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Dulce Quental mostra Sob o Signo do Amor em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Dulce Quental iniciou sua carreira nos anos 1980 como vocalista do grupo de pop rock feminino Sempre Livre, dos hits Sou Free e Jeito Sexy de Ser. Depois, investiu em uma consistente carreira solo que permanece gerando bons frutos. O mais recente é o álbum Sob o Signo do Amor, lançado recentemente em CD pelo seu próprio selo, o Cafezinho Edições, e também disponível nas plataformas digitais.

A cantora e compositora carioca mostra na íntegra o repertório deste novo trabalho em São Paulo com um show neste sábado (15) às 21h no teatro do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 12,00 a R$ 40,00. Além das novas canções, entre as quais a envolvente Apenas Uma Fantasia, ela também nos trará dois de seus hits dos anos 1980.

A banda que acompanhará Dulce inclui Thomás Jagoda (teclados), Paulo Emmery (baixo) e Pedro Fonte (bateria), com participações especiais de Jonas Sá e Pedro Sá, diretores artísticos do show e também produtores do álbum. Dulce já escreveu canções em parceria com Paulinho Moska, Zelia Duncan, George Israel e Celso Fonseca, gravadas por Simone, Leila Pinheiro, Barão Vermelho e Capital Inicial, entre outros.

Apenas Uma Fantasia– Dulce Quental:

Bryan Behr, de Brusque para o Brasil com seu som ensolarado

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Por Fabian Chacur

Há quase três anos, Bryan Behr era funcionário da loja Mohr Musik Haus, na cidade de Brusque (SC). Em meio a inúmeros violões, entre um atendimento e outro, compunha canções e sonhava com o estrelato. Pois bem. Seu objetivo começa a se concretizar agora, no início de 2020, com o lançamento de A Vida é Boa, seu álbum de estreia pela gravadora Universal Music, já disponível nas plataformas digitais e em breve também em CD.

Com 23 anos de idade, o cantor, compositor e músico catarinense chega forte à cena do pop nacional, com uma mistura ensolarada e solta de folk, r&b, rock e MPB pontuada por sua voz extremamente agradável e doce.

A temática romântica prevalece nas letras, mas com o claro objetivo de fugir dos lugares comuns. Ele explica sobre suas influências, e também sobre a comparação que fazem da sua voz com a de Cassia Eller, em alguns momentos:

“Acho que essa comparação com a Cassia é mais por causa da música Tua Canção Preferida, as pessoas sentem uma semelhança. Tenho muita influência do Nando Reis, às vezes me sinto amigo pessoal do Nando ao ouvir as suas músicas,mesmo não o conhecendo. Ouço muito rock and roll e música internacional também, além de curtir Anavitória, Tiago Iorc e Outroeu”.

Antes de decidir mergulhar de vez no mundo da música, Behr estudou (finalizou o segundo grau), trabalhou em uma fábrica e depois na loja de instrumentos musicais, onde ficou por quase três anos. “Aos poucos, fui criando coragem, gravando algumas das minhas músicas e jogando na internet. Sentia insegurança de sair da loja, mas há dois anos decidi me dedicar de vez à carreira musical, um desejo que, na verdade, sempre tive”, relembra.

O passado encontrou o presente na semana passada, quando o artista fez uma audição do álbum na mesma loja, momento no qual aproveitou para rever amigos. Aliás, a seleção de músicas de A Vida é Boa foi um belo desafio encontrado por ele e os produtores Juliano Cortuah e Fernando Lobo.

“Tenho mais de 150 composições, e escolhemos apenas 11. Procurei selecionar músicas que refletissem a diversidade daquilo que eu faço, todas entregam quem eu sou em termos musicais. Não é só dançante, só reflexivo, tem um pouco de tudo, falando de amizade, amor etc. Falo sobre histórias de verdade, de coisas que vi dos outros ou de mim”.

A faixa A Vida é Boa Com Você é a primeira a ser divulgada com um videoclipe, já disponível e um dos pontos altos do álbum ao lado de Santa Vaidade, O Quadro, Bem Que Te Avisei, Tua Canção Preferida e Girassol.

