razões para tanta requisição é a simpatia dos dois, sempre bem-humorados e com boas respostas em suas entrevistas.

Lógico que toda relação a dois tem lá seus problemas, e eles chegaram a ficar separados por alguns anos. Felizmente, as arestas foram aparadas, assim como superado um problema de saúde por parte de Herondy, e a dupla voltou com força à ativa, preparando atualmente um novo CD, Em Ritmo de Forró. No show do Olido, eles prometem cantar seus sucessos e também contar histórias curiosas sobre sua carreira, com direito a muito romantismo e descontração.

Nâo se Vá– Jane & Herondy:

Tu T’En Vas – Alain Barriere & Noelle Cordier:

Sem Fantasia– Jane & Herondy:

Por Muitas Razões Eu Te Quero– Jane & Herondy:

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