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Rolling Stones lançam registro de show de 1997 em vários formatos

bridges to bremen the rolling stones capa

Por Fabian Chacur

E prossegue a série de lançamentos de registros de shows dos Rolling Stones durante sua extensa e bem-sucedida carreira com quase 60 anos de estrada. Desta vez, teremos Bridges To Bremen, que a Universal Music, em parceria com a Eagle Music, promete colocar no mercado mundial de áudio e vídeo no próximo dia 21 de junho. No Brasil, o produto será disponibilizado apenas em DVD e digital (áudio e vídeo), mas no exterior teremos também Blu-ray, DVD+2 CDs, Blu-ray+2 CDs e vinil triplo.

Bridges To Bremen flagra a banda de Mick Jagger e Keith Richards em Bremen, na Alemanha, em show da turnê durante a qual o grupo britânico divulgava o seu então mais recente álbum, Bridges To Babylon (1997). Foi a primeira turnê deles a incluir o recurso de um pequeno palco no meio da plateia, no qual, durante uma pequena parte do espetáculo, os músicos apresentavam algumas músicas em clima mais intimista (obviamente para quem estivesse lá perto, pois os shows eram sempre realizados em estádios e ginásios). Por volta de 40 mil pessoas estavam naquele show, em particular.

Entre 1997 e 1998, os Stones fizeram 97 shows em quatro continentes, atraindo mais de 4.5 milhões de fãs. No repertório, seus grandes clássicos e também algumas faixas de Bridges To Babylon, como Flip The Switch, Anybody Seen My Baby? e Thief In The Night. Em cada apresentação, era feita uma consulta prévia via internet para que o público escolhesse uma faixa exclusiva a ser adicionada no show. Memory Motel venceu, no caso de Bremen. Nos bônus de DVD e Blu-ray, foram incluídas quatro performances de um show em Chicago (EUA).

O conteúdo de vídeo e áudio de Bridges To Bremen foi restaurado, remixado e remasterizado. Antes desse lançamento, a Universal Music promete para o dia 19 deste mês Honk, nova coletânea com 36 faixas lançadas originalmente entre 1971 e 2010, e uma Deluxe Edition do CD Blue & Lonesome, trazendo como bônus 10 faixas gravadas ao vivo em estádios ao redor do planeta.

CONTEÚDO De BRIDGES TO BREMEN

DVD e Blu Ray

(I Can’t Get No) Satisfaction
Let’s Spend The Night Together
Flip The Switch
Gimme Shelter
Anybody Seen My Baby?
Paint It Black
Saint Of Me
Out Of Control
Memory Motel
Miss You
Thief In The Night
Wanna Hold You
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
You Got Me Rocking
Like A Rolling Stone
Sympathy For The Devil
Tumbling Dice
Honky Tonk Women
Start Me Up
Jumpin’ Jack Flash
You Can’t Always Get What You Want
Brown Sugar

BRIDGES TO CHICAGO

BONUS PERFORMANCES

Rock And A Hard Place
Under My Thumb
All About You
Let It Bleed

CD DUPLO E LP DE VINIL TRIPLO

(I Can’t Get No) Satisfaction

Let’s Spend The Night Together

Flip The Switch

Gimme Shelter

Anybody Seen My Baby?

Paint It Black

Saint Of Me

Out Of Control

Memory Motel

Miss You

Thief In The Night

Wanna Hold You

It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)

You Got Me Rocking

Like A Rolling Stone

Sympathy For The Devil

Tumbling Dice

Honky Tonk Women

Start Me Up

Jumpin’ Jack Flash

You Can’t Always Get What You Want

Brown Sugar

Veja o trailer de Bridges To Bremen:

Tom Zé canta em São Paulo para celebrar relançamento do 1º LP

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Por Fabian Chacur

Tom Zé deve se lembrar com uma certa afetividade do ano de 1968. Apesar do conturbado clima político pelo qual o Brasil passava naquele período, o cantor, compositor e músico baiano venceu o IV Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música São São Paulo, além de participar do histórico álbum Tropicália Ou Panis Et Circensis. De quebra, ainda lançou o seu primeiro e muito elogiado álbum solo, Grande Liquidação, que a Polysom acaba de relançar no formato vinil de 180 gramas, como parte de sua série Clássicos em Vinil.

E é para celebrar essa reedição que o artista se apresenta nesta quinta-feira (4) às 21h em São Paulo no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, nº 1.000- Paraíso- fone 0xx11-3397-4002), com ingressos ao preço único de R$ 25,00.

Grande Liquidação conta com produção de João Araújo, pai de Cazuza e posteriormente diretor da gravadora Som Livre, arranjos dos brilhantes Damiano Cozella e Sandino Hohagen e participação das bandas Os Brazões e Os Versáteis. Com 12 composições de Tom Zé, o disco tem como destaque São São Paulo, que por sinal integra a trilha sonora da novela que a Globo estréia nesta terça (2), Órfãos da Terra. Outras faixas marcantes são Parque Industrial, Glória, Namorinho de Portão e Sabor de Burrice.

Ouça Grande Liquidação em streaming:

Paula Santisteban lança seu CD de estreia com show em Sampa

Paula Santisteban por Bob Wolfenson 400x

Por Fabian Chacur

Independente de sua qualidade artística, o álbum de estreia da cantora e compositora Paula Santisteban já nasceu histórico, por ter sido o último produzido pelo saudoso Carlos Eduardo Miranda. Felizmente, este lançamento em belíssima versão física (CD) e também nas plataformas digitais vai além desse fato, com um repertório belíssimo defendido com galhardia por essa ótima artista. Ela faz o show de lançamento em São Paulo neste sábado (9) às 21h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinhop- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A cantora e compositora terá a seu lado neste show o auxílio luxuoso de uma banda formada por Eduardo Bologna (guitarra e direção musical), Eric Budney (baixo), Daniel de Paula (bateria), Marcos Romera (teclados), Grazi Rodrigues (violino), Irina Kodin (violino), Emerson Di Biaggi (viola), Vana Bock (violoncelo), Nahor Gomes (trompete), Paulinho Malheiros (trombone), Daniel Allain (flauta e sax alto) e Ed Côrtes (sax tenor, sax barítono e clarinete).

Entre as 10 faixas incluídas no álbum, lançado pela Warner Music Brasil, temos cinco composições de Paulo Santisteban em parceria com Eduardo Bolonha, duas só de Bolonha e uma, cada, de Tim Bernardes, Tchello Palma e Fabio Góes.

São canções delicadas, sutis e com um clima interiorizado e urbano, bem ilustrado pelas belas fotos incluídas no encarte do CD que trazem Paula em várias locações na região da icônica Avenida Paulista feitas pelo consagrado fotógrafo Bob Wolfenson. As Janelas da Cidade, Frágil, Meu Silêncio e Estranho são destaques de um trabalho consistente e tocante. Veja o making of aqui.

Além do repertório do álbum, o set list trará, entre outras, releituras personalizadas de Better Be Quiet Now (Elliot Smith), De Tanto Amor (Roberto e Erasmo Carlos) e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo (Lô e Márcio Borges).

As Janelas da Cidade (lyric video)– Paula Santisteban:

Lô Borges faz 2 shows em SP e lança o seu novo DVD ao vivo

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Por Fabian Chacur

Considerado um dos mais importantes integrantes do movimento musical chamado de Clube da Esquina, Lô Borges resolveu reler músicas de seus dois discos de estreia no incrível DVD Tênis + Clube (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Ele mostra esse trabalho com shows em São Paulo nesta sexta (5) e sábado (6) às 21h no Sesc Pinheiros- Teatro Paulo Autran (rua Paes Leme, nº 195- Pinheiros- fone 0xx11-3095-9400), com ingressos de R$ 15,00 a R$ 40,00.

A direção musical (do DVD e do show) é de Pablo Castro (voz, violões, piano, guitarra e vocais), que lidera a banda composta por Gui de Marco (violões, guitarras, percussão e vocais), Paulim Sartori (contrabaixo, bandolim, percussão e vocais), D’Artagnan Oliveira (bateria, percussão e vocais), Dan Oliveira (guitarras, violões, percussão e vocais) e Alê Fonseca (teclados e programações), um timaço capaz de muitas e boas.

O repertório do show traz todas as faixas do primeiro álbum solo de Lô, autointitulado e mais conhecido como “Disco do Tênis”, e todas as canções de sua autoria do LP Clube da Esquina (1972), creditado a ele e a um certo Milton Nascimento. De quebra, também temos Para Lennon e McCartney, sua composição gravada brilhantemente pelo Bituca em 1970. Tipo do show feito sob medida para receber o adjetivo de imperdível, ainda mais no delicioso Sesc Pinheiros.

Veja trechos do DVD Tênis+Clube, de Lô Borges:

Zé Brasil, o roqueiro classudo, lança primeiro CD solo em SP

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Por Fabian Chacur

Zé Brasil é merecedor da denominação “roqueiro classudo”. Afinal, com quase 50 anos de trajetória dedicado ao velho e bom rock and roll, nunca, jamais, perdeu a classe, mesmo perante as dificuldades que se apresentaram à sua frente nesse tempo todo. Ele enfim lança o seu primeiro álbum solo, autointitulado, e mostra esse trabalho em show em São Paulo na próxima sexta (31) às 21h30 na comedoria do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº1.000- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Na estrada desde 1970 e com passagens por EUA, Reino Unido, França e Espanha, Zé Brasil integrou bandas bacanas como Apokalypsis, UHF, Delinquentes de Saturno e Space Patrol, esta última um embrião da Patrulha do Espaço. Parceiro do mutante Arnaldo Baptista na música Cabelos Dourados (homenagem a Rita Lee), este cantor, músico, produtor e compositor já fez trabalhos com diversos nomes do rock brasileiro. Ele é uma cabeças pensantes do projeto 70 de Novo, que busca resgatar o espírito criativo e visionário do rock dos anos 1970.

Zé Brasil, o CD, que também está disponível nas principais plataformas digitais, traz 11 faixas, sendo dez delas inéditas e uma a releitura de sua faixa mais conhecida, Novo Eden, que ele gravou em parceria com a cantora e parceira de vida Silvia Helena. Trata-se de um trabalho dos mais consistentes, no qual ele mescla rocks básicos ótimos, como Borocoxô, Louco de Rock e Passarinho Rock And Roll, com baladas roqueiras bacanas como Segredo da Vida e Tudo a Ver.

A sonoridade do cara mescla rock básico, folk e muito mais, com influências de Bob Dylan, Jethro Tull e Beatles, entre outros. Temos até um reggae, Tudo a Ver. As letras trazem mensagens positivas e bom humor. Já Era de Aquarius, Maya, Peregrino e Victor são outros momentos importantes de um CD ótimo e repleto de personalidade. Opa, citei todas as faixas do álbum… E elas mereceram!

O disco conta com a participação de diversos músicos conhecidos com os quais Zé Brasil já trocou muitas figurinhas em sua carreira, entre os quais Edgard Scandurra (Ira!), Billy Forghieri (Blitz), Rolando Castello Junior (Patrulha do Espaço), Xando Zuppo (Harpia, Patrulha do Espaço), Adriano Grineberg e Jimmy Pappon, entre outros. Além, é claro, dos vocais de Silvia Helena. No show, Zé terá a seu lado Julio Manaf (guitarra), Mario Baraçal (baixo), Alexandre Barreto (bateria) e Silvia Helena (voz). Para ver, curtir e celebrar junto!

