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Por Fabian Chacur

Jehane Saade define como marco inicial de sua carreira musical a criação de sua primeira composição, Je Ne Veux Plus, em 2009. O fato de a letra ser em francês diz muito sobre o direcionamento da carreira desta descendente de libaneses. Ela inicia uma nova fase na sua trajetória com o lançamento do single Fuego, com letra mesclando castelhano e português e divulgada por um caprichado lyric vídeo gravado no Líbano.

Com levada dançante com forte tempero do reggaeton, Fuego equivale a uma amostra do que a cantora carioca quer fazer neste momento da carreira. “Pretendo ir lançando novas faixas aos poucos, fazendo músicas dentro dos padrões aceitáveis do pop atual, ampliando os meus horizontes, para entrar nas principais vitrines”, define.

Versátil, Jehane é cantora, compositora, dançarina, atriz e jornalista. Seu contato com a música foi bem precoce, pois sua mãe canta e o pai dava aulas de canto lírico, além de ser ator. “Ouvi muita ópera quando criança, e também Chico Buarque, George Moustaki e a música libanesa, que é muito profunda, com muitas modulações; minha veia artística sempre teve muito apoio da minha mãe”.

Além da música, ela sempre teve envolvimento com grupos teatrais, o que a ajudou a desenvolver sua expressão corporal. Em 2012, gravou em Los Angeles (EUA) um EP com o produtor e músico Erich Bulling, conhecido por seu trabalho com artistas do porte de Rita Lee, Fafá de Belém e Fábio Jr, entre outros. “Foi uma grande oportunidade que eu deveria ter aproveitado melhor, mas optei por voltar ao Brasil por razões familiares”, relembra.

Em 2016, ela lançou seu primeiro álbum, Exótica, disponível nas plataformas digitais e trazendo 11 faixas autorais com sonoridade eletrônica, dançante e hipnótica, entre as quais Pé na Estrada, Fora do Lugar, a pioneira Je Ne Veux Plus, Meia Noite em Paris e Caminho de Buda. “É um projeto autoral em todos os aspectos, totalmente genuíno”.

Jehane tem uma orientação de vida bastante voltada para o seu eu interior. “Nos tempos modernos, a arte começou a ser consumida de uma forma descartável e efêmera, e eu busco uma visão mais artística, com uma linguagem mais plástica, com tudo bem harmonizado, indo profundamente rumo ao meu interior; busco o eterno”.

Além de lançar novas músicas, a artista carioca também pretende estruturar um show no qual possa desenvolver de forma completa a sua concepção artística, na qual mescla elementos de música, teatro e dança. “Sempre imagino linguagens visuais para as músicas que faço, brincar com as linguagens, misturar teatro com música, mas de forma espontânea, traduzindo o que penso de forma aberta, deixar fluir”.

Fuego (clipe)- Jehane Saade: