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Negra Li faz show em SP com direito a seus hits e novidades

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Por Fabian Chacur

Quando criança, Negra Li cantava em igrejas e também tentava copiar a cantora americana Whitney Houston. Aos 16 anos, apaixonou-se pelo rap. Com elementos dessas origens musicais e também de pop, MPB e soul, a cantora, compositora, rapper e atriz construiu uma carreira consistente com direito a itens bacanas no currículo. Ela será a atração em São Paulo nesta sexta (26) às 21h30 no Sesc Belenzinho- Comedoria (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A trajetória musical de Negra Li começou a ganhar fôlego com sua participação no grupo de rap RZO. Em 2004, deu início a uma nova fase de sua carreira ao gravar em dupla com o também integrante do RZO, o rapper Helião, o CD Guerreiro, Guerreira, com boa repercussão. O álbum a seguir já era solo, o bem-sucedido Negra Livre (2006), que mostrava essa fusão de rap, r&b e pop de forma bem consolidada.

Em 2006, estrelou ao lado de Leilah Moreno, Cindy e Quelynah o filme Antonia, de Tata Amaral, que gerou uma trilha sonora de sucesso e também uma série global. Em 2012, viria o seu segundo trabalho solo, Tudo de Novo. Com ótima voz, carisma e personalidade, ela rapidamente atraiu as atenções de público, crítica e meio musical.

Em 2014, o CD Você Vai Estar Na Minha-Duetos mostrou todo o poder de fogo da cantora, pois a traz cantando em dueto com artistas-grupos do porte de Caetano Veloso, Nando Reis, Charlie Brown Jr., Skank, Akon, Pitty, Rappin’ Hood e Sérgio Britto, entre outros. No show no Sesc Belenzinho, ela dará uma geral nos hits e também mostrará novidades, como a inédita Malandro Chora, prevista para entrar em um novo álbum prestes a ser lançado pelo novo selo White Monkey.

Você Vai Estar Na Minha (clipe)- Negra Li:

Jorge Ailton lança o seu 3º CD solo com “arembi” elegante

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Por Fabian Chacur

O cantor, compositor e músico carioca Jorge Ailton iniciou a sua trajetória profissional há 19 anos, tocando na banda de Sandra de Sá. Desde então, além de acompanhar artistas do calibre de Mart’nália, Toni Garrido, Paula Toller e Lulu Santos (com quem toca há oito anos), ele também investe em uma carreira solo que acaba de gerar seu terceiro fruto, o álbum Arembi, lançado pela gravadora Lab 344.

O título do CD (também disponível nas plataformas digitais), uma transcrição fonética adaptada do original r&b (rhythm and blues) é uma forma criativa de explicitar o desejo de Ailton em termos musicais.

“O título do álbum parece um nome suburbano, aquela coisa colaborativa. O r&b, o soul, são na verdade sotaques, como o samba; ouvi isso a vida inteira, frequentei os bailes, os ambientes, curti as variações desse estilo musical, via o pessoal dançar, aí surgiu naturalmente a minha forma de mostrar essa sonoridade”, explica.

Arembi traz 11 músicas, sendo cinco só dele e outras seis escritas com parceiros como Lulu Santos, Ronaldo Bastos, Fernanda Abreu e Hyldon. “Esse disco é como se eu tivesse chegado em casa, enquanto nos discos anteriores (O Ano 1, de 2010, e Canções em Ritmo Jovem, de 2013) eu ainda estava no caminho. Agora eu me sinto mais à vontade”.

O baixista considera muito importante as experiências que teve integrando bandas de apoio de outros artistas. “Acho que o mais bacana do artista é manter a antena sempre ligada. Procuro pegar o que cada artista que acompanhei tem de bom, como a explosão da Sandra e da Mart’nália, a organização do Lulu… Peguei um pouquinho de como cada um deles lida com as suas carreiras e procurei aprender, além de trazer coisas para a minha própria”.

A ideia de Jorge Ailton é conciliar a carreira solo com o trabalho com outros artistas enquanto for possível. “Acho uma tendência normal no futuro ser só artista solo, mas continuo fazendo as duas coisas. O escritório do Lulu é muito bem organizado, e ele sempre dá muito espaço para quem toca com ele, sabe reconhecer talentos. O Davi Moraes, por exemplo, também concilia o trabalho solo com atuação em bandas de outros cantores”.

As onze faixas de Arembi investem em várias tendências da black music de forma envolvente. “Acho que o meu som tem uma sensualidade elegante que mistura sons eletrônicos e orgânicos; esse é um disco feito com amigos, todos os envolvidos tem uma vida pregressa comigo, como o Mondego (produtor do CD), que conheço há mais de 20 anos”.

Isso Que Não Tem Nome (clipe)- Jorge Ailton:

Hyldon apresenta inspiração e boas canções em novo CD

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Por Fabian Chacur

Hyldon integra a santíssima trindade da soul music brasileira ao lado de Tim Maia e Cassiano, com quem, por sinal, trabalhou antes de assumir sua carreira-solo em tempo integral, lá pelos idos de 1975. Naquele ano, lançou o fantástico Na Rua Na Chuva Na Fazenda, um dos melhores álbuns de qualquer gênero musical já lançados por aqui. Mais de 40 anos depois, ei-lo esbanjando inspiração em seu 12º trabalho, o delicioso As Coisas Simples da Vida (Deck), comparável com aquela estreia incrível.

