Por Fabian Chacur
Poucos grupos fizeram tanto sucesso em tantos períodos diferentes como os Bee Gees, sempre superando dificuldades com classe e muito trabalho.
Em seus mais de 40 anos de trajetória, os irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb se mostraram fortes, talentosos e sempre capazes de nos proporcionar novas e maravilhosas canções.
Já foram lançados vários documentários sobre a carreira dos Brothers Gibb, algumas muito bons. Recomendo praticamente todos.
Se, no entanto, você quiser que eu indique um único, acaba de chegar às lojas brasileiras, via ST2, o que eu considero o melhor e mais equilibrado de todos.
Trata-se de In Our Own Time, produzida em 2010 e com generosos (e ricos) 116 minutos de duração.
O filme conta a história completa do trio, desde seus primórdios nos anos 50 até o recente reencontro entre Barry e Robin, que pelas conversas que vemos durante a parte final da atração podem ainda trabalhar juntos novamente.
O projeto, após a precoce morte de Maurice em 2003, era de não mais retomar a banda, mas tudo leva a crer que é possível um reencontro, tal a afetividade que os dois irmãos restantes mostram em seus depoimentos.
Eles até ensaiam juntos, com cenas bem bacanas apresentadas durante o filme.
Além das entrevistas atuais e inéditas de Barry e Robin, muito material valioso de arquivo foi aproveitado, apresentando o grupo em suas diversas fases.
Os anos iniciais, muito próximos do trabalho dos Beatles, a transição para a soul music, os anos vinculados à disco music, está tudo lá.
Inclusive as parcerias com outros artistas (como Barbra Streisand, Celine Dion, Dionne Warwick etc), o também morto de forma precoce Andy (irmão mais novo que lançou ótimos álbuns produzidos por eles) e os retornos triunfais.
Uma pena que Maurice tenha morrido menos de dois anos após o lançamento do excelente This Is Where I Came In (2001), um dos melhores discos dessa carreira tão marcante.
In Our Own Time é um mergulho gostoso, afetivo e bem concatenado em uma viagem musical feita pelos três irmãos que nos proporcionou maravilhas como Lonely Days,To Love Somebody, How Can You Mend a Broken Heart, Nights On Broadway, Night Fever, Love So Right e tantas, tantas outras obras primas. Que banda!
Vejam This Is Where I Came In ao vivo:
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