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Banda Marrakesh mostra seu primeiro álbum em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Ao contrário do que alguns eternos apressadinhos adoram repetir mundo afora, o rock não só não morreu como continua por aí, firme e forte. Um bom exemplo brasileiro é a banda curitibana Marrakesh. Na ativa desde 2014, mostra um som melódico, ora etéreo, ora mais ardido, e com muita qualidade. Eles mostram seu primeiro álbum, Cold As Kitchen Floor, lançado pelo selo Balaclava Records, em show nesta terça (22) a partir das 19h no Void General Store SP (rua Martin Carrasco, nº 56- Pinheiros- fone 0xx11-3031-088), com entrada livre.

A atual formação do grupo de Curitiba (PR) traz Bruno Tubino Czarnobay (guitarra e vocal), Lucas Cavallin (guitarra e vocal), Matheus Castella (bateria), Nicholas Novak (baixo) e Thomas Volobodo Berti (synths e beats). Seu primeiro lançamento ocorreu em 2016, o EP Vassiliki, do qual se destaca a faixa Sheer Night. Eles também releram de forma surpreendente Canto de Ossanha, clássico de Baden Powell e Vinícius de Moraes e rara incursão deles por uma música em português.

Cold As Kitchen Floor traz 12 faixas e já está disponível nos serviços de streaming. A faixa Moonhealing está sendo divulgada por um clipe muito interessante dirigido por Fernando Moreira. Também estão na programação desta terça (22) da Void General Store SP o duo português Ermo e o DJ S4v4n4. A banda Marrakesh, que tocou em 2017 em Barcelona, Espanha, voltará a se apresentar em São Paulo neste sábado (26) no festival XXXBórnival, que será realizado na casa de shows Áudio.

Moonhealing (clipe)- Mahakesh:

Mamparra traz intensidade e brilho em seu primeiro álbum

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Por Fabian Chacur

Os sons tropicalistas e pós-tropicalistas dos anos 1960 e 1970 tem influenciado diversos artistas da cena atual. Nem todos conseguem captar a essência daquela sonoridades sem cair na mera repetição ou em verdadeira naftalina sonora, de tão datada. Felizmente, esse não é o caso da banda paulistana Mamparra, que com seu álbum de estreia nos traz dez faixas consistentes, nas quais intensidade, brilho, bom humor e sutileza aparecem como características essenciais.

Com sete anos de existência, a Mamparra traz como integrantes Gustavo Araújo Borges (guitarra e voz), Maiana Monteiro (voz), Felippe Rodrigues (bateria) e Guilherme Mingroni (baixo). No início, tocavam apenas músicas de Itamar Assumpção, mas com o tempo abriram o leque para nomes como Belchior, Jards Macalé e Gilberto Gil, e depois, rumo a composições próprias. Tropicalismo e Novos Baianos são outras referências importantes em seu trabalho.

Mamparra, o álbum, lançado em CD e também disponível nas plataformas digitais, foi gravado com o conceito “ao vivo no estúdio” em apenas três dias. A produção ficou a cargo de Fábio Barros, dono do estúdio Trampolim, que além disso participou tocando diversos instrumentos. Também fizeram participações especiais Fernando Mostaço Foca (trompete), Arthur Joly (mini moog), Habacuque Lima (vocais) e Gabriel Nascimbeni (vocais).

Essa opção em gravar todo mundo junto e de também se valer essencialmente de recursos analógicos nas gravações sempre que possível deu ao trabalho um clima bem orgânico e intenso, que faz o ouvinte se sentir dentro do estúdio, como se estivesse bem no meio de tudo. A participação dos convidados dá um sabor adicional ao trabalho, especialmente o excelente trompete de Fernando Mostaço Foca, que interage com os outros músicos de forma marcante.

A sonoridade do Mamparra aposta em um minimalismo flexível, valorizando os vazios de forma inteligente e os preenchendo sempre que se fez necessário, sem exageros. Essa moldura precisa ajuda a voz gostosa e bem colocada de Maiana (que é filha da ótima Vânia Abreu) a fluir com desenvoltura. Quando o jeitão falado e meio rapper de cantar de Gustavo dialoga com ela, a originalidade da banda ganha recursos muito bem utilizados.

O repertório do álbum é bem consistente, com direito a momentos excelentes como Cidadania, Samba Velho, Trajetória e Hobbinho. Soa bem setentista, mas sem cair na mera repetição, exalando fortes elementos de diversas variações do samba, música nordestina, rock e até um pouco de psicodelia. Que venha mais coisa boa de onde vieram estas dez faixas, sempre com esse clima de celebração (um dos significados para o termo africano mamparra).

Samba Velho (clipe)- Mamparra:

Banda PAD lança um primeiro single pela Universal Music

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Por Fabian Chacur

Tem banda nova no cenário rock brasileiro. E com um bom pedigree. Trata-se da PAD. Criada em novembro de 2016, ela acaba de lançar seu primeiro single pela Universal Music, no formato digital e com direito a um lyric vídeo. Not So Vain tem título em inglês, mas a letra é em português, mesmo. Trata-se de uma amostra do primeiro álbum do sexteto, que está previsto para chegar ao mercado musical brasileiro ainda em 2017.

Not So Vain é um hard rock com levada swingada, e funciona como um interessante cartão de visitas para o time, que é composto por músicos bem experientes: Fábio Noogh (vocal, da banda cover The Soundtrackers), Marcos Kleine (guitarra, do Ultraje a Rigor), Thiago Biasoli (baterista, do Carranca Trio), Willian Bill de Oliveira (baixo- produtor do Dr. Sin e integrante do Trinta E3), Leandro Pit (guitarra- Os Travessos, Sensação e Intuição) e Rodrigo Simão (teclados).

A banda fez sua primeira apresentação em fevereiro deste ano, na Campus Party Brasil, em São Paulo. O seu nome surgiu de forma bem-humorada como uma espécie de trocadilho com “pé de galinha”, citação do nome Chickenfoot, superbanda americana liderada pelo vocalista e guitarrista Sammy Haggar, ex-Van Halen. Eles definem a letra do seu single de estreia como “Viver o momento intensamente e deixar o passado para trás. Não se apegar ao futuro”.

Not So Vain- PAD:

Braza lança o segundo álbum enfatizando o formato digital

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Por Fabian Chacur

Com dois anos de existência, o grupo carioca Braza já está lançando o seu 2º álbum. Tijolo Por Tijolo está sendo disponibilizado nos formatos CD e digital, e possivelmente (no futuro) em vinil. No entanto, a ideia do trio é ter como foco o digital. “Esse formato deu uma melhorada nos últimos tempos, ficou mais organizado e é muito mais abrangente; tem muito para melhorar, o que é bom, pois incentiva a evolução; não dá para viver disso, mas você também não fica ganhando migalhas”.

Quem deu a explicação acima, em entrevista via fone a Mondo Pop, foi Vitor Isensee (teclados e vocal), que integra o Braza ao lado de Danilo Cutrim (guitarra e voz) e Nicolas Christ (bateria). Ele explica a importância da parceria com a gravadora Deck nessa aposta no digital. “Essa nossa parceria com a Deck é antiga, e envolve também a edição das nossas músicas; eles tem bons contatos nessa área, sabem como trabalhar nesse setor”, elogia.

Para quem nunca ouviu falar desse trio carioca mas acha os nomes de seus integrantes familiares, uma explicação. Na verdade, eles fizeram parte da bem-sucedida banda For Fun, que entre 2001 e 2015 lançou quatro CDs de estúdio e um ao CD/DVD ao vivo, fazendo história na cena rock brasileira dos anos 2000. O grupo acabou em 2015.

“A vontade de encerrar o For Fun é pretérita em relação a fazer outras coisas. Não tínhamos mais as mesmas sintonias artísticas com o Rodrigo Costa (n.da r.: baixista e vocalista do extinto grupo), que tem essa veia mais para o rock, enquanto nós três queríamos fazer algo mais para o reggae. Mas continuamos amigos dele, sem problemas pessoais”.

Mesmo incluindo 3 dos 4 integrantes da formação clássica do For Fun, o Braza é uma banda bastante distinta, na opinião de Vitor. “Por mais que sejamos 3/4 do For Fun, somos uma nova banda, propondo coisas novas sem renegar o que fizemos antes, até por que existem em nosso trabalho anterior sementes do que fazemos atualmente”.