Ao contrário de alguns colegas de geração, Bryan Behr acha importante lançar seus trabalhos em versões físicas, embora admita que as coisas mudaram bastante na forma de se ouvir e comercializar música hoje em dia:

“Antes, a gente lançava música pelos discos físicos. Hoje, acho que há uma mudança total nisso, as músicas são distribuídas na internet. Vamos lançar o disco físico como uma lembrança que as pessoas levam para casa, com elementos que você só encontrará lá, no encarte, por exemplo. O disco físico sempre terá algo a mais e exclusivo. Os formatos físicos na música ocuparão outro lugar, não é para ouvir, necessariamente”, teoriza.

A Vida é Boa Com Você (clipe)- Bryan Behr:

Roberta Campos emplaca sua 20ª música em trilhas de telenovelas

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Por Fabian Chacur

Desde os idos de 1970, uma das melhores formas de ter seu trabalho divulgado para um compositor no Brasil é ter suas obras incluídas em trilhas sonoras de telenovelas. Há vários campeões e campeãs na área, e da nova geração, a líder, ou pelo menos uma delas, é certamente a cantora, compositora e musicista mineira Roberta Campos. Para não deixar dúvidas quanto a esse tema, a moça acaba de emplacar sua 20ª canção para embalar romances e ação de uma trama televisiva.

A canção da vez é Libélula, com letra e melodia de sua autoria e interpretada por ela própria, devidamente escolhida para a nova atração da Record TV, Amor Sem Igual, cuja estreia ocorrerá nesta terça-feira (10) às 20h30, substituindo Topíssima. A faixa integra o álbum Todo Caminho É Sorte (2015), que curiosamente já havia cedido outras quatro canções para esse tipo de produção.

Vivendo momento bem positivo de sua carreira, Roberta Campos atualmente divulga seu mais recente trabalho, o DVD Todo Caminho É Sorte, lançado pela gravadora Deck e que celebra 20 anos de carreira, que já renderam quatro CDs e shows por todo o país. Leia mais sobre Roberta Campos aqui.

Libélula (clipe)- Roberta Campos:

Patricia Marx procura fugir do tédio em seu novo álbum, Nova

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Por Fabian Chacur

Patricia Marx está de volta ao universo das canções inéditas, após o sucesso de seu álbum Trinta (2013), no qual releu sucessos de seus trabalhos anteriores. Apropriadamente intitulado Nova e lançado pela gravadora LAB 344, o novo CD da cantora e compositora paulistana nos oferece 14 faixas, com direito a letras em português e inglês, participações especiais bacanas e uma consistência artística compatível com sua extensa experiência artística.

Em entrevista a Mondo Pop, ela dá detalhes sobre o seu 13º álbum de carreira, além de falar sobre sua trajetória e novos projetos, um deles sendo uma parceria com Luciano Nassyn intitulada Trem da Alegria Celebration, na qual os dois integrantes do célebre grupo infantil de muito sucesso nos anos 1980 irão reler os hits daqueles tempos em shows ao vivo.

Mondo Pop- Como você define o álbum Nova, comparado com seus trabalhos anteriores?
Patricia Marx
– Consegui experimentar mais nesse álbum do que nos anteriores. Teve um ganho gigantesco, eram ideias que eu já tinha, e que agora consegui concretizar. É um disco no qual você vai descobrindo novas coisas a cada audição, tem sutilezas, como a faixa a capella Cathedral, por exemplo. A gravadora LAB 344 me deu liberdade para fazer isso, me deixou muito livre.

Mondo Pop- Em termos de estilo, musicalmente falando, que caminhos o Nova tomou?
Patricia Marx
– É um trabalho de pop, soul,com umas coisas estranhas no meio. Se eu me sinto me repetindo, fico entediada, sempre busco coisas novas. Não é uma mudança radical em relação ao que já fiz, mas a mudança está lá.

Mondo Pop- Como começou a sua parceria musical com o Herbert Medeiros, e qual a importância dele neste CD?
Patricia Marx
– O Herbert é um coautor desse álbum, meu braço direito, o parceiro musical perfeito, além de arranjador, músico, parceiro de composições. Começamos a trabalhar juntos quando ele era músico da banda do Trinta, inicialmente só como músico e depois como arranjador e tudo o mais.

Mondo Pop- O álbum tem algumas parcerias bem legais. Com o Paul Pesco, por exemplo.
Patricia Marx
– O Paul Pesco, produtor americano que trabalhou com Daryl Hall & John Oates, Madonna, Steve Winwood, Mary J. Blige e Miguel, entre outros, eu conheci através do Sérgio Martins (diretor e criador da LAB 344). Começamos a nos comunicar via whatsapp, ele de Nova York e eu e o Herbert daqui. Gostei demais de trabalhar com ele, que é muito rápido.

