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Alan Merrill e Joe Diffie, duas vítimas musicais do covid-19

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Por Fabian Chacur

Alan Merril (foto) e Joe Diffie provavelmente não se conheciam, pelo fato de atuarem em áreas bem distintas da música. No entanto, agora eles tem duas coisas em comum, e não das mais agradáveis: nos deixaram neste domingo (29), e ambos foram vítimas do novo coronavírus, o temível covid-19. Eles tiveram trajetórias artísticas das mais significativas respectivamente no glam rock e na música country, e se mantinham na ativa, com longas e vitoriosas carreiras.

Nascido em 19 de fevereiro de 1951 nos EUA, Alan Merrill se aproximou da cena musical no final dos anos 1960 ao ser aprovado para integrar a banda The Left Banke, que havia estourado com os singles Walk Away Renee e Pretty Ballerina. No entanto, não chegou nem a estrear, pois o grupo encerrou suas atividades logo a seguir, para sua frustração. Ele, então, resolveu se mudar para o Japão.

Naquele país, uniu-se a três músicos locais e criou em 1971 a banda Vodka Collins, que em pouco tempo se tornou a grande expressão do glam rock local. Seu álbum Tokyo-New York (1973- ouça um hit deles aqui ). Ele era o baixista e vocalista do grupo. No auge de seu sucesso, naquele mesmo 1973, Merrill descobriu que eles estavam sendo surrupiados por seus empresários, e resolveu fugir dali, rumo à Inglaterra, tentar nova sorte.

No Reino Unido, conheceu Paul Varley (baterista-1952-2008) e Jake Hooker (guitarrista-1953-2014) e montou com eles a banda The Arrows, que lançou em 1974 o seu single de estreia e seu maior hit, Touch Too Much (ouça aqui).

Até 1976, a banda lançaria um álbum e seis singles, e atraiu as atenções da britânica TV Granada, que ofereceu a eles a apresentação de um programa semanal. A atração rendeu 28 episódios entre 1976 e 1977, mas curiosamente eles não conseguiram capitalizar o sucesso televisivo em vendas de discos, pois uma briga entre seu empresário Ian Wright e o produtor musical Mickie Most os impediu de lançar novos trabalhos naquele período.

O resgate de I Love Rock ‘n Roll por Joan Jett

Em 1975, os Arrows lançaram um compacto com a música Broken Down Heart no lado A e outra no lado B, uma tal de I Love Rock ‘n’ Roll. Mesmo sendo muito boa, esta última não conseguiu bons resultados em termos de vendas, mas a composição de Merrill em parceria com Jake Hooker ganharia outro destino quando a banda a tocou na TV em 1976, e uma espectadora especial a ouviu.

Joan Jett, então integrante do grupo The Runaways, estava em turnê pela Inglaterra, e ao ver os Arrows tocando aquele rockão na TV viu na hora que aquilo tinha potencial para hit. Seu grupo não concordou, mas ela manteve a ideia de regravá-la, e isso ocorreu pela primeira vez após sua separação, em 1979, quando a roqueira fez um registro em estúdio ao lado de Steve Jones e Paul Cook, dos Sex Pistols, que só saiu em 1993 (ouça aqui).

Persistente, Joan resolveu gravar novamente I Love Rock ‘n’ Roll, desta vez com sua nova banda, The Blackhearts, e aí, tirou a sorte grande. O single com esta música (ouça aqui) atingiu o topo da parada americana em 1982, ficando lá por sete semanas e elevando de vez a roqueira ao estrelato. E isso também ajudou e muito Alan Merrill a ser relembrado na cena rocker.

A separação dos Arrows e o que veio depois

Após o fim dos Arrows, Merrill integrou brevemente uma nova banda, a Runner, que lançou um álbum autointitulado em 1977 e logo saiu de cena. Em 1980, integrou como cantor e baixista a banda do guitarrista Rick Derringer, conhecido como autor de hits como Hang On Sloopy e Rock And Roll Hoochie Koo, e gravou com ele três álbuns.

Em 1983, o célebre cantor de r&b e jazz Lou Rawls gostou tanto de uma composição da dupla Alan Merrill-Jake Hooker, When The Night Comes (ouça aqui) que não só a gravou como ainda a tornou a faixa-título do álbum que lançou naquele mesmo ano.

