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The Struts gravam single em parceria com Paris Jackson

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Por Fabian Chacur

A ótima banda inglesa The Struts (leia mais sobre eles aqui), uma das melhores da atualidade, lançou em outubro de 2020 o álbum Strange Days. Inquietos como de praxe, eles já estão com uma novidade devidamente disponibilizada nas plataformas digitais. Trata-se de Low Key In Love, single que conta com a participação especial de Paris Jackson, a talentosa filha do grande e saudoso Michael Jackson.

A dobradinha entre eles teve origem quando Paris viu, há alguns anos, o quarteto inglês abrindo um show da banda americana Motley Crue. O namoro se concretizou quando o grupo resolveu convidá-la para participar do novo single, convite aceito de imediato. E o resultado foi dos melhores.

Deliciosa, Low Key In Love é uma balada rock baixos teores que lembra bastante a estrutura de um clássico de 1978 dos Rolling Stones, Beast Of Burden, sem, no entanto, soar com um plágio descarado. O ótimo álbum Strange Days contou com participações especiais de Tom Morello, Albert Hammond Jr. (dos Strokes) e dos integrantes do Def Leppard Joe Elliot e Phil Collen.

Low Key In Love (clipe)– The Struts e Paris Jackson:

Paris Jackson lança Let Down, o 1º single solo da filha de Michael

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Por Fabian Chacur

Hipnótico, agridoce, tocante, envolvente. Esses termos podem ser usados para definir Let Down, primeiro single solo da cantora, compositora, musicista, atriz e modelo Paris Jackson. Antes que você me pergunte, a resposta é: sim, a moça em questão é a filha de Michael Jackson. A canção foi lançada nesta sexta (30) e é a primeira amostra de Wited, álbum que ela promete lançar no dia 17 de novembro.

O primeiro mérito de Let Down é não ter rigorosamente nada a ver com o trabalho do Rei do Pop, sendo uma balada folk composta por Paris em parceria com Andy Hull, da Manchester Orchestra. No clipe, a garota de 22 anos mostra toda a sua expressividade como atriz, em meio a um baile de máscaras vitoriano que termina de forma trágica e digna de um filme de terror, embora tenha um visual clássico e muito elegante. Puro bittersweet, por sinal.

Além da carreira solo, a moça também integra o interessante duo folk pop The Soundflowers ao lado do cantor, compositor Gabriel Glenn. Eles lançaram um EP em junho, e uma das faixas, You Look (Glorious) (ouça aqui) contou com a produção do irmão delam, Prince Jackson.

Em comunicado enviado à imprensa, a bela garota deu algumas impressões acerca desse primeiro single solo: “Esta música significa muito para mim porque, embora seja uma pequena parte de uma história muito maior, coloquei meu coração e minha alma nela”.

Let Down (clipe)- Paris Jackson:

Olodum celebra seus 40 anos com novo EP e playlist digital com hits

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Por Fabian Chacur

O Olodum é um patrimônio cultural da humanidade. Sim, e não há exagero nessa afirmação. Afinal de contas, o grupo cultural baiano se expandiu do Pelourinho, em Salvador, rumo aos quatro cantos do mundo, indo além da música, onde tornou-se marca de criatividade, e tornando-se uma instituição cultural de peso. Como forma de celebrar seus 40 anos de vida, a Warner Music acaba de lançar o EP Olodum 40 Anos e uma playlist, disponíveis nas plataformas digitais Spotify e Deezer.

Criador da incrível batida percussiva que recebeu o rótulo de samba reggae, o Olodum lançou 25 álbuns e 2 DVDs, e emplacou hits certeiros e irresistíveis como Requebra, Nossa Gente (Avisa Lá), Cartão Postal e Revolta Olodum, além de participar de gravações e clipes históricos de importantes artistas internacionais, entre os quais as icônicas The Obvious Child (1990), de Paul Simon, e They Don’t Care About Us (1996), de Michael Jackson.

O novo EP traz duas faixas compostas por Alisson Lima. O Nome da Rosa tem leve inspiração no romance homônimo de Umberto Eco, enquanto Sereia é inspirada no candomblé e venceu o Festival de Música e Artes Olodum de 2018. Minha Tez homenageia o eterno maestro Neguinho do Samba (1955-2009), um dos principais responsáveis pela criação da batida inovadora da banda, enquanto A Ver Navios é a releitura de canção gravada originalmente pela banda em 1992.