Nascido em 17 de abril de 1951 na Bahia e radicado no Rio desde os 7 anos de idade, Hyldon sabe como poucos compor aquele tipo de canção ao mesmo tempo swingada, intensa e envolvente, com letras bacanas falando de amor, natureza, família e outros temas com os quais todos podem se identificar. Com uma voz deliciosa e mais do que adequada ao estilo soul-funk-pop, ele sabe como fazer música acessível e com alto grau de sofisticação. Coisa de mestre.

Bastante ativo nos últimos anos e sem se mostrar disposto a descansar em cima dos preciosos louros do passado, Hyldon volta ao universo das canções inéditas após o elogiado Romances Urbanos (2013), no qual trouxe parcerias com Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes, Jorge Vercillo, Mano Brown e Dexter, entre outros. Neste, ele é o autor de todas as dez canções, sendo cinco sozinho e as outras cinco com parceiros como Alex Malheiros e Luiz Otávio.

A principal virtude de As Coisas Simples da Vida é a sua fluência e concisão. Não há aqui um único acorde, um único verso, uma única canção sobrando. Dá para se ouvir de ponta a ponta com o mesmo prazer. Além disso, não se mantém em um único andamento, indo do soul swingado ao mais romântico, com direito a bossa, funk de verdade e até rock. Os arranjos de metais são simplesmente impecáveis, e os vocais andam pela mesma estrada.

A faixa que dá nome ao álbum é tão boa como seus hits clássicos, aquelas maravilhosas As Dores do Mundo, Na Rua Na Chuva Na Fazenda (Casinha de Sapê) e Na Sombra de Uma Árvore. Tem uma levada soul swingada com cara de anos 70 e meio jazzística. Depois do Inverno traz a veia soul mais tradicional, enquanto Música Bonita, com direito a quatro vocalistas solo (Hyldon, Guinho Tavares, Arthur de Palla e Márcio Pombo), envolve com sua melodia, seu violão no centro e um refrão daqueles que nascem clássicos.

A ala mais agitada do repertório traz o funkão Um Trem Pra Bangu, a bossa-soul Sábado Passado, o funk a la Tim Maia Papai e Mamãe e o rock no melhor estilo Erasmo Carlos Todo Mundo é Dono da Rua. As baladas O Raio do Amor, Nosso Lar é Onde o Amor Morar e Não Molhe os Olhos completam o repertório de forma consistente e inspirada.

Em outros tempos, As Coisas Simples da Vida teria pelo menos umas três músicas estourando nas programações das rádios e venderia muito. Como isso não parece ser muito fácil de se concretizar atualmente, ao menos este álbum serve como prova de que Hyldon continua em plena forma aos 65 anos de idade, com a voz intacta e inspirado para nos oferecer novidades quentes. Ignore a indiferença da mídia e mergulhe neste trabalho de cabeça!

Obs.: o único ponto a ser lamentado neste CD é o fato de o encarte não trazer as ótimas letras das canções, o que ajudaria a tornar perfeita a ótima embalagem digipack e as fotos bacanas das gravações. O formato físico não pode prescindir desse tipo de informação, ainda mais se levarmos em conta a poesia e as belas mensagens das letras de Hyldon.

As Coisas Mais Simples da Vida– Hyldon:

Negra Li fará o primeiro DVD com produção de JM Bôscoli

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Por Fabian Chacur

Uma das melhores e mais bem-sucedidas crias do cenário hip hop brasileiro nos últimos anos está preparando uma bela novidade para seus inúmeros fãs. Negra Li anunciou que está em pleno processo de produção de seu primeiro DVD. Mais: esse trabalho terá como produtor João Marcello Bôscoli, conhecido por sua atuação com a gravadora Trama. Vem coisa boa por aí.

O repertório ainda não foi divulgado e está em fase de seleção, mas dá para se esperar uma geral em suas músicas mais conhecidas, com o acréscimo de algumas faixas para surpreender a todos. O DVD, que deve ser gravado ao vivo, marcará a comemoração de 20 anos da cantora e compositora, iniciada como integrante do Virtude Negra.

Negra Li completou 36 anos no último dia 17 de setembro, e ficou conhecida a princípio por sua atuação com o grupo de rap RZO. Seu primeiro trabalho, Guerreiro Guerreira (2004), foi gravado em dupla com um dos integrantes daquele time de rap, Helião. Depois, lançou dois CDs solo, Negra Livre (2006) e Tudo de Novo (2012), com ótima repercussão de público e crítica.

A cantora também participou do filme Antonia (2006) e de sua respectiva trilha sonora, além de ter lançado em 2014 Você Vai Estar Na Minha-Duetos, coletânea que reúne suas parcerias com artistas do calibre de Caetano Veloso, Charlie Brown Jr., Akon, Sérgio Britto e Skank, entre outros. Atualmente, ela é semifinalista da Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão.

Você Vai Estar na Minha– Negra Li:

Beautiful– Negra Li e Akon:

Telefonema– Negra Li e Caetano Veloso:

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