CD Zé Brasil-ouça em streaming:

Chico Lobo /Zé Alexandre em show de lançamento de CD

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Por Fabian Chacur

Há não muito tempo, o cantor, compositor e violeiro Chico Lobo iniciou uma parceria com o cantor, compositor e violonista Zé Alexandre. O encontro gerou a música Esperança. Era o pontapé inicial do que viria a ser o CD Tempo de Paz, lançado pela gravadora Kuarup. Eles vão mostrar o repertório desse trabalho em pocket show nesta quinta-feira (26) em São Paulo às 19h30 na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, nº 915- Pinheiros- fone 0xx11-3814-5811), com entrada gratuita.

Centrado em sonoridades da música rural brasileira e essencialmente acústico, Tempo de Paz traz 11 faixas, sendo três parcerias de Lobo e Alexandre, seis composições deles (solo ou com outros parceiros) e duas releituras. Uma é Bandolins, de Oswaldo Montenegro, que Zé Alexandre apresentou ao lado do autor no Festival da Tupi de 1979 com grande sucesso, e a outra é Cruzada, dos craques mineiros integrantes do Clube da Esquina Tavinho Moura e Márcio Borges.

Delicioso, o álbum flui com facilidade nos ouvidos, com destaque para a endiabrada viola de Chico e para as belas vozes dos dois parceiros. Suas composições em dupla são muito boas: Esperança, Tempo de Paz e Estradar. As letras trazem poesia de primeira. Participam do álbum músicos como Milton Guedes (gaita), Carlinhos Ferreira (percussão) e Sérgio Chiavazolli (violão de 12 cordas e bandolim).

Com mais de 30 anos de carreira e natural de São João Del Rey (MG), Chico Lobo tem mais de 20 CDs, dois DVDs e um livro lançados, além de ter feito shows pelo Brasil e vários outros países. De quebra, ainda tem no currículo trabalhos com Maria Bethânia, que escolheu sua composição Criação para o DVD Abraçar e Agradecer e ainda participou do álbum Viola de Mutirão, do músico, interpretando a canção Maria, feita em homenagem à estrela baiana.

Nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília, Zé Alexandre tornou-se conhecido nacionalmente ao interpretar Bandolins com Oswaldo Montenegro, de quem virou parceiro em inúmeros shows e projetos. A seguir, mergulhou em uma carreira solo que já rendeu quatro álbuns, entre os quais Alma de Músico e Zé Alexandre Ao Vivo. Recentemente, lançou o CD e livro infantil Pedrinho e o Formigueiro, do qual participaram Sandra de Sá, Luis Melodia, Oswaldo Montenegro e Eduardo Dussek, entre outros.

Caipira (ao vivo)- Chico Lobo:

Cibele Codonho lança seu 1º CD solo com um show em SP

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Por Fabian Chacur

Cibele Codonho estreou em disco em 1998 com Vocalise, integrando ao lado de Leni Requena e Solange Codonho o grupo vocal A Três. Em 2005, foi a vez de gravar em parceria com Filó Machado Tom Brasileiro, álbum no qual releram canções de Tom Jobim. Desta vez, esta talentosa cantora paulistana nos oferece o primeiro CD solo, Afinidade, que será lançado em São Paulo com show no dia 21 (quinta-feira) às 21h no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Afinidade é uma verdadeira aula de, digamos assim, “brazilian jazz”, pois traz um repertório de 12 músicas assinadas por grandes compositores brasileiros, como João Bosco, Aldyr Blanc, Milton Nascimento, Edu Lobo, Paulo Cesar Pinheiro, Johnny Alf e João Donato, vestidas em envolventes arranjos sofisticados e de inspirado tempero jazzístico. Cibele se vale dessa roupagem sonora para desfilar com sua bela e afinada voz aguda, em resultado impecável.

O álbum tem convidados especiais como o amigo Filó Machado, o cantor americano Mark Kibble (líder do célebre grupo vocal Take 6), o baterista americano Lewis Nash, o guitarrista Natan Marques, o saxofonista Roberto Sion, o pianista Michel Freidenson e o baixista Sizão Machado, além de uma afiada banda base comandada por Pichu Borrelli, que também se incumbiu com classe de teclados e arranjos.

O repertório traz maravilhas do naipe de Casa de Marimbondo, Coisas da Vida, A Paz, Mamãe Natureza, Vento Bravo, Love Dance/Lembrança e Amado. Além das canções do CD, também teremos no show Desafinado e Resposta ao Tempo. A banda será composta por Pichu Borrelli (direção musical, piano e arranjos), Sidiel Vieira (baixo), Fabio Canella (bateria) e Danilo Silva (guitarra), com participações especiais de Filó Machado (violão), Léa Freire (flauta) e Carlinhos Antunes (korah n’goni).

Love Dance/Lembrança-Cibele Codonho e Mark Kibble:

Andre Gimaranz lança seu CD Supermoon com show no Rio

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Por Fabian Chacur

Se você é daqueles fãs de classic rock com um tempero caprichado de blues, jazz e folk e busca algum artista atual que desenvolva bem essa fórmula mágica de se fazer música, precisa ouvir urgente Andre Gimaranz. O cantor, compositor, guitarrista e arranjador brasileiro esbanja categoria nessa praia em Supermoon, álbum de altíssima qualidade artística que ele lança no Rio de Janeiro nesta terça-feira (17) às 20h30 na Casa de Cultura Laura Alvim (avenida Vieira Souto, nº 176- Ipanema- fone 0xx21-2332-2016), com ingressos de R$25,00 a R$50,00.

Lógico que um álbum com a qualidade de Supermoon não sairia do nada, e o pedigree de Gimaranz é dos mais elogiáveis. Filho do violonista e guitarrista Antônio Carlos, que tem no currículo parcerias com Roberto Menescal e foi bastante atuante nas décadas de 1950 e 1960, ele é formado em guitarra na mitológica Berklee School, em Boston, e atuou como músico de estúdio e produtor de vinhetas para publicidade e trilhas sonoras nos EUA, especialmente em Nova York e Los Angeles.

Em 2014, ele resolveu investir em um trabalho autoral, que sairia no ano seguinte, o álbum Handmade. O álbum trazia composições próprias e duas releituras, Murder By Numbers (do The Police) e I Can’t Stand The Rain (hit com Tina Turner, Eruption e diversos outros artistas). “Pensava inicialmente em só incluir canções próprias, mas resolvi regravar essas duas, pois consegui fazer releituras delas de forma bem pessoal”, diz, em entrevista via telefone a Mondo Pop.

Além de fazer shows de divulgação do álbum nos EUA e no Brasil, Gimaranz também foi indicado nas categorias Disco do Ano e Música do Ano (Even) no IMEA Awards, importante prêmio criado pela Associação Internacional de Artes de Entretenimento da América. “O meu primeiro álbum teve uma aceitação interessante no meio independente internacional. Foi o possível para alguém independente”.

Depois de muito tempo radicado nos EUA, atualmente o músico se concentra um pouco mais em seu país, tanto que Supermoon foi gravado por aqui, com a masterização realizada em Nashville (EUA). Em relação ao 1º CD, algumas diferenças se sobressaem. “Desta vez, tenho alguns parceiros nas composições. Isso deu uma cor maior nesse segmento do meu trabalho”. Outra novidade: duas músicas em português.

Admito Que Perdi (de Paulinho Moska) e Construção (de Chico Buarque) me deram a oportunidade de investir no meu lado de arranjador, pois as trouxe para o meu universo musical; gravei oito tracks de guitarra em Construção, ficou bem diferente da versão original”. São as duas primeiras músicas gravadas por ele em português. “Não me sinto muito confortável para compor em português, mas pode rolar no futuro, quem sabe com um parceiro letrista”.

Supermoon conta com a produção do experiente Kadu Menezes (que já trabalhou com Kid Abelha, Leo Jaime e Lobão, entre outros). Marcam presença no disco músicos como Flávio Guimarães (Blues Etílicos), Billy Brandão e Guilherme Schwab (Suricato), entre outros. O álbum não se perde em solos excessivos de guitarra. “Lógico que o disco tem bastante guitarra, mas não vejo necessidade de fazer solos exibicionistas, procuro mostrar mais texturas, investir nos arranjos e valorizar as canções”.

Com dez faixas, o álbum inclui desde rocks mais vigorosos como State Of Rage And Fear e Tough Guys Don’t Dance até as delicadas Falling Appart e Reaching, com direito a cordas e metais. A diversidade do material bate com a concepção musical do artista. “Sempre ouvi muita coisa diferente, como rock, jazz,blues, bossa nova, e acho que sempre terá um pouco de tudo isso no que eu fizer; tem coisas mais pesadas, mais leves, o meu negócio é música boa, sempre”.

O álbum Supermoon pode ser encontrado em CD e também nas plataformas digitais, em lançamento do selo do artista, o Flawless Imperfections. Sobre a atual situação do mercado discográfico, Gimaranz tem uma opinião própria. “A internet trouxe coisas boas para os artistas independentes, e as gravadoras passaram a ser basicamente empresas de marketing. Acho que, no futuro, as gravadoras irão retomar a sua importância no surgimento de novos valores, pois é complicado para o artista fazer tudo ao mesmo tempo”.

Em termos de rock no Brasil, ele põe o dedo na ferida. “O rock perdeu muito espaço no Brasil, nos últimos 20 anos. O que se faz atualmente é muito ruim, sem melodias, nem acordes, falta criatividade. Acho que é um ciclo. E tem pouco rock nas rádios. O artista novo nasce morto por causa da pouca remuneração do streaming, que atualmente predomina. E para fazer shows, é preciso que conheçam a sua música, o artista com trabalho próprio sofre”.

Para acompanha-lo no show desta terça (17), Andre Gimaranz terá consigo uma banda afiadíssima formada por Billy Brandão (guitarra), Bruno Migliari (baixo), Alex Veley (teclado), Kadu Menezes (bateria) e ele próprio nas guitarras, violão, ukulelê e charango. No repertório, músicas de Supermoon, algumas de Handmade e releituras como Wolverine, dos Picassos Falsos.

Nesta segunda (16), Gimaranz fará uma Facebook Live Session a partir das 17h direto do estúdio Palco 41, no qual ele e sua banda estão ensaiando para o show desta terça (17). Você poderá ouvir um bate-papo com ele e também performances ao vivo. O link é aqui.

Falling Apart (clipe)- André Gimaranz:

Amilton Godoy e Léa Freire e seu show em SP do novo CD

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Por Fabian Chacur

Léa Freire e Amilton Godoy se conheceram quando a primeira era aluna do CLAM (Centro Livre de Aprendizagem em Música), escola da qual o segundo é um dos criadores. Desde então, surgiu uma grande amizade e admiração entre os dois que acaba de gerar um segundo álbum, A Mil Tons. O show de lançamento em São Paulo ocorre nesta terça-feira (15) às 21h no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nº 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 40,00.

O primeiro álbum em parceria de Léa e Amilton saiu em 2013. Intitulado Amilton Godoy e a Música de Léa Freire, traz apenas composições dela. Nesta segunda experiência, coube ao consagrado pianista assinar todas as composições e arranjos. A formação é na base do piano do autor das músicas com a flauta da parceira. O resultado é um trabalho delicioso que reúne 10 faixas, sendo uma inédita, Três Irmãos, e outras extraídas de várias fases da trajetória de Amilton, incluindo Teste de Som, que o Zimbo Trio tocava nas passagens de som de seus shows.

Amilton Godoy se tornou conhecido no Brasil e no mundo como integrante do Zimbo Trio, que criou em 1964 ao lado de Rubens Barsotti (bateria) e Luiz Chaves (baixo). Uma das grandes referências da música instrumental brasileira, o grupo gravou inúmeros trabalhos e fez shows pelos quatro cantos do planeta. Ele também foi um dos fundadores do CLAM, e desde 2013 lidera o Amilton Godoy Trio, que lançou seu primeiro CD naquele mesmo ano e promete o segundo para breve.

