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Morre Tony Barrow, assessor de imprensa dos Beatles etc

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Por Fabian Chacur

Quando a expressão Fab Four é citada, não há quem não se lembre do grupo habitualmente associado a ela, os Beatles. O que muita gente não sabe é que a tal frase foi criada por Tony Barrow, lá pelos idos de 1963. O assessor de imprensa da banda mais bem-sucedida da história da música nos deixou no último dia 14 (sábado), poucos dias depois de completar 80 anos. Sua importância na incrível história de John, Paul, George e Ringo não é pequena. Não mesmo.

Tony Barrow nasceu no dia 11 de maio de 1936, e começou sua carreira ainda adolescente, escrevendo sobre música no jornal Liverpool Echo. Paralelamente, passou a trabalhar na gravadora Decca, e foi ele quem ajudou o amigo Brian Epstein a conseguir para a banda da qual este era empresário um teste. Os Beatles acabaram reprovados, mas a amizade se firmou, e quando o grupo foi contratado pela EMI, Epstein convidou Barrow para trabalhar com ele na Nems Enterprises.

Na empresa, Tony se tornou o assessor (ou agente) de imprensa não só dos Beatles, mas também de outros artistas contratados por Epstein, como Cilla Black e Gerry & The Pacemakers. Entre suas funções estava organizar entrevistas coletivas, escrever press releases e textos de contracapas de LPs e acompanhar os artistas durante suas turnês. Ou seja, era trabalho duro, que ele fazia com muita qualidade e categoria.

Na foto que ilustra esta matéria, Barrow pode ser visto escolhendo e autorizando um jornalista a fazer uma pergunta aos Beatles durante uma coletiva. Vale lembrar que Paul McCartney seguiu esse modelo em suas entrevistas coletivas, pois participei de duas, em 1990 e 1993, e os profissionais eram escolhidos da mesma forma por seu agente da ocasião. Na de 1993, fui o último a ser autorizado a fazer uma pergunta ao Macca. Que emoção quase indescritível!

Barrow ficou com os Beatles até o final de 1967, sendo que um de seus últimos trabalhos para a banda foi editar o livreto que acompanhava o álbum (ou os compactos duplos) da trilha sonora do filme Magical Mystery Tour. Como Brian Epstein havia morrido há pouco e o grupo resolveu montar seu próprio selo, a Apple, o assessor de imprensa decidiu montar o escritório Tony Barrow International.

Aí é que entra o etc do título deste post. Barrow trabalhou com diversos outros artistas importantes, entre eles The Kinks, Bay City Rollers, Gladys Knight, David Cassidy, Jackson Five, Neil Sedaka e ironicamente os Monkees, grupo feito à feição dos Beatles para a TV americana. Em 1980, desanimado com a explosão do punk, resolveu abandonar o ramo de assessoria e voltou ao jornalismo, inicialmente como free lancer.

Em seguida, também passou a se dedicar aos livros, sendo um deles o influente Inside The Music Business, escrito em parceria com Julian Newey. Outros dois interessam e muito aos beatlemaníacos: The Making Of The Beatles Magical Mystery Tour (1999) e o livro de memórias John, Paul, George, Ringo & Me (2006). Paul McCartney tuitou sobre o antigo funcionário e amigo pessoal:

“Tony Barrow foi um cara adorável que nos ajudou no início dos Beatles. Ele era super profissional, mas sempre pronto para uma risada. Fará falta e será lembrado por muitos de nós”. Todo interessado na função de assessor de imprensa deveria estudar o trabalho deste grande pioneiro na área, um verdadeiro Fab One em seu ofício.

Day Tripper (live Candlestick Park 1966)- The Beatles:

The Beatles Live Candlestick Park 29,8,1966:

George Martin, esse produtor genial, nos deixa aos 90 anos

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Por Fabian Chacur

Pode um sim mudar não só a vida dos envolvidos em um determinado acontecimento, como também a história da música? Pois essa palavra mágica foi proferida em 1962 por um certo George Martin, contratando dessa forma os então desconhecidos e rejeitados Beatles para o pequeno selo Parlophone. O que aconteceu a partir dali, todos sabemos. Infelizmente, esse gênio nos deixou, por causas ainda não reveladas, aos 90 anos. O produtor por excelência.

Nascido na Inglaterra em 3 de janeiro de 1926, George Martin serviu a Marinha de seu pais e logo a seguir entrou na Guildhall School Of Music And Drama, na qual aprendeu composição, orquestração e a tocar o oboé. Ele começou a atuar no meio musical no Parlophone, pequeno selo ligado à gigante EMI, e depois de alguns anos se tornou o diretor de A&R de lá em 1955. Os discos de comédia que produziu para Peter Sellers e Peter Ustinov se tornaram famosos, e um de seus fãs era John Lennon.

Os Beatles e seu empresário Brian Epstein levaram sua fita demo para a Parlophone em total desespero, pois até ali já haviam sido rejeitados por literalmente todas as gravadoras atuantes na Inglaterra, incluindo a matriz do selo dirigido por Martin. A principal rejeição havia sido da Decca, e foi com as gravações que eles fizeram nos estúdios dessa gravadora que o grupo tentou seduzir Martin.

O produtor ouviu e não curtiu muito, mas teve sensibilidade suficiente para perceber que havia algo importante ali, só que ainda mal trabalhado. Em junho de 1962, ele resolveu contratar a banda, embora não botasse muita fé em seu baterista, Pete Best. A troca por Ringo Starr acabou ocorrendo durante as gravações do primeiro compacto da banda, Love Me Do. Surgia uma parceria histórica.

A colaboração entre George Martin e os Beatles se tornou perfeita pelo fato de o produtor ter uma formação musical sólida, que se tornou decisiva conforme os Fab Four foram ampliando os seus horizontes musicais. Além disso, tinha uma paciência interminável para encarar os egos daqueles jovens talentosos, como demonstrou ao sugerir a inclusão de um quarteto de cordas na gravação da música Yesterday, algo que Paul McCartney não admitia inicialmente.

Difícil imaginar álbuns elaborados como Rubber Soul, Revolver, Sgt. Peppers, The Beatles (o álbum branco) e Abbey Road sem a batuta de George Martin. Ele foi um dos responsáveis pela solidificação da aproximação do rock com a música erudita, e pela perfeita simbiose entre esses segmentos tão distintos do cenário musical.

A partir de 1965, Martin deixou a EMI e se tornou um dos primeiros produtores independentes na Inglaterra, além de criar seu próprio estúdio, o Air, que entre 1979 e 1989 teve uma filial na paradisíaca Montserrat, no Caribe, onde The Police, The Rolling Stones e Stevie Wonder gravaram. Pena que uma catástrofe tropical (o funesto furacão Hugo) acabou arrasando com aquele estúdio dos sonhos, anos depois.

Com o fim dos Beatles, George Martin continuou firme e forte sua trajetória. Trabalhou com Paul McCartney, o beatle mais apegado a ele, em Live And Let Die (canção tema de filme da franquia James Bond) e nos álbuns Tug Of War (1982), Pipes Of Peace (1983), a trilha do filme Give My Regards To Broad Street (1984) e Flaming Pie (1997).

Se tivesse trabalhado “apenas” com os Beatles, George Martin já mereceria canonização. Mas ele também produziu discos e faixas de outros grandes nomes da música, entre os quais America, Cheap Trick, Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck, Kenny Rogers, Ella Fitzgerald e Neil Sedaka. Ele compôs música incidental para vários filmes, sendo a melhor a de Yellow Submarine (1968), com a sublime Pepperland.

George Martin gravou alguns discos, como Off The Beatles Track (1964), que traz versões instrumentais dos sucessos dos Fab Four. Em 1997, ele produziu a nova versão de Candle In The Wind, gravada por Elton John em homenagem a Princesa Diana. Em 1998, como forma de marcar a sua despedida da música, devido a problemas de audição que começavam a afligi-lo, ele resolveu lançar um CD de despedida.

Intitulado In My Life, o álbum trouxe onze composições dos Beatles e uma dele (Pepperland Suite) regravadas por astros da música como Phil Collins, Celine Dion, Bobby McFerrin e Jeff Beck, e atores como Goldie Hawn, Sean Connery, Robin Williams e Jim Carrey. O resultado ficou muito bom, e uma das marcas é o fato de ele ter trabalhado com o filho Giles Martin, que herdou o talento do pai e enveredou para o mundo da produção musical, com sucesso.

