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Por Fabian Chacur

Nada melhor para começar a movimentação de 2015 em Mondo Pop do que comemorar os 70 anos de idade de um dos grandes nomes da história do rock. Neste sábado (3), Stephen Stills vira setentão, ele que possui um daqueles currículos mais do que invejáveis. Felizmente, continua na ativa e fazendo coisas legais para seus inúmeros fãs mundo afora.

Stills é completo. Canta muito bem, sabe encaixar feito luva sua voz em vocalizações com feras como David Crosby, Graham Nash e Neil Young, toca violão e guitarra como poucos e é compositor de clássicos do rock do naipe de Suite: Judy Blue Eyes, Love The One You’re With, Carry On, Helplessy Hoping e Rock & Roll Woman, só para citar alguns. Cara iluminado mesmo.

Suas influências musicais são o rock, folk, country e mesmo música latina, esta última fruto dos anos que morou na América Latina na infância/adolescência. Após várias experiências, fez sucesso pela primeira vez ao integrar a banda Buffalo Springfield ao lado de Neil Young. É dele o maior sucesso do grupo, For What It’s Worth. Gravaram só três álbuns, todos recomendáveis.

Com a separação prematura do Buffalo em 1968, Stills inicialmente se preparou para uma carreira solo, além de gravar o álbum Super Session ao lado de Mike Bloonfield e Al Kooper naquele mesmo ano. Mas um encontro com David Crosby (ex-Byrds) e Graham Nash (ex-The Hollies) levou sua vida em direção a um novo rumo: o trio Crosby, Stills & Nash.

Lançado em 1969, o autointitulado álbum de estreia do CSN pode ser colocado entre os melhores trabalhos da história do rock, impulsionando o trio rumo ao estrelato, especialmente após sua brilhante atuação no festival de Woodstock. Neil Young acabou entrando no time, criando uma segunda possibilidade, o CSN&Y, que em 1970 lançou seu álbum Dèja Vu, outra obra-prima.

Naquele mesmo 1970, Stills lançou também seu primeiro álbum solo, Stephen Stills, com direito a participações especiais de Jimi Hendrix e Eric Clapton e um repertório impecável. Como o CSN e o CSN&Y trabalhavam com o conceito de liberdade para que seus integrantes fizessem trabalhos paralelos, o músico manteve a carreira solo ativa.

Mais: lançou dois discos com um novo grupo, o Manassas, no qual o outro destaque era mais um ex-integrante dos Byrds, o baixista, cantor e compositor Chris Hilman. Também fez em 1976 o ótimo Long May You Run, LP gravado em dupla com Neil Young. O CSN e o CSN&Y volta e meia voltam à tona, com ele sempre aparecendo com o devido destaque.

Sua versatilidade como músico lhe valeu, durante a gravação do primeiro álbum do CSN, o apelido de Captain Many Hands, pois o cara tocava guitarra, violão, teclados, percussão e o que mais pintasse na sua frente. Ele também participou de diversos trabalhos alheios, sendo o mais surpreendente tocando percussão em You Should Be Dancing, dos Bee Gees, em 1976.

Nos últimos anos, além de fazer turnês com o CSN (a de 2012 os trouxe ao Brasil pela primeira vez), também lançou um CD em 2013 com o projeto The Rides, ao lado dos badalados e jovens enny Wayne Sheperd e Barry Goldberg. Também lançou em 2009 o CD e DVD gravados ao vivo Live At Shepherd’s Bush, no qual relê de forma acústica e elétrica hits de toda a carreira.

Em 2013, chegou às lojas Carry On, caixa com quatro CDs contendo material oriundo de todas as fases da carreira de Stephen Stills, incluindo material inédito e raro, além de um livreto repleto de fotos bacanas, textos informativos e muitas fotos. Um verdadeiro tesouro para quem é fã desse craque do rock, e bela forma de descobrir a importância de seu trabalho.

Valeu pelo toque, Cláudio Foá, este post é dedicado a você!

Black Queen – Stephen Stills:

Stephen Stills (1970)- ouça o álbum em streaming:

Manassas -ouça o álbum em streaming: