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Brendan Benson tocará em SP em maio

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de power pop. O cantor, compositor e músico americano Brendan Benson fará shows no Brasil no mês de maio. Ele, que também é conhecido por integrar o grupo The Raconteurs ao lado de Jack White, tocará em quatro cidades brasileiras, incluindo São Paulo, onde se apresentará dia 22 de maio no Cine Joia.

Nascido em 14 de novembro de 1970, Brendan Benson estreou como artista solo no meio fonográfico em 1996, quando lançou o excelente álbum One Mississipi pela gravadora Virgin Records. Com músicas ótimas e fortemente influenciadas pelo power pop como Bird’s Eye View, I’m Blessed, Sittin’ Pretty e Crosseyed, o trabalho recebeu muitos elogios da crítica, mas vendeu pouco.

Nesse álbum, ele compôs sete músicas com outro expoente do power pop, Jason Falkner (ex-Jellyfish). Após se envolver em outros projetos, Benson retomou a carreira solo em 2002 com mais um trabalho altamente elogiável, o CD Lapalco, com direito a mais cinco músicas escritas por ele e Faulkner. Em 2005, sai outro álbum solo, The Alternative To Love.

Em 2006, a amizade com Jack White, então no White Stripes, acabou gerando uma nova banda, The Raconteurs, que lançou dois ótimos álbuns, Broken Boy Soldiers (2006) e Consolers Of The Lonely (2008), além do DVD Live At Montreux 2008 (lançado em 2012). A banda estaria, atualmente, preparando um terceiro álbum de estúdio.

Enquanto isso, Benson divulga o quarto álbum solo, What Kind Of World, lançado em 2012. Além de tocar no dia 22/5 no Cine Joia, em SP, com ingressos de R$ 60 a R$ 140 (fones 3231-3705 e 3131-1305 www.cinejoia.tv ), o artista americano se apresentará dia 18/5 em Goiânia, dia 22/5 em Presidente Prudente (SP) e dia 26/5 em Marília, sendo esses dois últimos shows gratuitos e integrantes da Virada Cultural Paulista.

Ouça Crosseyed, com Brendan Benson:

Pet Shop Boys voltam a SP em maio

Por Fabian Chacur

Os Pet Shop Boys voltam ao Brasil em breve. O consagrado duo pop eletrônico britânico, há 30 anos na estrada, tocará em São Paulo no dia 22 de maio às 21h30 no Credicard Hall, com ingressos custando de R$ 100 a R$ 500 (mais informações: fone 4003-5588 e www.ticketsforfun.com.br). A data faz parte de sua nova turnê mundial, intitulada Electric.

Criado pelo antes jornalista Neil Tennant (vocal) e pelo músico Chris Lowe (teclados), o Pet Shop Boys desde o início investiu em um som pop recheado de timbres eletrônicos e boas melodias de ambiência melancólica e climática. Estouraram logo de cara, em 1986, com o single porrada West End Girls, incluído em seu álbum de estreia, o ótimo Please.

Com o decorrer dos anos, esse grupo pop britânico tornou-se uma verdadeira fábrica de hits instantâneos para as pistas de dança e programações de rádios, emplacando delícias pop sacolejantes do nível de Domino Dancing, It’s a Sin, Always On My Mind, Being Boring, What Have I Done To Deserve This e It’s Alright.

Os shows dos Pet Shop Boys são sempre repletos de efeitos especiais, coreografias, iluminação criativa e outros elementos com forte apelo visual, além, é óbvio, de sua extensa quantidade de hits, o que funciona no melhor estilo “sua diversão garantida ou o seu dinheiro de volta”.

Veja o clipe de West End Girls, com os Pet Shop Boys:

Black Sabbath desfalcado virá ao Brasil

Por Fabian Chacur

Uma grande produtora de shows anunciou oficialmente nesta quarta-feira (3) que em outubro o Black Sabbath fará três shows no Brasil. As cidades que receberão a lendária banda de heavy metal serão Rio, São Paulo e Porto Alegre. O mesmo comunicado informou que maiores informações sobre os shows- preços, locais etc- serão divulgados em maio.