Para quem deseja saber mais sobre o profissional e o ser humano George Martin, vale assistir Produced By George Martin, documentário lançado em 2012 (saiu em DVD no Brasil) que dá uma bela geral em sua trajetória e traz depoimentos de Paul McCartney, Ringo Starr, Jeff Beck e outros. A humildade e a serenidade do cara eram impressionantes. Ainda bem que ele disse aquele sim no já distante ano de 1962. Eis o que eu chamo de um sim seminal!

Ouça o CD In My Life, de George Martin, em streaming:

Pepperland– George Martin:

Off The Beatle Track- George Martin And His Orchestra:

Adele quebra recordes com o novo CD na Inglaterra e EUA

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Por Fabian Chacur

Quebrar recordes é com a Adele. Não satisfeita em superar grandes marcas com Hello, o primeiro single de seu novo álbum (leia sobre isso aqui), a cantora e compositora britânica agora arrasa marcas anteriores com o álbum completo, 25, nos EUA e no Reino Unido. Os números são impressionantes, coisas de um incrível fenômeno pop mesmo.

Conforme informações da Nielsen Music divulgadas pelo site americano da revista Billboard, 25 ultrapassou a marca de três milhões de cópias comercializadas em sua primeira semana de lançamento na terra de Barack Obama. Isso significa superar de longe o recorde anterior para esse mesmo período, que era desde março de 2000 defendido pela boy band NSync com seu trabalho No Strings Attached, que teve 2.42 milhões de cópias comercializadas.

No Reino Unido, o terceiro álbum de Adele também ficou com a marca de trabalho mais vendido em sua semana de lançamento, com 800.307 cópias comercializadas, contra 696.000 do recordista anterior, Be Here Now, lançado pela banda Oasis no já distante 1997.

Os resultados nos dois lados do Atlântico estão ajudando a dar uma revitalizada no mercado fonográfico, já que o álbum não está disponível para ser ouvido em streaming. Onde esse fenômeno irá parar? Com a palavra, seus milhões de fãs no mundo todo, ávidos por ouvir sua “ídala”.

Hello– Adele:

When We Were Young (ao vivo na TV)- Adele:

New Order sobrevive sem Peter Hook

Por Fabian Chacur

Duas notícias para os fãs do New Order, no melhor esquema “uma boa, a outra ruim”. Comecemos pela negativa: o time perdeu muito com a saída do carismático e original baixista Peter Hook. A positiva é que, mesmo assim, o time liderado por Bernard Sumner continua sendo capaz de realizar um bom show, como vimos em seu apresentação neste domingo (6) no Lollapalooza Brasil 2014.

Não dá para negar que um dos pontos mais originais da banda surgida em 1980 das cinzas do Joy Division era exatamente o baixo anguloso, incisivo e à frente de tudo tocado por “Hookie”. De forma inteligente, seu substituto, Tom Chapman, sequer tenta emular o estilo do antecessor, optando pela discrição e ampliando horizontes para seus colegas de banda nos shows. Sábia decisão que vale a ele uma nota alta como músico.

Dessa forma, os espaços para Bernard Sumner nos vocais (sóbrios e eficientes) e guitarra (idem na mesma data) aumentam, assim como os do ótimo Phil Cunningham, que além da guitarra também investe em teclados sempre que necessário. Stephen Morris continua aquele dínamo de sempre, interagindo com rara desenvoltura com as programações eletrônicas. E tem a Gillian Gilbert, claro, sempre um caso à parte no contexto da banda.

Gillian é uma espécie de Linda McCartney do pós-punk. Sua proficiência nos teclados é bastante limitada, especialmente ao vivo, e seu carisma é próximo de zero. No entanto, como ela aparentemente tem plena consciência dessas limitações, procura não atrapalhar o time e sabe desempenhar seu papel sem buscar os holofotes. Seu brilho ficou todo na camisa prateada com glitter pra todos os lados que marcou seu visual de palco. Bem legal!

Após o início sombrio com a evocativa Elegia, o grupo inglês mandou ver um início bem rock and roller, com direito a Cristal, Transmission (do Joy Division), Age Of Consent e Singularity. De tirar o fôlego. A faceta mais eletrônica veio e trouxe os clássicos Bizarre Love Triangle, Perfect Kiss e a infalível Blue Monday, que fez com que o público presente em grande número literalmente tirasse a poeira do chão.

Com direito a um telão de alta definição disparando vídeos preparados para ilustrar cada canção no melhor estilo clipes, o show agradou bastante, mesmo com Sumners arrancando umas vaias ao agradecer o apoio dos fãs com um “muchas gracias” em algumas ocasiões. Ele justificou, em inglês: “eu não sei falar português, exceto ‘obrigado'”. Pior foi ter falado do Manchester United…Sigamos adiante!

No final, um bis simplesmente matador, com direito a duas pérolas preciosas, Atmosphere e Love Will Tear Us Appart, e a frase bem grande no telão: Forever Joy Division. O show se encerrou com 1h40 de duração, sendo que as duas últimas músicas foram executadas quando os fogos de artifício que marcavam o fim do festival já espocavam por todo o autódromo de Interlagos, por volta das 22h10 da noite do domingo.

Ceremony, New Order, ao vivo no Lollapalooza Brasil 2014:

Age Of Consent, New Order, ao vivo no Lollapalooza Brasil 2014:

Christine McVie em show do Fleetwood Mac

Por Fabian Chacur

Um belíssimo e desde já histórico reencontro ocorreu na noite desta quarta-feira (25) em Londres. A cantora, compositora e tecladista Christine McVie reviu no palco da O2 Arena seus ex-colegas de Fleeetwood Mac, banda que integrou durante três décadas e da qual saiu há mais de 10 anos. A estrela cantou e tocou teclados em sua composição Don’t Stop, para delírio da plateia presente.

Segundo post divulgado no site do NME, uma das mais importantes publicações musicais do Reino Unido e do mundo, Stevie Nicks, cantora da mitológica banda anglo-americana, garantiu que a ex-colega voltará a se juntar ao grupo no terceiro e último show deles na atual temporada na imensa O2 Arena, que será realizado nesta sexta-feira (27). Eles estão em plena turnê britânica atualmente, com shows bem concorridos.

Outro ex-integrante que esteve presente no local foi um de seus fundadores, o guitarrista e cantor Peter Green, presente no time de 1967 até 1970, quando saiu para investir em uma carreira solo. Nicks dedicou ao músico, considerado um dos grandes mestres do blues inglês, a música Landslide, interpretada por ele ao lado do atual guitarrista da banda, o soberbo Lindsey Buckingham, um dos meus grandes ídolos.

Tipo do show que eu adoraria ter presenciado, ainda mais no dia do meu aniversário! Será que um dia alguém irá tentar trazer ao Brasil o Fleetwood Mac? Que tal esse raio de Rock in Rio? Cruzemos os dedos, mas não sei se a banda estará na ativa em 2015, quando a próxima edição do festival será realizada no Brasil. Mas sonhar é preciso, sempre! Don’t stop dreaming!

Veja o Fleetwood Mac tocando Don’t Stop com Christine McVie em Londres:

One Direction virá ao Brasil em 2014

Por Fabian Chacur

Ainda em construção, a nova arena que abrigará os jogos da Sociedade Esportiva Palmeiras já tem confirmado seu primeiro show internacional. Será o da boy band britânica One Direction, que cantará no estádio do Verdão no dia 10 de maio de 2014. O quinteto também se apresentará no Rio, no dia 8 do mesmo mês, na Apoteose.

Com apenas três anos de estrada, o quinteto surgiu durante a edição de 2010 do reality show musical The X-Factor, quando os jurados Nicole Scherzinger e Simon Cowell sugeriram que cinco garotos que participavam do programa de TV como artistas solo se juntassem e formassem um grupo. Eles acertaram em cheio.

Niall Horan, Louis Tomlinson, Harry Styles, Liam Payne e Zayn Malik ficaram no terceiro lugar em The X-Factor, mas invadiram as paradas de sucesso logo com seu álbum de estreia, Up All Night (2011), que atingiu o primeiro lugar nas paradas de todo o mundo, especialmente no Reino Unido e EUA (leia mais aqui).