Como forma de dar uma geral nos principais sucessos do grupo cultural baiano, a Warner também preparou uma playlist que traz um total de 40 faixas, incluindo as quatro inéditas do EP e também dando uma geral em seus principais sucessos. Vale lembrar que o Olodum também possui escola, trupe de teatro e fábrica de carnaval, além de ter tido parcerias com outros artistas internacionais de peso, como Ziggy Marley, Jimmy Cliff e Alpha Blondy.

O Nome da Rosa– Olodum:

Michael Jackson, rei do pop e sua viagem à Terra do Nunca

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Por Fabian Chacur

Michael Jackson teria completado 60 anos de idade nesta quarta-feira (29), se não nos tivesse deixado no dia 25 de junho de 2009. Mas confesso que nunca conseguiria imaginar este cantor, compositor, produtor, dançarino, entertainer etc como um tiozinho de meia-idade. Ele entrou no imaginário coletivo ainda criança, e esse espírito juvenil esteve a seu lado durante seus 50 anos e alguns meses de vida. Eternamente na Terra do Nunca, e seu inconteste rei do pop.

Oriundo de uma família repleta de irmãos e irmãs talentosos, ele no entanto não demorou a se mostrar o mais promissor de todos. O pai, Joseph, percebeu isso rapidamente. Se sua fama de tirano com os herdeiros se tornou lendária, não dá para negar que ele lhes ensinou uma forte senso disciplinar, bom caminho para quem deseja se tornar estrela da música. E desde molequinho Michael se mostrou um apaixonado por trabalho, o típico workaholic.

Se você quer ser o melhor, aprenda com e fique perto dos melhores, e isso ocorreu com o autor de Billie Jean durante toda a sua vida. Ao assinar com a Motown Records, ele e seu grupo, o Jackson 5, teve a oportunidade de trabalhar com o genial Berry Gordy. Logo no primeiro single pela gravadora, I Want You Back, lançado em 7 de outubro de 1969, ficava claro que algo novo estava surgindo no cenário do pop, com aqueles garotos energéticos e aquele molequinho vibrante a comandá-los, repleto de carisma e simpatia.

Até 1975, Michael aprendeu muito na gravadora surgida em Detroit. Só que, em um determinado momento, ficou claro que lá ele não conseguiria desenvolver plenamente suas aptidões, especialmente as de compositor e produtor. Aí, seu próximo passo, ao lado dos irmãos (exceto Jermaine, que preferiu ficar na Motown), foi assinar com a Epic. No início, optou por ser produzido por outros mestres da música, Kenny Gamble e Leon Huff (os criadores do “Som da Filadélfia”), mas sabendo ser aquele um momento provisório. Um novo aprendizado.

Em 1978, os Jacksons lançaram o álbum Destiny, e nele Michael Jackson daria pistas do que viria a seguir, com músicas fortes como Blame It On The Boogie (de Mick Jackson, que apesar do sobrenome não era seu parente) e Shake Your Body (Down To The Ground) (esta, parceria dele com o irmão Randy). O encontro com o produtor Quincy Jones na gravação da trilha do filme The Wiz, no mesmo ano, completaria a expectativa de dias ainda melhores.

No ano em que completou 21 anos, Michael Jackson já tinha muito o que comemorar. Sua trajetória com o Jackson 5/The Jacksons se mostrava até então repleta de grandes momentos. A carreira solo, iniciada ainda em 1971 com Got To Be There, também gerou belos frutos e inúmeras gravações maravilhosas. Se por ventura ele não conseguisse ir adiante, já teria um número de hits suficientes para lhe dar um lugar eterno na história da música pop.

Mas a ambição do rapaz era imensa, e seu talento lhe possibilitava ir muito além. E essa transformação de astro pop infanto-juvenil dos melhores para rei do pop teve início naquele 1979 com o lançamento do excepcional Off The Wall. O álbum fez tanto sucesso que a grande questão no cenário pop do início dos anos 1980 era de como aquele artista faria para conseguir lançar um novo trabalho tão impactante.

A resposta foi Thriller (1982), o disco mais vendido de todos os tempos, que de uma vez por todas o tornou um astro sem fronteiras. Michael sempre quis ser um artista que superasse as barreiras de raça, credo, idade e classe social, e conseguiu isso de forma avassaladora, vencendo até o preconceito inicial da MTV contra a música negra.