Mais uma vez veremos esta seminal banda britânica sem a sua formação original. Será, como diria o amigo de fé, irmão, camarada (e grande jornalista e biógrafo) Ayrton Mugnaini Jr., um “Black Sabbath à prestação”. A explicação para a genial expressão virá logo a seguir. Ele a criou nos anos 80 devido a uma situação vivida por mim.

Nunca tive a honra de ver o Police ao vivo. Não consegui ir aos shows que a banda realizou apenas no Rio em 1982 e 2007. No entanto, vi o Sting mais de uma vez (a primeira em 1987) e estava no show de abertura da segunda encarnação do Projeto SP, inaugurado com um show que reuniu a cantora Debra Holland (quem?) e os monstros sagrados Stanley Clarke (baixo) e os outros integrantes do The Police, Stewart Copeland (bateria) e Andy Summers (guitarra).

Diante desse fato, Mugnaini me soltou a pérola: “bem, no fim das contas você viu o The Police à prestação, pois teve a chance de ver seus três integrantes ao vivo em ocasiões diferentes”. É o mesmo que alguns fãs do Black Sabbath mais velhos (ou mais experientes, you name it) poderão dizer se os shows de outubro de fato se concretizarem.

A segunda visita do Black Sabbath ao Brasil ocorreu em agosto de 1994 no festival Philips Monsters Of Rock. Naquela ocasião, a banda trouxe o vocalista Tony Martin, acompanhado por Iommy, Butler e o baterista original do time, Bill Ward.

Ozzy Osbourne, como todos sabem, cantou aqui pela primeira vez em janeiro de 1985, no primeiro Rock in Rio, e voltou em outras ocasiões, incluindo uma na edição de 1995 do mesmo Philips Monsters Of Rock. Como tive a oportunidade de ver esses dois shows, eu também vi a formação original da banda que criou clássicos como Iron Man a prestação. Eita!

Desta vez, será Bill Ward quem não marcará presença nos shows da nova turnê do Sabbath. Ele saiu fora do time em 2012, alegando discordâcias em relação aos valores que seriam pagos por sua participação na turnê. Para substituí-lo, entrou no time Brad Wilk, baterista da banda de metal alternativo Rage Against The Machine.

Vale lembrar que uma outra encarnação do Black Sabbath também tocou duas vezes por aqui, desta vez com o lendário e saudoso Ronnie James Dio nos vocais. Em 1992, usaram o nome Black Sabbath mesmo (eu estava lá!), e em 2009, em seu retorno, o nome do álbum mais cultuado dessa fase da banda, Heaven And Hell. Ufa!!!

Veja o clipe de Iron Man, com o Black Sabbath:

Show do The Cure em SP muda de lugar

Por Fabian Chacur

Mudou o local no qual seria realizado o show do The Cure em São Paulo. A apresentação, prevista para ocorrer no estádio do Morumbi, agora terá como palco a Arena Anhembi. A data permanece a mesma (6 de abril). Quem por ventura já tiver adquirido ingressos precisa entrar em www.livepass.com.br para conferir se deve ou não mudar de lugar ou coisa do gênero.

A produtora do evento alega que a ideia inicial era mesmo ocupar a Arena Anhembi, o que não seria possível devido a compromissos do local com uma prova da Fórmula Indy. Como esse impedimento teria sido resolvido, os organizadores do show preferiram deixar de lado a configuração para 40 mil pessoas no Morumbi e ir para a Arena Anhembi, que comporta um público menor (algo entre 20 e 30 mil pessoas, creio eu).

Os ingressos continuam custando a fortuna entre R$ 137,50 e R$ 500,00. As outras datas e locais da turnê sulamericana da banda permanecem as mesmas. No Brasil, dia 4/4 na HSBC Arena, no Rio, e a já citada apresentação em Sampa City. Estão previstas apresentações até o dia 19/4 no Paraguai, Argentina, Chile, Peru e Colômbia, com encerramento na América Central (México, mais especificamente).

