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Mick Jagger: 80 anos dos lábios mais famosos do rock and roll

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Por Fabian Chacur

Em 1970, o designer britânico John Pasche criou um símbolo que se tornou um dos ícones mais famosos e facilmente identificáveis de todos os tempos. Esse logo surgiu para representar uma então já mundialmente famosa banda de rock, baseando-se em uma das marcas registradas de seu integrante mais destacado. E esse cidadão, um certo Mick Jagger, completou 80 anos de idade nesta quarta-feira (26) com símbolo da eterna juventude.

O cantor, músico e compositor que criou os Rolling Stones junto com o também icônico Keith Richards em 1962 equivale a uma verdadeira façanha ambulante. Afinal de contas, não são muitos os profissionais que podem se gabar de se manter relevantes e cultuado por milhões de pessoas durante seis longas décadas, onde milhares de artistas e grupos surgiram e sumiram de cena como que por passe de mágica.

Jagger se tornou o template do vocalista de banda de rock, com sua presença de palco energética, carismática e repleta de cumplicidade com as plateias. Tive a honra de ver os três shows dos Stones em janeiro de 1995 no Hollywood Rock em São Paulo, no estádio do Pacaembu, e fiquei impressionado com a capacidade do cidadão em verdadeiramente reger as plateias. Poder que ele mantém até os dias de hoje.

Grande cantor e performer, ele também possui no currículo a coautoria de alguns dos maiores clássicos do rock and roll, maravilhas do porte de (I Can’t Get No) Satisfaction, Jumpin’ Jack Flash, Start Me Up, Brown Sugar, Miss You, The Last Time e Street Fighting Man, entre dezenas de outros.

Como todos sabem (ou deveriam saber), só talento artístico não possibilita uma permanência tão grande, e Mick Jagger soube usar seu tino para os negócios como forma de se manter firme na cena cultural, além de multiplicar sua fortuna. E sua sacada de gênio ocorreu quando ele e Richards resolveram criar a Rolling Stones Records (RS Records) em 1970.

De forma inteligente, a RS Records criou como padrão assinar contratos de parceria com grandes gravadoras que se incumbiriam da prensagem, divulgação e distribuição dos discos que lançariam. Mas o pulo do gato era sempre realizar compromissos com prazo pré-determinado, sendo que, quando encerrados, Jagger e Richards levavam consigo todo o acervo que tivessem criado em cada período.

Dessa forma, e também graças ao sucesso dos álbuns e singles que lançaram, os Stones enriqueceram ainda mais a cada novo contrato de distribuição, tendo passado por Atlantic, EMI, Sony/CBS, Virgin e Universal Music. Sempre com direito a relançamentos e reaproveitamento de material antigo de modo inteligente e lucrativo. Mick virou o real Tio Patinhas do rock.

Jagger também soube manter a sua forma física, o que lhe permite até hoje esbanjar energia nos palcos, com poucos e raros momentos de problemas de saúde. Até as marcas do tempo aparentes em seu corpo se mostram verdadeiras provas de um vencedor que soube enfrentar os inúmeros desafios apresentados aos artistas para se manterem na crista das ondas.

O cantor dos Rolling Stones também desenvolve uma carreira solo que, se não teve tanto sucesso como a de sua banda, ainda assim mostrou que ele poderia sobreviver dignamente dessa forma, se quisesse. Mas é fato que Jagger e Richards amam esse tal de rock and roll e amam fazer isso juntos, tanto que vem aí um novo álbum da banda, mesmo após a perda do baterista Charlie Watts. E novos shows. Yeah, yeah, yeah, wow!

Brown Sugar– The Rolling Stones:

ZZ Top divulga Brown Sugar e lançará álbum ao vivo em julho

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Por Fabian Chacur

O ZZ Top acaba de divulgar seu novo single. Trata-se de uma versão ao vivo de Brown Sugar, composição do cantor e guitarrista Billy Gibbons que foi lançada originalmente por eles em 1971 no álbum ZZ Top’s First Album. A faixa faz parte do álbum RAW, que a BMG lançará em 22 de julho, seis dias antes do aniversário de um ano da morte do baixista da banda, o saudoso Dusty Hill. Gibbons e o baterista Frank Beard seguirão em frente com Elwood Francis no baixo, que trabalhava com Hill.

Brown Sugar (que, curiosamente, foi lançada na mesma época do célebre hit homônimo dos Rolling Stones) é um blues rock poderoso, que o trio releu com a categoria que sempre os marcou. O álbum foi gravado ao vivo em 2018 no Gruene Hall, no Texas, e equivale à trilha sonora do documentário That Little Ol’ Band From Texas (2019), que mostra os músicos contando sua história e tocando seus clássicos em um ambiente intimista.

Billy Gibbons explica o porque essa música em especial foi escolhida como a primeira faixa a ser divulgada do álbum RAW: “Brown Sugar é uma parte especial dos nossos shows há muitas décadas e acho que é maneira certa de começar o RAW. Essas gravações no Gruene Hall foram um satisfatório retorno às raízes e estamos felizes de dividir com todos que nos acompanham há tanto tempo”.

Brown Sugar (live from Gruene Hall)- ZZ Top:

The Rolling Stones lançam EP com prévia de álbum ao vivo

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Por Fabian Chacur

No dia 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones fizeram um histórico show para um público de 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana. O registro em áudio e vídeo deste espetáculo impactante será lançado pela primeira vez na sua íntegra, em versão remixada, reeditada e remasterizada, em 9 de julho, nos formatos 3 LPs de vinil, 2 DVDs+2 CDs, 1 DVD+2CDs e 1 Blu-Ray+2CDs (veja mais detalhes aqui). O título é A Bigger Bang: Live On Copacabana Beach.

Como forma de atiçar os ouvidos dos fãs, foi disponibilizado nesta sexta-feira (28) nas plataformas digitais um EP com 5 faixas intitulado A Little Bang (Bigger Bang Tour EP). São quatro gravações do show no Rio de Wild Horses (ouça aqui), Sympathy For The Devil, You Got Me Rocking e Happy. A 5ª faixa, Rough Justice (ouça aqui), foi registrada em um show em Salt Lake City (EUA) em 2005 durante a mesma turnê, e marcará presença nos extras.

Brown Sugar- live in Copacabana (clipe):

Reedição luxuosa valoriza CD Sticky Fingers (Rolling Stones)

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Por Fabian Chacur

Um dos grandes méritos do formato CD consiste nas reedições de álbuns clássicos dos mais diversos estilos. Um deles acaba de ganhar essa roupagem de luxo. Trata-se de Sticky Fingers (1971), para alguns (eu incluso) o melhor álbum da brilhante carreira dos Rolling Stones, que chega às lojas brasileiras em reedição absolutamente imperdível.

O novo Sticky Fingers traz o disco original em versão remasterizada e um CD bônus dividido em duas partes distintas. Uma traz cinco versões alternativas de faixas do álbum, incluindo uma de Brown Sugar com a participação especial de Eric Clapton. Nenhuma delas supera as originais, mas são todas ótimas, para fazer o fã babar de prazer.

A segunda metade nos proporciona cinco gravações ao vivo extraídas de show dos Stones realizado no mítico Roundhouse londrino em 1971, nos quais o quinteto esbanja energia e talento nas fantásticas Live With Me, Stray Cat Blues, Love in Vain, Midnight Rambler e Honky Tonk Women. Adrenalina pura, para botar os ya’ya’s para fora agora.

A capa do álbum é quádrupla no esquema digipack, e traz de quebra um encarte repleto de fotos inéditas e com a reprodução das célebres imagens do jeans e da cueca criados pelo mítico artista plástico Andy Warhol. A ficha técnica surge completa. Só faltaram um texto sobre o álbum e as letras das músicas para a reedição ganhar um dez com louvor.

Sticky Fingers é o primeiro álbum completo com a presença do guitarrista Mick Taylor, e pode ser considerado aquele em que Mick Jagger e Keith Richards chegam ao formato perfeito para a sua música. Brown Sugar, faixa que abre o LP, é uma das gravações mais perfeitas da história do rock, e seria a fonte a partir do qual o grupo faria inúmeras outras tão boas quanto, do tipo Start Me Up e She’s So Cold.

Guitarrista oriundo do universo do blues e com influências jazzísticas, Mick Taylor trouxe aos Stones um acréscimo em termos técnicos que se refletiu em faixas como Can’t You Hear Me Knocking (com seu envolvente improviso jazzístico em sua metade final), I Got The Blues, You Gotta Move e Moonlight Mile. O parceiro perfeito para a guitarra crua e de riffs matadores e inconfundíveis de Keith Richards.

Uma grande virtude desse álbum, que atingiu o topo da parada americana em 1971 e marcou o início da Rolling Stones Records e do célebre símbolo da boca com a língua de fora, um dos maiores ícones do rock and roll, é a concisão. São apenas dez faixas, uma melhor do que a outra, com direito aos hits Brown Sugar e a comovente Wild Horses.

O famoso zíper da versão original em vinil, que tantos problemas trouxe em termos logísticos na época, desta vez veio apenas em papel, não seguindo a reedição em CD feita nos anos 1990 pela Virgin Records. Mas é um detalhe que pode ser deixado em segundo plano e devidamente relevado, pois a qualidade artística dessa reedição merece ser apreciada pelos fãs do melhor rock and roll.

Can’t You Hear Me Knocking– The Rolling Stones:

Brown Sugar (versão alternativa com Eric Clapton)- The Rolling Stones:

Wild Horses– The Rolling Stones:

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