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Caça Joia abre espaços para novos talentos no canal Futura

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Por Fabian Chacur

Estreia nessa sexta (5) às 21h15 no Canal Futura a série Caça Joia. Com 13 episódios de 15 minutos cada, trata-se de uma atração cujo objetivo básico é apresentar ao grande público novos talentos da música brasileira, seguindo como parâmetros de seleção a qualidade e a história de cada nome, deixando de lado fatores como número de seguidores nas redes sociais. A apresentação ficou a cargo do excelente músico e ex-VJ da MTV Chinaina (antes conhecido como China), que tem uma extensa e consistente atuação na cena musical brasileira nos últimos vinte e poucos anos.

Com direção de Pamela Gachido e produção da Pedra Onze, o programa trará um artista por episódio, complementado por depoimentos de nomes importantes do mercado como os cantores Pedro Luis e Céu, Zé Ricardo (curador do palco Sunset do Rock in Rio) e Gutie (curador do festival Recbeat). Além da música em si, teremos também dicas importantes sobre questões como registro formal das canções, networking e muito mais.

Esta primeira temporada de Caça Joia procurou dar um mergulho abrangente em termos rítmicos, trazendo representantes de várias tendências, entre as quais a nova MPB, reggae, música eletrônica e ijexá, por exemplo. A atração televisiva, além das exibições nas sextas às 21h15 também terá reprises domingos às 9h, terças às 12h e quintas às 18h e será disponibilizada nos canais de streaming Globo e Globoplay.

Uma novidade interessante fica por conta de material complementar. Cada episódio desta série terá um podcast correspondente e complementar, com maior duração e nos quais os artistas contam com um espaço um pouco maior para falar sobre suas canções e carreiras.

Veja o trailer do programa Caça Joia:

Café Preto e Céu inauguram a parceria com o single de vinil

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Por Fabian Chacur

Até a metade dos anos 1980, eram comuns os compactos simples de vinil, trazendo uma música de cada lado. Após décadas fora de cena, o formato discográfico parece ter voltado com força nos últimos tempos. O novo lançamento do gênero, via Polydisc (a versão digital ficou a cargo da Deck), traz a primeira parceria entre a cantora e compositora Céu com o duo Café Preto. Eles interpretam a música Água, Fogo, Terramar.

Com um clima hipnótico e romântico repleto de elementos de reggae, dub e música eletrônica, a canção aparece em duas versões: a original, com acompanhamento instrumental e vocal, no lado A, e uma a capella, no lado B. A gravação antecede o lançamento do segundo álbum dos pernambucanos do Café Preto, em fase de gravação e produção.

O duo oriundo da efervescente em termos musicais Recife (PE) traz como integrantes Cannibal (voz), que há mais de 20 anos lidera o grupo de punk/hardcore Devotos/Devotos do Ódio, e Pierre Leite (programação, Roland JX-8P e Korg Ex-800). A parceria entre eles e Céu se concretizou após algum tempo de namoro, digamos assim.

“Quando compus essa música queria fazer um dueto com uma voz feminina. Enviei três composições para que Céu escolhesse qual gostaria de gravar comigo e ela optou por essa. Foi a nossa primeira parceria”, explica Cannibal. A produção ficou a cargo de Pupillo, baterista da Nação Zumbi e produtor de trabalhos de Paulo Miklos e Otto.

Água, Fogo, Terramar– Ceu + Café Preto:

Céu e Boogarins lançam vídeo e farão show no Rock in Rio

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Por Fabian Chacur

Uma das parcerias mais interessantes programadas para o Rock in Rio 2017 é a que reunirá o grupo goiano Boogarins e a cantora e compositora paulistana Céu. Em maio, eles se reuniram no Red Bull Studio em São Paulo para iniciar os ensaios de sua colaboração. De quebra, aproveitaram para gravar um clipe com a música Foi Mal, que acaba de ser divulgado. Você pode conferir o resultado no link que está aqui.

Foi Mal saiu em versão de estúdio no mais recente álbum do quarteto, Lá Vem a Morte, e equivale a uma boa amostra de como poderá ser intensa a performance desses talentos da cena musical brasileira atual. O show está programado para ocorrer no dia 15 (sexta-feira) no Palco Sunset, espaço do festival reservado para esse tipo de atração exclusiva.

Céu está na estrada há 15 anos, e se consolidou no cenário da música pop brasileira com sua mistura de reggae, rock, pop, folk e MPB na qual se destaca sua voz suave e melódica. Integrado por Fernandinho Dinho Almeida (vocal e guitarra), Benke Ferreira (guitarra), Raphael Vaz (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria), o Boogarins está na estrada desde 2012, e já fez inúmeros shows por Brasil, América Latina, EUA e Europa, cativando fãs com sua versão abrasileirada da psicodelia.

Lá Vem a Morte- Boogarins (ouça em streaming):

Jeff Beck faz show sublime no Best Of Blues

Por Fabian Chacur

A segunda noite da edição 2014 do Samsung Best Of Blues Festival trouxe como grande atração o lendário Jeff Beck, que aos 69 anos exibiu a energia e o tesão de um garoto no palco, encantando os fãs e mostrando que ninguém é considerado um dos maiores nomes da história do rock de graça. Foi o auge de uma noite de música muito, mas muito bacana mesmo, em fria noite de sábado (10) no WTC Golden Hall, em São Paulo, com casa cheia.

Tudo começou às 20h20 com uma performance bem bacana da cantora e compositora Céu, com seu som fortemente influenciado pelo reggae e repleto de elementos de MPB, rock, pop, psicodelismo e o que mais pintar. A voz da moça se mantém doce e encantadora, e sua banda de apoio esbanja pique e competência. O show acabou às 21h13 e equivaleu a uma bela abertura para o que viria depois.

Com a matadora dobradinha The Chokin’ Kind e Super Duper Love, Joss Stone entrou em cena às 21h40 com pinta de quem não estava ali para vacilar. De vestido branco, muito bem humorada e com muito pique, a jovem soul woman britânica logo soltou a voz e mostrou o porque é considerada uma das grandes revelações da última década. Com direito a maravilhas como (For God’s Sake) Give More Power To The People (hit dos Chi-Lites nos anos 70), a moça levou o público à loucura.

E aí, veio o momento histórico. Em sua terceira passagem pelo Brasil, Jeff Beck resolveu nos proporcionar um show mais roqueiro, com espaços para soul aqui e ali. Loaded abriu os trabalhos com força, destacando um ótimo vocalista e com o ex-integrante dos Yardbirds já dando provas do que viria no decorrer da apresentação, iniciada às 23h40.

Entre faixas instrumentais e outras com vocais, o repertório trouxe maravilhas do álbum Truth (1968), do Jeff Beck Group, como I Ain’t Superstitious e You Shook Me, homenagens a Jimi Hendrix do naipe de Little Wing e Foxy Lady e uma fantástica releitura instrumental de A Day In The Life, que ele gravou no álbum In My Life (1998), de George Martin, produtor dos Beatles e do próprio Beck.

Joss Stone participou do show em uma versão arrepiante do clássico I Put a Spell On You, hit de Screamin’ Jay Hawkins e também regravada pelo Creedence Clearwater Revival. Tivemos também A Change Is Gonna Come (de Sam Cooke), Wild Thing (dos Troggs e também regravada por Jimi Hendrix) e, acreditem, Nessum Dorma, clássico da música operística.

A técnica de Jeff Beck como guitarrista é uma coisa absurda. Ele tem um amplo ferramental que permitem ir desde solos melódicos mais, digamos assim, “convencionais”, até escalas rapidíssimas, riffs pesados e acordes jazzísticos, tocados sempre na hora certa e sem exibicionismo. Aliás, ele abriu bons espaços para seus excelentes músicos de apoio.

Quando o espetáculo chegou ao fim, às 01h08, deu vontade de ajoelhar e agradecer a Deus por ter tido a chance de presenciar uma performance tão intensa, tão demencial e tão tecnicamente perfeita ao mesmo tempo. Fica a torcida para que esse gênio possa voltar mais vezes ao Brasil para mostrar toda essa genialidade para que nós, mortais, possamos apreciar novamente.

I Put a Spell On You, com Jeff Beck e Joss Stone:

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