Mondo Pop- Tem outros parceiros bacanas, também, fale sobre eles.
Patricia Marx
– O Jorge Ailton, que toca na banda do Lulu Santos e lançou um disco solo há pouco (Arrembi, pela mesma LAB 344), é meu parceiro na música Lá No Espaço. O Marc Mac, da banda londrina 4Hero, fez letras em inglês. O Jair Oliveira é parceiro na música Luz Numa Lágrima, enquanto o rapper francês radicado no Canadá Lou Piensa participou da música Don’t Break My Heart.

Mondo Pop- Aliás, o disco mescla letras em inglês com outras em português. Isso tem um pouco a ver com a repercussão que seu trabalho tem no exterior, e do fato de você ter morado em Londres?
Patricia Marx
– Eu, por mim, teria feito um álbum inteiro em inglês, mas é muito bom cantar na minha língua, também. Desde 2001, quando morei em Londres, tive abertura para me divulgar no exterior, estou no mundo há algum tempo.

Mondo Pop- Para encerrar, diga algo sobre seus projetos para 2019.
Patricia Marx
– Farei um show para divulgar o Nova, vou bolar uma forma nova de fazer isso. Pretendo lançar uma biografia, e farei junto com o Luciano Nassyn o Trem da Alegria Celebration, uma série de shows com músicas do Trem de Alegria, cujos discos foram disponibilizados nas plataformas digitais.

You Showed Me How (clipe)- Patricia Marx:

Morgana Kurmann apresenta fase autoral com Hurricane

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Por Fabian Chacur

Aos 31 anos de idade, Morgana Kurmann dá o pontapé inicial em sua carreira autoral. Ela acaba de lançar nas plataformas digitais o single Hurricane, que é também a faixa-título de seu primeiro álbum, previsto para ser lançado em maio. Antes de se aventurar nesse universo de canções próprias, elas interpretou músicas alheias, formou-se em arquitetura, atuou como atriz e se preparou para esse importante passo em sua carreira.

O álbum traz 12 faixas escritas por Morgana, que mora desde 2004 em Araraquara (SP), e todas são em inglês. Ela explica a opção. “Sempre compus em inglês, por influência do que eu ouvia. Gravar em inglês no Brasil não é um caminho fácil, mas acho que há muitas pessoas por aqui que consomem música nesse idioma, e é o trabalho no qual acredito, é verdadeiro para mim”. Ela começou a compor algo em português recentemente, mas preferiu deixar para um futuro lançamento.

Hurricane, uma balada pop com sonoridade próxima do country moderno, curiosamente foi a última música composta para o álbum. “Essa música é uma espécie de resumo do tema do álbum, que é a briga entre o que é concreto e o que é abstrato, sobre como a gente planeja as coisas de um jeito e as coisas acontecem de outro”, teoriza.

Morgana buscou mostrar várias facetas de sua musicalidade no álbum. Ela cita a canção com arranjo jazzístico I’ll Let You In, a bossa estilizada meio longe Parallel World e a balada Searchin’ For You All Around como bons exemplos dessa diversidade. “Ouço muito pop, jazz, blues, soul e cantoras como Ella Fitzgerald, Aretha Franklin e Billie Holiday, busco nuances diferentes na minha voz, que vem de tudo o que ouço”.

A preocupação com sua preparação em termos musicais se reflete no fato de ela atualmente estudar canto lírico, mesmo sendo uma cantora pop, opção que ela justifica. “O canto lírico me ajuda a conhecer melhor a minha voz, o som que eu posso fazer, descobrir ainda mais os recursos do meu instrumento, a ter o domínio da minha voz”. Os arranjos das músicas foram feitos em parceria com o guitarrista Cleber Shimu, enquanto Deivid Leme dirigiu o clipe de Hurricane.

As gravações tiveram como local o estúdio Paulinas Comep, em São Paulo, a mixagem ficou por conta de Luis Paulo Serafim, e a masterização teve como realizador Mike Couzzi, na Florida (EUA). O álbum sairá em versões digital e física, sendo que esta última em uma tiragem inicial de 1.000 cópias viabilizadas pela Lei Rouanet e com o apoio do Grupo Curimbada (MG), Guabi Fios (SC) e Librelato (SC).

Hurricane– Morgana Kurmann:

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