A vontade de trabalhar era tanta que o primeiro álbum, autointitulado, saiu em 2016, e o segundo, agora, algo comum no cenário musical até os anos 1980 mas que ultimamente se tornou raro. O enfoque dos rapazes também teve correções de rota. “O For Fun era mais espontâneo; agora, a gente procura desenvolver o conceito de tudo o que estamos fazendo para chegar a uma identidade própria”.

Para atingir esse objetivo, o trio possui colaboradores que, juntos, formam quase um coletivo, na visão de Vitor. “O Pedro Lobo, por exemplo, tocou baixo e coproduziu os dois álbuns; o Pedro Garcia, que é baterista do Planet Hemp, gravou e mixou os dois discos para nós; e isso também ocorre na parte visual, no clipe etc”.

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Com dez faixas, Tijolo Por Tijolo teve como primeira faixa a ser divulgada a envolvente Ande, com direito a clipe elaborado. “Essa foi a primeira música composta para este disco. Sintetiza bem a sonoridade que a gente está procurando fazer, é uma boa apresentação”.

Tijolo Por Tijolo também traz uma participação ilustre, na faixa Exército Sem Farda. Trata-se da cantora e DJ jamaicana Sister Nancy, uma das precursoras da vertente dancehall do reggae. “Quem fez o nosso contato com ela foi o Bruno Negreiros, que tem forte ligação com o cenário Sound System no Rio; fizemos a gravação via internet, os jamaicanos curtem muito fazer isso, foi uma experiência muito boa”.

O Braza não parou sua agenda de shows para gravar o CD, e continua na estrada, com vários shows já marcados. “O For Fun tinha um público grande, e acho que conseguimos atrair uma parte dele, mas é um recomeço; estamos andando bem mais de van do que nos últimos tempos do For Fun”, avalia Vitor, de forma bem-humorada.

Se há uma preocupação com o lado comercial (“as contas precisam ser pagas”, diz, rindo), Vitor enfatiza o lado artístico. “Com arte, você não pode ficar tempo demais na zona de conforto, é sempre importante ter novos desafios. Estamos com muita vontade de lançar novos trabalhos, tanto que lançamos este pouco tempo após o primeiro, algo que nunca fizemos nos tempos de For Fun”, reflete.

Ouça Tijolo Por Tijolo em streaming aqui .

Ande (clipe)- Braza:

Banda Vodu: hits e novidades em show no Sesc Belenzinho

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Por Fabian Chacur

De volta à ativa após um bom período longe dos holofotes, a banda Vodu fará neste sábado (6) às 21h30 um show no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00. Tipo do evento imperdível para os fãs do heavy metal brasileiro, e em especial para quem deseja ver em cena uma das bandas mais badaladas da cena metálica paulistana da década de 1980.

Criada em São Paulo nos idos de 1985, o Vodu não só fez shows próprios concorridos como também abriu apresentações no Brasil de bandas importantes como Venon, Exciter, Motorhead e Nasty Savage. Atualmente, a formação do time traz André Gois (vocal), J.Luis Xinho Gemignani (guitarra), Paulo Lanfranchi (guitarra), André “Pomba” Cagni (baixo) e Sérgio Facci (bateria).

O primeiro álbum da banda, The Final Conflict (1986), foi relançado no formato CD em janeiro, e os outros, respectivamente Seeds Of Destruction (1987), No Way (1988) e Endless Trip (1989), terão o mesmo destino, todos pela gravadora Classic Metal Records, sendo que na época, saíram pela Rock Brigade Records.

Embora tenha um passado significativo, o Vodu não trará apenas lembranças desses bons tempos em seu show. Segundo o quinteto, o repertório da apresentação trará seis músicas inéditas, cinco hits oitentistas e também algumas surpresas. Eles prometem para breve um álbum de inéditas, mas não descartam um possível trabalho ao vivo.

“Estamos fazendo Heavy Metal puro, mantendo a tradição do nosso som, mesclando rapidez e quebras, mas com uma pegada atual”, acrescentou o baixista André “Pomba” Cagni, também muito conhecido como DJ e por ser o criador, há mais de 20 anos, da revista, site e fundação Dynamite, forte fomentador do rock brasileiro.