A essa altura dos acontecimentos, parecia estranho Merrill ainda não ter lançado um trabalho solo, e isso ocorreu finalmente em 1985. Autointitulado, o álbum trouxe participações especiais de Steve Winwood, Mick Taylor e Dallas Taylor. Ele lançaria dezenas de outros trabalhos individuais nos anos que se seguiriam.

Além de integrar a banda do roqueiro Meat Loaf de 1986 até o fim daquela década, Merrill também participou de uma reunião da sua banda japonesa, a Vodka Collins, que voltou a ser badalada após o relançamento no formato CD de seu álbum Tokyo-New York, o que ocorreu em 1990. O sucesso no Japão foi tanto que eles lançariam mais quatro álbuns até o final dos anos 1990.

Na carreira-solo, o disco mais recente de Alan Merrill foi Radio Zero (2019). Ele estava preparando um novo trabalho quando foi acometido do novo coronavírus. Sua morte foi anunciada pela filha, Laura, em um comovente post no qual relata a inicial indiferença com que ela e o pai encararam a doença, e como ela se arrepende disso, além de aconselhar as pessoas a se resguardarem nesse momento tão difícil.

A bela carreira country de Joe Diffie

Nascido em Tulsa, Oklahoma (EUA) em 28 de dezembro de 1958, Joe Diffie penou durante alguns anos para se firmar no cenário musical, tendo inclusive de encarar a falência de seu estúdio de gravação. As coisas mudaram de rumo em 1990 quando lançou seu álbum de estreia, A Thousand Winding Roads, álbum que inclui a faixa Home (ouça aqui), seu primeiro single a atingir o topo da parada country americana.

Embora não tenha conseguido fazer o crossover para a parada pop, como contemporâneos do porte de Garth Brooks e Billie Ray Cyrus fizeram, ele marcou presença com muita força nos charts country até 1995.

Outros quatro de seus singles conseguiriam liderar a parada da música rural americana: Pickup Man, Third Rock From The Sun, If The Devil Dances (In Empty Pockets) e a peculiar Bigger Than The Beatles (ouça aqui), na qual brincava que seu amor era maior do que o sucesso da célebre banda britânica.

Seu álbum mais bem-sucedido nas paradas country foi Third Rock From The Sun (1994), que atingiu o 6º lugar naquela parada de sucessos e de quebra vendeu mais de um milhão de cópias. Ele compôs canções de sucesso em parceria com nomes bacanas do cenário country como Tim McGraw, Holly Dunn e Joe Dee Messina, e gravou com outros do mesmo gabarito, entre os quais George Jones, Mary Chapin Carpenter e Marty Stewart.

Se a partir de 1996 suas vendas de discos não repetiram as mesmas performances, ele se manteve lançando novos trabalhos e fazendo shows concorridos. Em 2012, o ídolo country Jason Aldean celebrou o seu legado gravando a canção 1994, escrita em homenagem a Diffie e na qual é citado seu nome e trechos de alguns de seus maiores hits. Ele se preparava para lançar em breve I Got This, seu primeiro álbum em sete anos.

I Love Rock ‘n’ Roll– The Arrows:

Chico Lobo mostra novidades e hits em show ao vivo via internet

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Por Fabian Chacur

Há 35 anos na estrada, Chico Lobo é um dos grandes nomes da viola no Brasil. Este talentoso cantor, compositor e músico oriundo de São João Del Rei (MG) se engajou nesse movimento para levar a música ao vivo às pessoas em um período no qual os shows presenciais estão suspensos devido à pandemia do covid-19. Ele se apresentará através de seu canal do youtube (o link está aqui) neste sábado (28) às 17h o show Quarentena Ao Vivo.

No melhor estilo viola e voz, sozinho em cena, Chico se apresentará durante 35 minutos, alternando-se entre clássicos de seu repertório e algumas inéditas que estarão em seu novo álbum, atualmente em fase de gestação. Seus filhos Mateus, Luisa e Tomás se incumbirão da transmissão, enquanto o músico e amigo Tatá Symba se responsabilizará pela parte técnica.

Com mais de 25 CDs e também dois DVDs em seu currículo, Chico Lobo já teve músicas gravadas por artistas do calibre de Maria Bethânia, Mauricio Pereira e a Banda de Pau e Corda, além de dividir o palco com Renato Teixeira, Zé Geraldo, Zé Alexandre e Quinteto Violado. Ele explica o início dessa nova forma de divulgar seu trabalho:

“Nesse momento tão dramático que o meio artístico vive, temos de usar a nossa criatividade, as nossas relações e levar ao público a nossa música, a nossa esperança. Usar dessa modernidade em nosso favor. E assim chegar na casa das pessoas; criar vínculos maiores – de parceria dos artistas com o seu público. Acho isto importante e decidi ir à luta”.

