Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: michael johnson

Os grandes nomes da música que nos deixaram em 2017

chuck berry-400x

Por Fabian Chacur

Mais uma vez tivemos um ano repleto de perdas dolorosas, no meio musical. Lógico que o natural da existência é isso mesmo, as pessoas nascem, crescem e um dia nos deixam rumo ao desconhecido. Mas de uns três anos para cá, as perdas no cenário da música se tornaram simplesmente lamentáveis. Muita gente boa se foi. Ficam as suas lembranças, e, especialmente, as suas obras, que curtiremos até que chegue a nossa vez.

Chuck Berry, Belchior, Chris Cornell, Pat DiNizio, Grant Hart, Jerry Adriani… Muitas lágrimas rolaram durante os 12 meses de 2017. Abaixo, seguem os links com os textos que Mondo Pop fez para celebrar o trabalho desses artistas tão importantes:

John Wetton:

Morre John Wetton, o incrível cantor e baixista de prog rock

Al Jarreau:

Al Jarreau, aos 76 anos, leva a sua belíssima voz para o céu

Chuck Berry:

Chuck Berry, ou um sinônimo para a expressão rock and roll

Tommy LiPuma:

Tommy LiPuma, um produtor lendário, morre aos 80 anos

Joni Sledge (do grupo Sister Sledge):

Morre Joni Sledge, integrante do grupo vocal Sister Sledge

Belchior:

Belchior nos deixa fina poesia, brilho e belíssimas canções

Jerry Adriani:

Jerry Adriani: um ser humano adorável e um grande artista

Gregg Allman (do grupo The Allman Brothers):

O roqueiro Gregg Allman nos deixa aos 69 anos de idade

Kid Vinil:

O Kid Vinil, gentleman que se tornou um herói real do Brasil

Chris Cornell (do grupo Soundgarden):

Chris Cornell, ou mais um dos grandes que nos deixa cedo

Almir Guineto:

Almir Guineto, belo craque do samba, nos deixa aos 70 anos

Barros de Alencar (radialista, apresentador de TV e cantor):

Barros de Alencar, radialista e cantor, nos deixa aos 84 anos

Michael Johnson:

Michael Johnson/Bluer Than Blue nos deixa aos 72 anos

Luiz Melodia:

Luiz Melodia: o adeus a esse mestre inclassificável da MPB

Chester Bennington (do grupo Linkin Park):

Morre Chester Bennington, o vocalista do grupo Linkin Park

Grant Hart (do grupo Husker Du):

Grant Hart, ex-Husker Du, faz a sua última e triste viagem

Walter Becker (do grupo Steely Dan):

Walter Becker, do Steely Dan, sai do cenário pop aos 67 anos

Bunny Sigler:

Bunny Sigler, grande nome do Philly Sound, morre nos EUA

Tom Petty:

Tom Petty, elo perdido entre os Byrds e o R.E.M., viajou

Laudir de Oliveira (do grupo Chicago):

Músico Laudir de Oliveira, ex-Chicago, morre durante show

Malcolm Young (do grupo AC/DC) e George Young (do grupo Easybeats e produtor):

Malcolm e George Young são desfalques de família rocker

Fats Domino:

Fats Domino, um precursor do rock, nos deixa aos 89 anos

Pat Dinizio (do grupo The Smithereens):

Pat Dinizio, vocalista e o líder dos Smithereens, nos deixa

Michael Johnson/Bluer Than Blue nos deixa aos 72 anos

michael-johnson-fountain_main-400x

Por Fabian Chacur

Em 1978, a canção Bluer Than Blue estourou no mundo inteiro, Brasil incluso, e tornou conhecido o cantor, compositor e violonista americano Michael Johnson. A bela balada com tempero country tornou-se para sempre o cartão de apresentações dele, que infelizmente nos deixou no dia 26 de julho, aos 72 anos. O artista sofreu uma cirurgia cardíaca em 2007, e também lutava há anos contra um enfisema pulmonar.

Para quem só sabia da existência desse artista por causa de seu maior hit, senta, que lá vem história. Ele nasceu no estado americano do Colorado em 8 de agosto de 1944, e começou a tocar violão com 13 anos de idade. Passou a cursar música na Colorado State University, em 1963, mas em 1965 venceu um concurso de talentos, que lhe valeu seu primeiro contrato com uma gravadora, a Epic. A seguir, lançou o single Hills, de sua autoria, com pequena repercussão.

Sem desanimar, Johnson viajou para uma temporada na Espanha, durante a qual estudou violão clássico com os consagrados Graciano e Renata Tarragó. Ele integrou a banda New Society e integrou um trio ao lado de John Denver. Como forma de expandir seus horizontes, atuou como ator no espetáculo teatral Jacques Brel Is Alive And Well And Living In Paris, com o qual viajou pelo país.

Em 1973, volta à música ao acertar contrato com a Atco Records. O primeiro álbum, There Is a Breeze, saiu a seguir, tendo como coprodutores nomes do calibre de Peter Yarrow (do trio Peter, Paul And Mary) e Phil Ramone. Ele lançaria mais dois trabalhos por este selo, novamente sem grande sucesso. Aí, resolveu ir para Nashville trocar figurinhas com produtores de lá. Não poderia ter sido melhor.

Ele gravou, produzido por Brent Maher e Steve Gibson, uma nova canção, Bluer Than Blue(de Randy Goodrum), e incluiu-a em uma fita demo. A gravadora EMI América se interessou e resolveu contratá-lo. Em 1978, sai The Michael Johnson Album. Incluída nele, Bluer Than Blue atingiu, no formato single, o posto de número 12 na parada americana. Seu arranjo e melodia envolventes, aliados a uma letra tocante e romântica, se mostrariam irresistíveis.

O mesmo álbum traria mais um single de sucesso, Almost Like Being In Love. Em 1979, viria o LP Dialogue, trazendo como destaque outro single bem-sucedido, This Night Won’t Last Forever, balada com pegada mais country que atingiu o nº 19 nos EUA e também tocou bastante nas rádios brasileiras. Em 1985, Johnson sai da EMI América.

Ao ser contratado pela RCA Records (hoje Sony Music), o artista investiria de forma mais direta no country contemporâneo, e entre 1986 e 1989 emplacaria cinco hits no top 10 country, entre as quais Give Me Wings e The Moon Is Still Over Her Shoulders. Entre 1993 e 1998, novamente mostrou versatilidade ao assinar a coluna The Solo Performer para a revista Performing Songwriter.

Michael Johnson fez diversas turnês com outros artistas, e gravou dois duetos de sucesso, um em 1991, It Must Be You, com a cantora Juice Newton (do hit Angel Of The Morning), e outro em 1997, Whenever I Call You Friend, com Alison Krauss, consagrada artista country também conhecida por ter gravado o bem-sucedido álbum Raising Sand (2007) com o ex-Led Zeppelin Robert Plant.

O último álbum de Johnson foi Moonlit Déja Vu (2012), em parceria com sua filha, a cantora Truly Carmichael. Vale lembrar que Bluer Than Blue mereceu uma bela releitura por parte de Barry Manilow em 1996 no seu belíssimo álbum Summer Of ’78, no qual basicamente regravou grandes sucessos do ano de 1978. E podem ter certeza de que essa canção de Michael Johnson certamente foi uma delas.

Bluer Than Blue– Michael Johnson:

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