Robert Smith (vocal e guitarra), eterno líder e único integrante a se manter desde o início da banda, em 1976, tem hoje a seu lado os fiéis escudeiros Simon Gallup (baixo) e Roger O’Donnell (teclados), que já entraram e saíram do time várias vezes, Jason Cooper (bateria) e uma novidade inserida em 2012: o guitarrista Reeves Gabrels, ex-integrante da banda Tin Machine, de David Bowie. Um timaço, por sinal.

Se levarmos em conta os vídeos postados na internet dos shows dessa turnê, é o tipo da apresentação que vale a pena ser vista. Sensacional, com Smith cantando muito com seu timbre de voz peculiar! Pena que os preços estejam tão salgados… Certamente ficarei lambendo os dedos. Eles já tocaram aqui em 1987 (eu estava em um dos shows no Ginásio do Ibirapuera) e em 1996 (Hollywood Rock).

Shake Dog Shake– The Cure (live 2012):

Pictures Of You – The Cure (live 2012):

Santa Maria e mais mortes injustificáveis

Por Fabian Chacur

Mais uma vez o Brasil vive um momento de dor devido a uma tragédia que poderia ter sido evitada. Desta vez, 231 pessoas (até o momento) nos deixaram de forma precoce em um horripilante incêndio ocorrido na madrugada deste domingo (27) na boate Kiss, localizada na cidade gaúcha de Santa Maria. Boa parte composta por jovens universitários.

Tenho 51 anos de idade e tive a oportunidade de tomar conhecimento de inúmeras catástrofes como essa no Brasil e no mundo, todas geradas pelo descaso com medidas básicas na prevenção de acidentes. Alvarás comprados, laudos postergados, generosas propinas, o famoso “finge que não viu e deixe do jeito que está” e pronto! Mais uma bomba relógio está armada, pronta para levar embora mais gente antes da hora.

É impressionante como exigências em relação a infra-estrutura são deixadas em segundo plano. Obras para prevenir ou minimizar catastrofes naturais ou causadas pelo próprio ser humano são sempre postergadas, provavelmente com aquela famosa esperança de que “nada irá dar errado”. E aí, já viu, o errado surge quando menos se espera.

O mais difícil é aceitar o que virá a seguir dessa terrível catástrofe. Alguns serão presos, outros apontados como culpados, os governantes prometerão providências enérgicas para evitar nova carnificina inútil etc. Aí, depois de algumas semanas, todos se esquecerão do ocorrido e a vida seguirá, para quem conseguiu mantê-la.

Até que novo “imprevisível acidente” ocorra, e novas vítimas paguem o preço da inconsequência de alguns. E fica fácil agora culpar o grupo Gurizada Fandangueira pelo desastre. Eu particularmente odeio fogos e coisas do gênero exatamente por sua periculosidade, mas muita gente adora e apoia correr esse risco inútil em nome de “emoções baratas”. Taí o preço!

Só nos resta agora rezar pelas vítimas e por seus entes queridos, que agora terão de aguentar a administrar uma dor lancinante que não passa nunca e com a qual a gente é obrigado a aprender a conviver, pois a vida segue adiante. Com a palavra, o bom senso de todos nós, dos mais poderosos aos mais humildes.

Ouça e leia a letra de Imagine, de John Lennon:

Mudam datas do Linkin Park no Brasil

Por Fabian Chacur

Mudanças nas datas dos shows que o Linkin Park fará no Brasil. A banda mais bem-sucedida dentro do gênero denominado nu metal não tocará mais em Curitiba no dia 10 de outubro, como estava programado, e um show adicional irá ser realizado no Rio de Janeiro.

O calendário agora é o seguinte: dia 7/10 em São Paulo (Arena Anhembi); dias 8 e 10/10 no Rio de Janeiro (Citibank Hall) e 12/10 em Porto Alegre (Gigantinho). Mais informações pelo fone 4003-5588 e pelo site www.ticketsforfun.com.br .

Integrado por Chester Bennington (vocal), Rob Bourdon (bateria e percussão), Brad Delson (guitarra), Dave Phoenix Farrell (baixo), Joe Hahn (programação e DJ) e Mike Shinoda (vocal, teclados, guitarra e produção), o Linkin Park estreou com o CD Hybrid Theory (2000).

Graças ao estouro de seu segundo (e ótimo) álbum, Meteora (2003), que inclui os hits Numb e Faint, os rapazes se tornaram cultuados em todo o planeta, graças a uma bem concatenada mistura de heavy metal e rap com direito aos ótimos vocais de Bennington e Shinoda.

Em busca de novas experiências, eles até gravaram um álbum em parceria com o rapper e produtor Jay-Z. Living Things, seu quinto CD, chegou ao mercado em junho pela Warner Music, com ótimos índices de vendagem.

Veja o clipe de Numb, com o Linkin Park:

Veja o clipe de Faint, com o Linkin Park:

Tears For Fears voltam a SP em novembro

Por Fabian Chacur

Tears For Fears, uma das bandas de maior sucesso do pop rock dos anos 80, já tem data certa para voltar ao Brasil. Eles irão tocar em São Paulo no dia 22 de novembro, no Espaço das Américas, com ingressos a R$ 300 e R$ 200 (preços de inteiras). Mais informações pelo site www.ticket360.com.br e pelo fone (0xx11) 2027-0777.

O duo esteve por aqui pela última vez em outubro de 2011, e conseguiu boa repercussão em termos de público. Os primeiros shows deles no Brasil ocorreram em janeiro de 1990, em plena turnê de lançamento de seu terceiro álbum, The Seeds Of Love (1989), na edição daquele ano do extinto festival Hollywood Rock.

Formado na Inglaterra por Roland Orzabal (guitarra e vocal) e Curt Smith (baixo e vocal), o Tears For Fears começou seguindo a linha gótica de bandas como Bauhaus e Joy Division, mas com um viés um pouco mais pop, tendência que seu álbum de estreia, o introspectivo e belo The Hurting (1983), exemplifica com clareza.

O lado pop se ampliaria e tomaria conta de seu próximo trabalho, o sublime Songs From The Big Chair (1985), que consegue aliar criatividade, ousadia e profundidade a uma sonoridade acessível, deliciosa e simplesmente cativante, presente em hits como Shout, Everybody Wants To Rule The World e Head Over Heels.

Seeds Of Love (1989), seu trabalho posterior, marcou uma aproximação com o som psicodélico dos Beatles e com a soul music, esta última marcada pela participação no álbum da ótima cantora negra americana Oleta Adams.

Curt Smith saiu do Tears For Fears e Orzabal tocou o barco sozinho nos anos 90, com direito a trabalhos e shows competentes, porém bastante irregulares. Felizmente, a dupla se refêz nos anos 2000, e nos proporcionou um álbum de estúdio excelente, Everybody Loves a Happy Ending (2004), uma volta a seus anos de ouro.

Ouça Shout, em gravação ao vivo feita em 2006:

Thalita inicia sua trajetória no Hellish War

Por Fabian Chacur

Neste sábado (11), às 20h, no Pinhal Rock Music Festival, que será realizado na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP), estreia no vocal do grupo Hellish War a cantora Thalita. O evento incluirá outras bandas importantes e badaladas do cenário do heavy metal brasileiro, como Salário Mínimo, Shadowside e Torture Squad.

Thalita entrou na banda no lugar de Roger Hammer, e concorreu com mais de 30 candidatos oriundos dos quatro cantos do Brasil. Com belo visual e ótima voz, além de forte atitude roqueira, Thalita tem tudo para se tornar uma das melhores cantoras de heavy rock do Brasil, e quem sabe incentivar mais garotas a encarar o desafio de cantar esse estilo.

