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Monsters Of Rock terá sua 7ª edição no Brasil em 2023

Doro 400x Crédito Joche Rolfes

Por Fabian Chacur

Em 1980, foi realizada no Reino Unido a primeira edição do festival Monsters Of Rock. O evento se tornou tão influente e massivo que virou uma franquia e teve sua primeira edição brasileira realizada em 1994. Oito anos após a sua última edição brazuca, chega a hora de sua sétima passagem pelo país. Os ingressos começarão a ser vendidos a partir desta sexta (16- saiba mais aqui), sendo que o evento rola no dia 22 de abril de 2023 em São Paulo, no Allianz Parque.

Como de praxe, o elenco trará sete nomes consagrados do universo do rock pesado. Curiosamente, desta vez não teremos nenhuma atração nacional. Os mais sarcásticos chamarão o festival de verdadeiro Jurassic Park, pois traz apenas artistas com longas trajetórias. Outros, no entanto, abrirão um grande sorriso ao ter a chance de ver roqueiros consagrados e com belos repertórios em uma mesma data. Cada um com a sua opinião.

O time traz algumas das bandas de rock pesado favoritas de todos os tempos para os fãs brasileiros, todas com várias passagens pelos palcos brasileiros. São elas Kiss, Scorpions, Deep Purple e Saxon. Outras são muito veneradas por um público mais específico, como Helloween e Symphony X. E completa o time um ícone do heavy rock, a cantora alemã Doro Pesch (FOTO).

O Monsters Of Rock foi realizado no Brasil nos anos de 1994, 1995, 1996, 1998, 2013 e 2015, sempre pilotado pela produtora Mercury. Entre outros, marcaram presença nomes do porte de Kiss, Slayer, Black Sabbath, Ozzy Osbourne Alice Cooper, Megadeth, Faith No More, Iron Maiden, Motorhead, Aerosmith, Whitesnake e Judas Priest.

Raise Your Fist In The Air (clipe)- Doro Pesch:

Glenn Hughes volta a SP para show único no Carioca Club

glenn-hughes-400x

Por Fabian Chacur

Glenn Hughes, baixista e considerado um dos melhores vocalistas do rock pesado, voltará a São Paulo em breve. Ele fará um único show no dia 16 (domingo) às 19h no Carioca Club (rua Cardeal Arcoverde, 2.899- Pinheiros), com ingressos custando de R$ 100,00 (pista-meia entrada) a R$ 320,00 (camarote-inteira). Mais informações em www.ticketbrasil.com.br .

O cantor e compositor britânico nascido em 21 de agosto de 1952 terá a seu lado o guitarrista americano Dough Aldrich (que já tocou com Dio e Whitesnake) e o baterista sueco Pontus Engborg (tocou com Eric Martin, Joe Lynn Turner e Graham Bonnett, entre outros). O repertório terá músicas de sua carreira solo e das bandas das quais fez parte.

Ainda moleque, Hughes ficou conhecido como integrante da banda Trapeze, com a qual lançou trabalhos como Trapeze (1970) e Meduza (1972). Em 1974, substituiu Roger Glover no Deep Purple, participando com destaque como baixista e cantor de álbuns clássicos como Burn (1974), Stormbringer (1974) e Come Taste The Band (1975).

Seu primeiro trabalho solo, Play Me Out, saiu em 1977. Ele lançou vários outros, entre os quais Feel (1995), Greatest Hits: The Voice Of Rock (1996), Songs In The Key Of Rock (2003) e o CD/DVD Soulfully Live In The City Of Angels (2004). Nesse meio tempo, também tocou no Black Sabbath e com Tony Iommi, tendo gravado com este um CD.

Além disso, Hughes também integrou as bandas Black Rock Communion (com Joe Bonamassa e Jason Bonham) e California Breed (também com Jason Bonham). Em 2011, lançou a autobiografia Glenn Hughes- The Autobiography: From Deep Purple To Black Country Communion. Ele superou diversos problemas com drogas e voltou com força total.

Conheça as datas da turnê sul americana de Glenn Hughes:

13/08 – Centrica – Lima, Peru
15/08 – Bar da Montanha – Limeira, Brasil
16/08 – Carioca Club – São Paulo, Brasil
18/08 – Bar Opinião – Porto Alegre, Brasil
19/08 – Music Hall – Curitiba, Brasil
21/08 – Music Hall – Belo Horizonte, Brasil
22/08 – Teatro Odisseia – Rio de Janeiro, Brasil
24/08 – Teatro Nescafe de las Artes – Santiago, Chile
25/08 – Groove – Buenos Aires, Argentina

Smoke On The Water– Glenn Hughes e Doug Aldrich C/ King Of Chaos:

-Ouça o álbum solo Blues, de Glenn Hughes, em streaming:

Made in Japan (Deep Purple) volta em bela versão deluxe

deep purple made in japan-400x

Por Fabian Chacur

Made in Japan, do Deep Purple, costuma ser presença certa nas listas dos melhores álbuns ao vivo da história do rock. Com toda a justiça. Quem por ventura ainda não entende o porque este álbum é tão cultuado tem agora a oportunidade de conferir uma Deluxe Edition lançada no Brasil pela Universal Music que reforça a qualidade deste trabalho sublime.