Michael Jackson consagrou-se como um artista completo: cantor excepcional, dançarino intenso, compositor de primeira, especialista em shows cativantes e o rei dos videoclipes. Sua trilogia Off The Wall, Thriller e Bad (1987), com sua fusão de black music, rock, pop e romantismo, mostrou ser a mais potente de todos os tempos.

Lógico que ninguém conseguiria ficar impune ao impacto desse sucesso todo, ainda mais alguém que a rigor não teve tempo de curtir a infância e adolescência, por viver uma trajetória totalmente dedicada ao trabalho. Aí, ele se viu envolvido em transformações visuais questionáveis, boatos terríveis sobre possíveis envolvimentos libidinosos com crianças, investimentos megalomaníacos como sua Disneylândia particular chamada Neverland e outros quetais. E tome quetais!

Sou um desses possíveis ingênuos que não acredita que Michael tenha assediado de fato alguma criança. Não alguém que sofreu tanto com a rigidez do pai. Na verdade, o mais provável é que ele amava ficar próximo das crianças como forma de, com esse convívio, vivenciar a infância a que não teve direito. Mas são questões irrelevantes e de cunho pessoal, no fim das contas. Como dizem por aí, visto de perto ser humano algum é normal. E ele era isso, um ser humano, apenas.

Como artista, Michael Jackson nos deixou um legado maravilhoso, mesmo que, a partir de 1996, pouco tenha nos oferecido que se comparasse ao que fez em seus anos de ouro. Aliás, uma das causas de sua morte prematura pode ter sido a pressão exercida por ele em si próprio, no propósito de realizar uma turnê que superasse todas as suas conquistas anteriores. Só que o nosso ídolo não tinha mais saúde para isso, e pagou um preço muito alto pela ousadia.

Uma pena. Com a morte prematura, Michael Jackson enfim chegou à Terra do Nunca, conquistando a juventude eterna e ficando distante das imensas dificuldades da convivência com os seres humanos, repletos de contradições e maledicências. A qualidade de seu legado, da infância até os trabalhos lançados de forma póstuma, certamente embalará e alegrará as vidas de muitas novas gerações, nos anos que virão por aí.

Forever, Michael!

One Day In Your Life– Michael Jackson:

Morre Rod Temperton, autor de grandes sucessos do pop

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Por Fabian Chacur

Rod Temperton. Esse nome pode não ter registro para você, mas diversas canções assinadas por ele, sozinho e com parceiros, certamente terão. Que tal Thriller, Rock With You, Off The Wall, Give Me The Night e Love x Love, só para começar a conversa? Pois infelizmente ele entrou na lista das grandes perdas no mundo musical em 2016. Sua morte foi anunciada nesta quarta (5) por Jon Platt, CEO da editora Warner Chappel, que editou suas composições. Ele tinha 66 anos.

Este cantor, compositor e tecladista britânico nasceu no mesmo dia e mês de outro gênio da música pop, John Lennon, só que no ano de 1949. Ele começou a se tornar conhecido no meio musical ao integrar a banda Heatwave, com a qual lançou dois ótimos álbuns, Too Hot To Handle (1976) e Central Heating (1978). Ele compôs os principais hits do grupo, as ótimas Boogie Nights, Always & Forever e The Groove Line.

Temperton, no entanto, não curtia ficar à frente dos holofotes, e resolveu sair da banda, passando a se dedicar apenas ao ofício de compor. Na mesma época, o genial produtor Quincy Jones começava a selecionar repertório para o disco que iria produzir para Michael Jackson em 1979, e pirou quando ouviu os discos do Heatwave. Ele pediu para o inglês lhe mandar material, e três músicas acabaram entrando no álbum: Off The Wall (que de quebra virou faixa título), Rock With You e Burn This Disco Out. Pronto. O cara virou o dono da festa.

Em 1980, foi a vez de George Benson investir nele, e gravou duas de suas composições, outras pérolas pop: Give Me The Night (faixa título de novo!) e Love x Love. Essa verdadeira vocação para escrever faixas-título para os outros atingiu o auge em 1982, com nada menos do que Thriller, que além dessa canção trouxe mais duas outras maravilhas de Mister Temperton, Baby Be Mine e The Lady In My Life. Com o rendimento desses três álbuns, sua aposentadoria já estaria garantida.

