Por Fabian Chacur

Morreu nesta segunda-feira (16) aos 71 anos em Londres (na London Clinic), vítima de câncer no pâncreas, o músico Jon Lord, ex-tecladista do Deep Purple.

Considerado um dos melhores e mais criativos tecladistas da história do rock, Lord nasceu em 9 de junho de 1941, e integrou o Deep Purple de 1968 a 2002, quando passou a se dedicar integralmente à carreira solo.

Com forte influência da música erudita e do jazz, Lord é o autor de Concert For Group And Orchestra, que o Purple gravou pela primeira vez em 1969, álbum que por sinal marcou a estreia da chamada Mark 2 da banda, segunda formação considerada a melhor da história do grupo britânico e que incluia, além dele, o vocalista Ian Gillan, o baixista Roger Glover, o guitarrista Ritchie Blackmore e o baterista Ian Paice.

Os teclados de Jon Lord sempre deram um ar progressivo ao hard rock dessa lendária banda inglesa, que se consagrou graças a clássicos do naipe de Smoke On The Water, Child In Time, Burn, Living Wreck, Space Truckin’ e tantos outros.

Seus improvisos eram marcantes nos longos solos que a banda incorporou a algumas de suas músicas, nos quais geralmente duelava com o estilo agressivo de Blackmore. Deep Purple In Rock (1970) é o meu álbum favorito dessa excelente banda inglesa, com direito a clássicos como Child In Time, Living Wreck e Speed King.

Um dos últimos momentos de Jon Lord com a banda que o tornou conhecido mundialmente ocorreu em 1999, quando o Deep Purple gravou ao vivo uma nova versão do Concert For Group And Orchestra. Aliás, estava marcada para setembro uma nova apresentação de Lord interpretando essa obra, com Bruce Dickinson, do Iron Maiden, escalado para os vocais. Infelizmente, não era para ser.

Child In Time, com o Deep Purple, ao vivo nos anos 70: