Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: made in brazil (page 1 of 2)

Roberto Gurgel, o Juba, celebra 71 anos e faz show com a Blitz

roberto juba gurgel-400x

Por Fabian Chacur

Roberto Gurgel, mais conhecido como Juba, é uma das figuras mais queridas do rock brasileiro. Ele completará 71 anos nesta sexta (4), e certamente receberá cumprimentos de muita gente pela data. Lógico que só ser um cara legal não basta, e ele se tornou famoso como um dos melhores bateristas brasileiros, especialmente em sua atuação com a Blitz. E como roqueiro ama celebrar no palco, ele toca com a banda que integra há 40 anos neste sábado (5) em São Paulo, às 22h, no Tokio Marine Hall (rua Bragança Paulista, nº 1281), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 240,00 (saiba mais aqui).

Ainda adolescente, Juba conferia os ensaios dos badaladíssimos Mutantes no final dos anos 1960 na Pompéia, verdadeiro celeiro do rock paulistano. Fã dos Beatles e das grandes bandas daquela época, como Led Zeppelin e The Rolling Stones, mergulhou na carreira de músico tocando inicialmente em afiadas bandas covers paulistanas como Memphis e Watt 69.

Seu envolvimento com trabalhos autorais não demorou, e gravou e fez shows com João Ricardo (dos Secos & Molhados), Made in Brazil (participou do icônico álbum Paulicéia Desvairada, de 1978) e Joelho de Porco (marcou presença no ótimo álbum homônimo, de 1978), além do Tutti Frutti do amigo Luiz Carlini e pela badalada banda cover Rock Memory.

Ele entrou na Blitz no início de 1983, substituindo o baterista que gravou o primeiro álbum da banda, um certo Lobão. Sua versatilidade e solidez técnica se mostraram decisivas para a consolidação do grupo, conhecido por sua mistura de rock, reggae, samba, pop, blues e soul. Juba se mostrou fiel à banda e a Evandro Mesquita, pois no único período em que o grupo saiu de cena, ele integrou a banda de apoio do também ator, músico e compositor.

O núcleo da banda nessas quatro décadas se manteve em torno de Juba, Evandro Mesquita (vocal, guitarra e violão) e Billy Forghieri (teclados), sendo que atualmente completam o afiadíssimo time de músicos os ótimos Rogério Meanda (guitarra), Alana Alberg (baixo), Andréa Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal).

Intitulada significativamente Turnê Sem Fim, a atual série de shows da Blitz oferece ao público seus grandes hits, incluindo desde Você Não Soube Me Amar, a música que deu início a tudo, até faixas de seu mais recente e muito elogiado álbum de estúdio, Aventuras II (2016). E Juba certamente esbanjará sua energia, garra e técnica, além da simpatia habitual.

A Dois Passos do Paraíso (ao vivo)- Blitz:

Tony Babalu, o sujeito que nos faz viajar com seu som inspiradíssimo

tony babalu no quarto de som

Por Fabian Chacur

Bom dia, boa tarde, boa noite, caro leitor. Como vai você? O astral não anda dos melhores? Precisa de uma droga lícita que dê uma melhorada no seu momento? Pois Mondo Pop vai te dar uma dica que você certamente agradecerá por muito tempo. É simples. Ouça agora, no volume que for mais conveniente para sua audição, o EP No Quarto de Som…, já disponibilizado nas plataformas digitais pelo grande, genial, encantador e uns mil adjetivos mais Tony Babalu, um dos grandes músicos do rock brasileiro (leia mais sobre ele aqui). São 15 minutos de puro êxtase sonoro. Sem exagero!

Se sempre teve como marca a extrema habilidade e sensibilidade como guitarrista nessas suas quase cinco décadas na ativa como músico profissional, Babalu tem se mostrado absurdamente inspirado em sua maturidade. No Quarto de Som… nos oferece cinco faixas inéditas nas quais ele prova mais uma vez que rock instrumental é não só uma vertente musical viável como também pode te cativar sem cair em exageros tecnicistas ou masturbação sonora à luz da lua. Não, meu amigo. Aqui, quem manda é a música.