Só que o cara preferiu continuar trabalhando, além de ser procurado por inúmeros outros artistas em buscas de boas músicas, alguns deles produzidos por Quincy Jones. Dessa forma, vieram Stomp! (com os Brothers Johnson), Ya Mo B There e Sweet Freedom (com Michael McDonald), Love’s In Control (Finger On The Trigger) (com Donna Summer) e Miss Celie’s Blues (Tata Vega), esta última composta em parceria com Quincy e Lionel Richie para a trilha do filme A Cor Púrpura (1985).

As canções do ex-tecladista do Heatwave também foram gravadas por artistas do porte de Karen Carpenter, Aretha Franklin, The Manhattan Transfer e Herbie Hancock, só para citar alguns. Avesso à mídia e à exposição perante o público, Temperton ganhou o apelido de The Invisible Man. A partir dos anos 1990, passou a atuar de forma mais espaçada, mas ainda assim nos ofereceu músicas ótimas como Family Reunion, gravada por George Benson em 2009. Ele também teve várias músicas incluídas no álbum Back On The Block (1989), que rendeu inúmeros prêmios a Quincy Jones. Adivinhe quem assinou a faixa título?

Give Me The Night– George Benson:

Tito Jackson segue a trilha de sucesso de seus oito irmãos

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Por Fabian Chacur

Quando se pensa na célebre família Jackson americana, o nome de Michael, o eterno Rei do Pop, é o primeiro a ser lembrado. Mas todos os nove irmãos e irmãs conseguiram algum sucesso comercial. Na verdade, só faltava um obter êxito sozinho. Agora, não falta mais. Trata-se de Tito, que era o guitarrista do Jackson 5/The Jacksons e que nunca havia lançado um trabalho solo. Seu single Get It Baby, com participação do rapper Big Daddy Kane, entrou esta semana em duas paradas da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial.

Get It Baby é a primeira canção a ser divulgada do álbum Tito Time, o primeiro CD solo do também cantor e compositor nascido em 15 de outubro de 1953, previsto para ser lançado em outubro pelo selo Spectra Music Group. O single atingiu o nº30 na parada Billboard + Twitter e nº26 na Adult R&B Songs. As informações foram divulgadas esta semana na versão online da Billboard americana, e mostram que o álbum tem tudo para obter boa repercussão quando chegar ao mercado.

E essa não é a única notícia envolvendo Tito. No mês de maio, ele esteve no Rio de Janeiro gravando um clipe ao lado de Mart’nália no Morro Dona Marta, no lugar onde seu irmão gravou cenas do clipe da música They Don’t Care About Us e onde hoje temos uma estátua do autor de Billie Jean. Ele também gravou cenas na Bahia. A canção, intitulada Winning By Giving, renderá fundos para uma fundação beneficente.

A história de sucesso dos Jacksons nas paradas de sucesso começou em 1969, quando o single I Want You Back saiu e em pouco tempo atingiu o primeiro lugar nos EUA, fato que outros três compactos do Jackson 5 repetiriam. O legal é que eles obteriam também sucesso em suas tentativas individuais. Michael, o líder do clã, teve 29 hits nos EUA, sendo que 13 deles abocanharam o primeiro lugar nos charts.

Logo a seguir vem Janet, com 27 hits, sendo 10 primeiros lugares. Jermaine, que era o segundo na hierarquia do Jackson 5, conseguiu 17 hits pop, sendo dois deles top 10. A maluquete Latoya obteve 9 na parada r&b/hip hop. A irmã mais tímida Rebbie obteve 7. Randy teve 3, enquanto Marlon e Jackie obtiveram 2 cada. E, agora, Tito pode se gabar de também ter o seu. Será o primeiro de uma série? Veremos, pois tudo é possível nesta família Jackson.

Veja entrevista com Tito sobre Get It Baby:

Ouça um trecho de Get It Baby, ao vivo:

Michael Jackson, aniversário de nº 54

Por Fabian Chacur

O mais lógico para quem trabalha com efemérides é lembrar de datas redondas. Se vivo estivesse, Michael Jackson completaria nesta quarta-feira (29) 54 anos. Mas quer saber? Deu vontade de escrever algo sobre ele, que nos deixou naquele lamentável 25 de junho de 2009, com apenas 50 anos. Então, lá vamos nós.