Campinas (SP) é a cidade de origem de Thalita, a mesma da banda, que iniciou sua trajetória em 1995 e tem três CDs em seu currículo. Integrado por Vulcano (guitarra), Daniel Job (guitarra), J.R. (baixo) e Daniel Person (bateria), além da nova cantora, o grupo é considerada uma das melhores do heavy metal tradicional no Brasil, com fortes e bem digeridas influências do metal inglês e alemão dos anos 80.

O Hellish War possui muitos fãs na Europa, e teve seu mais recente lançamento, o álbum Live In Germany (2010), gravado ao vivo em 2009 no Razorblade Festival, na Alemanha. No Brasil, eles abriram shows para as bandas UDO (do ex-vocalista do Accept) e Saxon, além de tocarem em diversos eventos importantes no cenário metálico brasieiro.

Thalita com o Hellish War interpretando Defender Of Metal, clássico da banda:

Jack Bruce tocará em SP em outubro

Por Fabian Chacur

Jack Bruce, um dos nomes mais importantes da história do rock, finalmente tocará em São Paulo. A apresentação está marcada para o dia 24 de outubro no Teatro Bradesco (rua Turiassu, nº 2.100 – fone 3670-4100- www.teatrobradesco.com.br), com ingressos de R$ 100 a R$ 250.

O astro britânico terá ao seu lado a Big Blues Band, que conta com ele no baixo, vocal e piano e mais os músicos Tony Remy (guitarra), Paddy Milner (teclados), Winston Rollins (trombone), Frank Tontoh (bateria), Paul Newton (trompete), Nick Cohen (baixo) e Derek Nash (sax tenor).

Nascido na Inglaterra em 14 de maio de 1943, Jack Bruce iniciou a carreira integrando grupos britânicos que se propunham a reler o blues americano, entre os quais a Graham Bond Organization e John Mayall’s Bluesbreaker.

Em 1966, já considerado um dos grandes nomes da cena do blues de Londres como cantor e baixista, uniu-se a dois outros músicos que também brilhavam por lá, o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker.

Surgia o Cream, que em menos de três anos se tornou um dos melhores e mais infuentes power trios da historia do rock, graças a álbuns como Disraely Gears e Wheels Of Fire e canções como Strange Brew, Sunshine Of Your Love e Badge.

Após o fim do Cream, Jack mergulhou em inúmeras experiências e intercâmbios com outros músicos, além de investir em rica carreira solo que rendeu otimos álbuns como Songs For a Taylor e A Question Of Time.

Investindo em rock, blues e jazz, ele participou do Lifetime, ao lado do saudoso e fantástico baterista Tony Williams, West, Bruce & Laing (power trio com o guitarrista Leslie West e o baterista Corky Laing) e BBM (outro power trio, desta vez com Gary Moore na guitarra e o velho amigo Ginger Baker na bateria), além de tocar na All Star Band de Ringo Starr.

Ele também gravou e fez shows com nomes do porte de Lou Reed, Frank Zappa, Mitch Mitchell e Robin Trower. Em 2005, participou do breve e mais do que histórico retorno do Cream, que rendeu um DVD/CD gravado ao vivo no mesmo Royal Albert Hall que presenciou a despedida do célebre grupo, em 1968.

Seu mais recente álbum é Seven Moons, gravado em dobradinha com Robin Trower, ex-guitarrista do Procol Harum. Outros lançamentos recentes são a caixa retrospectiva Can You Follow?, com seis CDs, e o documentário sobre sua carreira Rope Ladder To The Moon.

Valeu pelo toque, Cláudio Foá, amigo que me deu essa ótima notícia e a quem dedico este post!

Born Under a Bad Sight, ao vivo em 2011, com Jack Bruce e banda:

Juanes faz sua estreia em palcos brasileiros

Por Fabian Chacur

Juanes, um dos artistas de origem latina mais importantes da música pop contemporânea, finalmente fez seu primeiro show no Brasil. A apresentação, no entanto, ocorreu apenas para convidados (na verdade, grandes felizardos) na noite desta quarta-feira (27) no Teatro Geo, em São Paulo.

