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Luiza Casé investe na diversidade sonora em seu álbum Mergulho

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Por Fabian Chacur

A carreira artística de Luiza Casé teve seu primeiro momento de destaque em 2010, quando ela venceu o reality show musical
Geleia do Rock, promovido pelo canal a cabo Multishow. No ano seguinte, estrelou a novela global adolescente Malhação, vivendo o papel de Lorelai. Desde então, essa atriz, cantora e compositora carioca trabalhou bastante em várias frentes, e agora apresenta o seu primeiro álbum, Mergulho, que a Universal Music disponibilizou nas principais plataformas digitais.

O álbum traz como produtores os experientes Arto Lindsay e Thiago Nassif, que deram à artista um apoio que ela avalia como decisivo. “No começo, fiquei ansiosa por trabalhar com eles, principalmente por meu lado compositora, mas eles foram muito generosos comigo, me deram o apoio de que eu precisava”.

Luiza encara o álbum como um trabalho com dois aspectos bem distintos. “Tem a ver com o meu momento atual, pois a sonoridade é bem múltipla, vai do orgânico ao eletrônico, e ao mesmo tempo reflete a minha personalidade musical como um todo”. Essa observação faz sentido pelo fato de ela ser frequentemente associada com o blues, ritmo que ela abraçou durante alguns anos. “O blues se encaixou em mim quando saí do Geleia do Rock; chorei bastante cantando blues nos primeiros shows, pois sentia muito aquelas canções”, relembra.

Atualmente, ela procura ser mais abrangente. “Com o tempo, ampliei os meus horizontes, pois uma só sonoridade não daria conta, o pop tem a flexibilidade de me abrir vários caminhos, como, por exemplo, eu fazer algo hip-hop no futuro, por exemplo; o título do álbum exemplifica bem essa minha intenção, é um mergulho em diversas possibilidades musicais”.

Canções autorais e letras elaboradas

Mergulho traz 10 faixas, sendo 8 escritas só por ela, uma em parceria com Lindsay e outra com Nassif. Além da sonoridade diversificada e pop, o repertório tem como característica o apuro das letras, bem acima da produção média atual no setor. “Sempre gostei de ler, de ver filmes, sempre me envolvi com a literatura e várias expressões de arte, tenho uma intimidade com essas linguagens, e procuro buscar um caminho próprio e original”.

Um bom exemplo dessa sensibilidade criativa é a faixa Jornais, que traz versos como “Não vou ter medo, Eu quero ver mudar, Não vou ter medo, Vou ter que enfrentar os jornais”. Ela explica o que a inspirou:

“Escrevi com a perspectiva de quem lê um jornal; as notícias atuais me chocam muito, eu tinha a tendência de fugir do noticiário, e a letra mostra como tenho me relacionado com isso, como lidar com um projeto de fuga; hoje me sinto apta para olhar para essa realidade e descobrir o que há de importante”.

A faixa título está sendo divulgada com um clipe gravado no parque aquático paulista Thermas Water Park. “Foi um dia bem intenso de gravações, umas cinco horas de trabalho; desci umas 50 vezes aquela toboágua”, relembra.

Minimalismo sustentável

Mergulho sai apenas no formato digital, e Luiza tem uma posição curiosa sobre esse tema. “Sou minimalista sustentável. Por mim, só lançaria digital, mesmo, embora ache legal se houvesse uma tiragem mais reduzida em vinil, acho legal ouvir vinil; Tenho problema com lixo, não coleciono mais nada”.

A ideia da artista carioca é manter a sua versatilidade, ela que é formada em Direito e já atuou como atriz em filmes, teatro e TV e gravou músicas para trilhas de filmes e minisséries televisivas. ” Pretendo continuar fazendo TV. Minha época adolescente não foi muito boa, eu ainda estudava quando fiz Malhação, hoje desfrutaria muito mais”, reflete. “Quando você entende a sua identidade e não foge, vê que um tipo de trabalho se encaixa com outro. É preciso foco em cada trabalho, mas não há limites”.

Luiza Casé já está com dois shows agendados para divulgar o seu álbum de estreia, nos quais será acompanhada por Mikhaila Copello (baixo), Pedro Garcia (bateria) e Felipe Fernandes (guitarra): dia 30 deste mês no Clube Manouche, no Rio, e dia 24 de agosto no Beco 203, em São Paulo, sendo que um terceiro em Belo Horizonte será divulgado em breve. Além das canções de Mergulho, ela também promete uma faixa autoral inédita, Coração na Mão. Ela tem perfis no Instagram, Twitter e Facebook.

Mergulho (clipe)- Luiza Casé:

Barbara Rodrix é a atração do projeto O Som da Casa em SP

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Por Fabian Chacur

Teve início em junho, com show da cantora e compositora Bruna Moraes, o projeto O Som da Casa, realizado em parceria pela MMP Produções e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A ideia é dar espaço, uma vez por mês, para nomes da nova geração da música brasileira, em performances intimistas. A segunda apresentação desta série será neste sábado (13) às 20h no Espaço Cultural Casa dos Trovadores (rua Aimberê, nº 651- Perdizes- fone 0xx11-2595-0100), com entrada gratuita, e a artista escalada é a cantora, compositora e musicista Barbara Rodrix.

Com 28 anos de idade, Barbara é filha do saudoso cantor, compositor e músico Zé Rodrix, e tem em seu currículo dois álbuns. O mais recente, Eu Mesmo (2016), traz canções autorais feitas em parceria com Luiza Possi e Bruna Caram, além de duas do pai, Eu Não Sei Falar de Amor e Olhos Abertos. No show, que será no melhor estilo voz e violão, ela mostra canções de seus álbuns e também uma inédita de Zé Rodrix, Eu Só Queria Contar Meu Problema, e uma de Rosa Passos, que Barbara aponta como importante influência em seu trabalho.

O Som de Casa, que é apresentado no espaço cultural criado pelo grupo Trovadores Urbanos, já tem novas apresentações agendadas. No dia 17 de agosto, o ótimo cantor e compositor Breno Ruiz terá a seu lado Lucila Novaes. No dia 14 de setembro, será a vez de Paula Sanches, e em 26 de outubro, teremos as Trigêmeas Caram, sempre com entrada gratuita.

Ouça o álbum Eu Mesmo em streaming:

Isabella Taviani dá uma geral em seus sucessos com show em SP

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Por Fabian Chacur

Em 2003, a música Foto Polaroid invadiu as paradas de sucesso de todo o país e tornou nacionalmente conhecida a cantora e compositora carioca Isabella Taviani. Desde então, ela lançou seis CDs e dois DVDs, emplacando novos hits e cativando um público fiel, que curte suas canções que abordam de forma abrangente as várias nuances do amor e do romance. Como forma de celebrar 15 anos desse primeiro hit, ela iniciou em abril de 2018 uma turnê que passa pela última vez em São Paulo neste sábado (6) às 22h no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- Chácara Santo Antonio- fone 0xx11-4003-1212), com ingressos de R$ 100,00 a R$ 220,00.

Isabella Taviani tem como marca uma voz de timbre grave e delicado, aliada a composições que investem em melodias bem concatenadas e letras que abordam o tema amor com sensibilidade. Vale lembrar que ela consolidou sua carreira no pior momento da indústria fonográfica do Brasil, quando as quedas de vendas de CDs e de ingressos de shows inviabilizaram os sonhos de muita gente. Mas não os dela, que sempre se mostrou uma batalhadora incansável. E os frutos vieram.

A artista carioca promete para breve um novo single, e seu novo álbum está previsto para chegar ao cenário musical até o final deste ano. Neste show em São Paulo, ela será acompanhada por Lourenço Monteiro (bateria), Marco Brito (teclados), Caio Barreto (guitarra e violão) e Alberto Continentino (baixo).

No repertório, as canções que cativaram tantos fãs, entre as quais Foto Polaroid, Raio X, Diga Sim Pra Mim, Luxúria, A Canção Que Faltava e a recente A Vida Vive Sem Você, além de Close To You e Only Yesterday, do CD Carpenters Avenue (2016), um tributo que ela fez aos Carpenters, um de seus grupos favoritos.

A Vida Vive Sem Você (clipe)- Isabella Taviani:

Zelia Duncan volta ao folk pop com delicadeza e clima positivo

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Por Fabian Chacur

Se há alguém que pode ser definida como “artista dos mil projetos”, ela atende por Zelia Duncan. Além de participar de discos e shows de nomes dos mais variados segmentos, ela também mergulha em obras com os mais diferentes enfoques. Até dos Mutantes ela já foi integrante! Dessa forma, esta cantora, compositora e musicista de 54 anos oriunda de Niterói (RJ) ficou dez anos sem lançar um trabalho autoral voltado à sonoridade que a tornou conhecida nacionalmente, o folk-pop-MPB, digamos assim. Esse hiato acaba agora com o lançamento de Tudo É Um (Duncan Discos-Biscoito Fino), um belo momento do tipo “volta às raízes”.

O principal marco do álbum é o retorno do principal parceiro de Zelia nesse praia, Christiaan Oyens, que aqui se incumbe da produção, alguns instrumentos musicais e parceria nas músicas Canção de Amigo e Olhos Perfeitos. Aliás, o que não falta nesse álbum é parceiro. Zeca Baleiro, por exemplo, é coautor de Me Faz Uma Surpresa e Medusa. Dani Black assina com ela Só Pra Lembrar. Moska é o parceiro em Feliz Caminhar, enquanto a faixa que dá nome ao CD foi escrita a quatro mãos com Chico Cesar.

Fred Martins escreveu com a cantora Sempre os Mesmos Erros, e Dimitri é o “parça” de Breve Canção de Sonho, única não inédita do disco, gravada originalmente em 2012 para a trilha da novela global Cheias de Charme e aqui em nova versão. Eu Vou Seguir é só dela, e O Que Mereço equivale à única canção do álbum não escrita pela artista, escrita por Juliano Holanda.

Como um todo, o álbum esbanja delicadeza, afeto e positividade, com os violões sendo o alicerce de toda a sonoridade, mas aliados a arranjos que em alguns momentos incorporam cordas e metais com precisão cirúrgica. Tipo do disco que pode soar superficial e até meio repetitivo em um primeiro contato, mas que cresce muito em novas audições, nas quais as sutilezas são melhor captadas e mostram o quanto este Tudo É Um é bom. Bem-vinda ao lar, Zelia Duncan!

O Que Mereço (clipe)- Zelia Duncan:

Roberta Campos lança o seu 1º DVD com um show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Uma das vertentes mais populares da atual música pop brasileira é a que mistura o folk com elementos de pop, rock e MPB. Uma de suas principais representantes é a cantora, compositora e violonista mineira Roberta Campos. Como forma de celebrar os 10 anos de sua carreira discográfica, ela lançou há pouco o seu primeiro DVD, Todo Caminho é Sorte- Ao Vivo (gravadora Deck), no qual dá uma geral em seus hits e traz novidades. O show de lançamento em São Paulo será nesta sexta (28) às 21h no Auditório Ibirapuera (avenida Pedro Álvares Cabral, s-nº- Portão 2 do Parque do Ibirapuera- fone 0xx11-3629-1075), com ingressos a R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira).

Nesta apresentação, Roberta terá a seu lado o mesmo afiadíssimo time musical que a acompanhou na gravação do DVD, composto por Fabio Pinc (teclados e direção musical), Fabio Sá (baixos acústico e elétrico), João Erbetta (violão, guitarra e lep steel), Loco Sosa (bateria) e a adorável Patricia Ribeiro (cello).

O repertório traz hits autorais de Roberta, entre os quais Minha Felicidade, Abrigo, Todo Dia e De Janeiro a Janeiro, e releituras de My Love (Paul McCartney), Casinha Branca (Gilson) e Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor (Lô Borges).

Leia entrevista com Roberta Campos falando sobre o DVD e sua carreira aqui.