Em 1972, o grupo inglês de heavy metal vivia um momento iluminado de sua existência, provavelmente o auge da chamada mark II, segunda formação de sua história e iniciada em 1969. Faziam parte dela o carismático vocalista Ian Gillan, o incrível guitarrista Ritchie Blackmore, o excepcional tecladista Jon Lord, o seguro baixista Roger Glover e o potente baterista Ian Paice. Um timaço com talento acima da média.

O grande mérito do Deep Purple sempre foi a capacidade de dosar o pique e a simplicidade do rock and roll com improvisações criativas e dignas do jazz e da música erudita, gerando uma sonoridade própria que influenciou gerações de outros músicos nos anos que viriam. Técnica e garra em um único e generoso pacote musical cultuado até hoje.

As sete faixas de Made in Japan foram gravadas em três shows realizados no Japão nos dias 15 e 16 de agosto de 1972 em Osaka e um terceiro no dia 17 de agosto do mesmo ano em Tokyo, este último no lendário Budokan Hall. Uma é do primeiro show, quatro do segundo e duas do terceiro, montadas de forma a soar como um único espetáculo.

As releituras “live” de Highway Star, Child In Time, Smoke On The Water, The Mule, Strange Kind Of Woman, Lazy e Space Truckin’ acrescentam adrenalina aos já ótimos registros de estúdio, mantendo o formato básico de cada música e acrescentando a elas com brilhantismo novos solos, novos duelos instrumentais e novas interpretações vibrantes do cantor Ian Gillan. De tirar o fôlego.

Essa sublime Deluxe Edition traz, além da versão remasterizada do álbum original, um segundo CD com os bis de cada show, com direito a três versões de Black Night, duas de Speed King e uma de Lucille, esta última cover do hit do roqueiro Little Richard. Uma ótima ideia, pois essas interpretações são também bastante legais e diferentes entre si, com nuances entre uma e outra versão.

A bela embalagem digipack do álbum é em cartão duro e abre em quatro partes. Além de trazer fotos expressivas, o encarte conta com prefácio de Slash e um belíssimo texto assinado por Malcom Dome repleto de informações das mais interessantes. Uma delas é simplesmente inacreditável: nenhuma das fotos usadas na capa, contracapa e encarte do CD foram tiradas nos shows japoneses!

Sim, é isso mesmo que você leu. As imagens são de shows realizados em Londres na mesma época, e a explicação dada pela produção do disco fica por conta de o público no Japão na época ficar muito distante do palco e sentado, impossibilitando registros que fossem compatíveis com a energia do show. Temos também outra peculiaridade surpreendente.

A foto na contracapa traz, agitando na plateia e na direção de Ritchie Blackmore, um loirinho cabeludo de 14 anos que, tempos depois, iria se tornar também um astro do rock. Trata-se de Phil Collen, guitarrista do Def Leppard, que no texto incluído no encarte afirma que aquele show foi uma das razões que o levaram a querer se tornar um músico de rock.

Indispensável em qualquer discoteca básica roqueira decente, Made in Japan é a prova definitiva de que em determinados estilos do nosso amado rock and roll o que vale mesmo é a capacidade de se entrar em um palco e ir além das expectativas, acrescentando qualidade ao que já era bom na sua origem. Arrepiante e seminal.

Ouça Made in Japan, do Deep Purple, em streaming:

Morre Jon Lord, ex-Deep Purple

Por Fabian Chacur

Morreu nesta segunda-feira (16) aos 71 anos em Londres (na London Clinic), vítima de câncer no pâncreas, o músico Jon Lord, ex-tecladista do Deep Purple.

Considerado um dos melhores e mais criativos tecladistas da história do rock, Lord nasceu em 9 de junho de 1941, e integrou o Deep Purple de 1968 a 2002, quando passou a se dedicar integralmente à carreira solo.

Com forte influência da música erudita e do jazz, Lord é o autor de Concert For Group And Orchestra, que o Purple gravou pela primeira vez em 1969, álbum que por sinal marcou a estreia da chamada Mark 2 da banda, segunda formação considerada a melhor da história do grupo britânico e que incluia, além dele, o vocalista Ian Gillan, o baixista Roger Glover, o guitarrista Ritchie Blackmore e o baterista Ian Paice.

Os teclados de Jon Lord sempre deram um ar progressivo ao hard rock dessa lendária banda inglesa, que se consagrou graças a clássicos do naipe de Smoke On The Water, Child In Time, Burn, Living Wreck, Space Truckin’ e tantos outros.

Seus improvisos eram marcantes nos longos solos que a banda incorporou a algumas de suas músicas, nos quais geralmente duelava com o estilo agressivo de Blackmore. Deep Purple In Rock (1970) é o meu álbum favorito dessa excelente banda inglesa, com direito a clássicos como Child In Time, Living Wreck e Speed King.

Um dos últimos momentos de Jon Lord com a banda que o tornou conhecido mundialmente ocorreu em 1999, quando o Deep Purple gravou ao vivo uma nova versão do Concert For Group And Orchestra. Aliás, estava marcada para setembro uma nova apresentação de Lord interpretando essa obra, com Bruce Dickinson, do Iron Maiden, escalado para os vocais. Infelizmente, não era para ser.

Child In Time, com o Deep Purple, ao vivo nos anos 70:

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