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Ronnie Wood lançará álbum em homenagem ao ídolo Chuck Berry

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Por Fabian Chacur

Várias novidades boas referentes a Ronnie Wood estão em vias de serem conferidas por seus inúmeros fãs mundo afora. Nesta semana, tivemos a divulgação de mais uma faixa do álbum Mad Lad- A Live Tribute To Chuck Berry. Trata-se de Rock ‘N’ Roll Music, com participação especial da cantora irlandesa Imelda May. A primeira faixa a ser divulgada foi Talking About You (ouça aqui).

O novo álbum do guitarrista britânico está previsto para sair no dia 15 de novembro pela gravadora BMG (não confundir com a antiga, hoje parte da Sony Music) com distribuição da Warner Music e nos formatos CD, vinil, streaming, downloads remunerados e também em uma edição especial limitada contendo CD, LP de vinil, gravura 12×12, set list autografado e uma camiseta. Ainda não foi divulgado se teremos lançamento físico deste trabalho no Brasil.

Gravado ao vivo em 2018 no Tivoli Theatre, na cidade britânica de Winborne, o trabalho traz Wood acompanhado por sua banda de apoio, a Wild Five, com o acréscimo de Imelda May e Ben Waters (piano) em alguns momentos. Trata-se de uma homenagem do músico a um de seus ídolos, o saudoso Chuck Berry, de quem ele era amigo e com quem tocou em várias ocasiões.

O repertório traz 11 faixas, com direito a clássicos do rock como Johnny B Goode e Little Queenie e a composição de Wood Tribute To Chuck Berry. A faixa que dá nome ao CD, Mad Lad, é um obscuro e delicioso tema instrumental de Chuck Berry gravado originalmente por ele em 1960.

Com desenho de capa de autoria do próprio roqueiro, o álbum inicia uma trilogia de trabalhos nos quais serão homenageados os maiores ídolos do músico britânico, sendo que os outros dois nomes ainda não foram divulgados. Ele fará no dia 25 de novembro no Birmingham Symphony Hall um show no qual dará uma geral nas músicas do álbum.

Se o disco por si só já é uma bela novidade, o fato mais legal fica por conta do filme Somebody Up There Likes Me, dirigido pelo premiado Mike Figgis, com premiere mundial marcada para o dia 12 (sábado) durante o London Film Festival e lançamento no circuito comercial previsto para o início de 2020.

Trata-se de um documentário sobre a vasta e rica trajetória profissional e pessoal de Ronnie Wood, com entrevistas feitas especialmente para esta atração com o artista enfocado e também colegas ilustres como Mick Jagger, Keith Richards, Rod Stewart e outros, além de cenas de arquivo com performances dele integrando as bandas Jeff Beck Group, The Faces e, obviamente, The Rolling Stones, na qual ele entrou em 1975 e permanece firme e forte.

Um dos pontos mais interessantes fica por conta de uma lembrança de Ronnie de quando tinha 16 anos de idade e não sabia direito o que iria fazer da vida. No dia 11 de agosto de 1963 ele viu um show dos então emergentes The Rolling Stones, gostou do que viu e pensou que aquela era a carreira que gostaria de seguir. Mal sabia que, dali a 12 anos, não só seria um astro do rock como de quebra receberia o convite irrecusável para entrar naquele grupo, na vaga de Mick Taylor.

O filme também dá uma geral na carreira de Wood como pintor, área na qual ele também é bastante elogiado, com direito a exposições em vários países (incluindo o Brasil, nos anos 1990) e lançamento de catálogos bem bacanas, e de sua luta contra os vícios e um câncer. Além de integrar bandas bacanas, Ronnie também desenvolve uma competente carreira solo paralela que se iniciou em 1974 com o álbum I’ve Got My Own Solo Album To Do.

Eis a relação de músicas de Mad Lad:

-Tribute to Chuck Berry
-Talking About You
-Mad Lad
-Wee Wee Hours- Feat Imelda May
-Almost Grown- Feat Imelda May
-Back In The USA
-Blue Feeling
-Worried Life Blues
-Little Queenie
-Rock ‘N’ Roll Music- Feat Imelda May
-Johnny B Goode

Rock ‘N’ Roll Music– feat Imelda May:

Os grandes nomes da música que nos deixaram em 2017

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Por Fabian Chacur

Mais uma vez tivemos um ano repleto de perdas dolorosas, no meio musical. Lógico que o natural da existência é isso mesmo, as pessoas nascem, crescem e um dia nos deixam rumo ao desconhecido. Mas de uns três anos para cá, as perdas no cenário da música se tornaram simplesmente lamentáveis. Muita gente boa se foi. Ficam as suas lembranças, e, especialmente, as suas obras, que curtiremos até que chegue a nossa vez.