Seeds Of Destruction– Vodu (ouça em streaming):

Banda Maneva lança um novo DVD com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Após 10 anos de carreira como banda independente, a Maneva inicia uma parceria com a Universal Music. O primeiro fruto é o DVD/CD Ao Vivo em São Paulo, gravado no Espaço das Américas perante 6.800 fãs entusiásticos. O trabalho inclui seus sucessos e também oito canções inéditas. O lançamento em São Paulo ocorrerá nesta sexta (31) a partir das 22h com um show na Audio (avenida Francisco Matarazzo, nº 694- Água Branca- fone 0xx11-3862-8279), com ingressos custando R$ 30,00 (pista) e R$ 65,00 (mezanino).

Maneva é uma palavra de origem africana cujo significado é prazer. O time teve início em 2005 com Tales de Polli (vocal e guitarra) e Diego Andrade (percussão). Entraram posteriormente Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo) e Fabinho Araújo (bateria). Eles lançaram por conta própria os trabalhos Maneva (2006-CD), Tempo de Paz (2009-CD), Teu Chão (2012-CD), Maneva- 8 Anos ao Vivo (2013- DVD e CD), 5 Cabeças (2014-EP) e Somos Maneva (2015-CD).

“Um empresário nos mostrou que poderíamos ir ainda mais longe na carreira se tivéssemos um apoio maior, com uma estrutura mais forte, e a Universal é uma ótima parceria nesse sentido, pois tem um lugar de destaque em excelentes vitrines”, explica Tales sobre a decisão da banda de iniciar sua parceria com a Universal.

Desde o seu início, o objetivo da Maneva foi criar uma obra autoral personalizada e de qualidade artística e técnica. Tanto que, segundo Tales, o grupo investiu tudo o que ganhou até 2012 no próprio trabalho, como forma de consolidar o seu crescimento. Como filosofia, uma sonoridade ao mesmo tempo melódica, pop e próxima do reggae de raiz. “Sempre pregamos o amor ao próximo, e nunca buscamos o sucesso como nosso objetivo final, ele veio de forma natural”.

Ao Vivo Em São Paulo conta com diversas participações especiais. “O Armandinho, a Tatti Portella (do grupo Chimarruts) e o Zeider Pires (do grupo Planta & Raiz) são grandes influências, ouvimos muito os seus trabalhos, e eles foram muito atenciosos conosco. O Haikaiss e Oriente nos trouxeram a energia do rap, enquanto o Deko é um dos caras mais consistentes da nova geração do reggae”.

E já que o tema é o reggae brasileiro, Tales afirma que vê belas perspectivas para esse gênero musical no Brasil. “Acredito em uma nova explosão do reggae por aqui depois daquela fase boa de 2000 a 2005. Todos os grandes nomes estão vindo com novos trabalhos muito bons, e isso certamente ajudará nesse sentido”.

Uma das novidades do DVD/CD ao vivo é a presença de metais e cordas dando apoio à banda original, o que Tales pretende levar para os shows da turnê de divulgação. “Esse trabalho é uma celebração da boa música, dos bons sentimentos, e nosso projeto é ter a banda completa nos shows, com metais, teclados e tudo”

Saudades do Tempo (ao vivo)- Maneva:

Drenna lança seu segundo CD com show no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Drenna é uma banda ou uma artista-solo? De certa forma, os dois. Sua líder é a cantor e guitarrista Drenna, que dá nome ao time e é o seu principal destaque. Ao seu lado, temos Junior Macedo (guitarra), Bruno Moraes (baixo) e Milton Carlos (bateria). Eles tocam nesta quinta-feira (24) às 21h30 no Teatro Rival Petrobrás (rua Álvaro Alvim, nº33/37- Centro- Rio de Janeiro- fone 0xx21- 2240-4469), com ingressos a R$ 15,00 e R$ 30,00.

O show marca o lançamento de seu segundo CD, Desconectar, que traz onze faixas vigorosas e nas quais se discutem temas do cotidiano moderno, entre os quais o vício na internet e as complicadas relações pessoais. Entre as músicas, temos a faixa-título, Alívio e Anônimo. O álbum foi produzido por Felipe Rodarte e gravado no estúdio Toca do Bandido, com supervisão artística de Constança Scofield.

Com uma impressionante média de 100 shows por ano, a Drenna lançou seu primeiro trabalho em 2010, e já tocou em vários estados do Brasil. Em seu currículo, parcerias com Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Gabriel Thomaz (Autoramas) e Arnaldo Brandão (Hanói Hanói). Além das músicas do novo disco, o grupo promete alguns covers, entre os quais Respect, clássico do repertório de Aretha Franklin.

Desconectar– Drenna:

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