O cantor, compositor e músico colombiano esbanjou simpatia, carisma e muito talento em um show feito para iniciar a divulgação por aqui de seu novo lançamento, o DVD e CD MTV Unplugged, lançado no Brasil pela Universal Music e que traz releituras de 11 de seus maiores sucessos e três faixas inéditas (La Señal, Azul e Todo En Mi Vida Eres Tu).

Acompanhado por quatro músicos de sua banda (violão, teclados, baixo e percussão), Juanes cantou e tocou por aproximadamente uma hora, mostrando com categoria sua mistura de ritmos colombianos, rock e pop, com pitadas de jazz/blues aqui e ali. O show contou com a participação de Paula Fernandes, que interpretou o dueto que gravou com o astro latino, Hoy Me Voy, e dois de seus sucessos, entre os quais Pássaro de Fogo.

Antes, o cantor que está na estrada há mais de 20 anos concedeu uma entrevista coletiva à imprensa brasileira. Ele falou, por exemplo, da importância de ter sido produzido e dirigido musicalmente neste novo trabalho pelo lendário músico Juan Luis Guerra, oriundo da República Dominicana e conhecido no Brasil pela música Burbujas de Amor (Borbulhas de Amor, na versão de Raimundo Fagner).

“Conheci ele há oito anos, e há muito queríamos atuar juntos, mas só agora conseguimos conciliar nossas agendas. Trabalhar com Juan Luis Guerra foi um aprendizado, uma experiência incrível, aprendi muito com sua sobriedade. Gostaria que ele tivesse cantado no CD, também, mas ele se dedicou tanto a escrever os arranjos e a orientar os músicos que não teve tempo para isso”.

Hino pela paz encerra o CD/DVD

Guerra só aparece no palco para reger os músicos na música que encerra o repertório do CD/DVD, Odio Por Amor, por sinal a mais contundente e contagiante do trabalho, com sua mensagem de paz e a participação de um coral de 32 vozes.

“Compus Odio Por Amor há cinco anos e já a havia gravada em estúdio, mas essa música ganhou nova vida neste trabalho, é um canto pela paz, pela vida, e ficou com o seu arranjo ideal, cresceu muito”, comenta.

MTV Unplugged também conta com a participação do cantor e compositor espanhol Joaquín Sabina, na música inédita Azul. “O Sabina é um grande poeta, um grande letrista, gravar com ele foi um sonho realizado”.

Curiosamente, Juanes iniciou sua carreira como integrante da banda de heavy metal Ekhymosis, que esteve em cena do fim dos anos 80 ao fim dos 90. Ele relembra como se deu sua mudança de estilo musical.

“Quando criança, eu ouvia basicamente a música popular colombiana. Aos 13 anos, apaixonei-me pelo rock, e integrei a Ekhymosis durante oito anos. Aí, vi que seria importante misturar os dois mundos, o do rock e o da música do meu país, não poderia renunciar às minhas origens”.

Para quem não teve a sorte de ver seu show em São Paulo, uma boa notícia. Juanes iniciará uma turnê mundial em setembro, e pretende voltar ao Brasil em fevereiro ou março de 2013, desta vez para shows abertos ao público em geral. Ele disse que já havia sido convidado para tocar aqui, em um festival em 2011, mas não teve como aceitar devido à agenda lotada.

Em seus 13 anos de carreira solo, Juanes vendeu mais de 12 milhões de discos, além de ter ganho um Grammy da categoria principal e 17 Grammy Latinos. Ele considera MTV Unplugged um momento muito especial em sua trajetória.

“Este disco equivale a um resumo dos meus 13 anos de carreira, mostrando um pouco do que virá, também. Quero fazer novas experiências no futuro, tocar um pouco mais de rock, gravar em inglês e português, arriscar-me um pouco mais. Também quero estreitar meus laços com o público brasileiro e o de outros países, adoro esse intercâmbio”.

Veja La Paga, com Juanes, na versão incluída em MTV Unplugged:

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