Chuck Berry, Belchior, Chris Cornell, Pat DiNizio, Grant Hart, Jerry Adriani… Muitas lágrimas rolaram durante os 12 meses de 2017. Abaixo, seguem os links com os textos que Mondo Pop fez para celebrar o trabalho desses artistas tão importantes:

John Wetton:

Morre John Wetton, o incrível cantor e baixista de prog rock

Al Jarreau:

Al Jarreau, aos 76 anos, leva a sua belíssima voz para o céu

Chuck Berry:

Chuck Berry, ou um sinônimo para a expressão rock and roll

Tommy LiPuma:

Tommy LiPuma, um produtor lendário, morre aos 80 anos

Joni Sledge (do grupo Sister Sledge):

Morre Joni Sledge, integrante do grupo vocal Sister Sledge

Belchior:

Belchior nos deixa fina poesia, brilho e belíssimas canções

Jerry Adriani:

Jerry Adriani: um ser humano adorável e um grande artista

Gregg Allman (do grupo The Allman Brothers):

O roqueiro Gregg Allman nos deixa aos 69 anos de idade

Kid Vinil:

O Kid Vinil, gentleman que se tornou um herói real do Brasil

Chris Cornell (do grupo Soundgarden):

Chris Cornell, ou mais um dos grandes que nos deixa cedo

Almir Guineto:

Almir Guineto, belo craque do samba, nos deixa aos 70 anos

Barros de Alencar (radialista, apresentador de TV e cantor):

Barros de Alencar, radialista e cantor, nos deixa aos 84 anos

Michael Johnson:

Michael Johnson/Bluer Than Blue nos deixa aos 72 anos

Luiz Melodia:

Luiz Melodia: o adeus a esse mestre inclassificável da MPB

Chester Bennington (do grupo Linkin Park):

Morre Chester Bennington, o vocalista do grupo Linkin Park

Grant Hart (do grupo Husker Du):

Grant Hart, ex-Husker Du, faz a sua última e triste viagem

Walter Becker (do grupo Steely Dan):

Walter Becker, do Steely Dan, sai do cenário pop aos 67 anos

Bunny Sigler:

Bunny Sigler, grande nome do Philly Sound, morre nos EUA

Tom Petty:

Tom Petty, elo perdido entre os Byrds e o R.E.M., viajou

Laudir de Oliveira (do grupo Chicago):

Músico Laudir de Oliveira, ex-Chicago, morre durante show

Malcolm Young (do grupo AC/DC) e George Young (do grupo Easybeats e produtor):

Malcolm e George Young são desfalques de família rocker

Fats Domino:

Fats Domino, um precursor do rock, nos deixa aos 89 anos

Pat Dinizio (do grupo The Smithereens):

Pat Dinizio, vocalista e o líder dos Smithereens, nos deixa

Chuck Berry, ou um sinônimo para a expressão rock and roll

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Por Fabian Chacur

Para John Lennon, as palavras ideais para se definir o rock and roll seriam Chuck Berry. Vindo de quem veio, um elogio daqueles. E mais do que justo. Depois de uma longa trajetória de vida, na qual construiu uma obra influente e inesquecível, este genial cantor, cantor e guitarrista americano parte rumo à eternidade. Ele foi encontrado morto neste sábado (18) no condado de St. Charles, Missouri (EUA), aos 90 anos de idade. Saudoso é pouco!

Charles Edward Anderson Berry nasceu em 18 de outubro de 1926. De temperamento difícil e com várias idas e vindas em sua trajetória, incluindo internação em um reformatório e posteriores prisões, ele chegou a atuar em várias ocupações, mas se achou mesmo na música. Em 1955, lançou Maybelenne, single que seria o primeiro dos inúmeros clássicos que lançaria até a metade dos anos 1960. Embora quase trintão, ele se mostrou mestre em colocar no papel os temas preferidos pelos adolescentes.

Aliás, curiosamente, não só dos adolescentes daqueles já longínquos anos 1950, mas os de todos os que viriam posteriormente. Berry descrevia em suas letras romances sensuais, a busca pelas garotas, os carros, a dança e a libido sempre a mil. Temas que nunca saíram e que nunca sairão de moda, e que ele abordou com simplicidade, poesia e muita categoria. De quebra, nos trouxe alguns dos mais incríveis riffs de guitarra de todos os tempos.

Rock and Roll Music, Johnny B Goode, Around And Around, Carol, Memphis Tennessee, Havana Moon, No Particular Place to Go, Nadine, School Days… O songbook assinado por Chuck Berry é a base em cima da qual artistas como os Rolling Stones, Bruce Springsteen, Beatles e centenas (milhares?) de outros foram buscar informações para criar suas próprias canções. Para ajuda-lo, sua ótima dicção permitia que todas as letras fossem facilmente compreendidas pelos ouvintes.

Graças a seus diversos problemas legais, à redução de novas canções realmente relevantes e também ao surgimento de novos artistas, Chuck Berry viu seu poder de criação cair nos anos subsequentes a 1965. Ainda mostrou força em 1972 quando sua versão ao vivo de My Ding-a-Ling atingiu o primeiro lugar na parada americana, a única vez em que conseguiu tal façanha. Ironicamente, com uma música rasteira, muito abaixo de seus clássicos.

Após lançar o disco de inéditas Rock It (1979), que teve pequena repercussão, o astro do rock passou a viver exclusivamente do passado, o que já estava fazendo há algum tempo. O procedimento era bem curioso: ele ia sozinho, às vezes até sem a própria guitarra, e tocava com os músicos que seu contratante arrumasse. Em certa ocasião, em um show nos anos 1970, sua banda de apoio teve em sua formação o então desconhecido Bruce Springsteen.

Em 1986, Keith Richard, uma espécie de filho bastardo de Berry em termos musicais, resolveu reverenciar seu herói e montou uma banda para acompanha-lo em dois shows comemorativos dos seus 60 anos de idade que iriam gerar o excelente documentário Hail! Hail! Rock ‘N’ Roll, lançado em outubro de 1987, que trazia cenas dos shows, entrevistas com o homenageado e também depoimentos de músicos importantes. De arrepiar.

Berry esteve no Brasil pela primeira vez em 1992, participando do Free Jazz Festival. Um dos shows foi realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, reunindo ele e Little Richard. Ele quase não entra em cena, pois passou na bilheteria e queria ser pago antes de tocar. Pelo menos, é o que reza a lenda. Mas o show rolou, com ele esbanjando carisma e sendo acompanhado pelo motorista no baixo e músicos brasileiros como o baterista Carlinhos Bala. Eu estava lá!

No último dia 18 de outubro, quando comemorou 90 anos de idade, Mr. Berry anunciou que lançaria em 2017 um novo álbum, intitulado Chuck e seu primeiro trabalho de inéditas desde 1979. Nele, gravações novas e a participação dos filhos Charles Berry Jr. e Ingrid, além de uma dedicatória à esposa Themetta Berry, casada com ele há longos 68 anos. Com o selo Dualtone, o álbum agora será um trabalho póstumo que tentará saciar a saudade de seus inúmeros fãs.

Com Chuck Berry, sai de cena uma era incrível do rock and roll, da qual restam ainda vivos (toc, toc, toc!) Little Richard, Jerry Lee Lewis e Fats Domino. Com certeza, um ser humano polêmico e dos mais complicados, mas um artista cujo talento, capacidade criativa (mesmo que por um período curto de tempo, de 1955 a 1964) e carisma ajudaram a lançar esse tal de rock and roll rumo ao topo do mundo musical.

Havana Moon– Chuck Berry:

Chuck Berry será homenageado em outubro

Por Fabian Chacur

Chuck Berry, um dos pioneiros do rock and roll, receberá uma nova e merecida homenagem em outubro. O evento, organizado pelo Rock And Roll Hall Of Fame, irá durar de 22 a 27 daquele mês, sendo encerrado com um show tributo do qual participarão grandes nomes do rock que serão divulgados futuramente.

O cantor, compositor e guitarrista americano, que completará 86 anos no dia 18 de outubro, continua mais na ativa do que nunca, para felicidade de seus inúmeros fãs e discípulos mundo afora. A cidade de Cleveland será o local do evento.

A homenagem fará parte da American Master Series, evento criado pelo Rock And Roll Hall Of Fame que já prestou reverências a nomes do porte de Aretha Franklin, Janis Joplin e Woody Guthrie. Berry entrou para o Hall em 1986.

Em entrevista ao site americano da revista Billboard, o presidente da entidade, Terry Stewart, afirmou que “Chuck Berry criou a linguagem do rock and roll”.

Com mais de 60 anos de estrada, Chuck Berry é o autor e intérprete de clássicos do naipe de Rock And Roll Music, Roll Over Beethoven, Johnny B Goode, Carol, Sweet Little Sixteen e dezenas de outros, nos quais criou um estilo bem-humorado de letras, riffs inconfundíveis de guitarra e melodias bacanas e contagiantes.

Entre seus incontáveis discípulos e seguidores está Keith Richards, que em 1986 capitaneou a banda que acompanhou Chuck Berry no documentário Hail Hail Rock ‘N’ Roll.

Ouça Carol, com Chuck Berry, Keith Richards e banda:

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