Poucos cantores e compositores conseguiram atingir um número tão grande de pessoas como esse inesquecível astro americano. Muita gente só tem em comum o fato de amar a música de Michael Jackson, por exemplo. Ele foi muito além do universo da black music, cativando os corações de todas as raças, credos e faixas etárias.

Desde o estouro de seu primeiro sucesso como integrante do Jackson 5, I Want You Back, até sua morte, 40 anos depois, este gênio da música popular conseguiu construir uma obra repleta de clássicos que tocam a alma de todos seus milhões de novos e velhos fãs.

Soul, pop puro, funk, rhythm and blues moderno, romantismo, pitadas bacanas de rock, até jazz, standards… Na verdade, Michael sabia cantar qualquer coisa. E isso desde criança. Ele foi um dos raros astros mirins a conseguir superar o trauma da mudança de timbre vocal.

Do timbre pra cima, emocionante e quase gritado do moleque, ele posteriormente passou a investir em suavidade, sensualidade e muito, mas muito swing mesmo.

Como forma de comparar essas duas fases, selecionei quatro vídeos com músicas bem bacanas.

Primeiro, o moleque agitado de cabelo black power e muita alegria mandando ver na sacudida I Wanna Be Where You Are, de 1972, na qual nosso ídolo esbanja energia, garra e sensibilidade. Um clássico maravilhoso do início de sua carreira solo.

One Day In Your Life, de 1975, já mostra um Michael caminhando para a maturidade, em interpretação que consegue conciliar sutileza e potência vocal, em uma dessas baladas simples e doces capazes de nos arrancar lágrimas sem dificuldade.

Shake Your Body (Down To The Ground), que ele gravou com os Jacksons em 1978 no antológico álbum Destiny, já mostra de forma clara como seria o novo Michael Jackson, em um balanço irresistível no qual sua voz sensual e vigorosa dá o tom.

Human Nature encerra essa seleção mostrando como em 1982 aquele garoto incrível de One Day In Your Life havia evoluído ainda mais, como se isso fosse possível (e foi!), em uma das baladas mais sensuais e doces de todos os tempos.

Muitos artistas provavelmente dariam um braço, uma perna, uma boca, uma língua para terem gravado quatro canções como essas com tamanha categoria. E todos sabemos: Michael Jackson gravou inúmeras outras com a mesma habilidade, sensibilidade e genialidade. Não dava para eu deixar o aniversário dele passar em branco!

Três anos sem o genial Michael Jackson

Por Fabian Chacur

Normalmente eu só me ocupo de efemérides referentes a datas redondas, tipo cinco, dez, vinte anos etc. Mas a morte de Michael Jackson aos 50 anos de idade me pareceu um fato tão irreal que não dá para deixar passar esses três anos sem o Rei do Pop. Não mesmo. Então, lá vou eu.

Como nossa diferença de idade era muito pequena (ele nasceu em 1958, eu, em 1961), tive a oportunidade de acompanhar sua carreira em tempo real, e virar seu fã logo com seu primeiro sucesso, I Want You Back, gravada com o Jackson 5.

Durante esses anos todos, sua figura foi onipresente no meio musical que eu acompanhei. Primeiro como o garoto prodígio que cantava com a técnica e a emotividade de um adulto. Melhor até! I’ll Be There, Ben, I Wanna Be Where You Are,Happy, Got To Be There, ABC..

Depois, como aquele adolescente cuja voz ia mudando de timbre, sem perder a beleza e a originalidade. As músicas One Day In Your Life e Dancing Machine são as primeiras que surgem em minha mente como trilha sonora para esse momento.

Aí, em 1978, entra em cena o MJ adulto, arrebentando em Shake Your Body (Down To The Ground) e Blame It On The Boogie, já com os Jacksons (nova encarnação do Jackson 5) e no ano seguinte com Rock With You, Don’t Stop Til You Get Enough, Working Day And Night e Girlfriend, de seu primeiro disco solo adulto, o magnífico Off The Wall.

Jà havia completado meus 21 anos quando surgiu Thriller (1982), álbum fenomenal que em 1985 ainda insistia em se manter emplacando hits nas paradas, entre as quais a faixa título, Billie Jean, I Wanna Be Startin’ Somethin’, The Girl Is Mine, Beat It, Human Nature

Em 1987, ainda iniciante no cenário do jornalismo musical, tive a honra de participar da festa de lançamento (na extinta Up And Down, na rua Pamplona, em São Paulo) do álbum Bad, quando tivemos a oportunidade de ouvir em primeira mão faixas como Bad, The Way You Make Me Feel, Man In The Mirror, Dirty Diana, Smooth Criminal… Escrevi uma revista especial sobre Michael e esse disco para a editora Imprima.