Todo Dia (ao vivo)- Roberta Campos:

Barbara Mendes lança o CD Orgânico com um show no Rio

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Por Fabian Chacur

Orgânico apresenta ao grande público uma parceria musical de grande quilate. A cantora mineira criada no Rio de Janeiro Barbara Mendes interpreta 11 canções inéditas do excelente cantor, compositor e músico pernambucano Tito Marcelo. O resultado do trabalho do também casal na vida pessoal não poderia ser mais bem-sucedido. Primeiro álbum autoral da cantora desde Nada Pra Depois (2009) e disponível em CD e nas plataformas digitais, o disco será lançado com show no Rio de Janeiro nesta terça (18) às 21h no Teatro XP Investimentos (Jockey Club Brasileiro- avenida Bartolomeu Mitre, nº 1.100- Leblon- fone 0xx21-3807-1110), com ingressos custando a R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira).

O currículo de Barbara Mendes é dos mais respeitáveis. Ela morou por dez anos em Nova York, onde estudou canto e fez shows. Além disso, participou por lá de trilhas de filmes, teatro e balé. Seu primeiro álbum foi lançado em 2000, Live In Greece, gravado ao vivo em Atenas, na Grécia.

No álbum Nada Para Depois (2009), contou com as participações especiais de Djavan, Ivan Lins e Hamilton de Holanda. De quebra, lança em breve no exterior álbum com composições do genial Roberto Menescal vertidas para o inglês.

O clima musical contido em Orgânico é pontuado por belas canções que navegam entre MPB, folk, pop, blues e um leve tempero jazzístico. Colabora intensamente para sua alta qualidade artística a presença efetiva, nos arranjos, produção musical, guitarra e violões, do consagrado argentino radicado no Brasil Victor Biglione, que dá uma aula master de como ser acompanhante de forma elegante, criativa e expressiva.

Tito Marcelo se mostra um excelente compositor, ele que também viveu em Brasília (DF) e tem três bons discos solo em seu currículo- Frágil Verde, Força de Quebrar (2011), Pra Ficar no Sol (2014) e O Futuro Ligeiro da Demora (2016). Ele participa de duas faixas do CD, Degelo (voz e violão) e Recalques (violão).

No show desta terça (18), Barbará será acompanhada por uma banda composta por André Valle (violão de cordas de aço), Pedro Braga (violões), Alexandre Katatau (contrabaixo) e Allen Pontes (bateria). Nele, sua voz de belo timbre explorada de forma competente e sensível certamente trará também alguma coisa de trabalhos anteriores, além de faixas do ótimo Orgânico.

Veja o clipe de Recalques, de Barbara Mendes:

Marina de La Riva e Bruna Caram são parceiras de baile em Sampa

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Por Fabian Chacur

Em um momento no Brasil e no mundo repleto de tristeza, dor, confusão, intolerância e insegurança, que tal ir a um show em São Paulo que promete ser anticrise, anti-deprê, brasileiro, passional e necessário? Pois o convite é especificamente para o feriadão de primeiro de maio, que vai rolar este ano na próxima quarta-feira. As parceiras nesta apresentação, intitulada Baile da Revanche, são as ótimas cantoras Marina de La Riva e Bruna Caram, o início será às 16h, e a entrada, gratuita. O local escolhido é o Sesc Parque Dom Pedro II (Praça São Vito, s-nº- Brás- fone-0xx11-3111-7400).

Com participações especiais de Zé Ed (do Tarado Ni Você), Diego Moraes (do Não Recomendados) e Fabio Brazza (da Alana), além de outros músicos bacanas, Marina e Bruna selecionaram um repertório que se divide entre músicas de seus repertórios habituais e também do de gente como Roberto Carlos, Ara Ketu, Martinho da Vila, Nelson Cavaquinho, Tim Maia e Chitãozinho & Xororó. A ideia é homenagear a dor de cotovelo e a volta por cima de um jeito bem humorado.

Embora o Baile da Revanche seja o primeiro show das meninas em dupla, elas são amigas há um bom tempo, e possuem um registro fonográfico como cartão de apresentações dessa parceria. Trata-se de Segredo, composição clássica de Herivelto Martins e Marino Pinto que elas registraram no CD Será Bem Vindo Qualquer Sorriso (2012), de Bruna Caram.

Nascida no Rio de Janeiro e de origem cubana, Marina de La Riva tornou-se conhecida no meio musical com seu álbum de estreia, lançado em 2007 e autointitulado, um dos trabalhos mais elogiados no cenário da música brasileira naquele período. Depois, nos proporcionou o DVD Marina de La Riva Ao Vivo Em São Paulo (2010) e os CDs Idílio (2012) e Rainha do Mar- Marina de La Riva Canta Dorival Caymmi (2017). A moça já gravou com Chico Buarque, Ney Matogrosso., Danilo Caymmi e João Donato, nesses projetos individuais.

Por sua vez, Bruna Caram acumula experiências em diversas áreas. Em seus mais de dez anos atuando como cantora, tem no currículo os álbuns Essa Menina (2006), Feriado Pessoal (2009), Será Bem Vindo Qualquer Sorriso (2012) e Multi Alma (2017). Ela lançou o livro Pequena Poesia Passional e atuou como atriz na minissérie global Dois Irmãos. Bruna também compôs músicas em parceria com Zeca Baleiro, Roberta Sá, Chico Cesar e Pedro Luis.

Segredo– Bruna Caram e Marina de La Riva:

Zélia Duncan lança novo single e vem com álbum inédito em maio

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Por Fabian Chacur

Zélia Duncan retoma em 2019 duas marcas de sua trajetória artística mais conhecida do grande público. Uma é o retorno ao som pop folk autoral que marcou os seus maiores hits, como Catedral e Enquanto Durmo, após dez anos dedicados a composições alheias e a ritmos como o samba. A outra é reiniciar a parceria musical e de trabalho com o compositor, músico e produtor Christiaan Oyens. O álbum que marca esses novos rumos é Tudo É Um, que a cantora lançará dia 17 de maio pelo selo Duncan Discos, em parceria com a gravadora Biscoito Fino.

Como forma de dar ao público pistas de como soará esse trabalho, Zélia lançou dois singles. O primeiro, O Que Mereço, conta inclusive com um clipe para divulgá-lo (veja aqui). O outro acaba de ser disponibilizado para o público. Trata-se de Breve Canção de Sonho, composição dela em parceria com Dimitri BR lançada originalmente em 2012 na trilha da novela global Cheias de Charme, e agora relida em versão mais encorpada, nas palavras da própria intérprete.

Tudo É Um trará parcerias da cantora e compositora com nomes do porte de Chico Cesar, Zeca Baleiro, Paulinho Moska e Dani Black, além do próprio Christiaan, que se incumbe da direção geral do álbum, com direção artística a cargo da própria artista. Seu álbum imediatamente anterior a este é o delicado e ótimo Invento+ (2017), gravado em parceria com o consagrado músico carioca Jaques Moreleubam (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Breve Canção de Sonho– Zélia Duncan:

Mart’nália faz deliciosa viagem pela obra de Vinicius de Moraes

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Por Fabian Chacur

Há artistas que possuem uma forte assinatura autoral naquilo que fazem. Mart’nália integra esse restrito grupo a partir de sua voz, que consegue conciliar um registro mais áspero com uma doçura que você reconhece logo nos primeiros segundos de suas interpretações. Versátil, ela é cantora, compositora, musicista, produtora… Com 32 anos de carreira discográfica, ela dedica o seu novo álbum a um dos repertórios mais nobres da música brasileira. O título entrega o conteúdo: Mart’nália Canta Vinícius de Moraes, lançamento da Biscoito Fino que já está disponível em CD e nas plataformas digitais.

Este novo trabalho de Mart’nália começou bem logo na escolha de seus produtores, o saudoso baixista Arthur Maia e o guitarrista Celso Fonseca. Essa dupla talentosíssima soube arregimentar músicos que, junto com eles, foram capazes de dar conta de uma sonoridade centrada na música brasileira, mas com uma fluência jazzística e apego às sutilezas elegantes.

A escolha do repertório equivale a uma significativa amostra do que melhor o nosso amado Poetinha fez em sua carreira no mundo da música popular, trazendo exemplares de suas parcerias com Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, Carlos Lyra e Hermano Silva. De quebra, temos a voz do próprio abrindo e fechando o CD, com seu tom agradável e mais afinado do que quem não conhece a sua história pode imaginar. Poeta, sim, e dos bons, mas um vocalista bastante respeitável, sem ser um Pavarotti, obviamente.

Com seu estilo próprio e descontraído, Mart’nália aproveita essa roupagem bacana imprimida às músicas de Vinícius para dar a elas releituras elegantes, reverentes e respeitosas, mas sem cair na mera repetição, armadilha em que alguns intérpretes caem quando ficam diante de canções tão clássicas e tão icônicas como essas contidas neste trabalho.

Além do homenageado, temos as participações de Maria Bethânia recitando o Soneto do Corifeu, interpolado em Eu Sei Que Vou Te Amar, a cantora italiana radicada na França Carla Bruni em versão bilíngue de Insensatez, e de Toquinho na sua parceria com Vinícius Tarde em Itapoã. A irreverência de A Tonga da Mironga do Kabuletê e Maria Vai Com As Outras, o ode à saudade de Onde Anda Você, o lirismo de Minha Namorada, é um clássico atrás do outro.

Mart’nália Canta Vinícius de Moraes é o tipo do tributo que esse grande nome da cultura brasileira merece, um verdadeiro banho de sensibilidade, talento e respeito. Difícil ser mais elegante e swingada do que Mart’nália foi com essas canções tão maravilhosas, que refletem o melhor de um país que a gente ama e respeita mais do que nunca. Cultura é isso!

Onde Anda Você– Mart’nália:

Paula Santisteban lança seu CD de estreia com show em Sampa

Paula Santisteban por Bob Wolfenson 400x

Por Fabian Chacur

Independente de sua qualidade artística, o álbum de estreia da cantora e compositora Paula Santisteban já nasceu histórico, por ter sido o último produzido pelo saudoso Carlos Eduardo Miranda. Felizmente, este lançamento em belíssima versão física (CD) e também nas plataformas digitais vai além desse fato, com um repertório belíssimo defendido com galhardia por essa ótima artista. Ela faz o show de lançamento em São Paulo neste sábado (9) às 21h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinhop- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A cantora e compositora terá a seu lado neste show o auxílio luxuoso de uma banda formada por Eduardo Bologna (guitarra e direção musical), Eric Budney (baixo), Daniel de Paula (bateria), Marcos Romera (teclados), Grazi Rodrigues (violino), Irina Kodin (violino), Emerson Di Biaggi (viola), Vana Bock (violoncelo), Nahor Gomes (trompete), Paulinho Malheiros (trombone), Daniel Allain (flauta e sax alto) e Ed Côrtes (sax tenor, sax barítono e clarinete).

Entre as 10 faixas incluídas no álbum, lançado pela Warner Music Brasil, temos cinco composições de Paulo Santisteban em parceria com Eduardo Bolonha, duas só de Bolonha e uma, cada, de Tim Bernardes, Tchello Palma e Fabio Góes.

São canções delicadas, sutis e com um clima interiorizado e urbano, bem ilustrado pelas belas fotos incluídas no encarte do CD que trazem Paula em várias locações na região da icônica Avenida Paulista feitas pelo consagrado fotógrafo Bob Wolfenson. As Janelas da Cidade, Frágil, Meu Silêncio e Estranho são destaques de um trabalho consistente e tocante. Veja o making of aqui.

Além do repertório do álbum, o set list trará, entre outras, releituras personalizadas de Better Be Quiet Now (Elliot Smith), De Tanto Amor (Roberto e Erasmo Carlos) e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo (Lô e Márcio Borges).

As Janelas da Cidade (lyric video)– Paula Santisteban:

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