O segundo álbum, Take Me Home (2012), manteve a boy band em alta, vendendo nos EUA, em sua primeira semana no mercado, 540 mil cópias, garantindo outro primeiro posto a eles. No mês de agosto, será lançado um filme em 3D com a banda, This Is Us, dirigido por Morgan Spurlock. A exibição no Brasil só ocorrerá a partir de fevereiro de 2014.

Os espetáculos no Brasil fazem parte de uma turnê pela América do Sul que inclui oito datas e passará também por Colômbia, Peru, Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai. Os ingressos para os shows em nosso país começarão a ser vendidos no dia 24 de junho. Mais informações: www.ticketsforfun.com.br .

Veja o clipe de One Thing, com o One Direction:

Documentário mostra o genial George Martin

Por Fabian Chacur

Há exatos 50 anos, um jovem produtor britânico resolveu contratar uma ainda mais jovem banda de Liverpool que havia sido recusada por literalmente todos os seus concorrentes, incluindo a matriz do conglomerado do qual seu humilde selo Parlophone fazia parte, a EMI. Houve até quem o ironizasse. Gostaria de ver a cara desses detratores hoje…

Graças a essa decisão arriscada, o tal produtor, Sir George Martin, deu a primeira e decisiva chance para que os Beatles pudessem exibir seu talento. Nos anos seguintes, eles não só dominariam o mundo como se tornariam o mais importante grupo de música da história, seja qual for o seu estilo musical. Beatles For Ever!

Para quem deseja saber um pouco mais sobre a vida desse profissional incrível e ser humano aparentemente adorável, acaba de sair por aqui, via ST2, o documentário Produced By George Martin, que saiu este ano e foi exibido por aqui na edição 2012 do festival de documentários musicais In-Edit.

Nele, temos o relacionamento entre ele e os Beatles como tema principal, incluindo entrevistas recentes com Paul McCartney e Ringo Starr ao lado do mestre. Mas a trajetória desse verdadeiro mito da música nascido no Reino Unido em 3 de janeiro de 1926 é apresentada em toda a sua amplitude, indo além de “apenas” relacionar sua vida com os Fab Four.

Do início como estudante de música aos tempos da 2ª Guerra Mundial, o emprego como produtor na EMI, a conquista do cargo de diretor artístico do selo Parlophone, a produção de discos de comédia com o ator Peter Sellers e a descoberta de John, Paul, George e Ringo estão aqui. Também temos outros momentos marcantes de seu extenso currículo.

Entre eles, o trabalho de Martin com grupos como America, Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck e outros, a criação de seu próprio estúdio, o Air, a forma como a versão caribenha, situada na ilha de Montserrat, foi devastada por uma dessas terríveis manifestações da natureza, e de como ele luta contra a surdez. O relacionamento com o filho, o também produtor Gilles, é outro foco bacana da atração bancada pela BBC.

Além do filme, o DVD traz como atratativo 52 minutos de material adicional, o que torna a experiência de conhecer um pouco da vida de George Martin ainda melhor. Meu amigo Raul Bianchi teve a honra de conhecer esse cara pessoalmente, quando Sir George Martin veio ao Brasil. É para se roer de inveja! Mas ao menos temos este DVD para minorar nosso prejuízo…

Veja o trailer de Produced By George Martin:

The Stone Roses fazem shows históricos

Por Fabian Chacur

Desde que anunciaram o seu retorno à ativa em outubro de 2011, após 15 longos anos longe de cena, os Stone Roses deixavam no ar como seria esse comeback, se um mero caça-níqueis ou uma celebração à sua brilhante obra.

Felizmente para seus inúmeros fãs, o quarteto formado por Ian Brown (vocal), John Squire (guitarra), Gary “Mani” Mounfield (baixo) e Alan “Reni” Wren (bateria) está mostrando desde os primeiros minutos de sua turnê, iniciada oficialmente no dia 8 de junho, em Barcelona, que não estão a fim de sujar a bela reputação da banda.

Neste fim de semana, a banda voltou a Manchester, sua cidade natal, para três shows, realizados sexta (29), sábado (30) e domingo (1º) no Heaton Park, perante uma multidão ensandecida que vibrou do primeiro ao último acorde em cada apresentação, mesmo com um dos espetáculos tendo sido realizado debaixo de chuva.

