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Dusty Old Fingers retornam e fazem um show em Campinas

dusty old fingers grupo 400x

Por Fabian Chacur

Depois de uns bons anos longe de cena, volta à ativa um dos grupos mais bacanas do rock brasileiro desta década. Trata-se do Dusty Old Fingers. Oriundo de Campinas (SP), o afiadíssimo time roqueiro lançou em 2013 um excelente álbum conceitual, The Man Who Died Everyday (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Eles iniciam essa nova fase com show em Campinas neste sábado (11) às 19h30 na Fundação Jurgensen (rua Frei Antônio de Pádua, nº 889- Jardim Guanabara), com ingressos a R$ 15,00 (antecipados) e R$ 25,00 (na hora- mais informações pelo fone 0xx19-3242-1769). A abertura fica por conta da banda Les Miserables.

O Dusty Old Fingers traz como figuras de ponta o carismático cantor e guitarrista Fabiano Negri, que também investe em uma consistente carreira solo, e o guitarrista e backing vocalista Tony Monteiro, um dos mais competentes críticos de rock deste país. Temos também os ótimos músicos Joni Leite (baixo) e Rick Machado (bateria). Ao vivo, completam o time as backing vocalistas Nara Leão e Sheila Le Du.

No show, a banda mostra as músicas de seu álbum de estreia, cujo tema é a vida do saudoso Brian Jones, guitarrista dos Rolling Stones nos anos 1960 e morto tragicamente em 1969, com apenas 27 anos. Músicas como Lost Eyes e Blond Hair Baby Face mergulham nos aspectos da trajetória daquele músico genial com uma sonoridade mesclando rock, blues, folk e country. A ótima inédita Never Drive Faster Than My Angel Can Fly também estará no set list.

Dois dos integrantes da Dusty Old Fingers farão jornada dupla neste show, pois também integram o Les Miserables. São eles Tony Monteiro e Joni Leite, que terão a seu lado Marcos Machado (vocal), David Andres (guitarra) e Junior Baroni (bateria). O repertório do quinteto dará uma geral em clássicos do rock brasileiro da década de 1970.

Lost Eyes (clipe)- Dusty Old Fingers:

Fabiano Negri apresenta hard rock e bem mais em novo CD

fabiano negri 400x

Por Fabian Chacur

Há quem grave discos para tentar “virar astro pop”, “ficar famoso”, “encher os bolsos de dinheiro”, “comprar uma casa pra mãe” e outros objetivos do gênero. Outros entram em um estúdio para sair dele com um trabalho do qual se orgulhe e que cative as pessoas pela razão certa, ou seja, qualidade artística. O cantor, compositor e músico Fabiano Negri se encaixa feito luva nesta última hipótese, como prova seu segundo CD, Maybe We’ll Have a Good Time…For The Last Time.

Ex-integrante da banda Rei Lagarto, o artista oriundo de Campinas (SP) lançou seu primeiro trabalho solo, A Practical Guide To Throwing Money Away em 2010. Ele retorna com um álbum que traz o hard rock como base, mas não se limita a esta importante tendência do nosso amado rock and roll, oferecendo-nos variedade e diversidade.

As 12 faixas do CD nos trazem à mente belas referências sonoras, entre as quais Deep Purple, Whitesnake, Doobie Brothers, Free, Santana, Fleetwood Mac da fase inicial (com Peter Green) e mesmo David Bowie em seu período The Man Who Sold The World. Tudo pontuado por uma voz potente e rascante, que Negri explora sem medo de ser feliz.

Os arranjos instrumentais se valem do aproveitamento de ótimos músicos, entre os quais Wagner Barducci (teclados), Ricardo Palma (baixo e guitarra), James Twin (guitarra, também ex-Rei Lagarto) e Elthon Dias (bateria). Em três faixas, Negri se basta: voz e piano na doce Beauty, voz e violão na quase folk In a Different Way e no melhor estilo “banda do eu sozinho” (guitarra, baixo, bateria e teclados) na viajante e repleta de boas surpresas Enemies.

A power ballad The Fall, a soturna e “bowiesca” Potsdamer Platz e a quase latina e com forte influência de Doobie Brothers Real Woman são belas amostras de um disco de rock que não se limita a um único rumo, ousando e levando o ouvinte a um roteiro musical dos mais ricos. E vale também elogiar a guitarra elegante de Negri, sempre bem colocada e sem exageros.

Maybe We’ll Have a Good Time…For The Last Time é um daqueles trabalhos que valoriza e muito o rock brasileiro, independente de ter todas as letras em inglês. Coisa de quem não só tem talento como se preparou muito bem para o ofício ao qual se propôs a realizar. Fabiano Negri é um dos caras que a gente pode citar quando alguém vier com esse papo furado de que “o rock morreu”. Mas não mesmo!

Potsdamer Platz– Fabiano Negri:

Ouça o CD de Fabiano Negri na íntegra em streaming:

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