Após essa apresentação solo, Lobo irá participar do Homestage Festival de Portugal, no dia 31 de março às 17h, festival virtual comandado a partir de Portugal que será realizado de 27 de março a 1º de abril com a participação de 86 artistas oriundos de 11 países.

Outra boa notícia fica por conta de ele estar organizando o Festival Quarentena Violada, que nos dias 11 e 12 de abril trará performances de 12 violeiros do primeiro escalão. Vale lembrar que os músicos tem nos shows uma parte muito importante de arrecadar fundos para a sua subsistência. Então, doações dos fãs (equivalentes ao valor de ingressos) serão bem-vindas.

CHICO LOBO apresenta: QUARENTENA AO VIVO — Show Lá em Casa
DIA: 28 de Março (sábado)
HORÁRIO: 17h
CENSURA: Livre
INGRESSO: Contribuição livre, a produção sugere o valor de R$15,00
DEPÓSITO EM CONTA: Viola Brasil Produções (CNPJ 05.725.977/0001-90) | Banco Itaú (nº 341) – Agência:3076 | Conta: 14.525-3

Chico Lobo e Maria Bethânia ao vivo:

The Pretenders liberam 2ª faixa de seu futuro álbum de inéditas

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Por Fabian Chacur

Os fãs dos Pretenders tem boas razões para sorrir. Acaba de ser disponibilizada nas plataformas digitais a faixa-título de seu novo álbum, Hate For Sale, previsto para sair no dia 17 de julho pela gravadora BMG Brasil (não confundir com o selo criado nos anos 1980 e cujo conteúdo hoje é parte do conglomerado Sony Music). Trata-se de um punk rock áspero e curto, com menos de três minutos de duração, embora nele a voz da líder da banda, Chrissie Hynde, soe melódica e suave. Trata-se da segunda música divulgada deste trabalho, que será o 11º da discografia da banda criada em 1978 e com uma carreira bastante relevante.

A outra faixa conhecida do álbum é The Buzz (ouça aqui), um rock balada com ecos dos anos 1960 e com aquela assinatura típica que levou a banda a vender milhões de álbuns e a lotar seus shows nos quatro cantos do mundo.

A produção do disco ficou a cargo do bem-sucedido produtor Stephen Street, conhecido por seus trabalhos com The Smiths, Morrisey na carreira-solo, Kaiser Chiefs e The Cranberries e que que atuou com os Pretenders nos álbuns Last Of The Independents (1994) e !Viva El Amor! (1999).

Será o 1º álbum desde Alone (2016), creditado aos Pretenders mas a rigor um trabalho solo de Chrissie. Desta vez, ela se dedica aos vocais e guitarra-base e tem a seu lado o baterista Martin Chambers (o outro integrante da formação original da banda a se manter em cena), Nick Wilkinson (baixo) e James Walbourne (guitarra), este último seu parceiro nas novas composições.

Sobre a inspiração que a motivou a escrever a letra da faixa que deu nome ao novo CD, ela deu uma declaração bem-humorada:

“Juro que essa música não é sobre Donald Trump, Boris Johnson ou Bolsonaro. Nenhuma das minhas músicas fala diretamente de política, em geral elas falam sobre ex-relacionamentos mesmo”, garante. A inspiração punk ela garante vir de uma de suas bandas favoritas, os britânicos do The Dammed.

Hate For Sale– The Pretenders:

Ney Matogrosso continua um craque da música brasileira

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Por Fabian Chacur

Se há um artista que personifica com perfeição o pop à brasileira, ele sem sombra de quaisquer dúvidas é Ney Matogrosso. Em seus quase 50 anos de trajetória musical, ele nos oferece uma mistura dos mais diversos elementos sonoros, propondo-nos, dessa forma, um som ao mesmo tempo universal, pelo acréscimo de fortes elementos da música originada no exterior, e essencialmente brasileiro, pela forma como tempera essa obra. Eis o que podemos conferir em Bloco na Rua, seu mais recente trabalho, disponível desde o fim do anos passado no formato digital e agora também em CD duplo e, em breve, em DVD físico.

Bloco na Rua é o registro do show que estreou no Rio de Janeiro em 11 de janeiro de 2019 e que, desde então, passou por diversos palcos brasileiros. A gravação ocorreu em julho do ano passado, no palco do Teatro Bradesco (SP), totalmente ao vivo, mas sem a presença de público. Chega a ser irônico se pensarmos na atual situação do show business mundial, uma atitude quase premonitória do que viria adiante.

O repertório nos oferece 20 músicas, sendo nove já gravadas anteriormente pelo artista na carreira-solo e com os Secos & Molhados, e 11 estreando em seu set list e discografia. Uma única dessas músicas é totalmente inédita, a sensacional Inominável, do compositor paulistano Dan Nakagawa. No entanto, a forma como Ney abordou cada canção dá a elas um molho de ineditismo que só quem é muito do ramo consegue fazer.

Para isso, ele contou com uma banda de apoio incrível que o acompanha há cinco anos, liderada pelo diretor musical, arranjador e tecladista Sacha Amback e que traz também os excelentes Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Maurício Negão (guitarra e violão), Dunga (baixo), Everson Moraes (trombone) e Aquiles Moraes (trompete e flugelhorn). Na faixa Postal de Amor, foi acrescentada a participação da Orquestra de Cordas de São Petesburgo.

O entrosamento entre o cantor e os músicos é impecável, fruto das diversas apresentações anteriores à gravação, e o registro da performance é padrão Ney Matogrosso, com iluminação esplêndida e detalhes cênicos que variam de canção a canção, sempre com o bom gosto e a ousadia habituais. Ney entra no palco usando uma máscara meio assustadora, que acabou sendo registrada na capa do CD duplo e que ele tira durante a primeira música.

Aliás, a apresentação visual do disco é maravilhosa, com direita a capa digipack luxuosa trazendo encarte com todas as letras das canções, fichas técnicas e fotos, além de dez deliciosos depoimentos de fãs referentes às performances do artista selecionados nas redes sociais.

Pode parecer redundante dizer isso, mas nada dessa produção toda valeria alguma coisa se a estrela da companhia não tivesse um desempenho à altura, e o ex-vocalista dos Secos & Molhados brilha com muita, mas muita intensidade mesmo. Aos 78 anos, ele se mostra mais apaixonado do que nunca por seu ofício, e mergulha com paixão e rigor técnico no repertório, tornando-o seu, mesmo que não tenha escrito nenhuma dessas músicas.

O set list de Bloco na Rua traz composições lançadas desde os tempos dos Secos & Molhados até esta década, mas elas soam com uma unidade, repletas de odes à liberdade, à coragem, à irreverência e ao lirismo (aqui e ali). O título, extraído da clássica Eu Quero é Botar Meu Bloco da Rua, de Sérgio Sampaio, reflete mesmo essa atitude de ir à luta, mesmo em tempos tão cinzas como os atuais.

Embora o show seja bom como um todo, vale destacar alguns de seus pontos altos, como a psicodélica Álcool (Bolero Filosófico), lançada em 2003 pelo autor, o DJ Dolores, a já citada Inominável, a sempre contundente Pavão Mysteriozo, hit máximo do cearense Ednardo, os clássicos de Tia Rita Lee Jardins da Babilônia e Corista de Rock, a tocante A Maçã, de Raul Seixas, e a envolvente Já Sei, de Itamar Assumpção. Sangue Latino e Mulher Barriguda, hits dos Secos & Molhados, surgem com novos e vibrantes arranjos roqueiros.

Bloco na Rua é a prova contundente de que Ney Matogrosso continua mais relevante do que nunca, mostrando que, como poucos, pode cantar os versos do grande Ednardo “não tenha minha donzela nossa sorte nessa guerra, eles são muitos mas não podem voar” sem medo de ser retrucado. Ele, pode, pelo menos em termos musicais e artísticos em geral.

Álcool (Bolero Filosófico)– Ney Matogrosso:

Alejandro Sanz e Juanes fazem um show conjunto via internet

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Por Fabian Chacur

Em tempos de corona vírus, o mundo dos espetáculos está vivendo tempos de muitas incertezas. Para dar conta de se manterem ativos, alguns artistas começam a apresentar saídas criativas. Os astros internacionais Alejandro Sanz e Juanes, por exemplo, tiveram de cancelar os shows que fariam no último final de semana em suas respectivas turnês. Ao invés de chorarem as pitangas, mostraram um caminho paliativo para atender os fãs.

A tour do espanhol Sanz se intitula La Gira (a turnê), enquanto a do colombiano Juanes leva o nome de Para Todos. Amigos de longa data, eles resolveram se reunir em um estúdio, acompanhados por cinco músicos- entre eles o consagrado pianista cubano Gonzalo Rubalcaba- e fazer um show conjunto. O evento foi transmitido via internet no último domingo (15), e teve participação do público em um chat. Eles denominaram, a performance El Gira Se Queda En Casa Para Todos (a turnê fica sendo em casa para todos).

Artistas como o britânico Yungblud e a dupla brasileira Kleiton & Kledir também prometem ações semelhantes em função dos cancelamentos de seus shows. Locais que abrigam shows fazem algo semelhante. A paulistana Audio Rebel, por exemplo, cancelou todos os shows programados para março, mas manterá (via agendamento) outras atividades do local, como ensaios, gravações e oficina de instrumentos (luthieria).

Veja a gravação do show de Alejandro Sanz e Juanes:

Curved Air e Renaissance tem shows adiados para agosto

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Por Fabian Chacur

Seguindo uma série de adiamentos de shows internacionais no Brasil, incluindo o Lollapalooza (previsto agora para dezembro, seria em abril) e Sammy Hagar (seria este mês, ainda sem nova data), desta vez é a turnê que reuniria os grupos britânicos Curved Air e Renaissance que teve de ser reescalonada. Segundo comunicado oficial da produtora Top Cat, os shows, que ocorreriam nos dias 19, 21 e 22 deste mês, não poderão ser realizados por causa da crise gerada pela pandemia mundial do corona vírus.

Felizmente, já temos novas datas confirmadas para as apresentações das históricas bandas de progressive folk. São elas 20 de agosto (São Paulo, no Espaço das Américas), 21 de agosto (Rio de Janeiro, Vivo Rio) e 22 de Agosto (Belo Horizonte, no Palácio das Artes).

O adiamento ocorreu por recomendação de órgãos superiores e em função da nota divulgada esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Será a segunda visita do Renaissance ao Brasil, e a primeira do Curved Air.

Leia mais sobre os shows e as bandas aqui.

Ashes Are Burning– Renaissance:

Arnaldo Brandão relembra seus tempos de Londres em videoclipe

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Por Fabian Chacur

Um clipe e uma canção podem nos levar para recantos distantes de nossas capacidades sensoriais habituais. Esse é o dom evidente de Luciana In The Sky, nova gravação solo do lendário Arnaldo Brandão, canção escrita em parceria com o feríssima Tavinho Paes na qual eles recriam de maneira divertida e evocativa tempos vividos na Londres de 1973, mesclando cenas atuais do roqueiro em estúdio com registros da época em super 8 nos quais ele aparece com Claudia O’Reilly e outros amigos.

Incumbindo-se com a classe habitual de vocal, violão, guitarra e piano, Arnaldo é acompanhado nesta gravação por Lourenço Monteiro (bateria), Flavia Couri (baixo), Alberto Mattos (piano e acordeon) e Robson Riva (percussões). O clima é de psicodelia pura, com bem digeridos ecos da criação dos Beatles na fase 1966/1967. As cenas trazem até uma rápida passagem da capa do icônico Aladdin Sane, clássico LP de David Bowie lançado naquele 1973.

Com 68 anos de idade e nascido no Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1951, Arnaldo Brandão começou a se tornar conhecido na cena musical integrando o grupo The Bubbles, que depois virou A Bolha. Após alguns anos morando em Londres, ele tocou (só para citar dois nomes básicos) com Raul Seixas e Caetano Veloso em momentos seminais de suas trajetórias nos anos 1970 e 1980.

Depois, alçou voos autorais em projetos como o Brylho (do megahit Noite do Prazer, da qual é um dos autores) e o Hanói-Hanói, de sucessos como Totalmente Demais e tantos outros. Cantor, compositor, multiinstrumentista, é além disso tudo uma figura de uma simpatia adorável. Que essa faixa seja a amostra de muitas coisas boas a surgirem com a sua assinatura nos próximos tempos.

Luciana In The Sky (clipe)- Arnaldo Brandão:

Alexandre Arez interpreta canções românticas em SP

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Por Fabian Chacur

Há cerca de duas décadas na estrada, o cantor e compositor Alexandre Arez tem como marca registrada a categoria ao interpretar canções românticas. Nesse universo sonoro, uma de suas vertentes favoritas é o bolero. E é exatamente este passional gênero musical o tema básico do show que ele proporcionará ao público paulistano nesta sexta-feira (13) às 21h no Paris 6 Burlesque Music Hall (rua Augusta, nº 2.809- Jardins- fone 0xx11-3086-0009), com ingressos ao preço único de R$ 90,00.

