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Livro com fotos dos Mutantes será lançado com show em SP

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Por Fabian Chacur

Entre 1970 e 1973, Leila Lisboa fez de forma despretensiosa fotos do grupo Os Mutantes. Os registros, hoje históricos pelas proporções que essa banda ganhou no cenário musical mundial, enfim chegam ao público. Cento e trinta deles, para ser mais preciso, integram o livro A Hora e a Vez, que será lançado nesta terça-feira (27) às 19h50 no Delirium Café (rua Ferreira de Araújo, 589- Pinheiros-SP- fone 0xx11-2495-2225), com direito a show da banda Top Top interpretando hits da banda de Rita Lee e dos irmãos Baptista.

Nos anos em que clicou os Mutantes, Leila era casada com o baixista Liminha, que depois se tornaria um dos produtores mais importantes da história da música brasileira. Vários dos fotogramas tem como cenário a casa na Serra da Cantareira, onde o grupo morava, e também temos flagrantes em ensaios e shows. Algumas das fotos contam com notas da fotógrafa relembrando de fatos daqueles anos agitados.

O livro, lançado pela editora Realejo Livros, conta com 208 páginas e custa em média R$ 129,00. Sua concretização ocorreu graças a campanha realizada na plataforma de financiamento coletivo Kickante (procedimento também conhecido como crowdfuding), que arrecadou em torno de R$ 70 mil com fãs e admiradores. O lançamento tem entrada gratuita, sendo que a pessoa só paga aquilo que consumir.

Ouça o álbum Jardim Elétrico, dos Mutantes, em streaming:

Ouça Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets- Os Mutantes:

Exposição traz fotos de Mario Luiz Thompson

Por Fabian Chacur

Mario Luiz Thompson é um dos nomes mais lembrados pelos especialistas quando o assunto é fotografia de grandes nomes da música. Com 68 anos de idade, mais de 40 deles dedicados aos registros fotográficos, ele possui em seu acervo cliques históricos. Alguns deles podem ser vistos na exposição Jazz & Blues, que fica até o dia 9 de setembro no Central das Artes, em São Paulo.

Nascido em São Paulo em 28 de abril de 1945, Thompson começou a ficar conhecido no meio musical a partir dos anos 70, quando suas fotos começaram a aparecer em reportagens, exposições e até mesmo capas e contracapas de discos clássicos, entre os quais Vivo! (Alceu Valença), A Tábua de Esmeraldas (Jorge Ben) e Doma (Almir Sater), só para citar alguns bem bacanas.

Definido por Gilberto Gil como “amante e devoto da deusa música”, Mario Luiz apresenta nesta seleção de fotos extraídas de seu riquíssimo acervo instantâneos de grandes astros do jazz e do blues internacional em passagens desses mestres pelo Brasil. Entre outros, temos aqui flagrantes de Chet Baker, Miles Davis, B.B. King, Dizzie Gillespie, Etta James, Ray Charles e outras feras desse imenso gabarito.

O restaurante Central das Artes- Comida, Diversão e Arte, fica na rua Apinajés, 1.081- Sumaré, fone (0xx11) 3670-4040 (www.centraldasartes.com.br), e abre das 12h à meia-noite, sendo que a entrada para ver a exposição é gratuita. O belíssimo acervo independente de Mario Luiz Thompson pode ser apreciado online no site do fotógrafo, http://www.mario-luiz-thompson.com/.

Bob Gruen, Suplicy, Gabriel e o Beijoqueiro

Por Fabian Chacur

Em 1988, presenciei um dos maiores micos já ocorridos em um show internacional no Brasil. O fato ocorreu durante o megashow Human Rights Now!, ocorrido no estádio Palestra Itália, em SP, e incluindo astros do porte de Bruce Springsteen, Sting, Tracy Chapman, Milton Nascimento e Peter Gabriel. E foi no show deste último que rolou a encrenca.

A performance do ex-vocalista do Genesis estava simplesmente empolgante. Durante a música Biko, o público havia entrado em êxtase. No meio da música, uma figura folclórica conhecida pelo apelido Beijoqueiro, pelo fato de se meter a beijar todo e qualquer famoso sempre em momentos inadequados naqueles agitados anos 80, tentou invadir o palco, sendo impedido pelos seguranças.

Gabriel, que não sabia com quem estava se metendo, ordenou que deixassem o cidadão entrar no palco, e isso ocorreu. Em poucos momentos, o cidadão literalmente urinou no chope do público presente, falando um monte de besteiras no microfone e pedindo votos para Leonel Brisola na eleição presidencial que ocorreria no ano seguinte. Resultado: vaias da plateia e o mala sendo enfim retirado de onde nunca deveria ter ido.

No dia 6 de abril de 2012, ou seja, na última sexta-feira, tive a oportunidade de presenciar, guardadas as devidas proporções, um fato semelhante com outro famoso internacional. Desta vez, a batata assou no colo do lendário Bob Gruen, um dos mais importantes e famosos fotógrafos do mundo no cenário de registrar astros do rock.

Na ativa desde 1965, o novaiorquino fez fotos históricas de nomes do porte de John Lennon, Led Zeppelin, The Clash, The Rolling Stones e inúmeros outros. Ele veio a São Paulo para participar do evento Let’s Rock, realizado na Oca (situado no Parque do Ibirapuera) e que inclui uma exposição de seu trabalho.

Na sexta-feira citada, Gruen realizou uma palestra na qual contou aos sortudos presentes detalhes sobre sua brilhante trajetória. Simpático, acessível e extremamente humilde, ele conquistou a todos em questão de minutos. Não deu para sentir as aproximadamente duas horas de papo, slides e uma viagem pelos anos de ouro do rock and roll.

Aí, chegou o “momento biko/miko”. Aparecendo do nada, quase que ao final da exposição, surge como um zumbi gigante o senador Eduardo Suplicy, político respeitável que, no entanto, parece ser especialista em pagar micos e não ter o mínimo senso de oportunidade, um típico “sem noção”.

Não satisfeito em interromper de forma grosseira o evento, o político do PT fez com que Gruen, no fim do papo, cantasse com ele, a capella (só voz) Blowin’ In The Wind, de Bob Dylan. Gruen, que Supla Pai afirmou ser amigo de seus filhos Supla e João Suplicy (os hilários Brothers Of Brazil), pagou o mico, e nós, da plateia, também. E o Suplão cantou a letra da música na íntegra. Já deve estar virando sucesso viral no Youtube.

Veja Bob Gruen e Supla Pai cantando Blowin’ In The Wind:

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