Quando o astro fez dois shows históricos no estádio do Morumbi, em outubro de 1993, na turnê que divulgou o álbum Dangerous (1991) eu estava lá, com direito a visitar os camarins do Rei do Pop (sem ele dentro, obviamente…), ficar de plantão na frente do hotel Mofarrej, na alameda Santos, onde ele ficou hospedado, e a entrevistar o garoto que um carro da comitiva dele atropelou e que acabou sendo visitado pelo autor de Billie Jean.

Ou seja, cada passo de Michael Jackson era acompanhado por mim no decorrer dos anos. No dia de sua cerimônia fúnebre, em 6 de julho de 2009, lá estava eu ao vivo, ao lado da apresentadora Luciana Liviero, fazendo comentários sobre Michael na TV Record.

Fica difícil acreditar que esse irmãozinho se foi. Um cara que conseguiu algo difícil: unir fãs de todos os países, raças, origens, classes sociais, sexos etc em torno de sua música, que foi, é e será a trilha sonora da vida de todos nós. Olhe por nós, Rei do Pop, esteja onde estiver, e more para sempre em nossos corações, pois we wanna rock with you forever!

Veja o clipe de Rock With You, com Michael Jackson:

The Jacksons iniciarão turnê em junho

Por Fabian Chacur

The Jacksons, uma das primeiras boy bands da história, além de uma das mais bem-sucedidas em termos comerciais, vai voltar à cena. Em comunicado à imprensa, os irmãos Jackie, Jermaine, Marlon e Tito comunicaram que iniciarão no dia 18 de junho, na cidade de Louisville, uma turnê pelos EUA com 27 datas já confirmadas até o momento.

Com o título Unity Tour 2012, o quarteto passará entre 18 de junho e 29 de julho por cidades como Nova York, Atlantic City, Washington, Dallas e Los Angeles, entre outros. Um dos palcos deverá ser o célebre Apollo Theater (Nova York), um dos grandes templos da black music mundial.

No mesmo comunicado, Jermaine, vocalista e baixista, não escondeu seu entusiasmo com o retorno, que ocorre em termos de shows após quase 30 anos (a última turnê dos Jacksons, Victory, ocorreu em 1984):

“Estou muito feliz e empolgado por atuar novamente nos palcos ao lado dos meus irmãos. Não vejo a hora de cantar de novo todas essas músicas que fazem parte de todas as nossas vidas. Estamos prontos e comprometidos a manter o legado de nossa família vivo e atuar novamente com o mais alto grau de excelência, criatividade e acima de tudo integridade”.

Só tem um “pequeno” probleminha: o quinto integrante da formação original do lendário Jackson 5, um certo Michael Jackson, infelizmente morreu em 2009 e não estará presente nos shows. Fica a curiosidade de saber como os fãs irão encarar essa turnê, e qual será a sua reação. Será que teremos shows cancelados? Com a palavra, o futuro próximo.

Veja o Jackson 5 ao vivo em 1972:

Adele quebra recorde de Michael Jackson

Por Fabian Chacur

Enquanto batalha para se recuperar de um problema de saúde que a afastou dos palcos e do contato com os fãs durante uns tempos, Adele tem a oportunidade de comemorar mais um belo feito em sua carreira.

21, segundo trabalho da cantora e compositora britânica, completou esta semana 39 semanas consecutivas entre os cinco mais vendidos na parada de sucessos da revista americana Billboard, a bíblia da indústria fonográfica.

Dessa forma, o álbum conseguiu superar nada menos do que Bad, de Michael Jackson, que até então era o recordista nesse setor, tendo se mantido durante 38 semanas entre os cinco mais vendidos na terra de Barack Obama e Bill Clinton.

E tudo leva a crer que o CD não irá cair fora dessa posição tão cedo. Na última semana, 21 vendeu 113 mil cópias, e voltou a subir, indo do 5º para o 3º lugar. Essa garota é mesmo um fenômeno de vendas, felizmente ligado a um talento musical incontestável.

Veja o clipe de Someone Like You, de Adele:

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