Tony Babalu se mostra um servo do som, das melodias, dos timbres, colocando todo o seu extenso ferramental técnico à serviço de cada uma dessas composições. Aqui, ele equivale ao “exército de um homem só”, pilotando não só a sua icônica guitarra como também violões e diversos outros instrumentos. A ajuda ficou por conta da mixagem e masterização, a cargo dos craques Marcelo e Beto Carezzato, do célebre Carbonos Studio, em Sampa City. De resto, é só ele mesmo, se virando nos 30 como poucos seriam capazes de fazer.

A festa começa com a energética Recomeço, uma espécie de tecnobossa com um arranjo simplesmente espetacular. Impressionante como Babalu é cirúrgico na entrada em cena de cada sonoridade que desenvolve nessa e nas outras faixas. São pinceladas de um Picasso, um Rembrandt, um Van Gogh, espalhando sua inspiração em doses certeiras, e gerando dessa forma um todo inseparável, perfeito e deliciosamente digerível pelo ouvinte.

A bela balada soft rock a la James Taylor Lara é dedicada àqueles que já tiveram a triste experiência de perder um animal de estimação. Por sua vez, Tropical Mood vem com um molho saleroso de pura latinidade e ecos do poderoso Carlos Santana, só que no melhor Babalu style, sem cópias ou diluições.

Reflexo incorpora elementos de r&b eletrônico e rock com direito a swing e energia compassada. A faixa que encerra o EP, Francisca, teve como inspiração a saudosa mãe do músico, e tem no baião o seu DNA, inserido em um contexto roqueiro e delicado com rara felicidade pelo guitarrista.

Em um momento no qual passamos a maior parte do tempo em nossos lares, nada melhor do que ouvir músicas que nos levam a viajar, a sonhar com dias melhores, a recordar momentos importantes e de, simplesmente, ter aquele prazer incontrolável e delicioso. No Quarto de Som… equivale a um energético envolvente com sabor de quero mais. Para ouvir, ouvir, ouvir…

Recomeço– Tony Babalu:

Banda Power Blues lança single com show no Madame Satã (SP)

Blues Power-27-400x

Por Fabian Chacur

Em 2014, o guitarrista e compositor paulistano Daniel Gerber voltou ao Brasil após 20 anos morando nos EUA e deu início a uma nova banda. Ex-integrante do Made In Brazil e da Santa Gang, ele buscava uma imersão no universo do blues rock, com fortes influências do rock paulistano dos anos 1970. Nascia a Power Blues, quarteto que acaba de lançar o poderoso single Mentes Criminosas e promete um álbum de estreia com músicas autorais para breve.

Eles se apresentam neste sábado (17) a partir das 19h no lendário Madame Satã (rua Conselheiro Ramalho, nº 873- Boa Vista- fone 0xx11-2592-4474), com ingressos a R$ 20,00. A abertura ficará por conta da Santa Gang, que volta à ativa após 31 anos. Teremos as participações de Kim Kehl, Oswaldo Rock Vecchione e Celso Kim Vecchione. Gerber também fará tocará no show da Santa Gang, em evento com cara de celebração do rock paulistano.

Além de Daniel Gerber na guitarra e composições, a Power Blues conta em sua escalação com Paula Mota (vocal, ex-Lado C e Made In Brazil), Daniel Kid Ribeiro (baixo, tocou com Walter Franco, Ronaldo e os Impedidos e Tony Tornado) e Roby Pontes (bateria, tocou com o Golpe de Estado). Um time experiente e entrosado. Veja vídeos da banda aqui.

Em entrevista ao Mondo Pop, Daniel fala sobre a carreira, o longo período em que viveu nos EUA, a Power Blues e muito mais.

MONDO POP- Antes de entrarmos no tema Power Blues, fale um pouco sobre as suas experiências com a Santa Gang e o Made In Brazil, e também sobre o início da sua carreira como músico.
DANIEL GERBER
– Comecei a tocar com apenas 11 anos, e aos 12, ganhei do meu avô a minha primeira guitarra. Toquei em várias bandas, entre elas a Santa Gang, até que fui convidado a tocar no Made, onde fiquei de 1983 a 1986 e depois de 1989 a 1991. Fiz inúmeros shows, participei de discos como Deus Salva…O Rock Alivia (1985) e compus diversas músicas em parceria com o Oswaldo Rock Vecchione. Perdia de dois a três quilos por show, eram apresentações muito intensas.

MONDO POP- Como foi o seu período nos EUA, e o que você fez por lá?
DANIEL GERBER
– Vivi nos EUA entre 1993 a 2013. Tive a oportunidade de ver muitos shows de artistas como Jeff Beck, e também participei de bandas como a The Mangrols e a Charlie Doc Band, esta última uma banda completa, com teclados, metais, foi uma experiência incrível. Também trabalhei com equipamentos de luz e som, área de que gosto muito. Fiz mais de 200 projetos de luz e som pelos EUA. Foi uma experiência maravilhosa em um país organizado e estabilizado. Voltei para o Brasil por causa da minha família e dos amigos, sentia muita falta da minha terra.

MONDO POP- Como surgir a Power Blues, e como você define o seu direcionamento musical?
DANIEL GERBER
– Quando voltei ao Brasil, em 2013, participei de shows do Made In Brazil e conheci a Pàulinha Mota. Resolvemos criar uma banda, que no início era de blues raiz, mas que fui eletrificando aos poucos. Hoje, fazemos um blues rock, som que começou com o Buddy Guy, seguido pelo Jimi Hendrix e que atualmente tem como grandes seguidores o Kenny Wayne Shepherd e o Joe Bonamassa, com distorções mais refinadas, pois atualmente você pode controlar melhor as frequências.

MONDO POP- Você teve importante participação no cenário do rock paulistano. Isso também influenciou o som da Power Blues?
DANIEL GERBER
– Com certeza. Quando começamos a investir em material autoral, as influências do Made In Brazil, Rita Lee & Tutti Frutti, Mutantes e Joelho de Porco, do rock paulistano dos anos 1970, veio a tona. É um som que costuma ter certas características marcantes e peculiares, como determinados riffs de guitarra, a métrica das letras etc.

MONDO POP- Mentes Criminosas, o single que vocês estão lançados, serve como um bom cartão de apresentações da banda. Como foi a escolha dessa faixa, e como você define o álbum que está sendo finalizado pela banda?
DANIEL GERBER
– Essa faixa é bem representativa do som da Power Blues, porque mistura um riff de surf rock, bateria tribal, hard rock, solo de baixo e uma letra de crítica sócio-política, mostra várias das nossas influências. O álbum, que sairá em breve, é muito eclético, pois penso que não precisamos ser lineares, é uma coisa misturada, livre.

MONDO POP- Como será o show no Madame Satã?
DANIEL GERBER
– Tocaremos as músicas que entrarão em nosso primeiro álbum e também algumas músicas de Mutantes, Rita Lee & Tutti Frutti (Corista de Rock será uma delas) e Made In Brazil (Deus Salva…o Rock Alivia, que é uma das minhas parcerias com o Oswaldo Rock Vecchione). Vou fazer uma participação especial no show da Santa Gang, também, e vão participar do nosso show o Oswaldo, o Celso e o Kim Kehl. Iremos filmar e gravar o show, para um possível lançamento em DVD, e teremos ótimas condições de som e de luz, algo que acho essencial para a nossa proposta musical.

MONDO POP- O seu álbum sairá em quais formatos? E como você vê as mudanças na forma de se lançar música geradas pela internet?
DANIEL GERBER
– O álbum sairá em CD e vinil, e também estará nas plataformas digitais. A internet abriu caminhos para todos os estágios, mudou tudo para a música em geral. Hoje, você anda com a música no bolso, em um celular. As pessoas se perdem em meio a tanto conteúdo. Você gasta bem menos para gravar, mas ninguém quer comprar, mostra o som para o mundo, mas precisa de suporte para poder sobreviver.

