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Diana Ross e Tame Impala em música da trilha dos Minions

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Por Fabian Chacur

A franquia de animação Meu Malvado Favorito ganhará no dia 1º de julho mais um item. Trata-se de Minions: The Rise Of Gru, que conta como o simpático vilão conheceu seus divertidos auxiliares. E a trilha sonora será lançada no mesmo dia. A primeira amostra já está disponível, e é uma das poucas canções inéditas. Trata-se de Turn Up The Sunshine, balançada canção estilo r&b dos anos 1970 interpretada por Diana Ross e Tame Impala, o projeto do australiano Kevin Parker.

Turn Up The Sunshine é assinada por Parker em parceria com o produtor executivo da trilha, Jack Antonoff, integrante das bandas Bleechers e Fun e conhecido por seus trabalhos com Lana Del Rey, Taylor Swift e St. Vincent, e também com os compositores Patrick Berger e Sam Dew. O resultado não poderia ter saído melhor, com um clima pra cima que remete à década de 1970, na qual a trama se desenvolve.

O repertório da trilha traz basicamente releituras de clássicos do pop dos anos 1950, 1960 e 1970 com nomes bacanas como Verdine White (baixista do Earth, Wind & Fire), Gary Clark Jr. e St. Vincent. Quem comparece com o tema instrumental Minions: The Rise Of Score Suite é o brasileiro Heitor Pereira, conhecido por ter integrado o Simply Red e atualmente atuando bastante em trilhas para cinema.

E, como não poderia deixar de ser, as vozes que dublam os Minions estão presentes, em uma releitura descontraída de Cecilia, clássico de Simon & Garfunkel. A trilha sonora sairá no Brasil nas plataformas digitais e também no formato físico (CD).

Eis as faixas da trilha de Minions: The Rise of Gru:

1- Turn Up The Sunshine – Diana Ross ft. Tame Impala
2- Shining Star – Brittany Howard ft. Verdine White (Earth, Wind & Fire, 1975)
3- Funkytown – St. Vincent (Lipps Inc, 1979)
4- Hollywood Swinging – BROCKHAMPTON (Kool & The Gang, 1974)
5- Desafinado – Kali Uchis (Stan Getz & Joao Gilberto, 1959)
6- Bang Bang – Caroline Polachek (Nancy Sinatra, 1966)
7- Fly Like an Eagle – Thundercat (Steve Miller Band, 1976)
8- Goodbye To Love – Phoebe Bridgers (The Carpenters, 1972)
9- Instant Karma! – Bleachers (John Lennon, 1970)
10- You’re No Good – Weyes Blood (Linda Ronstadt, 1975)
11- Vehicle – Gary Clark Jr. (The Ides of March, 1970)
12- Dance to the Music – H.E.R. (Sly and The Family Stone, 1967)
13- Black Magic Woman – Tierra Whack (Santana, 1970)
14- Cool – Verdine White
15- Born To Be Alive – Jackson Wang (Patrick Hernandez, 1979)
16- Cecilia – The Minions (Simon & Garfunkel, 1970)
17- Bang Bang – G.E.M. (Nancy Sinatra, 1966)
18- Kung Fu Suite – RZA
19- Minions: The Rise of Gru Score Suite – Heitor Pereira

Turn Up The Sunshine– Diana Ross + Tame Impala:

Diana Ross divulga um single e irá lançar álbum Thank You em breve

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Por Fabian Chacur

Tem single novo de Diana Ross devidamente disponibilizado nas plataformas digitais. Trata-se de Thank You, deliciosa faixa pop balançada com tempero gospel que será a faixa título do 1º álbum de inéditas da cantora e compositora americana desde I Love You (2006). O lançamento está previsto para setembro pela Decca Records-Universal Music Group. Em press release enviado à imprensa, ela dá uma prévia sobre o teor do trabalho (veja uma espécie de pequeno trailer aqui).

“Esta coleção de canções é meu presente para vocês, com apreço e amor. Sou eternamente grata por ter tido a oportunidade de gravar, neste momento, essa música gloriosa. Dedico este songbook de amor a todos vocês, os ouvintes. Ao ouvir a minha voz, você ouve meu coração. Deixe o amor liderar o caminho”.

Gravado em seu estúdio caseiro, o disco traz 13 canções coescritas e coproduzidas por Diana em parceria com diversos compositores e produtores, como Jack Antonoff, Troy Miller, Triangle Park, Spike Stent, Prince Charlez, Amy Wedge, Neff-U, Freddie Wexler, Jimmy Naples, Tayla Parx, Fred White e Nathanial Ledgewick. Aos 77 anos de idade, a ex-integrantes das Supremes pelo visto voltará com tudo ao cenário pop.

Eis as faixas de Thank You, álbum de Diana Ross:

1. Thank You

2. If the World Just Danced

3. All Is Well

4. In Your Heart

5. Just In Case

6. The Answers Always Love

7. Let’s Do It

8. I Still Believe

9. Count On Me

10. Tomorrow

11. Beautiful Love

12. Time To Call

13. Come Together

Ouça a faixa Thank You, de Diana Ross:

Mary Wilson, 76 anos, uma das fundadoras da The Supremes

mary wilson supremes

Por Fabian Chacur

Há alguns dias, Mary Wilson postou um vídeo no youtube (veja aqui) no qual, de forma jovial e entusiasmada, revelava que a gravadora Universal Music irá em breve relançar seu primeiro álbum solo, autointitulado e de 1979, com direito a quatro faixas-bônus inéditas produzidas em 1980 por Gus Dudgeon, conhecido por seu trabalho com Elton John. Imaginem o susto ao sabermos que, na última segunda (8), a cantora, integrante da formação original do seminal grupo The Supremes, nos deixou, aos 76 anos, de causas não reveladas.

Nascida em 6 de março de 1944, Mary Wilson se uniu à amiga Florence Ballard (1943-1976) no finalzinho dos anos 1950 com o intuito de montar, em Detroit, um grupo vocal. Essa formação ainda incluía Barbara Martin e Betty Travis, mas esta última saiu rapidinho de cena. Aí, o cantor Eddie Kendricks, que integrava um grupo vocal chamado The Primes, sugeriu como substituta uma amiga de nome Diane Ross, fã incondicional do cantor Frankie Lymon.

No início, o quarteto topou fazer backing vocals em shows dos amigos do The Primes, e, por isso, inicialmente, usaram o nome Primettes. Em 1960, quando os Primes foram contratados pela Motown Records, e rebatizados de The Temptations, Mary e sua turma pediram uma chance ao dono da gravadora, o hoje lendário Berry Gordy. Ele as aconselhou a terminarem o colégio, ensaiarem mais um pouco e depois voltarem para novos testes.

Persistentes, as meninas conseguiram uma chance no pequeno selo Lupine Records, gravando backing vocals para artistas como Eddie Floyd e Wilson Pickett, que também davam seus primeiros passos. Naquele mesmo 1960, gravaram dois singles para esta gravadora, ambos com Mary como vocalista principal, sem grande repercussão. Aí, voltaram a frequentar a Motown, até finalmente serem contratadas, o que ocorreu no dia 15 de janeiro de 1961, rebatizadas como The Supremes, sugestão de Florence.

As adolescentes (três com 16 anos e Florence com 17) vibraram com a oportunidade, e seu primeiro single para a gravadora de Detroit, I Want a Guy, saiu no final de 1961. Era apenas o início de uma longa trajetória até o sucesso, com direito ao lançamento de vários singles que passaram batidos e a tentativa de descobrir um som e um formato corretos para aquele grupo. Barbara resolveu sair fora logo após o lançamento do single.

Agora definidas como um trio, as meninas passaram a ter Diana como vocalista principal, seguindo a orientação de Gordy. Florence não curtiu muito a ideia, mas a aceitou, enquanto Mary não ficou tão afetada, por achar que se incumbir dos backing vocals era tão importante para o grupo como a voz principal.