Acompanhado por Erick Pontes (violão e guitarra), Marcelo Góis (baixo), Lucas Serra (teclados) e Lukas Felli (bateria), Arez nos apresentará clássicos eternos como Solamente Una Vez, Besame Mucho, Negue, El Dia Que Me Quieras, Sabor a Mi, Jurame e Perfidia, além das autorais Mi Bolero Favorito e Sem Juízo.

Leia mais sobre Alexandre Arez aqui.

Jurame / Sabor a Mi / Perfidia – Alexandre Arez:

Vanguart mostra novas músicas e seus hits com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Lá pelos idos de 2003, surgiu em Cuiabá, Mato Grosso, o embrião do que viria a ser o Vanguart. Desde então, muita água passou por debaixo das pontes do Brasil e do mundo, mas o grupo de folk-rock permanece firme e forte. Lógico que com muitas idas e vindas, nesses anos todos. Com duas músicas novas, eles farão um show em São Paulo no dia 15 (domingo) às 19h na Casa Natura Musical (rua Artur de Azevedo, nº 2.134- Pinheiros- fone 0xx11-3031-4143), com ingressos de R$ 30,00 a R$ 120,00.

O Vanguart atualmente é um trio, que traz o seu fundador, Helio Flanders (voz, piano e trompete), seu fiel escudeiro desde o início Reginaldo Lincoln (baixo e vocal) e Fernanda Kostchak (violino), que se incorporou ao time feito uma luva a partir de 2011. No show deste domingo, complementarão a escalação Kezo Nogueira (bateria), Pedro Pelotas (teclados) e Fabricio Ganbogi (guitarra).

O repertório traz como principais atrativos duas canções inéditas em álbuns da banda. Uma é a deliciosa e singela Sente, disponibilizada na internet em dezembro de 2019 e com um clipe muito legal gravado na rua 25 de Março, em São Paulo, agitado centro do comércio popular na cidade. A outra, O Amor é Assim, só entrará nas plataformas digitais no próximo dia 20, sendo assim apresentada ao público deste show em primeira mão.

Lógico que músicas do mais recente álbum de estúdio de inéditas da banda, Beijo Estranho (2017), e de seu projeto especial Vanguart Sings Bob Dylan (2019), dedicado aos clássicos do astro americano que tanto os influenciou, também estarão no repertório do espetáculo, assim como outros hits bacanas.

Sente (videoclipe)- Vanguart:

Feito Gente reúne remasters de dois álbuns de Walter Franco

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Por Fabian Chacur

O genial Walter Franco infelizmente nos deixou em outubro de 2019 (leia mais sobre ele aqui). Como forma de resgatar momentos importante de sua carreira, a Warner Music Brasil lança nesta sexta (6) o álbum duplo Feito Gente, curiosamente disponibilizado apenas no formato físico, mais precisamente CD, algo atípico nos tempos do streaming.

Em versões remasterizadas, Tudo Bem traz o conteúdo na íntegra de dois dos mais importantes e influentes álbuns do cantor, compositor e músico paulistano que teria completado 75 anos de idade no último dia 6 de janeiro. São eles Ou Não (1973, o famoso disco da capa branca com uma mosca) e Revolver (1975).

São dois trabalhos envolventes, mesclando com total desenvoltura rock de vários teores, música experimental e ritmos brasileiros, com direito a letras concisas e profundas. Tudo isso amarrado pela voz inconfundível do artista. Cabeça, Revolver, Feito Gente e Me Deixe Mudo são alguns dos pontos altos desses discos cujo termo seminais é o mais adequado para defini-los.

Eis o conteúdo de Feito Gente:

CD 1

Feito Gente
Eternamente
Mamãe D’agua
Partir Do Alto/Animal Sentimental
Pensamento
Toque Frágil
Nothing
Arte E Manha
Apesar De Tudo É Leve
Cachorro Babucho
Bumbo Do Mundo
Pirâmides
Cena Maravilhosa
Revolver

CD 2

Mixturação
Água E Sal
No Fundo Do Poço
Pátio Dos Loucos
Flexa
Me Deixe Mudo
Xaxados E Perdidos
Doido De Fazê-Lo
Vão De Boca
Cabeça

Ouça o álbum Revolver em streaming:

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