Por sua vez, Léa Freire estudou piano e violão até se envolver com a flauta, instrumento no qual é autodidata. Além de desenvolver uma sólida carreira solo e compor com desenvoltura, ela também é integrante do Quinteto Vento Em Madeira, que acaba de lançar um novo CD, Arraial. Há 20 anos, criou o selo Maritaca, que lançou quase 50 títulos dela e de outros artistas, sempre prezando pela qualidade artística. Ela é parceira da grande Joyce Moreno, que já gravou várias músicas compostas pelas duas.

Caucaia do Alto (ao vivo)- Amilton Godoy e Léa Freire:

Toninho Horta lança luxuoso songbook com show em SP

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Por Fabian Chacur

Virtuose é aquele termo que você só associa a grandes músicos, daqueles que tiram do instrumento que tocam aqueles sons impossíveis nas mãos dos medianos da vida. Toninho Horta mais do que merece esse adjetivo acoplado ao seu nome. Ele e seu quinteto tocam nesta terça (15) às 21h30 em São Paulo com o intuito de lançar o Songbook 108 Partituras. O local será o Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 70,00.

Além de Toninho (guitarras elétrica e acústica), teremos no palco Marcelo Soares (contrabaixos acústico e elétrico), Sergio Machado (bateria), Lisandro Massa (teclados) e Marquinhos Sax (sax), além de convidados especiais cujos nomes não foram divulgados previamente. No repertório, clássicos do repertório do cantor, músico e compositor mineiro, com direito a vários momentos dedicados ao som instrumental. Tem tudo para ser uma noitada daquelas.

Nascido em Belo Horizonte em 2 de dezembro de 1948, Toninho Horta já era musico profissional aos 16 anos de idade, tocando em sua cidade natal. Lá, conheceu Milton Nascimento, com quem compôs logo de cara a música Segue Em Paz. No início dos anos 1970, mudou-se para o Rio de Janeiro. Integrou a banda de Elis Regina, e participou do álbum Ela (1971), aquele que traz como destaque o grande sucesso Madalena (Ivan Lins-Ronaldo Monteiro de Souza).

Em 1972, participou do seminal Clube da Esquina, do Bituca de Três Pontas, e também lançou um álbum com outros três amigos, o hoje histórico Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta (1973). Após participar de vários projetos alheios, lançou em 1979 o seu primeiro LP solo, Terra dos Pássaros. A partir daí, lançaria diversos projetos, tanto individuais como em parceria com outros artistas.

Aprimorando seus conhecimentos teóricos no exterior, Toninho também se tornou bastante conhecido fora das nossas fronteiras, cativando fãs do calibre de Wayne Shorter, Pat Metheny, George Benson, Herbie Hancock e os brasileiros radicados no exterior Sergio Mendes, Eliane Elias, Flora Purim, Airto Moreira e outros. No Brasil, também gravou e tocou com Maria Bethânia, Edu Lobo, Gal Costa e Nana Caymmi, só para citar alguns.

Além de guitarrista e violonista com profundas e bem digeridas influências de bossa nova, jazz e MPB, Horta também é um desses compositores iluminados, sendo o autor de maravilhas do porte de Beijo Partido (regravada por Milton Nascimento, Nana Caymmi e muitos outros) e Manuel O Audaz, só para citar duas daquelas pérolas que nos cativam logo nos primeiros acordes.

O Songbook 108 Partituras traz, além de 108 músicas transcritas em partituras, textos bilíngues com breve histórico da vida e obra de Toninho, letras musicais, depoimentos sobre ele, discografia completa e encarte colorido com fotos. Equivale a uma bela viagem pela obra deste virtuose, além de trazer material para que os músicos possam aprender um pouco (um muito?) com esse marco da música brasileira.

Terra dos Pássaros/Beijo Partido– Toninho Horta:

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