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Dusty Hill, 72 anos, o baixista barbudo do lendário ZZ Top

dusty hill

Por Fabian Chacur

Nenhuma banda parecia mais inadequada para estourar na MTV do que o ZZ Top nos anos 1980. Três músicos feiosos, tocando rock básico e sem nenhum apelo visual em plena era do tecnopop, da new wave, do r&b eletrônico? Sem chances! No entanto, graças especialmente a seus clipes envenenados, o trio texano conseguiu vender milhões de discos e virar queridinho da emissora musical. Seu baixista, Dusty Hill, infelizmente nos deixou nesta quarta-feira (28) aos 72 anos, segundo informações de seus agora ex-colegas de banda.

O grupo, por sinal, fez há três dias o seu 1º show sem Dusty, que havia alegado problemas nos quadris para não participar da performance na cidade de New Lennox, Illinois (EUA), substituído pelo técnico de guitarras da banda há muitos anos, Elwood Francis. A causa de sua morte não foi revelada, mas ele teria feito a passagem dormindo, segundo o mesmo comunicado oficial da banda.

O grupo iniciou sua trajetória em 1969 em Houston, Texas, e consolidou sua formação clássica no ano seguinte, com Billy F. Gibbons (guitarra e vocal), Dusty Hill (baixo) e Frank Beard (bateria). Seu álbum de estreia, ZZ Top’s First Album, saiu em 1971. O sucesso veio a partir do 3º trabalho, Tres Hombres (1973), que atingiu o 3º lugar na parada americana.

Sua sonoridade, um blues rock com pegada dançante apelidada de boogie, foi aos poucos lhes valendo um público fiel, sempre presentes aos shows energéticos e pra cima. Como marcas registradas, as imensas barbas de Hill e Gibbons, os óculos escuros e os chapéus modelo Stetson.

Nos anos 1980, o trio deu uma renovada no som acrescentando teclados eletrônicos, mas sem deixar de lados as raízes texanas de seu rock. A grande sacada para encarar a “geração MTV” foi a gravação de clipes para divulgar músicas como Legs e Sleeping Bag repletos de mulheres bonitas, motos envenenadas e carrões, além dos cactos típicos do Texas. Dessa forma, o álbum Eliminator (1983) vendeu mais de 10 milhões nos EUA. Afterburner (1985) passou dos 5 milhões de cópias nos EUA.

O grupo marcou presença no filme De Volta Para o Futuro III com a música Doubleback em 1990. A partir daí, passou a gravar de forma mais espaçada, embora seus shows continuassem a atrair grandes plateias. Eles fizeram shows no Brasil em 2010, e seu disco mais recente de estúdio, La Futura, saiu em 2012, e atingiu o 6º posto na parada ianque. Houve uma perspectiva de eles voltarem ao nosso país em 2020 para shows em parceria com o Def Leppard, mas a turnê foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus.

Legs (clipe)- ZZ Top:

The Doobie Brothers lançam histórico disco duplo ao vivo

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Por Fabian Chacur

The Doobie Brothers é uma das bandas mais consistentes e bem-sucedidas da história do rock americano. Em vias de completar 50 anos de estrada, os caras já venderam mais de 48 milhões de cópias de seus álbuns, sendo que um deles, a coletânea Best Of The Doobies (1976), atingiu a marca de mais de 12 milhões de cópias vendidas nos EUA. Mais ativos do que nunca, eles estão lançando um novo trabalho. E não é qualquer um. Trata-se de Live From The Beacon Theater, disponibilizado pela Warner Music no Brasil em CD duplo e nas plataformas digitais e no exterior também em Blu-ray e em dobradinha DVD+CD duplo.

Gravado ao vivo no lendário Beacon Theatre de Nova York, onde o grupo não tocava há 25 anos, o álbum registra um momento único na trajetória da banda criada e ainda hoje liderada pelos incríveis Tom Johnston (vocal e guitarra) e Patrick Simmons (vocal e guitarra). Trata-se da primeira vez em que eles tocaram, na íntegra, faixa a faixa e na ordem original em que foram lançadas, as músicas de seus dois melhores LPs, Toulouse Street (1972) e The Captain And Me (1973).

Esses dois trabalhos, que venderam muito na época e emplacaram hits do porte de Listen To The Music, Rockin’ Down The Highway, Jesus Is Just Alright, Long Train Runnin’ e China Grove, mostram uma original e turbinada mistura de rock and roll, folk, soul, blues e hard rock, tendo como marca registrada o contraponto entre o vozeirão e a guitarra agressiva de Johnston e o dedilhado na guitarra e violão e a voz mais doce de Simmons. Uma combinação perfeita.

Um dos atrativos desse já bem interessante álbum é o fato de termos aqui registros ao vivo de músicas que a banda nunca havia tocado em shows, como as ótimas Mamaloi, Ukiah e The Captain And Me. O segundo disco traz em sua parte final três faixas adicionais incluídas no bis do show: Take Me Your Arms, Black Water e uma segunda versão de Listen To The Music.

Além de Tom Johnston e Patrick Simmons, a atual escalação dos Doobies traz outro cara importante na história da banda, o cantor, compositor e multi-instrumentista John McFee, que entrou no time no final dos anos 1970 e é de uma versatilidade impressionante como músico. Completam o afiadíssimo time Bill Payne (teclados, ex-integrante do grupo Little Feat, de muito sucesso nos anos 1970), Marc Russo (sax) e Ed Toth (bateria), John Cowan (baixo e vocais).

Leia mais textos sobre os Doobies em Mondo Pop aqui

Eis as faixas de Live From The Beacon Theatre:

Disco 1: Toulouse Street

– Listen To The Music
– Rockin’ Down The Highway
– Mamaloi
– Toulouse Street
– Cotton Mouth
– Don’t Start Me To Talkin’
– Jesus Is Just Alright
– White Sun
– Disciple
– Snake Man

Disco dois: The Captain And Me:

– Natural Thing
– Band Intros (apresentação dos músicos)
– Long Train Runnin’
– China Grove
– Dark Eyed Cajun Woman
– Clear As The Driven Snow
– Without You
– South City Midnight Lady
– Evil Woman
– Busted Down Around O’Connelly Corners
– Ukiah
– The Captain And Me
Encore (bis)
Take Me In Your Arms (Rock Me)
Black Water
Listen To The Music (Reprise)

Long Train Runnin’ (live at the Beacon Theatre):

Sting relê seus hits com novos arranjos no álbum My Songs

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Por Fabian Chacur

Em seus mais de 40 anos de carreira discográfica, Sting volta e meia resolveu fazer releituras diferenciadas de suas principais composições, ora ao vivo, ora em estúdio. E novamente o brilhante cantor, compositor e músico britânico vai nos oferecer um produto com essas características. Trata-se de My Songs, álbum de estúdio que a Universal Music promete lançar no dia 24 de maio nos formatos físico e digital.

O novo trabalho do ex-baixista e cantor do The Police traz 15 faixas, selecionadas entre hits de sua ex-banda e da carreira-solo. A produção ficou a cargo de Martin Kierszembaum, Dave Audé e Jerry Fuentes. Em declaração incluída no press release de divulgação do trabalho, ele o definiu assim: “My Songs é a minha vida em músicas. Algumas delas reconstruídas, algumas delas reformadas, algumas delas reformuladas, mas todas com foco contemporâneo”.

O repertório de My Songs se concentra em músicas lançadas originalmente de 1978 a 1999. Três dessas releituras já estão disponíveis nas plataformas digitais: Brand New Day (ouça aqui), Desert Rose (ouça aqui) e Demolition Man. As amostras são bem bacanas, sem subverter demais as versões originais e sem copiá-las iguaizinhas. A voz do astro continua ótima, o que conta, e muito.

Conheça na íntegra o repertório incluído em My Songs e em que discos foram gravadas originalmente:

Can’t Stand Losing You– (Outlando’s d’Amour- The Police- 1978)
Roxanne (Outlando’s d’Amour- The Police- 1978)
So Lonely (Outlando’s d’Amour- The Police- 1978)
Message In a Bottle (Regatta De Blanc- The Police- 1979)
Walking On The Moon (Regatta De Blanc- The Police -1979)
Demolition Man (Ghost In The Machine-The Police- 1981)
Every Breath You Take (Synchronicity- The Police- 1983)
If You Love Somebody Set Them Free (The Dream Of The Blue Turtles-solo- 1985)
Fragile (…Nothing Like The Sun- solo- 1987)
Englishman In New York (…Nothing Like The Sun- solo- 1987)
If I Ever Lose My Faith In You (Ten Summoner’s Tales- solo- 1993)
Fields Of Gold (Ten Summoner’s Tales- solo- 1993)
Shape Of My Heart (Ten Summoner’s Tales- solo- 1993)
Desert Rose (Brand New Day- solo- 1999)
Brand New Day (Brand New Day- solo- 1999)

Demolition Man– Sting (do CD My Songs):

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