MONDO POP- Como superar essas dificuldades? Ainda há público para o rock no Brasil?
DANIEL GERBER
– Tem muito roqueiro no Brasil, é só conferir o número de downloads de músicas desse gênero musical em plataformas digitais como o Spotify feitos por aqui. A concorrência aumentou muito, é preciso uma dose maior de perseverança. Você precisa oferecer músicas boas e um show bom para o público. Sem um bom trabalho, você não cativa um público. As mudanças tecnológicas impulsionam as mudanças na música, sempre foi assim. O importante é emocionar as pessoas, tem de tocar o coração delas.

Mentes Criminosas– Power Blues:

Made in Brazil celebra no palco os 70 anos de Celso Kim Vecchione

Made in Brazil - Foto Marcos Kishi (1)-400x

Por Fabian Chacur

Celso Kim Vecchione entra para o hall dos setentões esta semana. Como forma de celebrar essa significativa efeméride, ainda melhor pelo fato de o guitarrista se manter firme e forte na ativa, o grupo que ele fundou há 52 anos com o irmão Oswaldo Rock Vecchione, o Made in Brazil fará um show nesta sexta (26) às 21h no Teatro UMC (Avenida Imperatriz Leopoldina, nº 550- Vila Leopoldina- fone 0xx11-2574-7749), com ingressos custando R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira). Uma verdadeira celebração ao rock and roll brasileiro, com direito a muitos convidados e muita música boa.

No palco, teremos a atual formação do grupo paulistano surgido no roqueiro bairro da Pompeia, que traz Oswaldo Rock Vecchione (vocal, baixo, gaita e guitarra), Celso Kim Vecchione (guitarra e baixo), Rick “Monstrinho” Vecchione (bateria), Guilherme “Ziggy” Mendonça (guitarra e violão), Solange A. Blessa “Sol” – (vocais de fundo), Octavio “Bangla” Lopes (sax) e os convidados Ivani Venancio (vocal) e Wanderley “Wander” Mafra (teclados).

Como se esse time entrosado e poderoso já não fosse suficiente, também vão rolar as participações especiais de amigos e ex-integrantes do grupo, entre os quais estarão Tony Babalu (guitarra), Dimas Zanelli (bateria), Wanderley Issa (teclados), Theo Werneck (violão), Daniel Gerber (guitarra), Paulão de Carvalho (Vocal), Caio Flavio (vocal), Kim Kehl (guitarra) e Paula Mota (vocal).

No repertório do show, estão escalados clássicos da banda, entre os quais Anjo da Guarda, Paulicéia Desvairada, Minha Vida é Rock ‘n’ Roll, Jack o Estripador, Os Bons Tempos Voltaram, Uma Banda Made in Brazil,Gasolina e Vou te virar de ponta cabeça. São faixas perenes do rock brasileiro, de uma banda que já teve em torno de 117 integrantes em sua extensa carreira, com direito a álbuns marcantes como Jack o Estripador (1975) e Pauliceia Desvairada (1978), e fãs do alto calibre do saudoso crítico musical e produtor Ezequiel Neves.

No momento, a banda turbinada dos irmãos Vecchione faz uma turnê comemorativa dos 50 anos de carreira, na qual aproveita para divulgar um novo lançamento, Rock Festa, disponível nos formatos CD duplo e DVD triplo. Pelo andar da carruagem, felizmente virão ainda muitas novidades boas dessa banda que fez do nosso velho e bom rock and roll a sua vida. Oh, yeah!

Veja show do Made in Brazil em 2017, em streamning:

Made In Brazil faz dois shows com LP Paulicéia Desvairada

Made in Brazil foto-400x

Por Fabian Chacur

Há 40 anos, o grupo Made In Brazil lançou Paulicéia Desvairada, considerado por muitos o melhor álbum de suas cinco décadas de existência dedicadas ao velho e bom rock and roll. Como forma de celebrar essa efeméride bacana, a banda fará na próxima quarta-feira (21) em São Paulo dois shows, respectivamente às 18h e 21h, no Sesc 24 de Maio (rua 24 de Maio, nº 109- Centro- fone 0xx11-3350-6256), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00 para cada apresentação.

Paulicéia Desvairada é o terceiro álbum da banda dos irmãos Oswaldo Rock Vecchione (vocal, baixo, violão, guitarra e gaita) e Celso Kim Vecchione (guitarra, violão, baixo e teclados), e traz homenagem à mitológica Semana de Arte Moderna Moderna de 1922, especialmente ao seu lado criativo e rompedor de barreiras. O álbum contou com a coprodução do lendário e saudoso jornalista e crítico musical Ezequiel Neves, que depois trabalharia com o Barão Vermelho.

Com 12 músicas, o LP (posteriormente relançado em CD) mostra rocks certeiros, baladas bem bacanas e blues, também, além de vocais de apoio femininos e metais. Entre outras, destacam-se a faixa titulo, Gasolina, Eu Vou Estar Com Você, Massacre, Uma Banda Made In Brazil, Massacre e Chuva. O set list dos shows trará todas essas 12 canções, e provavelmente mais alguns hits dessa banda seminal.

Além dos irmãos Vecchione, a atual formação do Made conta com Rick R.Monstrinho Vecchione (bateria), Guilherme Ziggy Mendonça (guitarra e violão), Octavio Lopes Garcia Bangla (sax), Solange Sol Blessa (vocais de apoio) e Thiago Mineiro Tavares (teclados).

Teremos como músicos convidados feras que participaram do disco e da turnê de divulgação do mesmo na época. São eles Caio Flávio (vocais), Tony Babalu (guitarra e violão), Lucinha Turnbull (vocal), Tibet (vocal), Rubens Rubão Nardo (vocal) e Naná Fernandes (guitarra). “A festa vai continuar até o mundo acabar”, como dizem versos do rockão que dá nome a esse álbum tão bacana. Uma noitada que promete se tornar histórica no centro de Sampa City!

Paulicéia Desvairada- ouça em streaming:

Tony Babalu toca com o swing roqueiro na Sala Olido-Sampa

Tony Babalu - Foto Marcos Kishi-400x

Por Fabian Chacur

Em 2017, Tony Babalu lançou um dos melhores discos de qualquer estilo musical no Brasil naquele ano, o envolvente e criativo Live Sessions II (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Além de boas críticas, ele recebeu o troféu Catavento, idealizado pelo histórico produtor musical Solano Ribeiro em parceria com a Rádio Cultura. Ele fará show em São Paulo nesta sexta-feira (3) às 19h na Sala Olido (avenida São João, nº 473- Centro- fone 0xx11-3331-8399), com entrada gratuita.

Na ativa desde a década de 1970, o guitarrista, compositor e produtor conseguiu nesses anos todos se consolidar como um dos melhores músicos de rock do Brasil. Além de ter tocado com a banda Made In Brazil e produzir trabalhos de diversos artistas, ele desenvolveu uma carreira solo dedicada ao rock instrumental, conseguindo a proeza de cativar os fãs de ousadia técnica com uma sonoridade capaz de agradar qualquer pessoa que curta rock, sem complicações.

Em seu show na Sala Olido, localizada no Centro Cultural Olido, Babalu mostrará músicas do mais recente álbum, do anterior, o também excelente Live Sessions At Mosh (2014- leia a resenha de Mondo Pop aqui) e também material inédito. Tocarão com ele Adriano Augusto (teclados), Leandro Gusmão (baixo) e Percio Sapia (bateria).

In Black (ao vivo)- Tony Babalu:

Tony Babalu reafirma amor à música em seu novo trabalho

tony babalu Capa Live Sessions II-400x

Por Fabian Chacur

Os músicos sempre correm um grande risco quando possuem muito talento: achar que são mais importantes do que a própria música que tocam/criam. Quando isso ocorre, a autoindulgência os leva a se tornarem um pálida cópia do que eventualmente já foram anteriormente. Por isso, é muito bom quando podemos presenciar um grande músico não caindo nessa armadilha. É o caso de Tony Babalu, que brilha em seu novo álbum, Sessions II, lançamento da Amelis Records com distribuição da Tratore.

Babalu está na estrada desde os anos 1970, tendo trabalhado com o Made In Brazil e outros nomes bacanas do rock brasileiro, tocando e produzindo. Sua carreira solo, totalmente dedicada à música instrumental, o firmou como um dos melhores guitarristas brasileiros, menos popular do que merece mas certamente referência entre os colegas. Aquilo que alguns chamam de “músico dos músicos”. Só que, neste caso, um cara que pode ser ouvido por todos, bastando que a pessoa tenha bom gosto e abertura para sons mais sofisticados.

