Por Fabian Chacur

Em 2010, Suzanne Vega iniciou o projeto Close-Up, no qual pretendia reler, em quatro volumes temáticos, canções gravadas originalmente por ela em seus álbuns lançados entre 1985 e 2007, com direito a algumas inéditas. Leia sobre os volumes anteriores da série aqui e aqui.

A série chega ao final com Vol.4-Songs Of Family, que inclui o maior número de faixas inéditas do pacote, quatro, além de dez de álbuns lançados pela cantora, compositora e violonista americana entre 1990 e 2007. O álbum é provavelmente o mais folk do quarteto, ao menos na opinião da própria artista.

Na minha, trata-se de mais um álbum delicioso de se ouvir, com direito à voz suave e sempre bem colocada de Suzanne, seu violão fluente em primeiro plano e um acompanhamento instrumental conciso e esparso, com direito a momentos do tipo “voice and guitar only” simplesmente certeiros por parte da autora de Luka.

As inéditas são Ludlow Street, Brother Mine, The Silver Lady e Daddy Is White, boa parte delas integrante da primeira fornada de composições de Miss Vega, e tão boas como as que a consagrariam. A moça começou no ofício de compor já com munição de alto calibre.

Quer saber? Ouvir um álbum de Suzanne Vega é bom antídoto contra a mesmice e a agressividade do mundo atual, que às vezes coloca a gente no paredão da irritação, prestes a estourar e a xingar meu lôro de urubu. Um som delicado, agradável e extremamente bem construído. Genial! O que muitas seguidoras atuais do folk seriam, se tivessem talento…

Em tempo: sai na Europa no dia 18 deste mês mais um álbum de Suzanne Vega. Novamente é composto por releituras de suas principais canções, desta vez em gravações ao vivo. O álbum duplo é intitulado Solitude Standing: Live On Barbican, e foi registrado em Londres no mesmo teatro que viu a volta dos Mutantes em 2006. Espero que saia por aqui.

Waters Of March (Águas de Março), com Suzanne Vega e Stacey Kent, ao vivo:

– Tired Of Sleeping (ao vivo) – Suzanne Vega: