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Broken Jazz Society lança um EP totalmente endiabrado

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Por Fabian Chacur

O rock brasileiro plantou boas sementes em Uberaba, importante cidade mineira. Lá se encontra a banda Broken Jazz Society, que estreou em disco em 2014 com o álbum Tales From Purple Land. Agora, eles voltam à cena com o EP Gas Station, que traz três faixas que merecem ser consideradas totalmente endiabradas. É uma amostra do mais puro rock and roll, com direito a muita energia, requinte e assinatura própria e personalizada.

Integram a Broken Jazz Society Mateus Graffunder (guitarra e vocal), João Fernandes (baixo) e Felipe Araújo (bateria). Partem de um conceito de power trio que não se prende a virtuosismos ou guerra de egos, apostando em peso, alternância de climas, respeito às canções que grava e pura concisão, mostrando criatividade, energia e diversidade em canções durando entre três e quatro minutos.

A banda se situa na área do stoner rock, estilo que tem em grupos como Kyuss e Queens Of The Stone Age seus seguidores mais famosos e no qual ocorre uma mistura de heavy metal a la Black Sabbath, punk rock e até eventuais viagens sonoras a la Pink Floyd. Oasis, Soundgarden e Alice In Chains são outras possíveis influências no som da BJS.

Na verdade, esse rótulo (stoner rock) é apenas uma referência, pois a BJS apresenta mais elementos bacanas no seu trabalho. Melhor não ficar perdendo tempo em tentativas de rotulação, e ir direto à audição.

Gas Station, a faixa título, alterna climas, indo do hard rock pesadão ao punk acelerado em questão de segundos, mas de forma bem concatenada. Riot Spring, regravação de uma música incluída no álbum de estreia, esbanja timbres ardidos de forma contundente. O EP é encerrado com Mean Machine, espécie de balada rock com pitadas de Pink Floyd e Oasis que traz um solo de guitarra vibrante. No total, as três músicas somam em torno de 12 minutos.

São 12 minutos que deixam o ouvinte com coceira nos ouvidos, querendo ouvir mais. E essa é uma característica que todo o EP deveria ter. Gas Station tem tudo para gerar esse efeito em quem resolver dar uma chance a ele. A banda define esse trabalho como o fim de um ciclo. Dessa forma, criaram grande expectativa positiva para o segundo álbum, previsto para sair em um futuro não tão distante. Stoner rock? Melhor definir como Broken Jazz Society Rock!

Gas Station (clipe)- Broken Jazz Society:

Banda Maestrick mostra suas influências em disco de covers

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Por Fabian Chacur

A banda paulista Maestrick está atualmente em meio às gravações de seu segundo álbum, previsto para ser lançado no segundo semestre de 2016. Enquanto isso não se concretiza, o quarteto oferecerá aos fãs um aperitivo dos mais bacanas. Trata-se do EP The Trick Side Of Some Songs, trazendo covers de músicas de artistas que influenciaram o grupo. O trabalho estará disponível a partir de janeiro em CD em edição limitada e também em versão digital gratuita.

O repertório do EP inclui While My Guitar Gently Weeps (Beatles), Aqualung (Jethro Tull), Rainbow Eyes (Rainbow) e dois pot-pourrys, um com músicas do Yes intitulado Yes! It’s a Medley e outro do Queen com o nome The Ogre Fellers Master March. Rainbow Eyes já é conhecida do público, pois o Maestrick a gravou recentemente para homenagear o lendário cantor Ronnie James Dio, que nos deixou há cinco anos.

Ainda sem título definido, o novo álbum do grupo formado por Fabio Caldeira (vocal e piano), Paulo Pacheco (guitarra), Renato Montanha Somera (baixo e vocal) e Heitor Matos (bateria e percussão) será um álbum duplo conceitual, com 24 músicas no total, sendo 12 músicas por CD divididas em três movimentos com 4 cada. Será o sucessor de Unpuzzle (2011), a estreia do time de São José do Rio Preto (SP).

Rainbow Eyes– Maestrick:

Du Masset nos dá preparação, talento e boas canções em EP

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Por Fabian Chacur

Os reality shows musicais em suas versões brasileiras às vezes parecem uma espécie de “porta da esperança assistencial”, premiando frequentemente mais pelas histórias de sofrimento de seus participantes do que propriamente por talentos lapidados e levados a sério. Como qualquer outra profissão, um músico precisa se preparar para merecer o sucesso. É assim que deveria ser.

Por isso, é muito bacana quando temos a oportunidade de conhecer um trabalho como este Moral, primeiro EP (extended play, espécie de single com mais faixas do que um compacto e menos do que um CD “cheio”) do cantor e compositor carioca Du Masset. Logo nos primeiros acordes do repertório de sete faixas, fica claro que não estamos diante de um iniciante qualquer.

Antes de se aventurar como artista solo, Du teve mais de nove anos de atuação no teatro e em preparação vocal. Seus estudos na área de teatro tiveram início logo aos 12 anos de idade, e as aulas de canto pintaram como consequência natural. Trabalhou como professor de canto, atuou em teatro e se dedicou com afinco aos estudos da voz. Enquanto isso, compunha sem pressa e com capricho e detalhismo.

Moral, portanto, é fruto de anos de dedicação, e seu repertório saiu de um universo de mais de 50 canções escritas por Du. Com direção musical e arranjos a cargo de Diogo Gomes, a roupagem musical é rica, com direito a metais, teclados, guitarras, baixos e violões pilotados por músicos talentosos e que jogaram para o time o tempo todo.

Lógico que nada disso adiantaria se não tivéssemos aqui dois elementos fundamentais: boas canções e um intérprete competente. E Du nos oferece essas duas coisas com categoria. Ele sabe aproveitar com categoria os nuances e meandros de sua voz, interpretando cada canção sem exageros e sempre buscando tirar delas o máximo possível.

O repertório fala de amor, relações humanas e das dúvidas que nos afligem o tempo todo, ou seja, não será difícil você se identificar com as letras. Em termos musicais, uma mistura de pop-rock, soul, rhythm and blues moderno e pitadas de MPB bem dosada, na qual Du se solta sem pudores ou autolimitações, mas sempre com o bom-senso de não jogar notas fora ou de cair em estrelismos banais.

A pegada jazz/soul/pop de Descabelar, a vocação pop de Só Você (Nã Nã Nã Nã) e o swing romântico de Desapego são muito bacanas, mas a estrela máxima do EP é a sensacional Pra Alguns (Você é Quem Você É), profissão de fé na individualidade de cada ser humano, independente do que os outros possam pensar, exigir ou impor aos “pobres mortais”.

Moral é um belo início de carreira como artista solo de Du Masset, e a prova de que vale a pena se preparar antes de dar um pontapé inicial tão importante. Se o sucesso bater à porta desse artista multifacetado, ninguém poderá se atrever a dizer que isso ocorreu por acaso. Muito promissor e já com fruto doces a serem apreciados.

Pra Alguns (Você é quem você é)– Du Masset:

Baixe grátis EP de Natália Matos

Por Fabian Chacur

Está disponível para dowload legalizado e gratuito a partir desta terça-feira (1º) um EP com quatro faixas de Natália Matos. As músicas fazem parte do álbum de estreia da cantora e compositora paraense que chegará ao mercado fonográfico em maio. Esse trabalho tem o apoio do Programa Natura Musical, graças a edital de 2012 dedicado à cena musical paraense do qual Natália participou e foi devidamente selecionada entre os vencedores. Faça o download aqui.

Coração Sangrando, uma das músicas integrantes do EP, conta com a participação especial de Zeca Baleiro. Beber Você, Você Não Me Ama, Mas e Cio completam o trabalho. O álbum que sairá em maio traz um total de 11 faixas, assinadas pela própria intérprete e também por nomes conhecidos como Arnaldo Antunes, Rômulo Fróes, Kiko Dinucci, Felipe Cordeiro e Dona Onete, entre outros.

Natália Matos começou a ficar conhecida na cena musical ao participar de rodas de samba e choro em São Paulo, nas quais investia em músicas de Adoniran Barbosa e do repertório de Aracy de Almeida. Seus primeiros shows solos ocorreram em Belém em 2011. Seu trabalho busca misturar elementos de vários estilos da MPB e da música pop, além dos sons regionais oriundos do Pará, sem medo de flertar com o brega.

Ouça Você Me Ama, Mas, com Natália Matos:

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