Sim, sofisticado, mas não necessariamente intrincado, complicado ou, usando um termo mais chulo, “chato”, como alguns mais superficiais rotulam alguns expoentes da música instrumental. Babalu demonstra muita perícia e técnica em cada acorde e/ou solo que toca, mas sem jogar conversa fora. Ele obviamente toca para seu prazer, mas também claramente para cativar seus ouvintes, e duvido que alguém o ouça e não tire essas mesmas conclusões.

Live Sessions II é o mais do que digno sucessor do ótimo Live Sessions At Mosh (2014- leia a resenha de Mondo Pop aqui). O conceito é o mesmo, com gravação ao vivo feita de forma analógica. Estão no seu time Adriano Augusto (teclados), Leandro Gusman (baixo) e Percio Sapia (bateria), músicos talentosos que mostram ótimo entrosamento.

São seis faixas. O álbum abre com Locomotiva, rock ágil e sacudido. Meio-Fio vem a seguir, marcada por belas variações de climas. Valentina é uma espécie de balada com temperinho blues que cativa por seu lirismo. Veia Latina tem aquele tempero Carlos Santana sem cair na mera cópia. O jazz fusion marca presença na intrincada e deliciosa Encrenca, enquanto In Black encerra o CD com uma levada funk cuja guitarra rítmica tem um quê do genial Nile Rodgers, do grupo Chic.

O bacana de Tony Babalu enquanto band leader é a forma como ele se integra aos músicos que o acompanham, sempre abrindo espaços para que cada um deles também tenha seus espaços para solar e dessa forma se destacar. Sessions II é uma verdadeira profissão de fé desse grande instrumentista em relação à sua musa eterna, a música, colocando-a no pedestal e a cultuando com o devido carinho e inspiração.

Encrenca (ao vivo)- Tony Babalu:

In Black (ao vivo)- Tony Babalu:

Guitarrista Tony Babalu faz 2 shows gratuitos em São Paulo

Tony Babalu (Foto Leandro Almeida) (1)-400x

Por Fabian Chacur

Tony Babalu é um daqueles nomes que provam a força do músico brasileiro. Guitarrista desde os anos 1970, ele participou da lendária banda Made In Brazil, produziu vários artistas e também desenvolve um trabalho solo de primeira linha. Essa fera do rock e da música instrumental brasileira fará dois shows gratuitos em São Paulo, nos dias 9 (sábado) às 19h e 10 (domingo)às 18h, na Galeria Olido- Vitrine de Dança (avenida São João, nº 473- Centro- SP- fones: 0xx11 3331-8399 e 3397-0171). Programa imperdível para fãs de música instrumental com eme maiúsculo.

O guitarrista e compositor lançou recentemente o excelente álbum solo Live Sessions at Mosh (Amellis Records/Tratore), um dos melhores trabalhos da história do rock instrumental (e da música instrumental como um todo, sem restrições) já feitos no Brasil (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Altamente recomendável.

No show, Babalu contará com o apoio de banda integrada por Leandro Gusman (baixo), Adriano Augusto (teclados) e Percio Sapia (bateria). Teremos duas participações especiais de guitarristas. No sábado (9), Kim Kehl (também ex-Made In Brazil e dos Kurandeiros), e no domingo (10), Xando Zupo (das bandas Pedra e Patrulha do Espaço). No repertório, os seis temas incluídos no CD e também alguns inéditos.

Vecchione Brothers– Tony Babalu:

Brazilian Blues– Tony Babalu:

Suzi (live)- Tony Babalu:

Brasileira Eliane Elias disputa o Grammy na categoria jazz

eliane elias made in brazil capa 400x

Por Fabian Chacur

Com todo o respeito, o Grammy Latino não passa de um troféu de segunda divisão no cenário da música. Importante mesmo é o Grammy de fato, equivalente ao Oscar nessa seara artística. E a grande notícia para quem é fã dos artistas brasileiros na edição de número 38 do badalado troféu é a indicação de Eliane Elias, que concorrerá ao prêmio no dia 12 de fevereiro de 2016.

A notícia é ainda melhor se notarmos que a cantora, compositora e especialmente pianista brasileira irá concorrer como Melhor Álbum de Jazz, setor nobre e dos mais concorridos na premiação. Ela disputará com seu mais recente trabalho, o CD Made In Brazil (Concord Jazz), que terá como adversários The Rodriguez Brothers (Impromptu), Gonzalo Rubalcaba (Suite Camiño), Wayne Wallace Latin Jazz Quartet (Intercambio) e Miguel Zenón (Identities Are Changeable).

Nascida em São Paulo em 19 de março de 1960, Eliane Elias começou sua carreira como pianista ainda adolescente, na década de 1970. Em 1981, após turnê com Eddie Gomez, resolveu se radicar nos EUA, onde vive até hoje. Gravou seu primeiro álbum por lá em 1984, e em pouco tempo se consagrou como grande nome do jazz, esbanjando talento como pianista, cantora e também compositora.

Eliane gravou com grandes nomes do jazz como Randy Brecker e Herbie Hancock, além de frequentar as paradas de sucesso dos EUA e Japão. Made In Brazil é um trabalho histórico, pois consiste no primeiro álbum solo da estrela do jazz a ser gravado em sua terra natal, com a participação especial de nomes como Roberto Menescal e Marcelo Mariano, dividindo-se entre seis composições próprias e outras de Tom Jobim, Ary Barrozo e do próprio Menescal.

Você– Eliane Elias:

Banda Green Pigs abrirá para o legendário Made In Brazil

The Green Pigs foto-400x

Por Fabian Chacur

Que tal fazer o seu primeiro show abrindo para uma das mais longevas e lendárias bandas de rock brasileiras de todos os tempos? Eis o desafio que o Green Pigs irá encarar no próximo sábado (19) a partir das 21h em São Paulo no Fofinho Rock Bar (avenida Celso Garcia, 2,728- Belém), com ingressos antecipados a R$ 18,00 (mais informações em www.ticketbrasil.com ). O grupo principal é ninguém menos do que o Made in Brazil.

Formado por músicos experientes, o Green Pigs conta com Wender Mix (vocal), Eduardo Pericoro (bateria), Marcos Biaso (guitarra e vocais), Marcos Sines (guitarra e vocais) e Nelson de Souza Lima (baixo e vocais). A curiosidade fica por conta da origem de seu nome (porcos verdes, em inglês): todos os integrantes torcem pela Sociedade Esportiva Palmeiras.

Após inúmeros ensaios, um deles aberto ao público, o quinteto paulistano promete um show quente e repleto de clássicos do rock. Entre eles, teremos Born To Be Wild (Steppenwolf), Doctor Doctor (UFO), Rain (The Cult), Wasted Years e Can I Play With Madness (Iron Maiden), Always On The Run (Lenny Kravitz) e Breaking All The Rules e Show Me The Way (Peter Frampton). Ou seja, classic rock da melhor qualidade.

Criado em 1968 e mais na ativa do que nunca, o Made In Brazil já teve inúmeras formações, mantendo sempre no time os irmãos Oswaldo Rock Vecchione (baixo e vocal) e Celso Kim Vecchione (guitarra e vocais). Já passaram pelo time feras como Cornélius Lucifer, Percy Weiss, Roberto de Carvalho, Wander Taffo, Kim Kehl, Tony Babalu, Tony Osanah, Fenili e Franklin Paolilo. Coisa de Guiness Book.

Com incursões pelo hard e heavy metal, rock básico, psicodelismo, blues e até mesmo um pouco de soul music, o Made (como é carinhosamente chamado pelos fãs) gravou álbuns clássicos do rock brasileiro como Jack o Estripador (1976), Paulicéia Desvairada (1978) e Deus Salva…O Rock Alivia (1985). Também estarão na programação as bandas Cabeça de Mamute (cover dos Titãs) e Subeclipse (classic rock).

Jack O Estripador- Made In Brazil- ouça o CD em streaming:

Acervo Especial- Made In Brazil (coletânea)- Ouça em streaming:

Older posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