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Bob Mould tocará no Brasil em outubro

Por Fabian Chacur

Graças ao brother jornalista Daniel Vaughan, fiquei sabendo de uma belíssima notícia para os fãs do melhor rock and roll. Bob Mould (no meio, de gorro), ex-integrante das bandas Husker Du e Sugar e artista solo de carreira interessantíssima, tocará no Brasil em breve. Ele se apresentará em Sâo Paulo nos dias 4 e 5 de outubro no Sesc Pompeia e no dia 6 de outubro no Circo Voador.

Mould, que toca guitarra e canta, terá a seu lado Jason Narducy (baixo, da banda Verbow) e Jon Wurster (da banda Superchunk), mantendo o formato power trio que o notabilizou. Vale avisar que os ingressos ainda não estão à venda, mas que estarão em breve, e no Sesc Pompeia eles costumam sumir em pouquíssimo tempo. Fiquem de olho em http://www.sescsp.org.br/unidades/11_POMPEIA/#/content=programacao .

Nascido em 16 de outubro de 1960, Bob Mould criou o Husker Du em 1979 ao lado de Grant Hart (bateria e vocal, outro gênio do rock) e Greg Norton (baixo). O grupo partiu de um rock hardcore rumo a uma mistura com folk, pós-punk, punk, hard rock e até pop, sendo considerado um dos pais do que posteriormente se rotulou como grunge e influenciando bandas como Pixies e Nirvana, entre muitas outras.

Álbuns como Zen Arcade (1984), New Day Rising (1985) e o sublime Candy Apple Grey (1986) estão entre os melhores álbuns de rock gravados nos anos 80 e por tabela de todos os tempos. Infelizmente, a banda não conseguiu obter sucesso comercial, e brigas apimentadas entre seus integrantes levaram a um fim prematuro no ano de 1987. Inicialmente, Mould investiu em uma carreira solo de forma mais tranquila.

Entre 1991 e 1994, partiu para um novo power trio, o Sugar, e o álbum Copper Blue (1992) obteve boas vendagens e colocou o grupo na crista da onda. Infelizmente, outra separação surgiu rapidamente, mas Mould se manteve na ativa, com projetos variados e a carreira individual como prioridade. Os discos do Sugar foram relançados em 2012 no exterior, com direito a material extra e embalagem luxuosa. E ele participou do mais recente álbum do Foo Fighters, Wasting Light (2011).

O novo trio de Bob Mould irá tocar no Brasil músicas do Husker Du, Sugar e carreira solo, com ênfase em seu mais recente álbum individual, Silver Age (2012), que traz músicas bacanas como a impactante The Descent. Tipo do show que tem tudo para se tornar um dos grandes eventos roqueiros do ano no Brasil, ao menos para quem curte a cena indie e rock de verdade.

Veja o clipe de The Descent, com Bob Mould:

Ouça Dead Set On Destruction, com o Husker Du:

Foo Fighters voltam com CD pra lá de bom

Por Fabian Chacur

A afirmação é óbvia, mas merece ser repetida: Dave Grohl é o Phil Collins da geração grunge.

Não há como não comparar as trajetórias dos dois, logicamente deixando estilos e tendências musicais seguidas por cada um à parte.

Os dois começaram tocando bateria e sendo coadjuvantes em bandas que ficaram famosas e, posteriormente, provaram que tinham talento para ir muito além de simplesmente defender com galhardia as baquetas de algum time.

No caso de Collins, a virada ocorreu com a saída do vocalista Peter Gabriel do Genesis, em 1975.

Com a trágica morte de Kurt Cobain em 1994 e o inevitável fim do Nirvana, o baterista Dave Grohl ficou com uma estrada aberta à sua frente para fazer o que quisesse.

Pois em 1996 ele surpreendeu o mundo ao montar o Foo Fighters, projeto no qual se incumbe de vocais, composições e guitarra, acompanhado por músicos que mudaram nesses 15 anos, mas sem perder a qualidade.

Nesses anos todos, ficou claro que Grohl é realmente um talento exponencial, pois canta bem, toca guitarra com categoria, compõe com estilo e também toca bateria com fúria e estilo.

Após integrar o supergrupo Them Crooked Vultures ao lado de John Paul Jones (Led Zeppelin) e Josh Homme (Queens Of The Stone Age), ele retoma sua banda titular em grande estilo.

Wasting Light, sétimo trabalho dos Foo Fighters, entrou direto no primeiro lugar na parada americana, vendendo em uma semana 235 mil cópias, e dando ao grupo sua primeira vez no topo do mercado fonográfico mais importante do mundo.

Até aí, só falamos de negócios. O bacana mesmo é que Grohl fez por merecer essa façanha comercial, oferecendo aos fãs 11 músicas não menos do que excelentes.

A ótima mistura de punk, hard rock, pop, grunge e rock básico que marca os Foo Fighters aparece mais azeitada do que nunca a partir da faixa de abertura, a incendiária Bridge Burning.

Dear Rosemary, uma das melhores do álbum, nasceu histórica, pois reúne duas gerações do rock.

Junto a Grohl, temos na guitarra e vocais Bob Mould, ex-integrante da seminal, subestimada e efêmera banda americana Husker Du, que nos anos 80 foi uma da precursoras do grunge e nos proporcionou álbuns como o fantástico Candy Apple Gray (1986, faz parte dos Discos Indiscutíveis de Mondo Pop).

Em I Should Have Known, quem aparece no baixo e acordeon é Krist Novoselic, ex-colega de Nirvana.

A energética e melódica Rope, a primeira faixa de trabalho, está sendo divulgada com um clipe que consegue ser simples e criativo ao mesmo tempo. Não deixe de vê-lo.

Wasting Light é para se ouvir de ponta a ponta, numa enfiada só. E você vai querer ouvir de novo, e de novo, e de novo…

Rock energético, bem elaborado e que consegue carregar a bandeira do que de melhor esse estilo nos proporcionou nesses anos todos. Belo retorno, Dave Grohl!

Veja This Is a Call ao vivo no programa de Dave Letterman:

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