A coisa só foi engrenar quando Gordy resolveu dar ao trio de compositores e produtores Lamont Dozier e os irmãos Brian e Eddie Holland a incumbência de trabalhar para as meninas. Em janeiro de 1964, o single assinado e produzido pelo trio, When The Lovelight Starts Shining Through His Eyes, atingiu o 23º lugar na parada pop americana. E muita coisa boa viria logo a seguir.

Quando compuseram a música Where Did Our Love Go, Eddie achou que Mary seria mais adequada para assumir o vocal principal, enquanto Brian e Lamont preferiam Diana. Com uma mudança de tom, o trio concordou de forma unânime em dar a Diana a missão. Bingo! Esta canção, em julho de 1964, tornou-se a 1ª do grupo a atingir o primeiro posto na parada americana. Até 1970, outras 11 conseguiriam tal façanha.

Enquanto Mary se sentia aparentemente confortável com Diana aos poucos ganhando cada vez mais os holofotes, Florence foi se tornando muito insatisfeita, até que, em julho de 1967, ela acabou sendo substituída por Cindy Birdsong. O nome do grupo também havia mudado, para Diana Ross & The Supremes, o que indicava o que estava por vir em um futuro não muito distante.

Em 1970, Diana sai do grupo rumo a uma carreira-solo de muito sucesso. Mary, então, torna-se a única remanescente da formação original, agora ao lado de Cyndi e da novata Jean Terrel, que se incumbiu dos vocais principais em hits como Stoned Love, Nathan Jones e Floy Joy, entre outros.

O grupo se manteria ativo, com mudanças na formação, até 1977, quando saiu de cena. Nesse meio tempo, lançou um álbum produzido e com canções do grande Jimmy Webb em 1972, e teve single produzido por Stevie Wonder. O último hit foi I’m Gonna Let My Heart Do The Walking, que chegou ao nº 40 nos EUA.

Com o fim das Supremes, Mary lançou seu primeiro álbum solo, intitulado Mary Wilson, em 1979. Centrado em disco music, emplacou um hit modesto, a ótima Red Hot, mas não vendeu bem. Em 1980, ela já havia gravado quatro faixas com Gus Dudgeon para o que seria o seu segundo álbum-solo pela Motown Records, mas a gravadora preferiu abortar o projeto e encerrar o contrato com a cantora.

Os 25 anos da Motown Records foram celebrados com um show intitulado Motown 25: Yesterday, Today And Tomorrow, e uma de suas principais atrações era a participação das Supremes com Diana Ross, Mary Wilson e Cindy Birdsong (Florence Ballard morreu em 1976, após anos tristes e decadentes). Nas gravações, os desentendimentos entre Diana e Mary se mostraram evidentes, embora a versão exibida na TV tenha retirado os momentos mais picantes.

Em 1986, Mary lançou Dreamgirl: My Life as a Supreme, sua primeira autobiografia, escrita em parceria com Patricia Romanovsky e focada na história do seu ex-grupo nos anos 1960. A parceria voltaria em um segundo livro, Supreme Faith: Someday We’ll Be Together (1990), desta vez dedicado ao período pós-Diana Ross do grupo e à sua carreira solo.

Em 1992, a cantora lançou o seu segundo álbum solo, Walk The Line, no qual releu um hit das Supremes, You Keep Me Hangin’ On, e uma composição da hitmaker Dianne Warren, Under Any Moon, além de I Am Changing, do musical Dreamgirls (1981), supostamente baseado na carreira das Supremes. Ela também participou de discos de artistas como Neil Sedaka, The Four Tops, Paul Jabara e do grupo australiano Human Nature.

Os fãs do grupo que marcou a história da música pop com hits como Baby Love, Stop! In The Name Of Love, You Keep Me Hangin’ On e tantos outros ficaram animados em 1999, quando os boatos de uma possível turnê de reunião das Supremes voltou à tona. No entanto, as complicadas negociações e os velhos ressentimentos não permitiram que esse sonho de seus admiradores se realizasse. Pelo menos, não como deveria.

Diana Ross se juntou a duas outras ex-integrantes do grupo, curiosamente da fase anos 1970 em que ela própria não estava mais por lá, Scherrie Payne e Linda Laurence, para a realização de uma turnê intitulada Return To Love. A série de shows, que teve um início promissor com show sold out no Madison Square Garden, acabou sendo interrompida na sua metade, devido à procura de ingressos ter sido muito inferior ao esperado. Triste.

Outro lançamento bacana de Mary Wilson longe das Supremes saiu em 2006 nos formatos CD e DVD. Trata-se de Up Close: Live From San Francisco, show gravado ao vivo em dezembro de 2005 no Blush Room em San Francisco no qual ela releu desde standards da música americana até hits mais recentes de autores como Eric Clapton, Sting e Joni Mitchell. Curiosidade: temos aqui um pot-porry com I Remember You, The Girl From Ipanema e Mas Que Nada.

Uma das canções desse CD-DVD certamente foi escolhida a dedo. Trata-se de Tears In Heaven, feita por Eric Clapton em tributo ao seu filho Connor, morto de forma trágica aos 5 anos de idade. Mary perdeu seu filho de 14 anos em um acidente de carro em janeiro de 1994.

Mary permaneceu uma figura relativamente constante na mídia, sendo entrevistada em programas de TV e rádio. Em 2015, um single inédito dela, Time To Move On, atingiu o 17º lugar na parada dance da Billboard, 36 anos após Red Hot ter atingido essa parada, sendo esse um recorde de distância entre uma classificação e outra de singles de uma mesma artista nesse chart.

Em 2019, participou do popular reality show norte-americano Dancing With The Stars, além de lançar uma nova biografia, Supreme Glamour: New York, Thames & Hudson, escrito em parceria com Mark Bego. Vale lembrar que em 1999 ela publicou uma versão condensando as duas primeiras bios em um único volume.

Red Hot– Mary Wilson:

Diana Ross lança novo álbum de remixes Supertonic Mixes dia 29

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Por Fabian Chacur

Com mais de cinco décadas de carreira, Diana Ross ainda mostra fôlego para invadir as paradas de sucesso. Em 2017, o remix de seu clássico hit Ain’t No Mountain High Enough (ouça aqui) atingia o topo da parada Dance Club Songs da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial. Era o início de uma série de quatro hits número 1 nas mesmas listas- os outros são I’m Coming Out/Upside Down (ouça aqui), The Boss (ouça aqui) e Love Hangover (ouça aqui). E não é só isso.

Além de disponibilizar uma quinta faixa com as mesmas características, It’s My House (será que também chegará ao topo?), a ex-cantora das Supremes e uma das maiores divas da história da música promete para o dia 29 deste mês um álbum com estas e outras pérolas de seu longo currículo de sucessos em versões repaginadas. Trata-se de SUPERTONIC Mixes, que aqui só chegará às plataformas digitais, mas que no exterior terá versões em CD e LP.

Com produção da própria Diana, o trabalho teve como autor dos remixes o badalado produtor, músico, compositor e remixador americano Eric Kupper, que desde meados dos anos 1980 se firmou como um dos mais bem-sucedidos nessa área, tendo feito trabalhos para artistas como Whitney Houston, Janet Jackson, Sheryl Crow, Lenny Kravitz, New Order, Depeche Mode, Donna Summer, Myley Cyrus e inúmeros outros do mesmo alto calibre.

Lógico que as versões originais desses grandes sucessos continuam sendo as melhores, mas essas releituras equivalem a uma nova visão de grandes canções, e não as invalidam, além de preservarem a essência de cada uma delas, o que não é pouco. Nada mal para uma artista tão celebrada e que em 2019 recebeu uma homenagem na cerimônia do Grammy, o Oscar da música, em função de tudo o que conquistou nesses anos todos.

It’s My House (remix)- Diana Ross:

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