A turnê dos Stone Roses prevê um total de 27 datas, realizadas em festivais, shows ao ar livre e arenas de vários países, e já vai se garantindo como um dos grandes eventos do rock em 2012. Pena que, até o momento, não esteja prevista uma passagem pelo nosso país. Que ódio!

Surgidos em 1983, os Stone Roses entraram para a história com o lançamento de seu primeiro álbum, The Stone Roses (1989), uma fantástica mistura de psicodelismo, música eletrônica e dance music que rapidamente entrou na relação dos melhores álbuns de todos os tempos.

Infelizmente, uma longa luta jurídica manteve o quarteto longe dos estúdios de gravação, e seu segundo CD, The Second Coming, só chegaria às lojas em 1994. O imbroglio ajudou a deteriorar a relação entre os músicos, e em 1996 a banda saiu de cena.

Quando todos imaginavam ser impossível um reencontro entre seus integrantes, os Stone Roses anunciaram seu retorno em outubro de 2011, e agora fica no ar a expectativa em torno de novos lançamentos da banda, incluindo um possível registro da triunfal turnê de retorno e mesmo um álbum de estúdio com canções inéditas.

Conheça o set list do show dos Stone Roses no dia 1º/7 (domingo) :

I Wanna Be Adored
Mersey Paradise
(Song For My) Sugar Spun Sister
Sally Cinnamon
Where Angels Play
Shoot You Down
Bye Bye Badman
Ten Storey Love Song
Standing Here
Fools Gold
Something’s Burning
Waterfall
Don’t Stop
Love Spreads
Made Of Stone
This Is The One
She Bangs The Drums
Elizabeth My Dear
I Am The Resurrection

Waterfall, ao vivo em Barcelona em 2012, com os Stone Roses:

Veja documentário feito pela BBC sobre os Stone Roses:

Banda UB 40 vai a falência na Inglaterra

Por Fabian Chacur

Mais uma notícia que irá ser catalogada na categoria “piadas prontas”: foi decretada a falência da banda UB 40, por decisão da Corte de Justiça da cidade de Birmingham, terra natal dos músicos.

Segundo notícia veiculada pelo jornal britânico Daily Mail, a mais bem-sucedida banda europeia de reggae de todos os tempos terá seus bens penhorados para que seus credores possam receber os valores pelos quais entraram na Justiça em abril de 2008, solicitando a falência da Dep International Ltd., empresa que toma conta dos negócios do grupo.

Além das dívidas, cujo valor total não foi divulgado, o grupo também terá de arcar com os custos da ação, avaliados em torno de R$ 170 mil.

Também foram declarados como falidos os integrantes da atual formação da banda: Brian Travers (sax), Jimmy Brown (bateria), Terence “Astro” Wilson (trumpete) e Norman Kassan (percussão).

O vocalista e guitarrista Ali Campbell, principal figura do time, já havia saído em 2008, como o tecladista Mickey Virtue. Robin, irmão de Ali, continua, embora seu nome não tenha sido citado na condenação.

A ironia fica por conta do significado do nome da banda. Para quem não sabe, UB 40 (unemployment benefit 40) é o nome do auxílio desemprego no Reino Unido. Será que os integrantes da banda irão conseguir recebê-lo, a partir de agora?

Curiosamente, eles haviam voltado a tocar há pouco no mesmo lugar onde fizeram o primeiro show de sua carreira, em Birmingham.

Criado em 1978, o UB 40 se tornou uma das mais bem-sucedidas bandas britânicas das décadas de 80 e 90 graças a uma bem-sucedida fusão de reggae e musica pop, com alto teor dançante.

Seus shows sempre calorosos e vibrantes renderam a eles milhões de fãs em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde tocaram pela primeira vez em janeiro de 1988, no extinto festival Hollywood Rock.

Entre seus maiores sucessos, podem ser citados Rat In My Kitchen, The Way You Do The Things You Do, Red Red Wine e Can’t Help Falling In Love With You e Sing Our Own Song, entre outros.

Veja o clipe de The Way You Do The Things You Do:

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